sábado, 31 de outubro de 2020

SANTO E SANTA É VOCÊ QUANDO..........

 Santo não é aquele que é venerado em algum santuário, numa redoma reluzente, mas aquele que consegue inspirar caridade e compaixão no coração-sacrário de cada ser! 

Santo não é aquele cujo nome consta no calendário católico, mas aquele que no Nome Santo do Pai respeita todos os nomes-dignidades dos Seus filhos e filhas. 

Santo não é aquele ao qual se atribuem dois ou mais milagres, depois de demorados processos de canonização, mas aquele que, mediante um simples sorriso, uma carícia, ou um abraço fraterno dissipa ódios e rancores!

Santo não é o perfeito, e nem o herói numa ou em mais virtudes, mas aquele que, em suas fragilidades, no cotidiano da vida, não se abala e não se desespera, e testemunha a esperança.

Santo é você, irmão e irmã, quando com o seu testemunho anônimo desmascara os falsos líderes e pastores. Quando não se deixa ludibriar por aqueles que lhe prometem paraísos artificiais aqui ou alhures. Quando se afasta daqueles que se autoproclamam ferrenhos defensores da família, da pátria, da terra, e da segurança. Santo é você quando, contra todo pensamento majoritário, continuar a permanecer ao lado dos banidos da sociedade bem-pensante. E quando, pela compaixão, souber afagar o coração, o corpo e a alma daqueles impuros descartáveis que são permanentemente excomungados pelos ‘falsos santos’ de hoje! 


quarta-feira, 28 de outubro de 2020

O papa Francisco apoiou as uniões civis. O que isso significa? Entrevista com Lucas Paiva


Para Lucas Paiva, que integra um grupo LGBT católico, o Papa segue determinado em pôr um fim às guerras culturais que sequestraram o discurso da Igreja nas últimas décadas”, destaca. Observa que a grande contribuição de Francisco é mesmo trazer esses assuntos à tona. Ao se posicionar favoravelmente às uniões civis para casais do mesmo sexo, Francisco reconhece que as pessoas LGBTI+ devem ter seus direitos assegurados e alerta os católicos para não usarem a religião como justificativa para seus preconceitos. Além disso, é a primeira vez que o Papa faz menção à família quando fala de pessoas LGBTI+, e mesmo que não tenha falado em “formar família”, mas “fazer parte de uma família”, isso muda seguramente a perspectiva para uma abordagem mais pastoral e respeitosa”. É interessante ver também que essa declaração é um modo de fazer as pazes com o estado laico, pois o Papa demonstra compreender e valorizar os limites entre a lei civil e os dogmas religiosos.

 “Ele não tem medo dessas discussões, e está permitindo e incentivando que os bispos, os teólogos e os católicos de modo geral possam discutir livremente todo e qualquer assunto, inclusive porque a sobrevivência da Igreja depende de um ajuste de contas com a sexualidade humana”, analisa. No entanto, o jovem reconhece que não há mudanças práticas na Doutrina da Igreja. “Ainda que animadora, essa fala fora dos canais oficiais mostra como ainda estamos distantes do pleno reconhecimento pela Igreja do valor do amor, seja entre pessoas hétero ou homossexuais. Mas seguramente estamos a caminho”, observa. Para ele, muito ainda precisa ser revisto e não somente o que se refere aos homossexuais. “O matrimônio como está é um problema também para os casais heterossexuais. O Sínodo de 2014, o primeiro convocado pelo papa Francisco, começou a tocar nessas questões, mas enquanto os fiéis já se resolveram por si e aceitaram de bom grado temas como o divórcio e o controle de natalidade, os bispos pelo mundo afora permanecem encastelados numa visão idealizada e restritiva de família”, aponta. E provoca: “se os bispos olharem para o seu povo, verão que a maioria dos católicos já está muito além da Igreja e reconhece a sacralidade do amor e sua superioridade frente às leis


Instituições financeiras norte-americanas investiram mais de US$ 18 bilhões em empresas ligadas a violações de direitos indígenas na Amazônia


Como corporações globais contribuem para violações de direitos dos povos indígenas da Amazônia Brasileira revela que seis instituições financeiras norte-americanas – BlackRock, Citigroup, J.P. Morgan Chase, Vanguard, Bank of America e Dimensional Fund Advisors – investiram mais de US$ 18 bilhões, somente de 2017 a 2020, em empresas cujas atividades têm envolvimento com invasões, desmatamento e violações de direitos indígenas na Amazônia. Três setores estratégicos para a economia brasileira – mineração, agronegócio e energia – geraram conflitos com povos indígenas da Amazônia nos últimos anos. 
Foram mapeados casos envolvendo as mineradoras Vale, Anglo American e Belo Sun; as empresas do agronegócio Cargill, JBS e Cosan/Raízen; e as companhias de energia Energisa Mato Grosso, Equatorial Energia Maranhão e Eletronorte, abrangendo os estados do Pará, Maranhão, Mato Grosso, Amazonas e Roraima. “O fluxo de investimentos estrangeiros para empresas que atuam no Brasil se expandiu em uma intrincada rede internacional. Na cadeia desses projetos, os povos indígenas são tratados muitas vezes como um ‘entrave para o desenvolvimento’, e as suas terras são invadidas, ocupadas, saqueadas e destruídas”, afirma Eloy Terena, advogado da APIB. “Esses conflitos materializam-se na pressão pela abertura de novas frentes de exploração nos territórios indígenas, levando a ataques diretos de grileiros e outros invasores, junto com o sistemático desrespeito à legislação que protege as terras e direitos indígenas.” (fonte GGN)