sábado, 30 de julho de 2011

MULTIPLICANDO COMPAIXÃO (Mt.14,13-21)





Muitas vezes nos espantamos por aquilo que vemos. Pela indiferença de muitas pessoas perante situações de sofrimento, de necessidades, e de injustiças experimentadas por outras. Pela maldade, que pouco tem de humano. Temos dificuldade de entender porque há pessoas que diante de tudo isso não reagem. Parece até que uma sutil capa de cegueira tome de conta dos seus olhos e do coração. E impeça de enxergar e de sentir ecoar dentro de si os estados de ânimos de outras pessoas vítimas de brutalidades e humilhações. Perguntamo-nos, atordoados, como é possível que algo tão ‘objetivamente’ evidente possa ser negado e ignorado por um número tão significativo de pessoas! Perguntamo-nos se a sensibilidade e a compaixão são inatas ou adquiridas. Certamente a compaixão evangélica que capacita a perceber ‘os dramas e as alegrias da alma humana’ é fruto de processos educativos iniciados na mais tenra idade. Ou seja, ninguém adquire isso ao nascer.



O evangelista Mateus, na sua parte introdutória em que contextualiza o sinal da multiplicação, nos informa de que Jesus ‘ao ver as massas sentiu uma forte compaixão’. Compaixão é essa mistura de misericórdia, amor e indignação interior que permite a Jesus – e a toda pessoa - compreender as aspirações e as necessidades dos seus semelhantes e se adentrar em seus sentimentos e emoções mais profundas. Compaixão não é, portanto, um sentimento passageiro e circunstancial, nem um mero estado de ânimo. É dom e é habilidade adquirida mediante a aprendizagem. É metodologia de convivência social. A compaixão, dessa forma, parece ser o fruto maduro de todo um processo educativo que visa ao conhecimento real da alma humana. Isso é tão verdadeiro que diante de situações-limites parece disparar, automaticamente, no ‘compassivo,’ – educado para tanto, - um mecanismo pelo qual ele consegue captar no instante e de forma completa os sentimentos, as emoções, as angústias interiores das pessoas com as quais ele entra em contato. Os dramas e as alegrias ‘dos outros’ se tornam ‘os dele’. Seria, porém, muito redutivo achar que tudo isso se dê somente num mero plano psicológico. A compaixão faz aflorar no 'compassivo' atitudes e respostas operativas que amenizam de um lado dores e sofrimentos e, do outro, lhe sugere caminhos e saídas para uma determinada situação-limite. Não só. Ele age de forma a transmitir e a capacitar o maior número possível de pessoas para que incorporem e adotem o seu jeito de ser. De se compadecer.


O texto evangélico revela como Jesus ‘delega’ aos apóstolos a missão de ‘distribuir’ os pães e os peixes. É uma espécie de teste pedagógico que Jesus ensaia. Para ver até que ponto eles/as incorporaram a compaixão. Até que ponto estão preparados a agir movidos por ela. Jesus deixa a entender que a verdadeira riqueza, afinal, que nos dá as condições para matar a fome de vida das pessoas não é aquela que advém do ‘dinheiro’ utilizado para ‘comprar’ tudo e todos. Mas é aquela que brota da compaixão para com o faminto de pão e de misericórdia. Para com aquele que está ao nosso lado e que ainda não conseguimos enxergar e compreender porque o nosso coração continua indiferente e os nossos olhos permanecem fechados. Porque ainda não fomos ou não nos deixamos educar para sermos compassivos. É multiplicando compaixão que se multiplicam pães-peixes, e vida. É entrando em sintonia com o mundo interior ‘do outro’ que matamos a sua e a nossa fome e sede de justiça e compaixão.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Coronel da PM destrói poço do quilombo Mafra em Bequimão



Rozivaldo Ribeiro coronel da Polícia Militar do Estado do Maranhão destruiu literalmente a única fonte de água potável do quilombo Mafra, município de Bequimão, Maranhão. Um quilombo formado por cerca de 13 famílias. O fato aconteceu ainda no final de 2009, mas só agora algumas entidades vieram tomar conhecimento. O coronel tinha que fazer um açude para ele e para tanto destruiu o poço que havia sido construído ainda na época da escravidão e era conhecido com o nome de Formigueiro. Quem informa e denuncia é a dona Canuta de 78 anos moradora antiga do quilombo. Em abaixo-assinado dirigido ao Desembargador Ouvidor Agrário Nacional Gercino Filho a comunidade quilomola de Mafra pede simplesmente justiça. Com a destruição do poço as famílias têm que percorrer 8 km para buscar água potável. (Fonte CPT/MA)

sábado, 23 de julho de 2011

Descobrir, enfim, em que vale a pena investir! (Mt.13, 44-52)



Não é fácil descobrir a autenticidade de uma pérola, conhecer o seu valor venal, e qual a melhor forma de aproveitá-la. Do mesmo jeito, não é imediata a consciência de que uma determinada riqueza, ou um negócio bem sucedido, se constitui na solução definitiva de tantos apertos econômicos! Mesmo chegando a ter certeza de que o que encontrou é de valor inestimável, sempre permanece uma sombra de dúvida. Dúvida se isso irá trazer verdadeira felicidade. Se vale a pena sacrificar tudo para segurar o que se considera como a solução da própria vida. Se aquele bem-tesouro será por toda a vida, ou irá ser furtado ou se desmanchar com o tempo. Seja o que for, haverá sempre uma componente de risco necessário. Este, contudo, será proporcionalmente menor e insignificante na medida em que a pessoa percebe que era aquele tipo de tesouro que vinha procurando. E na medida em que, ao consegui-lo e utilizando-o, percebe que ‘é o único’ verdadeiro tesouro que apaga a sua sede de busca por felicidade, por paz interior. Ao longo da nossa vida, com efeito, fazemos inúmeras e plurais experiências. Sentimo-nos às vezes como no meio de um redemoinho, atordoados, envolvidos e impotentes. Muitas vezes nos sentimos como que jogados em diferentes circunstâncias que nós mesmos não escolhemos. Outras vezes nós aderimos a elas sem adotar qualquer tipo de filtro ou critério. Movidos só pela curiosidade de sentir algo novo, diferente. Outras vezes por nos encontrar desnorteados e insatisfeitos corremos atrás de algo ou de alguém que dê sentido à nossa insípida cotidianidade. Ou à nossa solidão e insatisfação interior. As volúveis emoções frutos das nossas ‘experiências fortes’ estão longe, contudo, de nos auferir serenidade, paz e sentimentos de profunda realização.


As parábolas hodiernas são claramente autobiográficas. Jesus fala de si mesmo ao falar aos seus ouvintes e possíveis discípulos sobre ‘os tesouros’ a serem descobertos e apropriados. Ele relata o que ele mesmo vivenciou ao se dedicar corpo e alma na construção da realeza de Deus. Depois que descobriu a sua pérola preciosa. De fato, o homem-cidadão Jesus de Nazaré teve que fazer a experiência reveladora, no batismo, para descobrir em que valia a pena investir ao longo da sua vida. As inúmeras experiências de vida de Jesus começaram a ter sentido para ele somente quando decidiu arriscar e apostar tudo num sonho-ideal de vida. Num projeto em que Deus estaria construindo uma nova realidade para inúmeras pessoas que, como ele, vinham buscando paz, justiça, igualdade para si e para os outros. Ao descobrir isso, Jesus subordinou profissão reconhecida, afetos consolidados, formas de segurança, prestígio pessoal. Graças a essa decisão existencial Jesus encontrou a coragem de assumir a sua própria cruz, as conseqüências da sua escolha, de morrer por dentro a tantas formas de solicitação e ambição que gritavam dentro dele. De romper com tantas ‘coisas velhas’, e segurando outras. De romper até com quantos queriam arrastá-lo para ser ‘o de antes’, o homem pacato e inócuo de Nazaré! De ter, enfim, a coragem de se abrir ‘às coisas novas’ que a pérola-reino havia guardado e desvelado para Ele. Que possamos descobrir o que realmente dá sentido e valor ao nosso sofrer, labutar e esperar!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

São Félix de Balsas por enquanto não vai desaparecer. IBAMA nega licença para hidrelétrica.



Por enquanto São Félix de Balsas está salva. É que o Ibama negou à Companhia Hidrelétrica do São Francisco o pedido de licença prévia para uma hidrelétrica já prevista no PAC. Ela seria construída na divisa do Maranhão com o Piauí. A Chesf com certeza irá recorrer epara tanto tem 10 dias. A decisão foi publicada ontem no "Diário Oficial da União" e assinada pela diretora de Licenciamento do Ibama, Gisela Damm. Segundo Damm, a usina de Uruçuí, no rio Parnaíba, terá "impactos ambientais de ampla magnitude, apontados no EIA-Rima [estudo e relatório de impacto ambiental], ainda que consideradas as medidas de compensação".O relatório aponta que a usina alagaria uma área grande demais em relação à energia gerada: seriam 279 quilômetros quadrados de reservatório para 134 megawatts de energia. É pouco mais de 1% da potência instalada da já polêmica Belo Monte, no rio Xingu, para um reservatório apenas 50% menor. Segundo o relatório, a hidrelétrica afetaria uma área de cerrado nativo com espécies ameaçadas e levaria ao desaparecimento da cidade de São Félix das Balsas (MA), de cerca de 3.000 habitantes. (Fonte: Folha de São Paulo)

sábado, 16 de julho de 2011

joio e trigo: convivência tensa mas necessária para construir uma nova humanidade! (Mt.13, 24-33)



Muitas vezes diante de situações de conflitos ou de tensão experimentamos angústia. O conflito realmente incomoda. Irrita. Deixa-nos preocupados e tensos. Mas a angústia surge também como fruto da nossa inadequação. Sentimo-nos despreparados para compreender o tamanho e as ramificações do conflito. E entender a sua complexidade. Percebemos e sentimos a nossa inadequação em encontrar saídas e soluções imediatas. Imediatas, porque não queremos prolongar a nossa angústia, e o nosso mal-estar. Ocorre que, diante disso, freqüentemente, - com o intuito de nos livrar desse estado de inadequação - adotamos medidas não refletidas. Tomamos decisões que num breve espaço de tempo se verificam equivocadas. Ao mesmo tempo, numa situação de conflito, acabamos casando com uma determinada versão ou nos aliamos com determinados atores e excluindo outros. O que irá produzir reações de outras partes envolvidas. O que fazer? Como se comportar numa situação de conflito explícito?



O trecho evangélico de hoje apresenta a atitude básica de Jesus perante uma situação de conflito estrutural. Conflito, entretanto, gerado num contexto de construção de um novo jeito de sermos humanos. Na construção de um novo modo de administrar pessoas e circunstâncias. De um lado os puros, os legalistas, os bem-comportados, os supostamente eleitos, os fariseus. Do outro, os pecadores, os impuros, os violadores do direito litúrgico, os rejeitados. Os primeiros parecem possuir soluções rápidas e eficazes: demonizar e condenar todos aqueles que não assumem as suas mesmas posturas. Colocá-los à margem, quando não eliminá-los social e religiosamente. Afinal, estes são abortos religiosos ambulantes, tiriricas sociais, inúteis que devem ser extirpados. Jesus, porém, vai na contra-mão dessas atitudes. Convida todos a encarar as situações conflituosas, e a não fugir. E a não emitir fáceis e rápidas sentenças de condenação contra um ou outro dos envolvidos, mas fazer um esforço para compreender as suas razões. Para Jesus, a angústia e o sofrimento interior que muitas vezes carregamos no enfrentamento de um conflito não pode ser pretexto para fáceis julgamentos, soluções sumárias, ou ocasião para assumir posturas intolerantes. Bons e maus não podem ser separados e filtrados de forma clara e certa. Dentro de cada pessoa, afinal, existe o bem e o mal, profundamente misturados.



Cabe, portanto, assumir a consciência-paciência de saber conviver e crescer dentro e junto com inúmeras situações de conflito. Entre ‘bons e maus’, porque nós mesmos somos ‘bons e maus’ ao mesmo tempo! A arrogância de quantos se arvoram a juízes dos demais é um claro sinal de que não é o ‘bem’ que dizem possuir que está dirigindo os passos e as escolhas da sua vida!



sábado, 9 de julho de 2011

Parabola do semeador: espalhar testemunhos, não 'palavras'! (Mt.13, 1-23)




Vivemos na sociedade das palavras. Das palavras ditas e das não ditas. Das meias-palavras. Das palavras insinuadas, interrompidas. Sutis, sedutoras, convincentes, provocadoras e provocantes. Cortantes e duras. Às vezes, chocantes. Palavras que veiculam anúncios, comportamentos, denúncias, opções, afetos e desafetos. Palavras que iludem, consolam e machucam.... Na sociedade pós- moderna, paradoxalmente, as palavras podem ser separadas do seu emissor. As palavras e o seu emissor deixam de ser uma unidade inseparável. As palavras podem revelar o que o seu emissor não quer e não pode dizer. São palavras incoerentes, divorciadas. Palavras isoladas, soltas. Anônimas, de origem desconhecida. Palavras escondidas que não revelam o seu propósito. Palavras que para ter valor devem ser ‘registradas’ em cartório. Palavras desmoralizadas. Mas elas incidem e interferem nas escolhas do cotidiano. Nas grandes opções e decisões da vida. Ninguém fica indiferente ao seu poder.....


Na sociedade israelita, da tradição tribal, a palavra era um corpo só com o seu emissor. O próprio Javé ‘cria’ mediante a palavra. Porque a palavra se identifica com o seu emissor, com os seus valores e as suas opções. O ‘verbo’ se faz concretude histórica, testemunho real e coerente com o que é proclamado. Semear a semente-palavra significa para Jesus espalhar não palavras somente, mas a unidade palavra-pessoa-testemunho. Isso é algo indissociável para ele. Dar a própria palavra significava comprometer a pessoa toda, o seu projeto de vida. O seu prestígio moral, a sua dignidade, o conjunto de valores e crenças. Os antigos tinham compreendido que ‘falar uma coisa’ e ‘fazer outra’ desmoralizava definitivamente a pessoa-palavra. A pessoa perdia toda a força moral que possuía.


A semente que é lançada aos mais variados terrenos é a pessoa-testemunho que se insere nas múltiplas realidades da existência humana. Sem filtrar, sem descartar, sem calcular os níveis de qualidade e produtividade dos ‘terrenos’. É a pessoa com tudo o que ela é: suas lutas, suas ousadias e profecia. Sua inconformidade e rebeldia. Sua capacidade de motivar e criar comunhão. Caberá a esses ‘terrenos’ verificar se aquela palavra-testemunho-semente representa uma unidade transformadora que fala direta e coerentemente ao seu coração.


Isso diz muito sobre a nossa capacidade de compreender as dinâmicas do ser humano hoje em dia. Se de um lado afirmamos que as pessoas estão cansadas de palavras, - muitas vezes vazias e incoerentes, - do outro lado, temos dificuldades em oferecer e compreender os sinais, os gestos e os serviços que revelam a disponibilidade concreta de ser humano com os humanos. De ser amigo numa sociedade rival. De ser solidário numa humanidade ‘individualista’ e ‘individualizada’. De ser servidor num contexto de dominação. Não sufoquemos os sinais de vida nova, de esperança, de gratuidade que existem em numerosas ‘sementes-testemunho’!




sábado, 2 de julho de 2011

Jesus liberta as vítimas das cargas pesadas dos 'sábios e inteligentes'! (Mt.11,25-30)




Os ‘especialistas’ da alma humana aconselham a nunca idealizar pessoas e situações. A não alimentar expectativas excessivas. A esperar tudo de todos, de forma realista. Para evitar que, ao não verem realizadas suas idealizações, experimentem sentimentos de decepção, de frustração, e de desilusão. Conseqüências essas que se não forem bem trabalhadas poderão deixar marcas profundas ao longo da vida. Entretanto, esses sentimentos são inevitáveis. E temos que lidar sistematicamente com eles. Aliás, é justamente essa capacidade de saber integrar de forma inteligente as contrariedades da vida (inteligência emocional) que nos dará a possibilidade de conservar serenidade e equilíbrio mesmo nas inevitáveis provações da vida.


O evangelho hodierno nos informa que Jesus também fez a experiência da decepção. Ele havia investido muito nas aldeias do norte da Galiléia. Havia alimentado sonhos e expectativas acerca de uma mobilização em favor da Realeza de Deus. Havia realizado muito sinais de que era possível ousar sonhar. Mas só havia colhido rejeição, desconfiança e hostilidade. Esperava, sim, algo diferente. A partir do versículo 20 do capítulo 11 de Mateus, Jesus já vinha fazendo um desabafo contundente contra as atitudes de menosprezo que muitas categorias sociais tinham com relação à sua pregação. Jesus constata com certa amargura e decepção que os ‘sábios e inteligentes’ não precisavam de uma nova intervenção divina. Achavam-se auto-suficientes. Ou, simplesmente indiferentes a quanto ele dizia. Haviam-se tornado refratários à compaixão e à misericórdia. Esses ‘inteligentes’ eram historicamente os produtores e reprodutores de ‘fardos pesados’. Impunham ritos, preceitos e proibições religiosas e morais às camadas sociais pobres e simples. Jesus percebe de um lado o fechamento e a arrogância desses conhecedores da tradição e da sagrada escritura. E do outro a angústia de quantos, por causa deles, haviam deixado de viver. Porque subjugados, julgados e colocados à margem da vida e da esperança.


É a essas vítimas que Jesus se apresenta como aquele que é manso e humilde de coração e que possui um ‘fardo leve e suave’. Em contraposição à carga insustentável imposta pelos arrogantes ‘inteligentes’, duros de coração! Jesus se apresenta como aquele que pode livrar as pessoas de toda opressão religiosa, humana, social. Paradoxalmente, Jesus descobre que são os que supostamente não eram inteligentes e sábios que se abrem à ação do Pai. Este se revela às vítimas das cargas pesadas dos ‘inteligentes’ expertos em bíblia e direito canônico. Jesus agradece o Pai porque Ele mesmo compreende que ser sábio e inteligente de verdade significa ser livre e aberto ao outro, acolhendo e se compadecendo. Sem muitos ritualismos e formalismos. Sem muitos preceitos e normas cultuais. Dessa forma Jesus inverte completamente a idéia que se tinha de Deus. De ambos os lados. Do lado das vítimas que se achavam condenadas e esquecidas por Deus pela ideologia farisaica ao ajudá-las a se abrirem para uma nova relação com o Deus compassivo de Jesus. Do lado dos arrogantes e duros de coração, artífices de cargas pesadas, porque deslegitimados por Jesus em continuar a veicular uma falsa imagem de Deus. Desmascarados, esses manipuladores se sentiam desautorizados em se apresentarem ao povo como os verdadeiros intérpretes da vontade divina. E Jesus, com toda a sua autoridade moral, de quem sabe que não veio para manipular e impor, apresenta-se como o verdadeiro líder, manso e sereno, capaz de eliminar fardos opressores que matam a vontade de lutar e sonhar de tantos homens e mulheres.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

A lista 'suja' da VALE: toda 'sujeira' será castigada!



A Vale foi condenada pela Justiça a pagar R$ 800 mil por ter pressionado empresas terceirizadas e contratadas a dispensar ou não admitir pessoas que já entraram com processos trabalhistas contra a mineradora, criando assim uma "lista suja" de candidatos. O dinheiro será revertido para o Fundo de Amparo ao Trabalho (FAT).A acusação foi feita em agosto de 2006 na 12ª Vara do Trabalho de Vitória (ES) pelo Ministério Público do Trabalho da 17ª Região (ES). A Vale recorreu a quinta turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que não aceitou o recurso da empresa.Em sua decisão, o ministro do TST e relator do processo, Emmanoel Pereira, afirmou que "a denúncia diz que a recorrente (Vale) exercia pressão para que as empresas terceirizadas e contratadas dispensassem esses empregados ou impedissem a sua contratação. E a denúncia está devidamente provada". O ministro afirmou ainda que a conduta da empresa foi "uma violência contra as normas protetivas do trabalho".A Vale foi procurada, mas até o momento da publicação desta nota ainda não havia se posicionado. (Fonte: Justiça nos trilhos)