Os bispos expressaram preocupação com uma "apostasia silenciosa" dos fiéis que se afastam da Igreja. Com lucidez, levaram em consideração "a credibilidade das instituições eclesiais", "a excessiva burocratização das estruturas institucionais", a "insuficiência numérica do clero", "celebrações litúrgicas formais, ritos repetitivos", ou, ainda mais preocupante, a falência da Igreja "em dar respostas adequadas aos desafios" do momento. Pode-se citar a atitude com relação aos divorciados em segunda união, sempre oficialmente excluídos da comunhão durante a missa, a doutrina da Igreja sobre a contracepção, a procriação assistida, a moral sexual em geral, a distinção dificilmente compreensível entre a "acolhida" reservada aos homossexuais e a condenação persistente da homossexualidade, ou, em outro registro, a recusa categórica de Roma a abrir o debate sobre o celibato dos padres ou sobre o acesso das mulheres ao presbiterato...Mas o abandono da rigidez certamente não virá desse papa, e sem dúvida nem daquele que o sucederá. De quem, então?
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