quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Brasil: direitos ensanguentados!

Cresce a renda, mas não os direitos humanos! - Em visita ao país, o secretário geral da Anistia Internacional, o indiano Salil Shetty deu uma entrevista exclusiva ao Valor em que reconhece que o Brasil é um dos poucos países no mundo que tiveram a capacidade de diminuir a desigualdade de renda, mas o avanço do bem-estar econômico de uma parte significativa da população não se reverteu em conquistas no campo dos direitos humanos."Este é um país que está se tornando uma grande potência econômica e, sem dúvida, o número de pessoas abaixo da linha de pobreza diminuiu", diz. "Mas, ao mesmo tempo, o país está atravessando violações muito sérias de direitos humanos diariamente, concentradas especificamente em alguns setores da população, principalmente no que diz respeito à questão de disputa da terra em áreas rurais e também no contexto das favelas urbanas".

Governadora veta projeto de lei que pune escravagistas - A governadora do Estado do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), vetou o projeto de lei nº 169/2013, que havia sido aprovado na Assembleia Legislativa do Estado e previa a cassação do registro de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de empresas flagradas com trabalho escravo. O veto foi publicado na edição de segunda-feira (5) do Diário Oficial da Assembleia Legislativa e, na sua justificativa, a governadora alegou que o texto é inconstitucional.

Isso é uma verdadeira vergonha para o Brasil”! -Uma comitiva da Anistia Internacional visitou nesta quarta-feira, 7, comunidades indígenas Guarani Kaiowá da região de Dourados (MS). Durante o encontro, lideranças Kaiowá, Guarani, Terena, Kinikinau e Ofayé se encontraram com o secretário geral da entidade, o indiano Salil Shetty, para denunciar a demora na demarcação de terras e as violências sofridas por estarem fora de seus territórios tradicionais ou confinados em pequenas reservas. Em pleno 2013, não se pode simplesmente fazer o que se quer nas terras indígenas, como se não houvessem direitos a serem respeitados”, afirmou Salil aos indígenas. “Aqui, conheci mães que perderam seus filhos pequenos, velhos que perderam seus filhos. Essas coisas acontecem aqui à luz do dia, e não há investigação. As pessoas que cometem esses crimes simplesmente continuam livres. isso é uma verdadeira vergonha para o Brasil”, disse. (Fonte: IHU)

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