quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Brasil: Índice de Desenvolvimento Humano em 16 capitais cresce de Norte a Sul, mas permanece muita desigualdade!

A região metropolitana de São Paulo tem o maior IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) entre 16 áreas pesquisadas pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Seu índice é 0,794 em uma escala de 0 a 1 -- quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho. O ranking de 16 regiões metropolitanas do país divulgados nesta terça-feira (25) no Atlas do Desenvolvimento Humano, que foi lançado pelo Pnud em parceria com o Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), órgão ligado ao governo federal, e a Fundação João Pinheiro. Com um IDHM de 0,792, a Ride (região integrada de desenvolvimento econômico) do Distrito Federal é a segunda melhor colocada no ranking. A região metropolitana de Curitiba vem na sequência com 0,783.  O quarto lugar ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte com 0,774 de IDHM. A quinta melhor região metropolitana é a da Grande Vitória, com 0772. Entre as piores no ranking, a região metropolitana de Manaus obteve a menor índice entre as 16 analisadas pelos pesquisadores, com o IDHM de 0,720. Belém é a penúltima no ranking com 0,729. Fortaleza e Natal aparecem empatadas com terceiro pior IDHM com 0,732. A região metropolitana do Recife vem em seguida com 0,734. Todas as 16 regiões metropolitanas estudadas pelo Pnud encontram-se na categoria alto desenvolvimento humano. O estudo também mostra a comparação com os índices de 2000, primeira vez em que um levantamento do gênero foi feito. Segundo o relatório do Pnud, houve melhora do IDHM nos últimos dez anos em todas as regiões metropolitanas analisadas. Entre os lanternas do ranking de 2010 a melhora do índice também é observada se comparada aos índices de 2000, quando estavam nas categorias baixo e médio desenvolvimento humano. Para o Pnud, os dados mostram a redução das disparidades entre regiões Norte e Sul do país entre 2000 e 2010. São Luis ficou em 10º lugar com 0,755 a melhor colocada entre as capitais do Nordeste. Manaus ficou em último lugar com 0,722. (Fonte: UOL)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Buriticupu: continua o desafio de fazer respeitar os direitos. Audiência Pública, com a ausência de vários poderes públicos, discute encaminhamentos

Burticupu, a terra sem lei, não desiste em exigir o respeito aos direitos de inúmeros trabalhadores rurais e lideranças populares. A cidade, que foi emancipada em 1996, carrega até hoje os problemas gerados pelos conflitos de terra do início da colonização. Com a extração de madeira, surgem as carvoarias e aparece o trabalho escravo. A grilagem de terras e a pistolagem somam-se ao conjunto de problemáticas. A região ainda é cortada pela Estrada de Ferro Carajás (EFC), de concessão da empresa Vale S.A. A estrada é usada para transportar o minério de ferro extraído na Serra de Carajás – PA e outras matérias-primas. A EFC provoca diversos impactos nas comunidades que se localizam em sua extensão. O barulho provocado pelo trem, rachaduras nas casas e trepidações são alguns exemplos. É nesse contexto que líderes religiosos da Igreja Católica passam a lutar contra a exploração de madeira e discutir a reforma agrária. A luta foi ganhando força e hoje Buriticupu conta com defensores e defensoras de direitos humanos. Pessoas que defendem a vida e a natureza e trabalham em busca da justiça social criam o Fórum de Políticas Públicas de Buriticupu (FPPpara fazer frente a todas essas violações. O fórum é uma rede de entidades que defendem os direitos socioambientais na região e para isso promovem diversas ações de combate às injustiças. A última atividade realizada pelo fórum foi a audiência pública “Conflitos Socioambientais e garantias institucionais na Comarca de Buriticupu” realizada na última quarta (19 O objetivo da audiência desse ano foi mostrar que a sociedade civil mantém vigilância permanente sobre as políticas públicas e a falta de atuação do Estado, querendo tornar efetivas suas reivindicações. O FPP cobrou maior investigação nos casos de assassinatos de lideranças comunitárias, como o de Raimundo Borges, conhecido como “Cabeça”, assassinado em 14 de abril de 2012. As pessoas denunciadas pelo homicídio de “Cabeça” continuam livres e o júri ainda não aconteceu. Além disso, o FPP discutiu sobre os avanços e os retrocessos sentidos no intervalo entre as duas audiências. Em 2013 reivindicava:- o cumprimento do TAC assinado em 19 de março de 2009, sobre segurança pública no Município, que ainda não foi cumprido em sua totalidade;- a implantação de uma unidade da Defensoria Pública do Estado na comarca de Buriticupu; - a implantação da Delegacia da Mulher em Buriticupu;- a implantação de uma Vara da Infância; - a implantação do Conselho Municipal de Direitos Humanos;- a instalação da Segunda Vara da comarca de Buriticupu;- a instalação da comarca de Bom Jesus das Selvas, deixando de ser termo de Buriticupu. 
“O Ministério Público vai tomar as providências que estiverem ao seu alcance para garantir a instalação de um núcleo da Defensoria Pública Estadual (DPE) em Buriticupu afirmou a Promotora de Justiça Glauce Malheiros . E vai mais longe:' Eu proponho avaliar a possibilidade de ingressar com uma ação judicial para que o Estado seja obrigado a promover a instalação da DPE em Buriticupu. Garanto que antes de sair de Buriticupu tomarei providências para essa ação, se necessário for”. Uma delegação formada pelo FPP, a rede Justiça nos Trilhos, Justiça Global e o Conselho Estadual de Direitos Humanos do Maranhão pedirá audiências em São Luís, até o final desse ano para tentar mobilizar os poderes públicos ausentes e omissos. (Fonte: Justiça nos Trilhos)

sábado, 22 de novembro de 2014

Festa de Cristo rei do universo - Assumir os valores que contam, e arcar com as consequências, no bem e no mal! (Mt. 25, 32-46)

Não há como negar que a Palavra de hoje é dura. Aparentemente não é uma ‘boa nova’, pelo menos para os’ cabritos’. É também verdade que a palavra hodierna é uma ‘parábola’ e não uma descrição do que efetivamente poderá acontecer no julgamento final, cujo dia ‘nem o Filho do Homem sabe o dia e a hora’! Uma parábola que reflete fielmente a nossa realidade humana cotidiana, ou seja, a nossa procura incessante por valores e opções de vida que nos realizem e nos façam sentir felizes. Afinal, Jesus nos pergunta: sobre quais pilares você está construindo, hoje, a sua vida? Saiba que a depender disso você terá que arcar com conseqüências lamentáveis ou fazer a experiência da plena realização humana e espiritual. Da mesma forma que ocorre quando uma pessoa brinca demais com a vida: fuma, usa drogas, corre em alta velocidade, tira proveito de tudo e todos, mente, não é precavido. Chega uma hora em que a dependência o domina, a doença o martiriza, um incidente grave o torna inválido, perde a amizade e a estima das pessoas, entra em colapso psicológico. Isto não é castigo ou condenação divina. É o preço (condenação) que pagamos por nós mesmos ter feito opções erradas, por não ter investido nos verdadeiros valores que contam e que dão sentido ao nosso existir. 

Na parábola Jesus nos diz quais são os valores que para Ele são a base para a construção e o desenvolvimento de um ‘reino de felicidade e paz’ e, ao mesmo tempo, de felicidade interior plena. Dar de comer ao faminto, dar água ao sedento, acolher e proteger o estrangeiro, vestir o nu, visitar o detento e acudir o doente são os ‘sinais concretos da misericórdia’ divina e humana. São essas ações que são capazes de transformar vidas. São expressões de amor não dirigidas para si, para estar de bem consigo mesmo, mas manifestações voltadas para fora, para os outros. Para fazer a felicidade do outro que é mais frágil e mais desprotegido. Ao fazer isso, os dois, - o que oferece e o que recebe, - fazem a experiência da plenitude de vida e felicidade. Isto se choca com a filosofia de vida de muitos e com a prática humana pós-moderna, onde ‘investir em si’ está acima de tudo, e ajudar e dar gratuitamente a quem precisa parece ser uma ameaça à própria carreira profissional. Já temos muitas pessoas-cabritos pagando por isso! Não se trata de sermos perfeitos, de sermos ovelhas obedientes e responsáveis sempre, e em todas as circunstâncias. Seria algo irreal. Mas é urgente compreender que existem valores irrenunciáveis que devem ser ‘descobertos’ e, principalmente, incorporados. A nossa vida ou a nossa morte, a nossa felicidade ou a nossa infelicidade estão em jogo. Afinal, ninguém nos julgará e nem condenará, - pois não é o modo de proceder do Deus de Jesus, - mas seremos nós mesmos a nos colocar à margem de onde flui vida plena, ou mergulhar definitivamente na paz que vem da doação e da solidariedade. 

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Aécio e Marina receberam para suas campanhas milhões de empresas envolvidas no mercado de propinas

O “clube” formado pelas empreiteiras acusadas de integrar o esquema de corrupção denunciado à Justiça pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, no âmbito da operação Lava Jato da Polícia Federal, repassou R$ 160,7 milhões aos principais partidos de oposição ao governo federal no Congresso Nacional. Do total, R$ 129,34 milhões foram destinados ao PSDB, R$ 15,85 milhões ao DEM e R$ 15,57 milhões, ao PSB. O “clube”, como os próprios membros se autodenominam nos grampos autorizados pela Justiça  é formado por dez empresas investigadas por  formação de cartel destinado a controlar as obras da estatal em projetos de expansão e construção de polos petroquímicos, refinarias e extração de petróleo. Além das construtoras Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Iesa, Engevix e Toyo Setal, o grupo reconhecia dentro do próprio esquema uma hierarquização que classificava como “VIP” as suas comparsas Camargo Correa, UTC, OAS, Odebrecht e Andrade Gutierrez, consideradas as maiores do país. As doações contribuíram para eleger candidatos tucanos como os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Beto Richa (PR) e os senadores  José Serra (SP), Álvaro Dias (PR), Antônio Anastasia (MG). Também financiou candidaturas tucanas derrotadas à Presidência e governos estaduais, como as do senador mineiro Aécio Neves e Pimenta da Veiga, que concorreu e perdeu o governo de Minas para o petista Fernando Pimentel.Os recursos financiaram, ainda, a candidatura da ex-senadora Marina Silva (PSB), sucessora dos recursos destinados ao falecido ex-governador pernambucano Eduardo Campos, candidato socialista morto em 13 de agosto na queda do avião Cessna Citation em Santos (SP), em que viajava para compromissos eleitorais no Guarujá.
Valor parcial – Para obter os dados relativos ao repasse de financiamento eleitoral, a Agência PT de Notícias fez  minucioso levantamento no sistema compulsório de prestação de contas de partidos e candidatos, disponível na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na internet. Os dados ainda não são definitivos e podem ser ainda maiores. As doações aos candidatos que foram ao segundo turno, como Aécio Neves, são apenas parciais. Referem-se aos valores efetivamente repassados antes de 5 de outubro, data do primeiro turno de votação. (Fonte: Márcio de Moraes)

Gilmar Mendes, o ministro 'parcial' que vai analisar as contas de Dilma prepara o 'terceiro turno'! Brasileiros se preparem!

Ontem, o Ministro Gilmar Mendes convocou técnicos do Tribunal de Contas da União, da Receita Federal e do Banco Central para se debruçarem na análise das contas de Dilma Rousseff. As investigações serão tanto das contas do comitê de campanha, como da própria candidata Dilma Rousseff, segundo informações do blogueiro Fernando Rodrigues. Há uma montanha de documentos para serem analisados.A análise das duas prestações de conta foi remanejada para Gilmar pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Antônio Dias Toffoli, mediante um conjunto de estratagemas.Os processos estavam com o Ministro Henrique Neves, cujo mandato venceu. Menos de oito horas úteis após o vencimento do mandato, antes mesmo que o PT tivesse entregado os relatórios, Toffoli apressou-se, atropelou o regimento interno do TCE –que indicava a figura do juiz natural no substituto de Neves ou em um juiz da mesma classe – e efetuou o sorteio.Estatisticamente, há um conjunto de circunstâncias que sugerem que o sorteio foi fraudado. A probabilidade dos dois processos caírem com Gilmar era de 1 em 49.Gilmar jamais se comportou com isenção em temas relacionados com seus aliados (do PSDB a Demóstenes Torres e José Roberto Arruda), aos quais protege, e com os adversários, que recebem sistematicamente votos contrários.Assim como Joaquim Barbosa no julgamento da AP 470, o relatório que está sendo preparado por Gilmar Mendes será uma peça de acusação. Provavelmente, tentará relacionar o caixa 1 de campanha com os dados da Operação Lava Jatos.Mesmo contando com um parecer do Procurador Eleitoral Eugênio Aragão, aparentemente a área jurídica do governo e do PT não se moveram para obrigar Toffoli a cumprir o regimento.(Fonte: GGN)

Diferenças entre "Mãos limpas' e 'Lava-Jato'! Que se investigue FHC, o pioneiro nas práticas do 'toma lá dá cá'!

Pretende-se semelhança entre a nossa Operação Lava Jato e a Operação Mãos Limpas dos começos dos anos 90. Ambas visam devassar e condenar esquemas corruptos, mas há mais diferenças do que parecenças. As duas operações apresentam os rostos de figuras centrais, o PM Antonio Di Pietro e o juiz Sergio Moro. Na Itália, o grande inquisidor Di Pietro foi logo secundado por um pool de juízes e a operação levou à cadeia mais de mil cidadãos, atingidos ao cabo por condenações inflexíveis e amiúde longas. Políticos e empresários. Alguns destes mataram-se antes de ser presos. O político que dominara por dez anos, o líder socialista e primeiro-ministro Bettino Craxi, condenado a oito anos de cárcere, fugiu para a Tunísia, a salvo da extradição. A comparação entre o PT e o PCI exibe outra diferença. Ao contrário daquele, a se revelar igual a todos os demais partidos brasileiros, não houve condições de provar que políticos comunistas de qualquer escalão tivessem embolsado um único, escasso tostão, conquanto não fossem isentados de meticulosas investigações. O desfecho da Mãos Limpas foi a implosão da Primeira República, nascida no imediato pós-Guerra. Nem sempre este gênero de terremoto produz bons resultados, além do ataque à corrupção, eficaz de saída. No vazio de poder que se seguiu, ao vir à luz a Segunda República, instalou-se um predador clownesco chamado Silvio Berlusconi, enquanto o PCI mudava de nome, chamuscava a sua identidade e se perdia em disputas internas. Eis aí uma lição que seria oportuno aproveitar: a antipolítica sempre deságua em desastre. Em nome da negação da política, tida como origem de todos os males e de todas as mazelas, as ideologias chamadas a nutrir o debate responsável são abandonadas em proveito do desarme da consciência. Ou, por outra, da promoção da ignorância, do preconceito, do equívoco. No Brasil, um pensamento antipolítico leva ao fortalecimento da casa-grande e incentiva a mídia nativa no seu esforço de despolitização de quantos a leem ou ouvem.

Aonde nos conduz a Operação Lava Jato não é fácil prever. Creio que o juiz Moro queira apenas e tão somente fazer justiça e creio que esta venha a ser aplicada com todo o rigor. Tenho outra certeza: este processo vai confirmar o pecado capital da política à brasileira, cometido desde sempre. Gostaria, portanto, que outros fatos a enodoar o passado da política brasileira viessem à tona, inclusive os ocorridos em tempos recentes, antes da primeira vitória de Lula. Pois então, em um arroubo de pacata ilusão, proponho: chamemos o tão falante Fernando Henrique Cardoso, erguido no alto de livros que ninguém leu, para que explique como se deu a privatização das Comunicações, a maior bandalheira da história do Brasil. Ou de como foi feliz na compra de votos para conseguir a sua reeleição. Ou de que maneira foram enterrados os casos Sivam e Pasta Rosa. Nesta terra pretensamente abençoada por Deus, uma multidão implora pelo definitivo triunfo da moral, com M grande, e não se incomoda com quem inaugurou a transgressão. A maioria, por viver no limbo, alguns por hipocrisia. Se a Operação Lava Jato cumprisse o cauteloso vaticínio da presidenta Dilma, ao imaginá-la capaz de provocar uma mudança positiva nos hábitos políticos do País (e eu gostaria se também fossem comportamentais para a sociedade em peso), que bem venha. Até para impedir, daqui para a frente, que somente pobres e petistas sigam para a cadeia.(Fonte: Carta Capital)

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Mais dois Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) são alcançados pelo Brasil. Só 'eles' que não enxergam....

O Brasil alcançou com antecedência mais dois Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) fixados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para 2015: reduzir pela metade a população sem acesso a saneamento e em dois terços a mortalidade até cinco anos de idade. O registro que observa que o País “cruza a  faixa final” dessas duas metas – entre outras já cumpridas anteriormente e algumas que dificilmente o  serão no prazo – está no 5º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, lançado no fim de maio. O relatório anterior, publicado em 2010, trazia dados que cobriam o  período 1990-2008, em sua maioria atualizados até 2012 no novo documento, cuja elaboração foi coordenada pelo Ipea e pela Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico do Ministério do Planejamento,  Orçamento e Gestão.(Fonte: GGN)

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Empreiteiras deverão devolver grana extorquida à Petrobrás, mas os partidos vão fazer o mesmo?

A Controladoria Geral da União já possui farto material para abrir processos contra as nove empreiteiras acusadas de ter dado propinas a executivos da Petrobrás. O ministro-chefe, o senhor Hage, já disse que não há como celebrar novos contratos com essas empreiteiras sem que haja ‘compensação’, ou melhor, devolução da grana obtida graças aos super-faturamentos praticados, além de outras vantagens conexas. Sabe-se, porém, que parte dessa grana foi entregue a políticos do PT, PMDB e PP. Pelo menos por enquanto e, principalmente, nessa ‘Operação Lava-jato’, pois se ampliar (governos estaduais) o negócio pega fogo com muitos outros partidos. A pergunta é: os partidos vão devolver os 2% (ou mais) que recebiam das empreiteiras através de seus intermediários, ou fica por isso mesmo? Seria muito pouco, futuramente, escolher alguns deputados bodes expiatórios e torná-los inelegíveis, sem exigir a devolução da grana que, mesmo não sendo pública, foi fruto da extorsão e dos super-faturamentos e regou ‘os partidos’ e não somente pessoas.... 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

36 milhões de pessoas vivem em situação de escravidão no planeta terra

Quase 36 milhões de homens, mulheres e crianças - 0,5% da população global - vivem em situação de escravidão moderna no mundo, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira pela organização de direitos humanos Walk Free Foundation. O Brasil, apesar de ter um dos menores índices de escravidão do continente americano (atrás de Canadá, EUA e Cuba), ainda abriga 155,3 mil pessoas nessa situação, que abrange desde trabalho forçado ou por dívidas, tráfico humano ou sexual até casamentos forçados, em que uma das partes é subserviente. "Depois da Europa, o continente americano é a região com a menor prevalência de escravatura moderna no mundo. Ainda assim, cerca de 1,28 milhão de pessoas (no continente) são vítimas de escravatura, na sua maioria por meio do tráfico sexual e exploração laboral, (sobretudo) trabalhadores agrícolas com baixas qualificações e elevada mobilidade", diz o relatório. "Um dos principais fatores na região são as fortes tendências migratórias transnacionais, que levam pessoas vulneráveis a abandonar seus lares em busca de trabalho. As condições de trabalho são muitas vezes deploráveis e podem incluir servidão por dívida, confinamento físico, ausência de dias de descanso, falta de água potável, retenção de salários e horas extras ilegais, muitas vezes sob ameaça de deportação." Não surpreende, portanto, que o empobrecido Haiti lidere o ranking da região: 2,3% de sua população vive em condições de escravatura moderna, segundo o Índice Global de Escravatura.O relatório destaca que o Brasil está entre os países com "respostas governamentais mais firmes" contra o problema, ao encorajar as empresas a pressionarem pelo fim do trabalho escravo nas diversas etapas de sua cadeia produtiva. (Fonte: BBC)

Desmatamento na Amazônia Legal aumenta de 467 % !

O desmatamento na Amazônia Legal chegou a 244 km² em outubro, aumento de 467% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram desmatados 43 km². O monitoramento, não oficial, foi feito pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), da organização de pesquisa Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém (PA). Em outubro, 72% do território da Amazônia Legal foi monitorado, por causa da cobertura de nuvens. Em outubro do ano anterior, o monitoramento abrangia 69% do território. Segundo o boletim, no mês passado, Rondônia foi novamente o Estoniaado mais afetado, concentrando 27% do desmatamento. O restante se distribuiu entre Mato Grosso (23%), seguido por Pará (22%) e Amazonas (13%), com menor ocorrência em Roraima (9%), Acre (5%) e Amapá (1%). Além dos dados correspondentes ao corte raso, o Imazon divulgou números sobre a degradação florestal - as áreas onde a floresta não foi inteiramente suprimida, mas foi intensamente explorada ou atingida por queimadas. Em outubro, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 468 km². Em relação a outubro de 2013, houve um aumento de 1.070%, quando a degradação florestal somou 40 km². (Fonte: O Estado de São Paulo)

12 anos de governo tucano (PSDB) em Minas: esses caras não são sérios!

No apagar das luzes dos 12 anos de gestão do PSDB em Minas, o Estado já programou pelo menos 54 licitações a serem realizadas até o fim do ano, ou seja, em menos de 50 dias. Juntas, as obras somam R$ 692,6 milhões. Um dos certames foi marcado para o penúltimo dia do governo, 30 de dezembro. As contas serão pagas pelo próximo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). A equipe de transição diz que não foi comunicada sobre os compromissos que estão sendo firmados em nome da próxima gestão. Do outro lado, o governo informa que os processos já estavam previstos e que são para manutenção e garantia de serviços. Um levantamento ao qual O TEMPO teve acesso mostra que 43 concorrências foram divulgadas pelos órgãos executores após o dia 5 de outubro, data das eleições que elegeram o PT para assumir o Executivo estadual. Outro fato curioso é o prazo para execução das intervenções. Em algumas delas, a previsão é de 36 meses, ou seja, serão realizadas durante mais da metade do próximo mandato. O professor de contas públicas da Faculdade de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Piscitelli avalia que o número de processos até o fim do ano é elevado e foge do padrão do comportamento de gestores em fim de mandato, como é o caso. (Fonte O Tempo)

ESCANDALOSO: GILMAR MENDES E TOFFOLI ARMAM GOLPE CONTRA DILMA SEM PRECISAR DE IMPEACHMENT !

Já entrou em operação o golpe sem impeachment, articulado pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antonio Dias Toffoli em conluio com seu colega Gilmar Mendes. O desfecho será daqui a algumas semanas.

As etapas do golpe são as seguintes:
1. Na quinta-feira passada, dia 13, encerrou o mandato do Ministro Henrique Neves no TSE. Os ministros podem ser reconduzidos uma vez ao cargo. Presidente do TSE, Toffoli encaminhou uma lista tríplice à presidente Dilma Rousseff. Toffoli esperava que Neves fosse reconduzido ao cargo (http://tinyurl.com/pxpzg5y).
2. Dilma estava fora do país e a recondução não foi automática. Descontente com a não nomeação, 14 horas depois do vencimento do mandato de Neves, Toffoli redistribuiu seus processos. Dentre milhares de processos, os dois principais - referentes às contas de campanha de Dilma - foram distribuídos para Gilmar Mendes. Foi o primeiro cheiro de golpe. Entre 7 juízes do TSE, a probabilidade dos dois principais processos de Neves caírem com Gilmar é de 2 para 100. Há todos os sinais de um arranjo montado por Toffoli.
3. O Ministério Público Eleitoral, através do Procurador Eugênio Aragão, pronunciou-se contrário à redistribuição. Aragão invocou o artigo 16, parágrafo 8o do Regimento Interno do TSE, que determina que, em caso de vacância do Ministro efetivo, o encaminhamento dos processos será para o Ministro substituto da mesma classe. O prazo final para a prestação de contas será em 25 de novembro, havendo tempo para a indicação do substituto - que poderá ser o próprio Neves. Logo, “carece a decisão ora impugnada do requisito de urgência”.
4. Gilmar alegou que já se passavam trinta dias do final do mandato de Neves. Na verdade, Toffoli redistribuiu os processos apenas 14 horas depois de vencer o mandato.
5. A reação de Gilmar foi determinar que sua assessoria examine as contas do TSE e informe as diligências já requeridas nas ações de prestação de contas. Tudo isso para dificultar o pedido de redistribuição feito por Aragão.

Com o poder de investigar as contas, Gilmar poderá se aferrar a qualquer detalhe para impugná-las. Impugnando-as, não haverá diplomação de Dilma no dia 18 de dezembro. O golpe final - já planejado - consistirá em trabalhar um curioso conceito de Caixa 1. Gilmar alegará que algum financiamento oficial de campanha, isto é Caixa 1, tem alguma relação com os recursos denunciados pela Operação Lava Jato. Aproveitará o enorme alarido em torno da Operação para consumar o golpe.
Toffoli foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Lula. Até o episódio atual, arriscava-se a passar para a história como um dos mais despreparados Ministros do STF.

Durante a campanha, já tomara decisões polêmicas, que indicavam uma mudança de posição suspeita. Com a operação em curso, arrisca a entrar para a história de maneira mais depreciativa ainda. A história o colocará em uma galeria ao lado de notórios similares, como o Cabo Anselmo e Joaquim Silvério dos Reis.
Ontem, em jantar em homenagem ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o ex-governador paulista Cláudio Lembo se dizia espantado com um discurso de Toffoli, durante o dia, no qual fizera elogios ao golpe de 64. Se houver alguma ilegalidade na prestação de contas, que se cumpra a lei. A questão é que a operação armada por Toffoli e Gilmar está eivada de ilicitudes: é golpe. Se não houver uma reação firme das cabeças legalistas do país, o golpe se consumará nas próximas semanas. O processo de impeachment exige aprovação de 2/3 do Congresso. Já a rejeição das contas impede a diplomação. A decisão fica com o Judiciário. Este é o golpe paraguaio. (Fonte: GGN - Luis Nassif)

sábado, 15 de novembro de 2014

Manifestações anti-Dilma: faca de dois gumes!

Bem venham as manifestações anti-Dilma, embora só em São Paulo e, embora pedindo autênticas loucuras. Talvez os seus organizadores não percebam que manifestações desse tipo, movidas unicamente pela raiva, a intolerância, e a emocionalidade política circunstancial têm o poder de despertar a sua reação igual e contrária. Enganam-se os promotores de tais mobilizações que irão produzir um efeito dominó em nível nacional. Fechando fileiras com eles, claro! O feitiço poderia voltar-se contra o feiticeiro da forma mais clássica: não provando nada contra a presidente e nem sobre as eleições estariam dando, no final, uma declaração de inocência em favor da presidente que passaria a assumir o papel de perseguida e vítima do ranço da direita, fascista e intolerante. Mais: os promotores do contra estariam motivando os ‘dilmistas’ que repousam, nesse momento, na cama da vitória a ocuparem as ruas e praças, e mostrar unhas e dentes. Facas de dois gumes, inconformados! Na hora: uma manifestações anti-direita e por direitos juntou 10.000 em São Paulo! VENHAM!

Crise econômica? Não para eles! Dobra o número de bilionários no mundo!

Em um mundo angustiado pela crise econômica, aprendemos que de março de 2009 a março de 2014, exatamente o período considerado mais crítico, depois da bancarrota do Lehman Brothers, o número de bilionários do planeta dobrou: eram 793 no começo do furacão e agora somam 1.645. Os 85 mais ricos entre eles, no mesmo período, incrementaram seus capitais em 668 milhões de dólares a cada dia e sua renda equivale àquela de metade da população mundial, 3,5 bilhões de outros seres humanos. Os dados constam, entre outras “pérolas”, do recente estudo sobre a desigualdade no mundo, publicado pela Oxfam, rede internacional de 19 ONGs que combatem a pobreza. (Fonte: Carta Capital)