sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Francesco na festa da Assunção: 'Pedro fecha as portas, e Maria abre'!

No Angelus de ontem, quinta-feira, o Papa recordou também o 25º aniversário da Carta apostólica 'Mulieris dignitatem', de João Paulo II, sobre a dignidade e a vocação da mulher. Trata-se de um documento "rico de elementos que merecem ser retomados e desenvolvidos" – disse o Pontífice. Subjacente, "encontra-se a figura de Maria":"Façamos nossa a oração colocada no final desta Carta apostólica (cfr n. 31): a fim de que, meditando o mistério bíblico da mulher, condensado em Maria, todas as mulheres encontrem a si mesmas e a plenitude da sua vocação e em toda a Igreja se aprofunda e se entenda mais o tão grande e importante papel da mulher!" Antes da missa celebrada nesta quinta-feira em Castel Gandolfo, o Santo Padre encontrou as Clarissas do Mosteiro de clausura de Albano. O encontro durou cerca de quarenta e cinco minutos. A madre abadessa Maria Assunta Fuoco assim se expressou:- " O Santo Padre deixou-nos o seguinte: exortou-nos a viver profundamente a nossa vocação permanecendo fiéis ao nosso carisma, portanto, naquela simplicidade, naquela busca de essencialidade, naquela pobreza que nos faz sentir, todas, irmãs. É um pouco aquilo que a pessoa do Papa Francisco expressa: uma humanidade muito rica, uma humanidade que não se detém no acessório, mas busca a profundidade, criando relação.

Contou-nos uma coisa simpática, bonita, que nos fez a todos sorrir, inclusive ele mesmo: Maria está à porta do Paraíso; São Pedro nem sempre abre a porta quando chegam os pecadores e, então, Maria sofre um pouco, porém, permanece ali. E à noite, quando se fecham as portas do Paraíso, quando ninguém vê e ouve, Maria abre a porta do Paraíso e deixa entrar todos. Eis que nisto vimos a nossa missão, a nossa vocação. Esta vocação à vida contemplativa, na clausura, hoje não é absolutamente compreendida, mas não importa! Qual é a essencialidade? No silêncio, na escuridão, na noite, quando ninguém vê, ninguém sabe, ninguém ouve, quanta gente passa diante dos mosteiros de vida contemplativa e nem mesmo sabe quem está lá dentro e porque estão ali! Neste silêncio, nesta noite, se realiza a nossa missão, ou seja, poder abrir as portas do Paraíso para que toda a humanidade possa entrar, todos os homens, irmãos e irmãs que talvez nem mesmo conheçam, nem mesmo saibam e talvez não tenham o dom fé. Como Maria, abrir a porta; dar novamente confiança, esperança. Ninguém sabe... mas não importa. Porém, Deus o sabe, o sabe Maria!" (Fonte: Rádio Vaticano)

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