quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Crônica de uma visita malograda à sede do Conselho Estadual de Educação do Maranhão

Funcionárias parasitas, amontoadas em pequenos cubículos, se escondem por detrás de revistas como ‘Tititi’, ‘Mais’ e outras, não se importando com o atendimento aos responsáveis de escolas públicas e particulares que procuram a sede do Conselho Estadual de Educação, em São Luis, claro. Aconteceu, hoje, em São Luis. Uma coordenadora vinda de uma cidade do interior do Estado, a 560 km de São Luis comeu o pão que o diabo amassou. Na tentativa de registrar algumas mudanças no Regimento da sua escola, a coordenadora daquela escola havia tentado, inutilmente, ao longo de oito dias, um contato telefônico com o Conselho, sem nunca ter conseguido, pois ninguém se dignava atender. Ao entrar na sede, após ter sido encaminhada para várias salas, descobriu, enfim, qual era a que efetivamente a teria atendido. Sugeriram-lhe de preparar um ofício, o que ela prontamente fez, mas ao voltar com o documento encontrou 10 funcionárias na mais desavergonhada indiferença e apatia, lendo as famigeradas revistas femininas. Atendida com aquela presteza que dá enjoo, lhe observaram que a escola não possuía o número de inscrição e que nada podia fazer. A responsável argumentou que havia pouco tempo esteve no mesmo local para registrar o Regimento da sua escola e que a partir do CNPJ poderia localizar a pasta relativa à sua escola. Nada feito. Teria que investigar e descobrir, pois ‘lá nada está informatizado’! Movida por compaixão ou, talvez, para se ver livre daquela chata, uma funcionária interveio e advogou a favor da responsável da escola. Afinal, havia sido ela a lhe exigir o ofício!As demais funcionárias continuavam grudadas naquelas interessantes revistas, com certeza tentando se inspirar para mudar os rumos da educação no Estado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse é o clássico cenário da improbabilidade administrativa do Estado. Que pra conseguir alguma coisa pelas vias "decentes", temos que nos humilhar e até mesmo ser chatos. Ou então fechar uma via de circulação importante da capital ou do Estado para que as secretarias possam atender nossos chamados. Exemplo claro disso foram os alunos da Escola Dayse Galvão da Vila Embratel e São Luís, que tiveram que fechar uma avenida importante da capital para a secretaria poder se sensibilizar com a causa dos alunos e colocar professores e diretores na escola. Mais no link:http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2013/06/24/interna_urbano,136873/alunos-deverao-fechar-avenida-dos-portugueses-por-falta-de-professores-e-diretor-em-escola.shtml.


É assim que vivemos,