sábado, 29 de agosto de 2015

Adorar Deus não com os lábios e com fingimentos, mas mediante a prática dos mandamentos do amor, do respeito, da verdade! (Mc. 7,1-8 – 15.21-23)

Continuamos mergulhados, e somos ainda muito condicionados pela cultura do formalismo. Ou seja, de olhar as aparências e descuidar da essência, do ser. Preocupamo-nos com o vestir de acordo com a etiqueta, de falar com moderação, sem exaltação, de ter movimentos calculados e pausados, de ter uma ‘aparência física prazerosa’, de cumprir rigorosamente certas normas de convivência social, de observar tradições religiosas mesmo que obsoletas, etc. Quando falamos em formalismo nos vem espontâneo relacioná-lo a uma certa hipocrisia. Uma falsidade de comportamento, ou seja, a pessoa diz: ”Eu por formação não sou formalista e nem legalista, mas tenho que me comportar assim, porque a sociedade exige, a igreja pede, a empresa obriga, etc...’ Deixamos, assim, de sermos radicalmente autênticos. Tememos intimamente o julgamento e a condenação da sociedade e acabamos nos submetendo a ela. Fazemos violência ao nosso ser mais profundo. Perdemos a oportunidade de ‘quebrar’ com certas normas e tradições arcaicas para que a autenticidade, a coerência de vida, e os verdadeiros valores que contam possam emergir definitivamente. 

Jesus se encontrou no mesmo dilema. De um lado sentia a pressão dos especialistas das leis e dos preceitos religiosos que exigiam obediência cega. E, do outro, aparecia um sentimento interior de que tudo aquilo era uma forma para esconder a falta de amor e de piedade. Jesus percebia que se usava a tradição religiosa e as normas para esconder as próprias hipocrisias. E para continuar a dominar e a controlar as débeis consciências das pessoas que temiam castigos divinos e condenações humanas. Jesus, a bem da verdade, não queria implodir todo tipo de lei ou norma, só por ser tal, só porque era lei ou norma, mas queria que as pessoas em geral e os próprios especialistas compreendessem que se as normas não levam à prática do amor a Deus e ao próximo, à conversão, à misericórdia, à justiça, em nada servem! É como se ele dissesse: “ Normas e leis, pode até ser, mas o que vem em primeiro lugar é tirar de dentro de nós e do nosso meio a inveja, o ódio, o rancor, a calúnia, o espírito de vingança, as ciumeiras, pois são obstáculos fatais  à compaixão, à capacidade de servir e de acolher, de perdoar, de dialogar e construir junto com os outros”. Afinal, são ‘esses mandamentos’ que contam na vida! Querendo ou não, nós cristãos somos ainda herdeiros da prática farisaica. Obedecer ,ou fingir que estamos obedecendo às pequenas normas, às tradições inventadas ‘por quem sabe lá quem’, parece que nos dá mais segurança. Parece até que somos mais aceitos pelas pessoas que nos vêem, mesmo que seja só fachada. Chegou a hora de reafirmar, como Jesus, que a coerência e autenticidade de vida deve prevalecer sobre a hipocrisia, a falsidade, o legalismo tapado e o fingimento. 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Nota Pública sobre o assassinato de Raimundo José dos Santos. A morte da floresta, a morte de todos nós

Raimundo Santos Rodrigues, conhecido como José dos Santos, é mais uma vítima da ganância dos saqueadores, da violência impune do interior do Maranhão e da ausência do Estado.José dos Santos era Conselheiro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na Reserva Biológica do Gurupi, último fragmento da floresta amazônica em terras maranhenses, a área mais degradada da Amazônia Brasileira. A Rebio Gurupi é circundada por 3 áreas indígenas: Alto Turiaçú, Awá e Caru, que, como a floresta, sofrem os ataques dos madeireiros.O Conselheiro, atuante junto ao ICMBio desde 2012, foi assassinado no 25 de agosto na cidade de Bom Jardim (MA), a 275 Km de São Luís. José dos Santos estava acompanhado por sua esposa, que foi atingida por tiros e ainda se encontra no hospital. Ao longo de todos esses anos, José tem denunciado os madeireiros e defendido sua comunidade, também em qualidade de membro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTR) de Bom Jardim.O corpo do conselheiro está em Buriticupu, a 200 km de Bom Jardim, cidade onde outro membro do STTR, Raimundo Borges “Cabeça”, tem sido assassinado três anos atrás.José dos Santos deixa a esposa ferida e seis filhos. Em nota pública, o presidente do ICMBio, Claudio Maretti, definiu o acontecido como “um ataque covarde”. Outros conselheiros do ICMBio daquela região temem por sua própria segurança.As comarcas de Buriticupu e de Bom Jardim frequentemente são consideradas pela população como “Terras sem lei”, onde o Estado está particularmente ausente, as instituições de defesa dos direitos coletivos são extremamente fragilizadas e a violência dita a lei do mais forte.Nós, entidades de defesa dos direitos humanos, movimentos populares, organizações religiosas, instituições eclesiais, sindicatos, jornalistas, membros de redes e organizações atuantes em nível local, nacional e internacional, expressamos nossa solidariedade para com a família de José dos Santos, indignação pela violência sem fim que está destruindo pessoas e territórios nessa região do Maranhão e imediatas reivindicações nos seguintes sentidos:

- que a morte de José dos Santos, de Raimundo Borges e de vários outras vítimas nos municípios de Bom Jardim e Buriticupu (MA) não passem impunes; que haja investigações acuradas, identificação e punição dos assassinos e seus mandantes;
- que o Estado garanta proteção permanente às comunidades e aos defensores de direitos humanos nessa região;
- que as operações em defesa da Rebio e das terras indígenas dessa região erradiquem eficaz e definitivamente o saque de madeira e punam os empresários e políticos que se enriquecem ilegalmente através disso;
- que o Estado Brasileiro e o Governo do Maranhão reforcem as forças de segurança e as instituições de acesso à justiça nos municípios de Bom Jardim e de Buriticupu;
- que o Estado Brasileiro e o Governo do Maranhão invistam, a partir do discernimento com a população local e de mecanismos de gestão participativa, para a promoção de atividades de geração de renda alternativas ao saque e comércio de madeira.
A morte de um companheiro que lutou por justiça e a morte da floresta são a morte de todas e todos nós! Queremos viver, queremos justiça e dignidade!

Assinam várias entidades populares do Maranhão
28 de agosto de 2015

Mais um defensor da floresta pré-amazônica é assassinado. As suspeitas caem sobre os madeireiros da região de Bom Jardim-Buriticupu

Um vídeo gravado pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e cedido ao G1 mostra o relato do ambientalista e conselheiro da Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi, Raimundo Santos Rodrigues, de 54 anos, morto a tiros em uma emboscada, na tarde de terça-feira (25), em Bom Jardim (MA). De acordo com o relato, um fazendeiro, identificado como Jesus Costa, ameaçou a ele e a outras dez famílias que moram na região. "Ele estava incomodado com a Rebio para não roçar dentro da área de área biológica", diz. Raimundo morava há dez anos na região. No último dia 18 de junho, segundo o conselheiro, o fazendeiro agiu com abuso para retirar as famílias do local, incendiando casas e barracos, além de objetos dos moradores. "Nós se sente (sic) ameaçado desde que ele chegou lá, tocando fogo nos barracos. Ele queria passar com carro por cima das crianças, dos adultos", diz.A Polícia Federal (PF) informou que pediu autorização do Ministério da Justiça para investigar o assassinato do conselheiro. Segundo a PF, a investigação é de competência federal porque a reserva é ligada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), instituição que também é de autarquia federal. A esposa dele, Maria da Conceição Chaves Lima também foi alvejada e está internada no Hospital Municipal de Açailândia. Segundo a direção do hospital, ela passou por cirurgia. O quadro é considerado estável e ela não corre risco de morte. Raimundo era conselheiro na Rebio Gurupi desde 2012 e atuava denunciando madeireiros ilegais na região do Vale do Pindaré. Um dos trabalhadores da reserva, que não quis se identificar, afirmou que ele vinha sendo ameaçado por defender a preservação da floresta."Os madeireiros odiavam ele, porque ele denunciava. Ele era bastante atuante na região, defendia a comunidade, participava do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bom Jardim", contou ao G1. Com 271.197,51 de hectares, a Rebio Gurupi é uma das unidades de conservação administradas pelo ICMBio na região da Amazônia Legal, com coordenação regional vinculada ao CR4 (Belém, PA).(Fonte G1)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Mais cinco fugas da triagem de Pedrinhas. Os fugitivos serraram as grades e abriram um buraco na 'parede' do muro de cinta.

Foram cinco presos da triagem da penitenciária de Pedrinhas que fugiram na quinta feira, 20, da semana passada. Os cinco detentos agiram de forma calculada. Tomaram banho, se barbearam, serraram, calmamente, as grades da cela e desceram no pátio. Abriram um buraco na frágil parede do muro de cinta e entraram no quintal de uma das famílias situadas ao lado do prédio da triagem. Aparentemente, ninguém viu e ouviu algo suspeito. Eram, mais ou menos, as 13,00 h. da tarde. Algumas pessoas do lado de fora ao dar fé dos fugitivos começaram a correr e a gritar. Alguns observadores externos não entendiam o que se passava, mas foram alertados de que 5 detentos acabavam de fugir passando pelo quintal da casa de uma família próxima. Só depois de cerca de 20 minutos apareceram do lado de fora do prédio cerca de 10 policiais e agentes, mas informados de que já faziam mais de 20 minutos que os detentos tinham fugido eles voltaram para o interior do prédio. Depois de meia hora ouviu-se o ronco do helicóptero do GTA iniciando a busca. Pelo que se comenta somente um dos fugitivos foi recapturado. Naturalmente, o diretor declarou que iria abrir uma sindicância para verificar se houve facilitações internas. Estranho, contudo, que até o presente momento não li nenhuma informação a respeito da fuga, inclusive daqueles blogueiros que costumavam divulgar em caracteres cubitais qualquer mexida mínima que se dava nas angustas paredes de Pedrinhas. Onde estão eles que, de repente, silenciaram? As fugas, infelizmente, continuam acontecendo com ou sem farda laranja....com ou sem a promessa de que, agora, ‘tudo mudou’! 

Justiça do Pará suspende atividades de usina da VALE por suspeita de contaminação do Rio que passa pela terra dos índios Xikrin

Os 1.400 índios da terra indígena Xikrin do Cateté, no Pará, não podem mais beber a água do rio que atravessa suas aldeias. A pesca e o banho se tornaram atividades de risco. Os peixes não servem para consumo, e doenças começam a surgir nas aldeias. O motivo, de acordo com laudo da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, é que a água do rio Cateté está contaminada por metais pesados: níquel, cobre, cromo e ferro. O material, segundo o Ministério Público Federal, é proveniente do campo de mineração da usina Onça Puma, da Vale, cuja operação foi suspensa na semana passada após decisão judicial. O laudo da universidade federal atesta a contaminação e sua origem. Relatos e imagens feitas por um endocrinologista da Escola Paulista de Medicina, que visita as aldeias todos os anos, também corroboram o desastre ambiental na região paraense. O problema ambiental já tem suas primeiras vítimas: há relatos de índios com olhos avermelhados, dor de cabeça, vômitos, lesões na pele, além de seis casos de recém-nascidos com má formação nos últimos três anos. “Jamais houve qualquer projeto implementado para compensar os impactos aos indígenas. A Vale precisa impedir a contaminação do rio”, diz a procuradora Luisa Astarita Sangoi, à frente da ação. De acordo com ela, a Onça Puma possui licença apenas do órgão ambiental estadual do Pará, insuficiente para a atividade realizada no local. A empresa recorre da decisão e nega que o rio esteja contaminado. Em nota, a Vale diz que recorreu da decisão, afirma desconhecer o laudo da universidade federal e nega que o rio esteja poluído. A companhia diz que seus próprios monitoramentos atestam que altos níveis de metais na área são causados pela “geologia local”. Também diz que possui todos os estudos ambientais e que não implanta ações de mitigação de impacto no local por “impedimento dos indígenas”. (Fonte: Folha de São Paulo)

terça-feira, 25 de agosto de 2015

No novo país não cabe o impeachment. Empresários que contam descem do muro

...Dois anos atrás, nas comemorações dos 25 anos da Constituição, juristas, como o vice-presidente Michel Temer e o Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, enalteceram sua resiliência, o fato de ter permitido manter as regras do jogo mesmo ante todo o tiroteio do "mensalão". De novembro passado para cá, em alguns momentos, o interminável terceiro turno pode ter passado a impressão da volta ao passado, ao golpismo paraguaio, o mesmo que vitimou outras jovens democracias latino-americanas, independentemente da linha política do presidente deposto. O germe do oportunismo inoculou-se do politicamente imberbe Aécio Neves ao vetusto Fernando Henrique Cardoso, passando pelo inacreditável Gilmar Mendes, a maior ofensa ao republicanismo brasileiro.De repente, as trincheiras do legalismo passaram a receber adesões imprevistas, de colunistas escapando ao torniquete da opinião midiática, artistas e, agora, os empresários que contam. Constatou-se que todo o discurso de segurança jurídica viraria pó se se permitisse o impeachment paraguaio. Percebeu-se nitidamente a democracia como um valor maior.FHC recolheu-se, amparado por amigos do Cebrap tentando criar a narrativa de que a proposta de renúncia de Dilma, que ele apresentou, era uma maneira de segurar o golpismo.O analista político costuma ter razões que o próprio autor desconhece.Daqui para frente, a bola volta a Dilma para que se possa, finalmente, encarar os problemas concretos da economia, que não são poucos.(Fonte: Luis Nassif)

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Só a proposta de Jesus dá espírito e vida: abraçar ou largar! (Jo.6, 60-69)

Certamente muitos de nós já passaram por uma crise profunda. Crise humana e espiritual. Dúvidas e angústias interiores que nos deixam fragilizados. Inseguros, sem saber qual caminho trilhar. Problemas familiares sérios, fracassos sentimentais e afetivos, falta de emprego, doenças ou mal-estar físico, frustrações nas nossas relações humanas. Nessas horas a tentação de chutar o barraco é grande. A vontade de largar o barco da fé, da comunidade e até da própria família parece tomar de conta da nossa mente. O coração parece ficar sempre mais frio e duro diante de tantas decepções. Crise acontece quando percebemos que o temos feito até agora não nos deixa plenamente satisfeitos, e quando olhando para o futuro ele aparece ainda mais obscuro e indefinido. É a noite da vida. É treva profunda. Pois bem, é nesses momentos que pode surgir o novo homem e nova mulher! A nova sociedade, e a nova igreja. Da crise, mesmo! Mas dependerá das nossas forças interiores e das escolhas que podemos fazer nessa hora! Podemos nos sentir impotentes, e nos deixar engolir e arrastar pelos acontecimentos da vida nada favoráveis. Podemos fugir deles e nos refugiar em algumas ‘ilhas de falsa felicidade’, achando que o tempo vai dar um jeito. Podemos, enfim, enfrentar com firmeza as adversidades da vida, e mesmo sentindo medo interior por não termos soluções imediatas, crer que não seremos abandonados e descarregados por Deus e pela vida.

Tudo isso, afinal, aconteceu com o próprio Jesus, e com muitos discípulos dele, principalmente quando Jesus se apresentou como pão-carne que alimenta e sacia as nossas fomes de felicidade e de plenitude de vida. A crise em Jesus se dá quando ele vê que muitas pessoas que pareciam estar aceitando a sua mensagem o abandonam, e correm atrás de outras soluções para a sua vida e seus problemas. A sua missão parecia estar afundando. A crise em muitos discípulos se dá justamente quando eles descobrem que Jesus não lhes oferece soluções mágicas para os seus infinitos problemas. Gostariam de ver um Jesus poderoso fazendo e multiplicando milagres, e dando soluções imediatas aos seus problemas. Ele, no entanto, pede que cada um que queira ser seu discípulo esteja disposto a assumir o seu mesmo destino, e a ‘comungar’ inteiramente com o seu estilo de vida. Convida a apostar mais na força do espírito e da palavra que motiva e dá esperança, do que no poder e na força humana. Jesus, diante do abandono de muitos discípulos sente, - como nós podemos sentir nos momentos-chave da nossa vida, - que aquele é o momento decisivo em que se joga toda a sua vida e a sua missão. Ele mostra, no entanto, que quer continuar, mas com tristeza e realismo pergunta aos demais discípulos se eles também querem permanecer com ele ou desistir, e fugir, sem querer encarar os desafios e as provações da vida e da missão. Pedro, em nome dos 12, renovou a sua fé e compromisso em seguir Jesus e comungar do seu ideal de vida até o fim. Nós, hoje, somos chamados dar a nossa resposta feita de gestos e de escolhas coerentes: ou estar com um Jesus que serve e acolhe, passando pela cruz, ou estar com os aqueles que oferecem curas e sucesso rápido, e que parecem ter soluções para todas as crises. A nós a decisão.  

Anônimo liga para a aldeia Ximborendá dos Ka apor e alerta que madeireiros do Centro do Guilherme querem matar três índios que os teriam prejudicados no comércio da madeira

Ontem, domingo 23, os índios Ka apor de Ximborendá receberam uma ligação assustadora. Uma voz desconhecida os alertava que um grupo de madeireiros do Centro do Guilherme estava procurando três indígenas daquela aldeia. O anônimo afirmava ter ouvido um madeireiro notório do município que iria matar um dos três, responsabilizando-os pelos prejuízos que estava tendo no negócio da madeira. Acrescentou que os madeireiros não queriam matar Eusébio, assassinado alguns meses atrás, e sim, um dos três indígenas. Deixou claro que eles não temem a polícia e que esse plano vão levá-lo até o fim porque são fortes e poderosos. Já teria carros seguindo os movimentos dos índios. Naturalmente, a indignação dos índios está em seu nível máximo, inclusive porque até o momento não apareceu nenhuma conclusão sobre as investigações para descobrir os assassinos de Eusébio e seus mandantes. Ora, todos conhecem os principais e mais aguerridos madeireiros da região e suas ligações perigosas.

Índios guajajara ocupam ferrovia em protesto contra a VALE que não respeita acordos,e mineradora ameaça processar...

Os índios Guajajaras permanecem interditando a Estrada de Ferro Carajás no município de Alto Alegre do Maranhão, na região oeste do estado, distante 219 km da capital, São Luís. O bloqueio da estrada de ferro acontece desde a última sexta-feira (21). Somente no mês de agosto é a sétima vez que a ferrovia é interditada. O protesto dos indígenas é contra o não cumprimento de alguns itens presentes em um documento elaborado pela mineradora Vale junto aos índios. O documento em questão trata-se de um acordo entre as partes para tentar resolver um impasse: a mineradora está duplicando a estrada de ferro Carajás, que vai tornar mais rápido o escoamento de minério, mas a obra vai causar alguns impactos. Um dos trechos da duplicação está dentro da terra indígena Caru, e para que as obras continuem, os índios querem compensações. Durante quase um ano, várias reuniões foram realizadas na tentativa de chegar a um consenso. Os índios apresentavam as propostas que deveriam entrar no documento intitulado Plano Básico Ambiental (PBA). Mas em julho deste ano, quando o plano foi apresentado, vários pedidos feitos pelos indígenas não estavam presentes no documento.Segundo a Líder do Conselho Indígena das Mulheres, Rosilene Guajajara, o ato é uma forma de cobrar e reafirmar as propostas feitas pela comunidade. “Nós não vamos abrir mão de nenhuma proposta que foi colocada pela nossa comunidade. É o mínimo que a Vale pode fazer pra compensar o prejuízo enorme que ela vem causando ao povo indígena”, disse. Entre as solicitações estão a construção de casas e uma balsa para facilitar a locomoção de veículos e pessoas doentes. Os índios querem benefícios que não sejam passageiros. Para eles, algumas consequências como a poluição e a dificuldade na prática da caça são difíceis de serem revertidas. A Vale informou por meio de nota que já ingressou com ação de reintegração de posse visando a desobstrução da ferrovia. A empresa disse que adotará as medidas criminais cabíveis para a responsabilização de todos os invasores e reafirmou o compromisso em manter diálogo aberto e transparente com a comunidade.(fonte: globo)

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Às vésperas do dia dos 'inconformados' da rua o brasilianista Peter Hakim alerta que com saída de Dilma as instituições poderiam ficar mais fracas!

Na atual crise política que o governo Dilma Rousseff se encontra, o brasilianista Peter Hakim alerta que um processo de impeachment poderia deixar as instituições mais fracas e até prejudicar as investigações da Operação Lava Jato. Eis alguns trechos da entrevista concedida à DW Brasil.

‘....É uma coisa curiosa, já que na última eleição Aécio Neves e Dilma tinham mais similaridades do que diferenças. Não era como a direita e a esquerda no Chile, ou os republicanos e democratas nos EUA. Ambos falavam na última campanha em manter programas sociais e na necessidade de um ajuste fiscal. O incrível é como a grande política no Brasil é pouco ideológica em comparação com outros países. Ainda assim uma polarização se instalou nos eleitores. No Brasil, os partidos – especialmente o PT e o PSDB – parecem ter identificado um filão eleitoral em cada classe e passaram a alimentar um discurso da diferença que no âmbito partidário é totalmente artificial. E parte do eleitorado brasileiro engoliu isso e vem adotando um comportamento de clã ou de seita. Só que, ao mesmo tempo, políticos trocam de partidos sem qualquer dificuldade, demonstrando que a política brasileira na realidade é extremamente flexível. O que realmente está em jogo agora não é ideologia ou a forma de governar, mas a ambição de alguns políticos. São eles que estão alimentando isso......’ 
Os partidos brasileiros não são siglas ideológicas, são veículos para que algumas pessoas possam dar vazão para suas ambições pessoais por poder. A oposição a Dilma não tem sido ideológica. É na verdade uma frente onde personalidades têm desempenhado um papel desproporcional. Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, por exemplo, têm cada um uma agenda particular. Não estão fazendo oposição que tenha relação com o interesse do país. Seus cálculos não têm qualquer relação com uma saída satisfatória da crise, mas quem entre eles vai ser o próximo presidente’ '......No momento eu acho que a saída não está nas mãos de Dilma. Uma figura como Lula poderia agir sozinho para sair dessas, mas Dilma definitivamente não tem os meios. O que ela precisa agora é de apoio de outros políticos e partidos para negociar um acordo e estabelecer uma maneira de manter o governo em funcionamento. E se ela não conseguir formar uma nova base, então vai ficar totalmente à mercê da generosidade de grupos que vão concluir que talvez sua saída não seja vantajosa. Não depende mais só dela'. (Fonte: Carta Capital)


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Os absurdos acontecem no parlamento brasileiro!

O plenário da Câmara dos Deputados concluiu a votação em primeiro turno da PEC 443, que equipara o salário dos servidores da Advocacia-Geral da União, dos procuradores estaduais e municipais (de cidades com mais de 500 mil habitantes) e policiais federais e civis a 90,25% do ganho dos ministros do STF. O destaque que incluía os auditores fiscais no exorbitante aumento foi negado. É a primeira "pauta-bomba" aprovada Com a aprovação inicial, que ainda precisa passar novamente em 2° turno na Câmara antes de seguir para o Senado, o salário mais baixo desses funcionários públicos passa de R$ 16.830 para R$ 26.125. No final de carreira, esse servidor chegaria a ganhar R$ 30.471, quatrocentos reais a menos do que é pago hoje ao presidente da República.

Governo estadual investe 20 milhões no apoio ao transporte escolar. Fim das farras dos convênios?

O governo Flávio Dino está investindo, neste ano de 2015, cerca de R$ 20 milhões no apoio ao transporte escolar de estudantes do Ensino Médio, incluindo os da Educação Escolar Indígena. Deste montante, mais de R$ 11 milhões são do Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar no Estado do Maranhão (PEATE/MA). A meta é garantir, até o final da atual gestão, transporte digno e com segurança aos estudantes maranhenses.O PEATE/MA foi instituído pelo governador Flávio Dino, no âmbito da Secretaria de Estado da Educação, pela Lei 10.231 de 24 de abril de 2015, com o objetivo de propiciar acesso a meios de transporte e transferir recursos financeiros diretamente aos Municípios que realizem, nos seus respectivos territórios, o transporte escolar de alunos de ensino médio da rede pública estadual, em caráter complementar ao repasse do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar.O programa deve beneficiar mais de 50 mil estudantes residentes no meio rural. A adesão ao Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar no Estado do Maranhão (PEATE/MA) foi até o dia 30 de junho, por meio do preenchimento de Termo de Adesão e intermédio da Seduc. Dos 217 municípios do estado, houve adesão de 165, destes, apenas 16 estão aptos a receber o repasse. São eles: João Lisboa, São João do Soter, Sítio Novo, Vitoria do Mearim, Bacurituba, Barreirinhas, Buriti Bravo, Davinópolis, Matões do Norte, Pastos Bons, Paulo Ramos, Santana do Maranhão, São Raimundo Doca Bezerra, Senador Alexandre Costa e Vitorino Freire.(Fonte: Blog da Sílvia Tereza)

Comentário - Louvável a iniciativa, um dever sagrado de atender os estudantes da rede estadual e municipal. Lamentável que vários municípios não estejam habilitados para receber o repasse....Os mesmos não estão aptos para receber muitos outros possíveis repasses, mas com tantas 'fichas sujas', a população terá que se conformar....Espera-se, agora, que com isso acabe a farra dos contratos-convênios com tantos empresários do transporte escolar, principalmente em algumas regiões do estado....

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Mais de 71.000 brasileiros ganharam quase 200 bilhões em 2013, mas não pagaram um Real de imposto de renda de pessoa física. Vergonha!

O leão do imposto de renda mia feito gato com os ricos, como atestam dados recém-divulgados pela própria Receita Federal. Os maiores milionários a prestar contas ao fisco, um grupo de 71.440 brasileiros, ganharam em 2013 quase 200 bilhões de reais sem pagar nada de imposto de renda de pessoa física (IRPF). Foram recursos recebidos por eles sobretudo como lucros e dividendos das empresas das quais são donos ou sócios, tipo de rendimento isento de cobrança de IRPF no Brasil. Caso a bolada fosse taxada com a alíquota máxima de IRPF aplicada ao contracheque de qualquer assalariado, de 27,5%, o País arrecadaria 50 bilhões de reais por ano, metade do fracassado ajuste fiscal arquitetado para 2015 pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Detalhe: os 27,5% são a menor alíquota máxima entre todos os 116 países que tiveram seus sistemas tributários pesquisados por uma consultoria, a KPMG. A renda atualmente obtida pelos ricos sem mordidas do IRPF - 196 bilhões de reais em 2013, em números exatos – tornou-se protegida da taxação há 20 anos. No embalo do Consenso de Washington e do neoliberalismo do recém-empossado presidente Fernando Henrique Cardoso, o governo aprovou em 1995 uma lei instituindo a isenção. (Fonte: IHU)

Comentário - Engraçado que essa isenção foi aprovada ainda em 1995 no governo FHC, pai dos....ricaços! Comecemos por aí para botar para funcionar o tal de ajuste fiscal? Seriam 50 bilhões de imposto que serviriam, se bem aplicados, para melhorar estradas, portos, hospitais, etc. 

Dono de carvoaria invade terra indígena em Grajaú e derruba 3 quilômetros de mata para puxar uma linha de energia clandestina. Guajajara reagem!

Cansados de esperar por alguma operação federal, prometida repetidas vezes, para expulsar os madeireiros os Guajajara da T.I. Bacurizinho promoveram eles mesmos ‘ações pedagógicas de limpeza’. Anteontem um grupo de homens de diferentes aldeias deu fogo em um trator e derrubou vários postes de uma linha de eletrificação que passava por dentro da terra indígena e que havia sido puxada clandestinamente pelo dono de uma carvoaria. Além de fazer um trabalho ilegal, em momento algum o dono teve o bom senso de combinar com os índios pedindo a permissão para entrar em sua terra. Simplesmente, abriu um corredor de 20 metros de largura, por uma distância de cerca de 3 Km dentro da terra indígena, derrubando e queimando tudo o que encontrava pela frente (dentro da terra indígena). Revoltados com tais atitudes e com a omissão dos órgãos indigenistas que haviam sido alertados, os Guajajara cumpriram o seu dever de casa, o de defender o patrimônio da União de que eles usufruem. Alguns altos funcionários do governo do Estado informados sobre o acidente prometem averiguações e mobilizar equipes para intermediar. 




domingo, 9 de agosto de 2015

CPI do sistema carcerário apresenta várias recomendações ao Executivo e ao Judiciário para humanizar as prisões do estado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário concluiu o relatório final em que propõe a apresentação de 20 propostas legislativas e recomendações ao Executivo, Judiciário e Ministério Público. De acordo com a deputada federal Eliziane Gama (PPS), o documento também faz recomendações específicas ao Maranhão, após denúncia de suposto canibalismo ocorrida no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA). Segundo Eliziane Gama, a CPI recomendou que o Ministério Público acompanhe o caso de desaparecimento de detentos em Pedrinhas e uma denúncia de suposto canibalismo. As fotos de supostos restos mortais recebidas pela CPI, da denúncia de canibalismo, serão encaminhadas para o Ministério Público. O relatório traz ainda apJnformações sobre a visita feita ao Estado do Maranhão em junho deste ano. São enumerados os diversos problemas nas unidades como condições físicas precárias, superlotação, entre outros.

Comentário - louvável que uma comissão dê atenção à situação precária e desumana em que vivem os detentos nas prisões do estado, no entanto se tem a impressão que se toma como 'foco' somente Pedrinhas e não o conjunto das prisões no estado e mediante visitas relâmpago. cabe agora verificar e monitorar a utilização prática dessas recomendações....

Passou a época do 'quanto pior, melhor'! Salvemos o Brasil e danem-se os políticos pilantras!

'....Dileto amigo, oposicionista e historicamente contra o PT, escreve o seguinte trecho para um deputado de seu partido:“Acho certo dar um corretivo na Dilma, mas em mim e em todo povo brasileiro eu não acho certo nem justo. Não tenho nada a ver com a situação moral desse tal Cunha e colegas seus aí do Congresso que, achando que vão ganhar tempo, quebrarão o Brasil (...) Uma coisa é tirar Dilma, outra é nos liquidar para conseguir isso”.Acrescento: nem precisam ou devem tirar Dilma. Arrumem um bom candidato, desenhem um plano de governo decente para horizontes diversos, aguardem debatendo ideias, e vençam a próxima eleição.Como se faz nas democracias estáveis e desenvolvidas.(Rui Daher) 

Comecemos a olhar o Brasil que está dando certo - que é real e existe, - e não se deixar pautar pelo Jornal Nacional. Em nome de um falso e seletivo moralismo está se implodindo um País que se tornou moderno e democrático em que pesem suas contradições internas! Jogar fora com a água suja também a criança é crime e idiotice sem tamanho! Você que pretende dar uma de cidadão politicamente correto no próximo domingo diga não a TODOS os corruptos, ativos e passivos. Cuidado: a TODOS e não somente aqueles da lista tucana e global!

sábado, 8 de agosto de 2015

19º domingo comum - Nos testemunhos concretos e nos gestos frágeis dos humanos, o ‘Invisível’ se torna presente e atuante (Jo. 6, 41-51)

Quantas vezes pedimos a Deus sinais da sua presença. Algo que nos desse uma garantia mínima de que era Ele mesmo que queria aquela determinada realidade: a morte de uma pessoa amada, por exemplo, ou um encontro inesquecível que marcou para sempre, positivamente, a nossa vida. E nunca tivemos respostas conclusivas. Só com o tempo, e a partir da nossa fé pessoal podemos chegar a atribuir a Deus isto ou aquilo. Deus, de fato, não se revela da forma que nós gostaríamos. Fica sempre uma dúvida atroz dentro de nós. Sempre pela fé, no entanto, podemos encontrar ‘sinais’ de que Deus está ao nosso lado e nos inspira de forma surpreendente. Não são sinais prodigiosos, nem espetaculares. E nem, a princípio, divinos! Deus, como bom pedagogo, lança mão somente daqueles instrumentos e condições que nós humanos podemos compreender e acolher. Deus, por exemplo, nos convida a ver nos gestos e opções de vida do ‘humano’ Jesus o Seu mesmo modo de agir. O Deus invisível nos diz que se Ele fosse visível aos nossos olhos faria aquilo que o ‘visível’ Jesus faz com os pobres e os pecadores, com os impuros e os rejeitados. 
Por isso que se torna compreensível a murmuração dos judeus no evangelho de hoje quando Jesus se apresenta como o ‘pão descido do céu’. Os judeus, - mas não só eles, - se perguntam como é possível que um conhecido filho de um carpinteiro ‘tenha descido do céu’! Não é de todos, de fato, ver em um humano mesmo que carregado de profunda compaixão, de bondade e mansidão, as características do Deus invisível. Mas é esse o método que Ele usa conosco. Justamente para que ninguém diga que o que Deus nos pede é ‘divino e alto’ demais para ser observado e reproduzido. Se é assim, então nós humanos podemos e devemos ser, como Jesus, instrumentos nas mãos do ‘Divino Invisível’. Mesmo frágeis, ou talvez, graças à nossa fragilidade, podemos tornar visíveis e compreensíveis as escolhas que o Deus invisível faria se estivesse visível aos nossos olhos. Por isso que Jesus afirma que ele é o ‘pão alimento do Pai’ e ‘carne’ - no sentido de vida visível, de testemunho concreto, mesmo que frágil e débil – a ser comida-incorporada dentro de nós. Quem não sabe enxergar nos sentimentos e nas fragilidades humanas a grandeza de Deus, e só a espera nos grandes prodígios e milagres, dificilmente vai entender a mensagem e o testemunho do ‘humano Jesus de Nazaré’! Dificilmente se engaja nas reivindicações cotidianas por mais justiça e verdade, mas ficará aguardando que o ‘divino’ faça por ele!  

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

FECHA A ÚLTIMA GUSEIRA DE MARABÁ

Acabou - ou está acabando - a era das guseiras em Marabá. Nenhuma, das 11 usinas que chegaram a funcionar no distrito industrial do município, estão em operação. A última obrigada a paralisar as suas atividades foi a Ibérica, segundo o Ministério Público Federal, por uso irregular de carvão vegetal. A propósito da matéria "O fim das guseiras", o MPF enviou nota ao blog para informar que oficiou à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) sobre atuação irregular da siderúrgica Ibérica e que, em resposta ao MPF, a Semas suspendeu a licença de operação da Ibérica e o cadastro da empresa no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Gesflora).A Ibérica estava operando irregularmente porque havia se comprometido com o MPF a só atuar com carvão oriundo dos seus próprios projetos de reflorestamento. No entanto, conforme relatam os ofícios, comprovou-se que a empresa "não cumpriu essa exigência de autossustentabilidade, inobservando Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado com o MPF e notificação da Semas".Antes do envio do ofício à Semas, o MPF havia divulgado um release sobre a necessidade de as siderúrgicas cumprirem os TACs, diz a nota. assinada por Murilo Hildebrand de Abreu / Assessoria de Comunicação do MPF no Pará. (Fonte:Lúcio Flávio Pinto)

Comentário do blogueiro - O que era previsível desde o começo acaba acontecendo. Não precisava ser profetas para perceber que desde a instalação das guseiras suas atividades não teriam vida longa. Elas já vinham tangidas de Minas onde a fiscalização e a legislação era mais exigente e encontraram no Maranhão-Pará a terra sem lei onde poder arrancar, explorar mão de obra e se transferir ou fechar. Utilizaram ao longo de vários anos, muitos, na verdade,  - graças aos repetidos termos de ajuste de conduta jamais observados, - lenha proveniente de serraria, florestas e sem se preocupar em ter seus próprios cultivos de eucaliptos onde conseguir autonomia plena. Os custos, evidentemente são bem mais altos, mas era uma das condições para a sua sobrevivência. Soma-se a isso a baixa dos preço do ferro-gusa. Uma coisa, porém, ficou clara: os guseiros do maranhão e Para fizeram a farra quando o câmbio dólar estava nas alturas, o preço internacional nas estrelas, os custos de produção lá embaixo. O que acumularam dava para fazer as devidas mudanças e adaptações. O arcaicismo empresarial tupiniquim prevaleceu e se deram mal e, agora, apesar dos efeitos negativos, como diz Flávio Pinto, muito melhor assim! Fechem!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Índios - E se os deputados ressuscitarem a PEC-71?

O provável engavetamento da PEC-215, que propõe que o Congresso Nacional decida sobre a demarcação das terras indígenas e a ratificação das demarcações já homologadas, trouxe à tona a possibilidade de aprovação da PEC-71, que pretende “estender o direito de indenização a proprietários que tivessem títulos incidentes nas áreas indígenas demarcadas ao longo desse período”. De todas as medidas que tratam dos direitos indígenas, a PEC-71 “é ainda a menos conhecida e a menos debatida e, como vimos, ela tem uma natureza diferente da PEC-215 ao colocar o foco do seu mérito não na exclusão de direitos dos índios, mas no acréscimo de um direito aos não índios”, diz Márcio Santilli à IHU On-Line, em entrevista concedida por telefone. Santilli explica que a PEC-71 estabelece uma “ressalva ao que está disposto no parágrafo 6º do artigo 231, que trata da impossibilidade de indenização por conta de demarcações de terras indígenas. A Constituição prevê a indenização de benfeitorias, mas não indenização pela terra. Então, a PEC põe uma vírgula no final do texto atual, no parágrafo 6º, salvo em relação aos títulos de boa-fé. Se essa modificação for aprovada, passaria a ser necessária a indenização pela terra nos casos em que houver a incidência comprovada desses títulos de boa-fé”. A retroatividade, contudo, “não implica em desconstituição dos atos demarcatórios ocorridos no período, o que foi demarcado está demarcado, mas o que a PEC pretende é estender o direito de indenização a proprietários que tivessem títulos incidentes nessas áreas demarcadas ao longo desse período. (Fonte: IHU)

O programa 'MAIS MÉDICOS" recebe nota 9! E quando eles saírem?

Pesquisa inédita revela que usuários do Mais Médicos dão nota média de 9, em uma escala de 0 a 10, ao programa do governo federal iniciado em 2013. O levantamento, realizado pelo Grupo de Opinião Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entrevistou mais de 14 mil pessoas em 700 municípios brasileiros entre novembro e dezembro de 2014. Entre os usuários ouvidos pela pesquisa, mais da metade (55%) deu nota máxima ao programa, sendo que 89% dos entrevistados deram nota de 10 a 7, 5% avaliaram o programa com notas de 6 a 4 e 1% deu nota de 3 a zero. Outros 5% não souberam responder.Nenhum item da pesquisa referente à qualidade do atendimento médico do programa foi mal avaliado pela população atendida. Grandes maiorias avaliam como melhor ou muito melhor a clareza da comunicação com o médico (77%), a atenção ao paciente (87%), a qualidade do atendimento (87%) e a duração da consulta (83%). A pesquisa mostrou que os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) reclamam de acesso a medicamentos, atraso na marcação de consultas e demora para receber o atendimento, mas o atendimento por parte dos médicos é o diferencial na boa avaliação do programa, diz a coordenadora da pesquisa, Helcimara Telles. ”Mesmo que a infraestrutura da unidade básica de saúde não seja muito boa, mesmo que faltem coisas, quando o atendimento médico é bom, isso repercute bem na avaliação do programa”, disse a pesquisadora.

Comentário do blogueiro - Concordo, pelo que vi até hoje visitando várias cidades e interiores do Estado, com a nota final dada ao programa e aos médicos. Não há como ficar positivamente surpresos com a dedicação, atenção e capacidade de se entrosar com as pessoas de centenas de médicos cubanos, em sua maioria, pelo Maranhão afora. Hostilizados por outros colegas 'nacionais' no início do programa eles deram a volta por cima e provaram a que vieram. 

sábado, 1 de agosto de 2015

Cosmos - Lindo e perfeito demais para ser fruto do....acaso! Imagens sensacionais da Via Láctea






Fonte: La República

18º domingo comum - Jesus e o seu projeto de vida é quem mata definitivamente as nossas fomes (Jo. 6,24-35)

A fome insaciável e irrefreável de possuir, de prazer e de poder leva, em geral, uma pessoa a ser uma eterna dependente. Uma escrava de suas ambições e desejos. Será sempre uma pessoa não livre. Quando isso ocorre não serve correr atrás de mais sonhos de felicidade. Seriam só meros paliativos. Ilusões e sensações de falsa realização pessoal. Deixariam mais frustração e gosto amargo. A vida, nesses momentos, tem que ser totalmente repensada para encontrar o caminho que leva à verdadeira paz e à felicidade interior. Jesus que é um profundo conhecedor da alma humana percebeu o quanto somos frágeis e dependentes nós humanos! Uma simples satisfação fisiológica como a de ter matado a fome de pão de um povo numa determinada ocasião, muitas vezes leva esse mesmo povo a procurar com mais ansiedade mais pão e mais formas de auto-satisfação. No evangelho de hoje Jesus compreende que o povo não havia entendido o seu convite de cada pessoa colocar em comum tudo o que possuía para matar a fome de todos (evangelho de domingo passado). No gesto de fazer comunhão, partilhar pão e peixe, Jesus queria não só matar a fome material das pessoas, mas fazer compreender que elas poderiam matar também a própria fome de estar próximo e solidário uns com os outros. Ou seja, na doação gratuita do que temos e somos está a verdadeira satisfação das nossas numerosas fomes.
 É claro que muitas vezes nós queremos garantias e provas de que ao fazer assim vamos ser, de fato, felizes e realizados. Em geral, não acreditamos que é justamente no ato de nos esvaziar que nos preenchemos plenamente de paz e de felicidade interior. Os próprios judeus questionavam e desconfiavam de Jesus, e daquilo que ele propunha. Afinal, eles diziam que Moisés tinha dado comida a seus pais no deserto e ao longo de muitos anos, e insinuavam que Jesus, ao contrário, tinha dado pão uma só vez! Como acreditar, então, que Jesus seria maior que Moisés e que daria alimento não perecível a eles? Como acreditar que poderia oferecer uma comida capaz de matar para sempre a eterna fome de felicidade que existe nos humanos? Jesus com muita serenidade afirma que é o Pai que doa o alimento que nos sacia, e não Moisés ou outros iluminados. O profeta, como outras pessoas generosas, só facilitam o acesso a um alimento que se consome, e que não sacia a verdadeira fome que grita no coração dos humanos. Nós, hoje, como os judeus da época, pedimos e clamamos que Jesus nos dê esse alimento. Cansados como somos de correr sempre atrás de algumas novidades que nos satisfaçam. Jesus, hoje como outrora, assume que o verdadeiro pão que mata as nossas fomes é ele mesmo! O projeto de vida de Jesus, seus valores, seu modo de amar, de acolher e de se doar é que alimenta a nossa vida de forma permanente. Crer nisso significa reproduzir os mesmos gestos de perdão e de compaixão do próprio Jesus. Só assim não haverá mais sentido corrermos atrás de tantos alimentos contaminados pela ganância, pelo desejo de emergir e de dominar, pela arrogância de julgar e condenar os outros, pelo prazer de saborear novas emoções...

A VALE não conhece crise. Novo recorde de produção e de receita bruta!

Rio de Janeiro, 30 de julho de 2015 – A Vale S.A. alcançou produção de minério de ferro de 85,3 Mt no 2T15 (segundo trimestre), a melhor performance para um segundo trimestre na história da Vale, com a produção de Carajás atingindo 31,6 Mt, o que também representou um recorde para um segundo trimestre.A receita bruta totalizou R$ 21,808 bilhões no 2T15, um aumento de R$ 3,444 bilhões em relação ao 1T15, como resultado de maiores volumes de vendas e melhor realização de preço, apesar dos menores preços de referência de minério de ferro e de níquel.O EBITDA ajustado foi de R$ 6,817 bilhões, ficando 47,1% acima do 1T15, principalmente como resultado da melhor realização de preço de minério de ferro e dos maiores volumes de vendas na maioria dos segmentos de negócios.Os investimentos totalizaram US$ 2,119 bilhões no 2T15 e US$ 4,329 bilhões no 1S15, decrescendo US$ 727 milhões se comparados com os que foram feitos no 1S14. Os investimentos na execução de projetos totalizaram US$ 1,434 bilhão no 2T15, enquanto os investimentos na manutenção das operações existentes totalizaram US$ 685 milhões (Fonte: site da Vale)