terça-feira, 2 de outubro de 2012

Na Inglaterra um bispo ex-executivo do setor petrolífero bate nos bancos. No Brasil, quem?

O tão assediado setor financeiro britânico tem enfrentando a ira de políticos, reguladores e clientes. Ultimamente, um novo algoz se juntou à inquisição: um bispo que usa óculos e uma cruz feita com pregos. O Reverendíssimo Justin Welby, Bispo de Durham, está fritando banqueiros num novo inquérito parlamentar sobre "padrões bancários" que representa a mais recente tentativa do governo de chacoalhar o setor. Welby, um ex-executivo do setor petrolífero que é membro da Câmara dos Lordes, juntou-se a outros nove parlamentares para escrever um relatório que vai considerar novas regras sobre desde governança corporativa até conflitos de interesse. "É uma questão existencial", disse ele. Welby, que antes de aceitar consultou a arquidiocese de Canterbury sobre as implicações políticas de entrar para a comissão, traz uma perspectiva tanto ética quanto empresarial para o inquérito. Ele passou 11 anos na indústria petrolífera, trabalhando tanto em Paris, para a companhia francesa Elf Aquitaine, e em Londres como especialista em projetos na África Ocidental e no Mar do Norte. O bispo saiu da indústria petrolífera em 1987, quando ele diz que ouviu um chamado de Deus para ser ordenado. Ele entrou para a igreja como um pároco auxiliar perto de Conventry e trabalhou em algumas das áreas mais pobres do país. Seu histórico em negócios ainda causa surpresa. Durante um discurso em maio na Câmara dos Lordes, Welby mencionou que ele negociava derivativos na Enterprise Oil. "Houve um sussurro pela câmara", lembra ele. Um ex-ministro da Fazenda britânico se levantou e disse: "É a primeira vez que eu já ouvi que um bispo era [...] um operador de derivativos", disse o bispo. O bispo sustenta que os clientes têm de voltar ao coração do sistema financeiro do Reino Unido, mas que emitir um monte de regras não é a solução. Ao contrário, Welby diz que não é a favor de surrar os bancos, contudo, os bancos precisam se concentrar em crescimento econômico sustentável em vez de retornos! (Fonte: IHU)

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