sábado, 29 de julho de 2023

Quem descobre e acolhe o modo de governar/reinar de Deus já bamburrou! (MT.13,44-52)

Quem de nós já não quebrou a cara ao procurar com todas as suas forças algo que achávamos que poderia nos proporcionar realização, segurança e felicidade? No afã de alcançar algo estável e imediato metemos os pés pelas mãos e ficamos com a sensação de permanente insatisfação, frustração e fracasso existencial. É a prova de que ainda não encontramos o verdadeiro sentido da nossa vida, e a nossa missão única e intransferível. Jesus nos alerta que somente aderindo ao jeito de governar de Deus iremos encontrar o 'sentido da vida' que nos falta. Para tanto, a ele temos que subordinar tudo: ambições pessoais, anseios de posse e dominação, vontade de manipular coisas e pessoas....Ou seja, é aceitar ir contra correnteza e reafirmar as práticas da compaixão, do serviço desinteressado, da compaixão e da proteção ao fragilizado, pois este é o modo de administrar do Pai. Isto não significa que nunca mais iremos ser tentados, que já não faremos a experiência da decepção e da insatisfação, mas que, agora, teremos a coragem de encarar e aguentar tudo isso com outros olhos e com um outro coração. Afinal, quem descobre a riqueza representada por um Deus que ama incondicionalmente e se coloca a serviço de seus filhos não há espada, dor e morte que o possa assustar ou fazê-lo desistir de dar continuidade ao Reinado de Deus. 

sexta-feira, 28 de julho de 2023

A luta dos guardiões da floresta e o medo do presente violento

Em meio a tudo isso, povos indígenas se veem num lugar de vulnerabilidades, é o que diz outra liderança indígena da região de Arame, um dos municípios que fazem parte da TI Araribóia, no Maranhão. Segundo a liderança, as invasões, por motivo de exploração de madeira, já ocorrem desde pelo menos o ano de 1984, e nunca parou. Afirma ainda que cerca de metade do território apresenta alguma ação madeireira e que há grande preocupação do avanço de atividades relacionadas ao arrendamento de terras para pastoreio bovinoAlém da preocupação com atividades que possam agravar a situação do desmatamento, os chamados Guardiões da Floresta fiscalizam e monitoram o território preocupados ainda com os povos isolados que vivem da caça, da pesca e da coleta, por exemplo. Esse monitoramento é resultado de um trabalho coletivo e não remunerado, totalmente voluntário e também perigoso. A exposição, considerada necessária para a sobrevivência da cultura indígena, foco da luta, segundo a liderança da região de Arame, leva a encontros violentos e até a assassinatos de nomes importantes para a história e para a cultura desses povos. “A gente faz esse trabalho de fiscalização e monitoramento do nosso território e a gente atrapalha a atividade desses madeireiros que ficam roubando as nossas madeiras do nosso território. A gente não tem paz nas nossas aldeias. Isso é minha revolta, minha indignação, sou liderança, faço parte da comunidade. Fica difícil a gente viver num país democrático e que não tem esse olhar amplo pro nosso povo indígena. Então a gente fica à mercê dos invasores”, reflete a liderança. Como tentativa de interromper as ações de invasores, as lideranças também comunicam à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas acusam que os pedidos demoram a ser atendidos ou verificados. Nesse contexto, o que fica é a luta dos Guardiões da Floresta e lideranças indígenas na busca contínua por reconhecimento de seus espaços territoriais, de luta, de resistência e de existência. Segundo as lideranças consultadas e não identificadas, resistir é trabalhar diariamente na articulação territorial pela vida de milhares de famílias, seus respectivos saberes e cultura, como na TI Araribóia, no Maranhão. Ela representa aqui algumas das experiências de violências e de resistências, dentre as 330 Terras Indígenas identificadas somente no bioma Amazônia, no país.

*Monalisa Coelho, Maria Regina Telles e Camila Simões - Esta reportagem foi produzida com o apoio da Earth Journalism Network 


Exploração ilegal de madeira na T.I. Arariboia ameaça vida e cultura dos indígenas da região

“A cultura indígena pode ser extinta quando não houver mais floresta e os animais, aí a nossa cultura morre. Ninguém vai nos intimidar, nós não vamos recuar, vamos lutar até o fim”, diz uma das lideranças da Terra Indígena (TI) Araribóia, no estado do Maranhão, Amazônia Legal brasileira. Por motivo de segurança, não iremos identificar fontes diretamente de territórios ameaçados. A Terra Indígena (TI) Araribóia é a segunda maior do estado do Maranhão com, aproximadamente, 15 mil indígenas vivendo em uma área de cerca de 413 mil hectares abrangendo seis municípios: Arame, Amarante, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Grajaú e Santa Luzia. Mesmo demarcado, homologado e registrado, o território é alvo das ações de invasores, entre eles, caçadores, fazendeiros, atividade ilegal madeireira e, ainda, por meio de arrendamento de pastos. 

Um dos líderes da TI Araribóia – que não foi identificado para a sua proteção, já que está entre os integrantes ameaçados da comunidade tradicional – fala ainda que a recorrente invasão, em especial aquela relacionada à atividade madeireira ilegal, traz destruição do ambiental e gera inúmeros conflitos internos. Quem traz luz, também, a esse aspecto é Marcilene Guajajara, da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima). A organização, que existe desde 2003, recebe denúncias periódicas sobre a exploração ilegal de madeira no estado e elas vêm, em geral, dos municípios Amarante e Arame. Ela coloca que a vida dos indígenas vem sendo afetada pelo desmatamento acelerado e por conflitos diretos, vulnerabilizando também a saúde dessa população. “Hoje, a maior parte desse povo vive ameaçado dentro dos territórios. Isso causa muito medo. As pessoas já não têm tanta liberdade de viver, como antes”, diz Marcilene. Como estratégia de sobrevivência e cuidado com os territórios, a liderança da TI Araribóia relata que o monitoramento constante dos limites dos territórios é necessário. Quando há operações maiores, como a própria verificação de denúncias entre outros tipos de fiscalização, há o apoio da Polícia Federal e Civil, da Força Nacional [de Segurança Pública] e ainda do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em resposta a um pedido de informações via Lei de Acesso à Informação, o Ibama afirma que há diversos grupos criminosos envolvidos em fraudes na cadeia florestal e que compram madeiras de origem ilegal. Estes mesmos grupos são responsáveis, muitas vezes, por financiar o corte da madeira e acobertar a respectiva origem por meio de créditos virtuais. De modo geral, a extração de madeira ilegal causa impactos ambientais e sociais ao ter como resultado o esvaziamento da fauna associada a esses ambientes, o prejuízo direto às nascentes de rios e aos respectivos percursos impactando, então, na soberania alimentar dos povos mais conectados a vida junto a natureza. O bioma amazônico abrange nove países na América Latina, 60% dele, está localizado na região Norte do Brasil, com cerca de 26% da flora conhecida do país, entre vegetação nativa, cultivada e naturalizada. São mais de 13 mil espécies não lenhosas e lenhosas. Todas de alto valor para a vida humana e exploradas, principalmente, por meio de um mercado mundial que parece ligar pouco para origem e, menos ainda, para quem é afetado no processo.

Em site oficial, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA e MC) afirma estar promovendo ações para a conservação da biodiversidade e aproveitamento das potencialidades no campo do desenvolvimento sustentável da região. São medidas que incluem “projetos para a gestão sustentável da paisagem, incluindo adequação ambiental, consolidação de unidades de conservação, cadeias produtivas sustentáveis e inovadoras, recuperação de áreas degradadas e pagamento por serviços ambientais”. Uma forma de tentar acompanhar informações sobre o desmatamento na região, por exemplo, é por meio do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (o Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), unidade vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Brasil. A plataforma Prodes mostra que o Maranhão é o 5º estado da ALB em taxa de desmatamento acumulado, desde o início do programa, em 1988, até 2022, com mais de 26 mil km² desmatados.


Há ainda um sistema de alertas de desmatamento de vegetação nativa com imagens de alta resolução, o MapBiomas Alerta. A plataforma permite observar alertas de detecção de desmatamento de vegetação lenhosa, desde janeiro de 2019. Desde então e nessas condições, quase 6,5 milhões de hectares foram desmatados no país todo, com destaque para a região amazônica, representando 58% do total desmatado. Entre os estados da região, o Maranhão ocupa o 4º lugar no ranking dentre os que mais perderam esse tipo de vegetação, atrás do Amazonas (3º), Mato Grosso (2º) e Pará (1º). É também, no estado do Maranhão, onde se encontra o município Alto da Parnaíba que apresentou maior velocidade na extração de vegetação nativa, chegando a 239,1 hectares de áreas afetadas por dia 

A partir desse cenário, mais de 90% do desmatamento que ocorre na Amazônia apresenta sinais de ilegalidade. É o que coloca a organização de análise de políticas públicas e finanças Climate Policy Initiative (CPI), em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). A destruição da floresta está conectada, do modo geral, às atividades ilícitas como a mineração ilegal, a grilagem de terras e a extração ilegal de madeira. Isso tem significado, para a região, uma série de práticas criminosas associadas ao aumento das violências. Ainda segundo a organização de pesquisa e elaboração de políticas públicas, esse cenário pode contribuir para o afastamento de mercados formais, além de representar risco para os habitantes da região amazônica brasileira. Estamos falando de populações tradicionais, que buscam reconhecimento e vêm sendo sistematicamente desmobilizadas em seus territórios e, com isso, socioculturalmente. A plataforma De Olho nos Ruralistas apresenta o resultado de pesquisa sobre o desmatamento, em todo o país, com base nas multas aplicadas pelo Ibama, traçando um histórico de infrações ambientais num intervalo de tempo de 25 anos (de 1995 a 2020). Segundo o levantamento, a maior parte das autuações milionárias ocorreu na Amazônia, o que surpreende são as datas relacionadas ao estado do Maranhão. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema) informou que – de abril de 2022 a junho de 2023 – foram apreendidas, aproximadamente, 760 m³ de madeira ilegal somente no estado do Maranhão, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do estado. A Secretaria observou que, entre os perfis que mais desmatam, estão pessoas jurídicas cuja atividade é a revenda de madeira beneficiada (madeireiras), como também do carvão vegetal e da lenha. Em geral, são recursos que abastecem demandas internas nacionais utilizadas na construção civil.

A Sema ratifica que a derrubada ilegal é considerada crime e está sujeita a penalidades estabelecidas na Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/1998) entre outras leis e regulamentações no âmbito do estado do Maranhão que podem ser diretamente aplicáveis. A instituição dispõe, ainda, de um canal de denúncias em Ouvidoria própria, por meio do número +55 98 3194-8911, ou por meio do sistema Sigep/Sema. Segundo números da Polícia Rodoviária Federal do Maranhão (PRF-MA), as apreensões de madeira ilegal, resultado de ações de fiscalização, chegaram a 6.208 m³, em 2021; 4.847m³, em 2022, e já configuram 3.204 m³, apenas no primeiro semestre de 2023. Segundo o Inspetor do Núcleo de Comunicação da PRF-MA, Adel Barbosa, a queda no quantitativo de apreensões pode ter relação com formas empregadas para burlar o sistema ou mesmo o uso de rotas alternativas para desviar de pontos de fiscalização. As maiores apreensões no Maranhão ocorreram nas cidades de Imperatriz e Santa Inês, rotas conhecidas de escoamento da madeira, de dentro e de fora do estado. De modo geral, a madeira ilegal proveniente da região amazônica vem, principalmente, do estado do Pará (85%), pela rodovia, e aquela advinda de demais estados (como Amazonas, Roraima e Amapá) chegam de balsa na capital do Pará e em Santarém para, então, seguir pelas estradas. 

Nessa direção, as unidades operacionais da PRF-MA em Imperatriz, Porto Franco e Açailândia cobrem parte da extensão da BR 010, a conhecida Belém-Brasília, que atravessa os estados Pará, Maranhão, Tocantins e Goiás. Já as unidades operacionais da PRF-MA em Santa Inês e em Nova Olinda, representam, por exemplo, um campo de atenção à BR 316, uma rodovia federal que também sai de Belém, desta vez, a caminho do Nordeste brasileiro chegando à cidade de Maceió, capital de Alagoas. Por essas e outras rotas, a madeira ilegal chega em pontos clandestinos onde são cortadas em formato de viga, vigote, sarrafo e ripa. Assim, seguem para o Nordeste, Sudeste e Sul brasileiros. Entre as espécies de maior destaque nas apreensões estão Maçaranduba, Jatobá, Cumaru e Tatajuba destinadas ao setor de construção, em sua maioria. O Jatobá, por exemplo, é uma das espécies ameaçadas de extinção e segue na categoria vulnerável segundo classificação do Serviço Florestal Brasileiro. No momento da apreensão da madeira ilegal pela PRF, o caminhoneiro que realiza o transporte assina o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) se colocando à disposição do Juizado Especial Criminal, quando chamado. A partir disso os órgãos ambientais, como a Sema ou o Ibama, são comunicados oficialmente com todas as informações da respectiva apreensão. São essas mesmas organizações que ficam responsáveis pela retirada das respectivas cargas e por dar seguimento aos procedimentos legais cabíveis. Na “ponta final”, estão o Ministério Público e o Poder Judiciário Especial Criminal no papel de convocação e julgamento dos responsáveis, em até dois anos, quando esse tipo de crime prescreve. 

Fonte: Monalisa Coelho, Maria Regina Telles e Camila Simões



sábado, 22 de julho de 2023

16º domingo comum - É urgente adotar os critérios da 'governança de Deus' ! Não é ainda o 'fim da história' (Mt. 13,24-43)

O modo de governar de Deus é algo único. Ele não adota os critérios humanos que são, quase sempre, determinados pelo julgamento apressado e parcial, superficial e interesseiro. Os humanos que arrogantemente se consideram justos não sentem escrúpulo algum em condenar e 'arrancar' os que eles consideram injustos. Já a governança de Deus entende que, por se tratar de vidas, é preciso cautela e sabedoria; ‘deixai crescer juntos’ porque nós humanos não sabemos discernir quem efetivamente é ‘joio’ e quem é ‘trigo’. Nós, imediatistas e truculentos, sempre queremos eliminar os que achamos que dificultam e boicotam a nossa vida e, na maioria das vezes, nunca acertamos! O modo de administrar de Deus é algo que cresce quase imperceptivelmente. Ele é compreendido e acolhido aos poucos. Não adianta forçar a barra! Em que pesem as violências e as injustiças gritantes produzida e incentivadas pelas ‘governanças humanas’, o jeito de governar de Deus vem fermentando a 'massa planetária' mediante inúmeras pequenas formas de resistência, e com variadas experiências de solidariedade de tantos ‘pequeninos’. Acredite quem quiser e....puder!!!!!


quinta-feira, 20 de julho de 2023

“A Itália é pós-cristã”, o estudo chocante sobre a religião

Não bastam a presença do Vaticano e o fato da Itália ser universalmente considerada o berço do cristianismo. A Itália já é pós-cristã. Os dados falam por si: de acordo com um novo levantamento que o mensal "il Timone" realizou em colaboração com a Euromedia Research da Dra. Alessandra Ghisleri, mais de um terço da população italiana – exatamente 37% - declara-se "não crente", enquanto os que se declaram "crentes" e católicos e frequentam a igreja para as missas são apenas 13,8% da população estudo, são uma pequena minoria, composta por poucos jovens e fiéis idosos. Entre os que se declaram "crentes" e afirmam ir à missa pelo menos uma vez por mês, apenas 33% dos fiéis se confessam pelo menos uma vez por ano, enquanto 32% desconhecem o significado da Eucaristia. Bastante grave, visto que estamos falando do sacramento instituído por Jesus na Última Ceia.

Poucos crentes conhecem "A Última Ceia"

Os outros dados contidos no estudo publicado pela revista "Il Timone" são igualmente desanimadores para o futuro da Igreja. Menos de 6 em cada 10 praticantes, de fato, sabem o que é confissão, enquanto 66% dos praticantes erram ou ignoram a definição de "ressurreição da carne"; e não para por aí, porque 20% acham que o pecado é um "simples mal feito aos outros". Além disso, sobre os temas éticos, do aborto ao casamento homoafetivo, os praticantes têm uma visão de fato "secularizada" enquanto aparece, sempre entre os crentes, uma clara oposição à barriga de aluguel e à legalização das drogas. A oração continua sendo uma prática muito comum: um fiel em cada cinco afirma rezar todos os dias - e 96% o faz pelo menos ocasionalmente - enquanto 7 em cada 10 pessoas que vão à missa acreditam na existência do Diabo. (IHU)

Queira Deus e a Vida que, pelo menos, se mantenha a FÉ, a ESPERANÇA e a CARIDADE....


quinta-feira, 13 de julho de 2023

PF realiza operação de combate à extração ilegal de madeira em territórios indígenas, no MA

 A Polícia Federal, conjuntamente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), e o Exército Brasileiro, deflagrou, simultaneamente, nesta quarta-feira (12), as operações Arrabalde e Kambõ Urucum, com o objetivo de reprimir o comércio irregular de madeira extraída de Terra Indígena (TI) Alto Turiaçu, localizada na região da Amazônia Legal, no noroeste do Maranhão.

 A investigação foi iniciada a partir da comunicação da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e participação Popular (SEDIHPOP) de ameaças sofridas por uma liderança da etnia indígena Ka’apor por madeireiros, em Santa Luzia do Paruá, a 273 km de São Luís. Com base nestes dados, a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DMA) conseguiu identificar os responsáveis pelos estabelecimentos em situação irregular. Quase todos não têm Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF/APP), que identifica as pessoas físicas e jurídicas sob controle ambiental e fiscalização ambiental, conforme previsto em legislação federal. A ação ocorreu nos municípios de Araguanã, a 157 km de São Luís, e Santa Luzia do Paruá, resultando no cumprimento a 13 Mandados de Busca e Apreensão, sete medidas cautelares diversas da prisão de suspensão de atividades econômicas, além de um mandado de prisão preventiva. Um Policial Militar também foi conduzido para prestar esclarecimentos, acerca de conversas encontradas em seu celular, em que estaria repassando informações acerca da localização dos órgãos fiscalizatórios. Os investigados responderão pelos crimes de receptação qualificada e venda, expor a venda, ou ter em depósito madeira e outros produtos de origem florestal, sem licença válida para o tempo de armazenamento.

terça-feira, 11 de julho de 2023

O novo jeito de governar de Deus está ao seu alcance. Acredite! (Mt.10,1-7)

 Jesus deu o poder de expulsar todo tipo de espírito mau e doença aos seus apóstolos no sentido que Ele não guardou só para si essa ‘potência’, mas a estendeu a todos eles, o seus seguidores mais próximos. Não somos, contudo, informados se eles exerceram esse poder e com quais resultados. Isso é relativo. O que nos interessa é que a seguir o evangelista faz uma listagem dos 12 e aí percebemos o seu alcance teológico. Na minúscula e rebelde Galileia, Jesus apela ainda ao número 12 que indica totalidade, universalidade, plenitude, completude. Com isso Jesus quer nos mostrar que Israel todo deve ser ‘instrumento poderoso’ para libertar e expulsar espíritos e forças malignas que ainda impedem a reconfiguração da ‘Nação’.  Mateus na sua lista cita pessoas/nomes de todo tipo de origem e classe social, com suas especificidades e idiossincrasias, como se convidasse a cada um de nós a acrescentarmos mais nomes, mais seguidores... Em seguida dá uma ordem bem clara e imperativa, a de não ir aos pagãos estrangeiros, mas de permanecer entre os seus. De cuidar e assistir as ovelhas perdidas e abandonadas de Israel, acreditando, talvez, que essas ‘ovelhas perdidas’, rejeitadas e excluídas pelo próprio Israel, enfim, salvas e remidas, poderiam se somar ao grupo dos 12 e se estender a outros grupos e nações, num surpreendente efeito multiplicador.  Mateus termina relatando o lançamento do anúncio central, fundamental, e característico de Jesus; ‘o Reino de Deus está próximo’, ou seja, o modo de governar de Deus está perto, está ao nosso alcance. Não é, portanto, uma missão impossível ou relegada a um futuro que embora próximo, ainda está ‘fora de mão’, mas um novo sistema de governar que é possível ser realizado. Sempre que os 12 (todos) e as ‘ovelhas perdidas’ acreditem de verdade nessa possibilidade!


sábado, 8 de julho de 2023

14º domingo comum - Jesus não nos livra do jugo, mas o 'carrega' de sentido!

Os valores, os sonhos, os desafios e os enfrentamentos para construir o Reinado de Deus não podem ser compreendidos e acolhidos pelos sabichões e especialistas! Eles já possuem ‘suas verdades e seus privilégios’. Só os renegados pela ‘história’ sabem e sentem na pele o que significa vida digna, esperança, mudança. Louvores a esse Pai que não se esconde, mas que se revela a todos os seus filhos que confiam no seu modo de ‘administrar/reinar’! Isso não significa vida fácil e segura para os filhos. Acreditar e lutar pelo Reinado de Deus implica cruz, exclusão, perseguição. Jesus não ilude e nem cria falsas expectativas como fazem os charlatões da religião. Ele não tira os jugos da vida e nem nos livra do fardo de segui-Lo até à cruz, mas lhes dá um novo sentido, carregado de esperança e presença amorosa. Os jugos e os fardos da vida se tornam leves e suaves quando não são encarados como derrotas ou castigos, mas como consequências e caminhos obrigatórios para recriar a humanidade do jeito que o Pai deseja, e não da forma como os ‘espertalhões e sabichões’ desse mundo querem impor.

sábado, 1 de julho de 2023

Pedro e Paulo, dois mundos, duas culturas...um só e único Mestre, o filho do Deus vivo!


Pedro e Paulo são celebrados no mesmo dia, mas pouco tinham em comum. Os dois tiveram que romper com o próprio passado para se reencontrar consigo mesmo. Paulo escravo do legalismo e fanatismo religioso nunca conheceu e conviveu com Jesus. Pedro, mesmo convivendo vários anos com o Mestre nada havia entendido Dele! Precisou perder o amigo Jesus para que seus olhos se abrissem. Os dois, contudo, chegaram a compreender alguns pontos norteadores que todo discípulo tem que ter: 1. Saber seguir o ‘Cristo filho do Deus vivo’ principalmente no caminho na cruz e da rejeição, sem viver na expectativa de obter cargos, reconhecimentos públicos e poder. 2. Ser multiplicador de igrejas do ‘Cristo filho do Deus vivo’ e não igrejas pessoais, rompendo com o medo e a dependência produzida pelas normas e as prescrições religiosas, e mergulhar na beleza de criar fraternidade e comunhão com todos os povos e culturas. 3. Despir-se de todo privilégio para ser igreja-família-comunidade que acolhe, serve e protege todas vítimas da brutalidade humana. Que tem moral para falar, anunciar e denunciar, porque no seu seio há pessoas que sabem amar de forma gratuita, sem trocas e interesses. Porque os seus filhos e filhas vivem identificados com Aquele único e verdadeiro líder que veio para ‘servir e não para ser servido’.