Na tarde desta sexta-feira (15), os indígenas da Reserva Cana Brava voltaram a interditar totalmente um trecho da BR-226, na altura do km 356, no município de Jenipapo dos Vieiras, a cerca de 437,2 km. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há previsão de liberação da BR e nem proposta de desvio para os motoristas. Segundo informações, ambulâncias e outros veículos de segurança pública são analisados e, dependendo do serviço a ser prestado, os indígenas liberam a passagem deles no bloqueio.
De acordo com a PRF, os indígenas exigem melhorias das condições de saúde da comunidade. Os manifestantes relatam que há problemas na assistência de saúde nas aldeias da região, como falta de medicamentos e até de combustível para as ambulâncias. Além disso, os manifestantes exigem a saída de Alberto José, coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI). Nessa quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (PL), em visita ao Maranhão afirmou, durante entrevista coletiva em São Luís, que iria atender aos pedidos dos indígenas, exonerando o atual diretor do DSEI/MA, Alberto José. Porém não disse quando a exoneração seria feita.
Bolsonaro diz que Governo Federal deve mudar coordenação do DSEI no MA. Na mesma entrevista, o presidente chegou a pedir que os indígenas não fechassem mais a BR-226. Essa é a quarta vez que os indígenas interditam um trecho da rodovia federal, cobrando soluções do poder público. O primeiro bloqueio foi no dia 30 de junho. O segundo protesto aconteceu no dia 5 de julho, quando os manifestantes fecharam um trecho da BR-226, em Barra do Corda, a 459 km de São Luís. Já a terceira interdição da rodovia aconteceu no dia 7 de julho, também em um trecho na cidade de Barra do Corda. No dia 9 de julho, os indígenas deram fim a interdição da BR-226. Na tarde desta sexta-feira (15), os indígenas da Reserva Cana Brava voltaram a interditar totalmente um trecho da BR-226, na altura do km 356, no município de Jenipapo dos Vieiras, a cerca de 437,2 km.