quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Em Buriticupu, na terra sem-lei, moradores-madeireiros-comerciantes protestam contra o exército. Temem fechamento de serrarias ilegais e fim da extração de madeira

Moradores da cidade de Buriticupu (a cerca de 407 km) fecharam a BR-222 para protestar contra supostas atitudes irregulares de soldados do Exército, que estão na cidade para trabalhar no combate à extração irregular de madeira. A manifestação começou por volta de 9h desta quarta-feira (21/8), os moradores atearam fogo em pneus e madeira usados para bloquear a rodovia, até comerciantes da cidade fecharam as portas para participar do movimento. Com cartazes e faixas eles denunciam que crianças e adolescentes já foram estupradas por soldados que também promovem orgias com mulheres e que estes abusam da autoridade para intimidar a população. Por causa da interdição da BR um longo congestionamento se formou nos dois sentidos da rodovia. Por telefone o juiz Airton Gutemberg informou que até o momento não foi apresentada nenhuma denúncia formal sobre o caso, mas que devido aos boatos entrou em contato com o comando do exército que negou as acusações e informou que vai ficar atento para que as situações citadas pelos moradores não aconteçam. “Nenhuma providência pôde ser tomada já que o caso não foi denunciado formalmente, só depois que isso for feito é que a justiça vai apurar as reclamações”, acrescenta o juiz. Ele comentou ainda, que o protesto e boatos envolvendo os soldados podem ser por interesse já que a principal fonte de renda da cidade é a extração de madeira o que está sendo comprometido pelas apreensões de madeira ilegal feitas durante a operação encabeçada pelo Ibama na região.
Comentário do Blogueiro – O juiz colocou o dedo na ferida! O principal motivo deve ser justamente a revolta contra a intervenção do exército para coibir a extração ilegal de madeira na região, algo que vem ocorrendo sistematicamente. Defensores do ambiente e dos direitos humanos da cidade vêm recebendo ameaças anônimas, acusados de terem sido eles a chamar o exército. Nada a ver com supostos estupros!

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