É imprescindível não se apressar em fazer balanços do ano que está findando, principalmente no plano existencial. O que nós julgamos fracassos, hoje, podem se revelar sucessos amanhã. É preciso aprender de ‘Miriam’ – Maria, meditar e deixar decantar todos os acontecimentos e, principalmente, tentar descobrir o seu sentido mais profundo. Perceber para onde eles apontam, a partir de objetivos pessoais e coletivos. Ao descobrir isso, faz-se necessário criar as condições para que isso ocorra, mesmo sabendo que nem sempre depende de nós mesmos. Não acredito em destino, em algo que já está escrito de antemão, desconhecido, misterioso e que, independentemente da ação humana, se algo que é para acontecer, acontece de qualquer jeito; da mesma forma algo que não é para acontecer não acontece... Acredito que o ser humano tem o poder de intervenção e de direcionamento, embora dificilmente o detenha de forma exclusiva. Mesmo quando achamos que devemos dar um determinado rumo nem sempre é bom que isso ocorra da forma que o planejamos, pois nem sempre nós mesmos temos clareza do que realmente precisamos. Um certo grau de mistério e de indefinição é mais que bem-vindo! É preciso aprender a não se sentir culpados se as coisas não saíram da forma que sonhávamos ou queríamos, afinal não éramos só nós a querer isso ou aquilo. É preciso aprender a não sentir o poder destruidor da culpa achando que tudo dependia de nós mesmos, afinal a culpa não pode fazer com que voltemos atrás no tempo para modificar o que gostaríamos de ter feito de forma diferente. Precisamos aprender a aprender, sempre. Saber que somos eternos aprendizes numa busca incessante, sempre mais aprimorada, da realização dos verdadeiros valores que nunca passam de moda. Saber que há sempre algo e alguém que chega lá aonde não podemos chegar, e preparam com ou sem a nossa colaboração, condições para que nos sintamos sempre em sintonia com nossos semelhantes. Sentir que fazemos parte com outros seres vivos da mesma e grande família cósmica. Que nos alimentamos e somos parte da mesma e única ‘Fonte de toda energia’! Feliz 2016!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
DIEESE evidencia benefícios com o novo salário mínimo que será de R$ 880,00!
Através de nota técnica, o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) analisa o aumento do salário mínimo para 2016, que passará de R$ 788,00 para R$ 880,00 no próximo ano. O aumento corresponde à variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2015, estimada em 11,17%. De acordo com a nota, a política de valorização do salário mínimo incentiva o crescimento do mercado interno, fortalecendo a economia, e que "deve e precisa ter continuidade, sobretudo porque o país segue profunda e resistentemente desigual". O DIESSE afirma que o aumento do mínimo dará um incremento de R$ 57,042 bilhões de renda na economia, e de cerca de R$ 30 bilhões de aumento na arrecadação tributária sobre o consumo. Deste total da arrecadação, quase metade, R$ 14,5 bilhões, virá dos beneficiários do INSS.
IPEA diz que pobreza extrema cai 30% entre 2013-2014. Conquistas sociais são mantidas, mas Brasil poderia ter avançado mais!
Na análise do Ipea, a base estruturante dos avanços sociais que vêm sendo feitos desde 2003 permanece. Há o crescimento real da renda do trabalhador e a diminuição de desigualdades, o aumento da escolaridade e das condições gerais de vida do brasileiro e a diminuição das brechas que separam negros de brancos, mulheres de homens, trabalhadores rurais de urbanos. Os dados da Pnad mostram uma redução na taxa da pobreza extrema na última década. Em 2014, 2,48% da população estavam em situação de extrema pobreza, índice 63% menor que em 2004. De 2013 a 2014, a taxa de pobreza extrema caiu 29,8%, "uma redução importante", analisa do texto, que associa a queda à manutenção do aumento da renda e redução das desigualdades.O estudo pondera, no entanto, que a velocidade das transformações sociais nos últimos anos poderia ter sido maior, "especialmente nos grandes temas da desigualdade".
Comentário do blogueiro - Em que pese a crise econômica e os inegáveis escândalos, o governo Dilma não abriu mão do que representa uma marca histórica nos governos petistas: a redução da miséria e das desigualdades sociais. Haverá quem diga que os Tucanos fariam melhor. Só olhar os tucanos em seus estados para perceber que suas opções e sensibilidades são outras....além de manter os mesmos escândalos!
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Violência campeia na Vila Embratel. PM executa jovem que tinha vindo do MT para visitar a família!
A polícia militar de São Luís continua matando. Ela nunca atira para ferir, mas para matar. Ela decide quem merece morrer ou viver. Juízes e algozes são os próprios policiais a partir de um código que parece claro: tem cara ou jeito de ‘malandro’ (eles definem quem tem ou quem não tem jeito), é para matar! É jovem negro com ar desconfiado, mata! Mora nos morros da Vila Embratel, mata, pois ou é do Bonde ou do PCM. Tentou fugir, mata, ele com certeza deve estar devendo! E, afinal, a população até apoia essas ações de limpeza, assim que não precisa ter problemas de consciência. Entretanto, esse comportamento é seletivo. Mesmo dentro desses ‘critérios determinantes’, em alguns casos prevalecem outros, a saber: o potencial que alguns ‘suspeitos’ com passagem pela polícia têm para ‘complementar’ o salário de vários policiais que, naturalmente, se dedicam à nojenta prática da extorsão. Nesses casos esses suspeitos precisam viver para ser sugados, eles e seus familiares, até às últimas consequências.
Nas vésperas de Natal, Filipe dos Santos Piedade, foi morto por um policial na escadaria da segunda Travessa Santo Antônio, na Vila Embratel. Ele morava no Mato Grosso com a mãe e tinha vindo para visitar os irmãos e o pai por ocasião do Natal. Ignorando os hábitos locais Filipe ficou na escadaria frequentada por vários jovens, mexendo tranquilamente no seu celular. Ao chegar uma patrulha da PM os jovens do local fogem, mas Filipe concentrado no seu celular permanece sentado ignorando a gravidade da chegada da polícia. Não deu outra: quando o jovem viu a polícia já em cima dele e os demais jovens que tinham desaparecido se assusta, se levanta e esboça uma fuga, mas imediatamente foi atingido por duas balas. Filipe cai e vem rolando escadaria abaixo. Os policiais se aproximam e começam a chutá-lo, e a gritar ‘levanta seu p....’! Filipe permanece inerme. Ao constatar a sua morte os PMs o jogam no camburão e fogem. No imoral jornal do Itaqui-Bacanga no dia seguinte lê-se que Filipe morreu num confronto com a polícia. Não houve confronto algum, Filipe foi sumariamente executado, nem mais nem menos. Espera-se que a Secretaria de Segurança do Estado não tenha pena nem dó em apurar as responsabilidades, identificar e punir os pistoleiros fardados! E com a população debater medidas de pacificação, sem falar em outras medidas educativas e culturais....
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
Natal, simplesmente, natal!
Jesus nasce em Belém, na mesma cidade natal de Davi, para dizer a Israel e ao mundo que não são reis como ele, - de coroa e armas na mão, - que vão trazer a paz e a justiça. Que ao governar uma nação não se podem trair as próprias origens de pastor e camponês. Nem tampouco ignorar o modo de pastorear do Pastor Supremo que sempre defende suas ovelhas e as chama pelo nome.
Jesus nasce em Belém para anunciar que são os impuros pastores que ao acolher o convite do ‘anjo-mensageiro da vida’ abrem seus braços para proteger crianças sem nome e famílias ameaçadas. Que não se podem fechar as portas aos ‘estrangeiros de todas as raças’, que chegam ‘dos muitos orientes’ do mundo com coração puro para venerar a esperança e promover o direito.
Jesus nasce em Belém porque seus pais e educadores não quiseram que nascesse na Jerusalém da corrupção e da idolatria, e ter que ouvir os cantos e as novenas daquele templo poluído por suas liturgias e sacrifícios hipócritas. Preferiram o ‘caloroso templo’ da manjedoura de um estábulo ao sagrado templo da arrogante classe sacerdotal que manipulava, em nome de Deus, a fé de tantos pequenos de Israel.
Jesus nasce em Belém porque é no silêncio do ‘interior’ do coração e longe dos holofotes dos palácios que se podem discernir os caminhos que conduzem à paz douradora, e a enxergar as estrelas que nunca perdem o brilho: de homens e mulheres luminosos que descortinam as frias noites da vida carregados de esperança renascida!
Feliz Natal
Francesco - Na festa do 'príncipe da paz' papa pede paz e diálogo!
Hoje, durante sua bênção de Natal, o papa Francisco relembrou os atos terroristas cometidos durante o ano e pediu esforço da comunidade internacional para acabar com a violência na Síria, Ucrânia, Líbia e África. "Quantos foram golpeados por atrozes atos terroristas em massacres recentes em Beirute, Paris, Bamako, Túnis e nos céus do Egito", recordou o papa, estendendo o pedido de paz aos conflitos no Iraque, Iêmen, Ucrânia, Congo, Burundi e Sudão do Sul. "Precisamente ali onde o filho de Deus veio ao mundo, continuam as tensões e violências", disse, em referência à Terra Santa. E pediu que “os israelenses e palestinos possam retornar o diálogo direto e alcançar um entendimento que permita aos dois povos conviver em harmonia, superando um conflito que enfrentam há tanto tempo".
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Madeireiros de Zé Doca deflagram guerra aos Ka'apor: dois índios baleados e 4 desaparecidos. Por onde anda a PF?
Parece haver uma verdadeira ação de guerra na região de Zé Doca. As informações que chegam dão conta de uma série de ações violentas praticadas por madeireiros da região que insistem em retirar madeira da terra Indígena Alto Turiaçu. Tudo iniciou no sábado passado dia 19 quando cerca de 26 índios Ka’apor entraram pela mata para tentar conter o fogo que vem se espalhando desde o início de dezembro. Encontraram vários ramais de caminhões madeireiros dentro da área. Foram destruídos um caminhão e quatro motos pertencentes aos invasores. Sete invasores foram perseguidos pelos índios para serem entregues ao IBAMA, mas um deles fugiu e avisou um grupo de pessoas do povoado Nova Conquista. Cerca de pessoas armadas saíram para revidar a ação dos índios. Nesse momento parece haver 4 índios desaparecidos e 2 baleados. Permanecem dentro da terra indígena dois tratores e dois caminhões. Os índios estão à procura de apoio para resgatar os demais indígenas desaparecidos e apreender as máquinas que estão lá dentro. Até o presente momento não há notícia de uma intervenção governamental no sentido de instaurar a paz na região e garantir a integridade física dos índios e do seu território. Segundo o secretário dos Direitos Humanos do estado, Francisco Gonçalves, a Secretaria de Segurança mediante o delegado regional Samuel vem organizando uma equipe para intervir na área. Lamentavelmente, parece existir um movimento de contrainformação nos meios de comunicação de Zé Doca segundo os quais seriam os índios e não os madeireiros os vilões da história. Polícia federal neles!
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Indígenas ocupam sede da Secretaria Estadual de Educação. Reivindicam o cumprimento do que havia sido combinado com governo
Índios Guajajara de diversas cidades do Maranhão estão ocupando a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) em São Luís. Eles querem a construção de escolas nas aldeias e a garantia de fornecimento de merenda escolar e transporte para os alunos indígenas. A decisão pela ocupação da sede da Seduc foi após várias tentativas de entrar em um acordo a secretária estadual de Educação, Aurea Prazeres. Segundo o indígena Raimundo Guajajara, as reivindicações são antigas e até agora não foram atendidas. “A gente não vem tendo resultado do que a gente vem reivindicando ao longo desse ano, inclusive a construção de escolas, que não aconteceu esse ano e a merenda escolar em algumas aldeias não receberam como a minha da aldeia Buritirana”, revela.Estão participando da ocupação cerca de 40 índios Guajajaras dos municípios de Grajaú, Barra do Corda, Jenipapo dos Vieiras e Arame. Maicom Guajajara da aldeia Pau d’Arco afirma que o grupo só retornará para as suas respectivas aldeias depois que obtiver um posicionamento do governador do Maranhão, Flávio Dino. “São várias comunidades representando os seus municípios, as suas comunidades e o seus alunos. Muita gente queria vir pra cá e só não veio por causa das condições financeiras. O hotel onde a gente está não tem mais condição da gente ficar e por isso nós estamos aqui na Seduc. Nós vamos permanecer até o governador dar uma resposta positiva e o que a gente quer é um sim. Nós queremos uma decisão concreta”, finaliza.Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que mantém diálogo permanente, reunindo diariamente com os índios no sentindo de melhorar a educação escolar indígena. A Seduc ressalta que está tomando as providências cabíveis para o encaminhamento das reivindicações, e afirma que o órgão está funcionando normalmente. (Mirante)
Novo salário mínimo deverá ter aumento de mais de 10%
O salário mínimo deve atingir um valor de R$ 868 a R$ 870 em janeiro, disse hoje (17), durante evento em São Paulo, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto. O número final depende da inflação deste mês. Os R$ 868, por exemplo, correspondem a um reajuste de 10,15% em relação ao atual mínimo (R$ 788). Ele também falou sobre a vinculação do mínimo com a Previdência. "Não há nenhuma hipótese de desvinculação do salário mínimo como piso previdenciário", disse Rossetto. De acordo com dados do Dieese, de 2002 a 2014 o salário mínimo teve aumento real (acima da inflação) de 76,54%.
No STF prevaleceu o bom senso e Cunha e seus asseclas foram colocados em seus devidos lugares. STF mostra sua força moral!
A sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) de ontem foi histórica. Não assegurou o mandato de Dilma. Sua sobrevivência política dependerá do que fizer daqui para frente. Mas definiu normas mínimas de respeito às instituições e aos procedimentos. Mas que isso, foi um julgamento primoroso, com a apresentação do relatório do Ministro Luiz Edson Facchin – a favor da votação secreta, da indicação da comissão do impeachment votada pela oposição e do afastamento da presidente assim que a Câmara autorizasse o julgamento. Depois, com os argumentos contrários – e vitoriosos - do Ministro Luiz Roberto Barroso a favor do voto aberto, contra a indicação da comissão pela oposição (sem passar pelo voto dos líderes de bloco) e com afastamento da Presidente só em caso do Senado aceitar o julgamento. Em cada direção, os votos foram apresentados de forma serena, elegante, com argumentos e contra-argumentos devidamente sopesados. As notas destoantes foram os votos de Gilmar Mendes e Dias Toffoli que, em alguns momentos, pareciam os sobrinhos do Pato Donald, um completando a frase do outro, aos gritos, definindo o posicionamento antes de selecionar os argumentos. Viu-se o ridículo de representante do mais anacrônico modelo oligárquico, como Gilmar Mendes, defendendo a democracia direta contra a oligarquia dos partidos. E luminares, como Dias Toffoli, com o tom taxativo e definitivo com que tolos tratam suas próprias opiniões. (Blog do Luis Nassif)
Polícia Federal começa, finalmente, a investigar a corrupção na época de FHC do PSDB. E o ex-governador de Minas, do PSDB, é condenado a 20 anos!
Pela primeira vez desde o início da Operação Lava Jato, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deflagraram uma operação para apurar desvios na Petrobras no período anterior à chegada do PT ao poder, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era o presidente da República. Nesta quinta-feira 17, a PF realizou a Operação Sangue Negro, que investiga desvios de dinheiro em contratos da Petrobras para o pagamento de propina ocorridos a partir de 1997, ainda no primeiro mandato de FHC. Foram cumpridos nove mandados judiciais, sendo cinco de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva, no Rio de Janeiro, em Angra dos Reis (RJ) e em Curitiba. Uma das empresas alvo de buscas é do ramo de prospecção de petróleo. Segundo a PF, a companhia recebia repasses de contratos efetuados entre a Petrobras e a SBM da ordem de 3 a 5%, dos quais 1% a 3% eram depositados em off shores no exterior. Esse dinheiro retornava em forma de pagamento de propinas. Em fevereiro, foi tornado público o depoimento de Pedro Barusco à Polícia Federal. O ex-gerente da Petrobras disse ter começado a receber propinas ainda em 1997. O próprio FHC na publicação do primeiro volume de seus Diários da Presidência afirma que, em outubro de 1996, foi informado por Benjamin Steinbruch, dono da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de que a Petrobras "era um escândalo". "Eu queria ouvi-lo [Steinbruch] sobre a Petrobras. Ele me disse que a Petrobras é um escândalo. Quem manobra tudo e manda mesmo é o Orlando Galvão Filho, embora Joel Rennó tenha autoridade sobre Orlando Galvão”, escreveu FHC sobre os então presidentes da BR Distribuidora e da Petrobras. Reforçou a noção de que a corrupção na Petrobras antecede a chegada do PT ao poder. FHC voltou a se defender e disse que o PT tentava "embolar o jogo". Segundo ele, em sua gestão a corrupção "não era organizada".
Comentário do blogueiro - Pode até ser que na época dele a corrupção não estivesse 'organizada', - mas atuante, de qualquer maneira, - a pergunta é: o que o FHC fez para debelar a corrupção 'não organizada'? Sabia, mas nada fez! Omissão ou cumplicidade? Ou as duas? A condenação do 'mensalão mineiro' na pessoa do ex-governador Azeredo indica que só agora a ponta do iceberg da corrupção tucana está sendo desvendada.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
4º domingo de advento - Gerar frutos de vida contra todas as evidências de esterilidade. Como Maria, crer para além do que vemos e sentimos! (Lc. 1, 39-45)
Existem momentos na vida em que é preciso ‘fechar os olhos’ e ir em frente acreditando para além do que vemos e sentimos. Experimentamos a decepção, a frustração, a força da brutalidade, o aparente desmoronamento de tantas convicções e princípios que considerávamos válidos. Imaginamos, às vezes, que tocamos o fundo do poço e que nunca iremos nos levantar, e voltar a ser o que éramos. Época de crise profunda, diriam alguns. A história parece se repetir em níveis diferentes. Maria viveu esses momentos de crise pela qual nós passamos. No evangelho de hoje ela deixa de ser somente uma mulher surpreendentemente grávida de uma nova vida (Jesus) para se tornar, - segundo o evangelista Lucas, - o símbolo do cidadão e do discípulo que acredita que a novidade de Deus rompe com o desespero, a conformação, a aparente esterilidade dos humanos e o desânimo que se apoderam das pessoas nos momentos de crise. É nas crises, no entanto, e na aparente incapacidade do homem de gerar frutos de vida nova (esterilidade) que surge algo positivo inesperado.
O diálogo entre Maria e Isabel não é uma crônica, um relato histórico, mas uma profunda aula de vida. Todas as frases das duas mulheres são tiradas da bíblia, e são bem conhecidas. São utilizadas, porém, didaticamente, por Lucas para transmitir uma mensagem que venham a ajudar o ouvinte e seguidor de Jesus a não desistir em sua insistência de crer e de gerar gestos de esperança renovada contra todas as ‘evidências’. Crer, por exemplo, que na aparente esterilidade da vida podem surgir frutos de vida abundante. Crer que em cidades e ambientes desconhecidos podem surgir líderes justos que apostam na paz e no respeito. Crer que Deus continua agindo no meio do seu povo, e continua a selar a sua aliança não com aqueles que vivem nos palácios e têm sangue real, mas com os pequenos e desconhecidos, os invisíveis aos olhos da mídia e das massas. Crer que nós, como Maria e Isabel, podemos ser um ‘útero fértil’ capaz de gerar frutos de acolhida, de misericórdia e de fraternidade, e oferecê-los ao mundo. Para que o mundo faça a permanente experiência de ‘renascer’ e voltar a se motivar. Que ninguém de nós diga ‘eu não sei gerar algo novo e diferente, eu não posso, eu não consigo’! É preciso crer contra toda descrença, é preciso esperar contra todo desespero. É preciso lutar contra todo comodismo e indiferença. Deus fará o resto.
O diálogo entre Maria e Isabel não é uma crônica, um relato histórico, mas uma profunda aula de vida. Todas as frases das duas mulheres são tiradas da bíblia, e são bem conhecidas. São utilizadas, porém, didaticamente, por Lucas para transmitir uma mensagem que venham a ajudar o ouvinte e seguidor de Jesus a não desistir em sua insistência de crer e de gerar gestos de esperança renovada contra todas as ‘evidências’. Crer, por exemplo, que na aparente esterilidade da vida podem surgir frutos de vida abundante. Crer que em cidades e ambientes desconhecidos podem surgir líderes justos que apostam na paz e no respeito. Crer que Deus continua agindo no meio do seu povo, e continua a selar a sua aliança não com aqueles que vivem nos palácios e têm sangue real, mas com os pequenos e desconhecidos, os invisíveis aos olhos da mídia e das massas. Crer que nós, como Maria e Isabel, podemos ser um ‘útero fértil’ capaz de gerar frutos de acolhida, de misericórdia e de fraternidade, e oferecê-los ao mundo. Para que o mundo faça a permanente experiência de ‘renascer’ e voltar a se motivar. Que ninguém de nós diga ‘eu não sei gerar algo novo e diferente, eu não posso, eu não consigo’! É preciso crer contra toda descrença, é preciso esperar contra todo desespero. É preciso lutar contra todo comodismo e indiferença. Deus fará o resto.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Sociedade Maranhense de Direitos Humanos apresenta mapa da violência em São Luis. 91% dos assassinados são jovens negros!
Um ‘Mapa da Violência’ em São Luís (MA), com dados sobre mortes violentas intencionais e um panorama dos presídios da capital maranhense, foi apresentado nessa terça-feira (16) pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH). O perfil das vítimas de mortes intencionais registradas na Região Metropolitana de São Luís entre 2000 e 2012 é de homens negros e jovens. São 90,9% dos casos. O diagnóstico apontou para um aumento no número de mortes violentas entre crianças e adolescentes. O levantamento da SMDH mostra que a quantidade de mortes na faixa etária entre 10 a 19 anos cresce a cada ano. Em 2013, foram 171 mortes violentas; em 2014, 195; e até 14 de dezembro deste ano, 198 registros. O número de homicídios dolosos em 2015 caiu 12,7%, comparado a 2014.
Linchamentos -Segundo os dados apresentados pela SMDH, na Região Metropolitana foram registrados 12 linchamentos, ou seja, uma média de um caso por mês. Um dos casos de maior repercussão foi o de Cledenilson Pereira da Silva, em julho de 2015, no Jardim São Cristóvão. Ele tinha 29 anos.Em todo o Maranhão, foram 22 casos de espancamentos coletivos, com 25 mortes. Os casos correspondem a 1,3% da quantidade de mortes em todo o ano. A maior parte dessas mortes ainda é provocada por arma de fogo: 77%.
Complexo de Pedrinhas- O relatório apresentado pela SMDH aponta também a situação do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. O número de mortes diminuiu nos últimos dois anos. Segundo o levantamento, caiu de 60 em 2013 para 19 em 2014. Em 2015, foram quatro mortes (Fonte: SMDH)
Cassação do Cunha - Quando bandido vota em bandido. Conheça a ficha policial dos 9 deputados que votaram a favor do Cunha!
Confira, a seguir, um breve levantamento dos 9 parlamentares que integram a tropa de choque de Cunha no Conselho e que, por muito pouco, não conseguiram impedir a investigação contra o presidente da Casa.
1. Manoel Júnior (PMDB-PB). Manoel Junior, deputado federal pelo PMDB da Paraíba, fiel aliado de Eduardo Cunha. Teve o seu nome citado no relatório da CPI da Pistolagem por possível envolvimento no assassinato de um vereador. Foi chamado de “picareta desqualificado” por Ciro Gomes quando esteve cotado para assumir o Ministério da Saúde. “Quando a imprensa vasculhar a vida desse camarada, ele não dura 15 dias”, disse Ciro.
2. Wellington Roberto (PR-PB). Deputado Federal pelo PR da Paraíba. Foi acusado pelo empresário Darci Vedoin de envolvimento no chamado Escândalo dos Sanguessugas — esquema milionário que consistia em desviar dinheiro público destinado a compra de ambulâncias e equipamento hospitalar. Wellington gastou R$ 189 mil de sua cota parlamentar para abastecer carros do seu escritório político no posto de gasolina do irmão.
3. Paulinho da Força (SD-SP). Paulinho da Força é o líder e fundador do Solidariedade. Apoiou Aécio Neves nas últimas eleições presidenciais e tem se revelado um dos maiores defensores do impeachment de Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Chegou a dizer que “não interesse as acusações que pesam sobre Eduardo Cunha, porque o importante é derrubar a Dilma”. Foi condenado, em 2010, a devolver R$ 235 mil aos cofres públicos e pagar multa de R$ 471 mil por irregularidades e desvios no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Atualmente, Paulinho da Força é réu no STF acusado de desviar dinheiro do BNDES. O Ministério Público pediu a condenação do deputado.
4. Cacá Leão (PP-BA). O deputado Cacá Leão foi integrante da falecida CPI da Petrobras até que o seu pai, o também deputado João Leão (PP-BA), apareceu como um dos parlamentares que tiveram o pedido de abertura de inquérito aceito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Cacá Leão tem evitado a imprensa desde que surgiram especulações de que votaria a favor de Eduardo Cunha no Conselho de Ética. As especulações se confirmaram na manhã desta terça-feira (15) e o deputado já está sendo cobrado por eleitores.
5. Erivelton Santana (PSC-BA). Deputado pelo Partido Social Cristão (o mesmo de Marco Feliciano e Eduardo Bolsonaro), Erivelton Santana elegeu-se com a promessa de que defenderia, na Câmara dos Deputados, os “valores da família brasileira”.
6. João Carlos Bacelar Filho (PR-BA).
7. Ricardo Barros (PP-PR). Relator da Comissão do Orçamento 2016 e aliado do governador Beto Richa (PSDB) no Paraná, Ricardo Barros é o deputado que pretende cortar R$ 12,2 bilhões do Bolsa Família — programa que atende 14 milhões de famílias, ou aproximadamente 50 milhões de pessoas, cerca de metade delas crianças e adolescentes. “Ninguém vai ficar na miséria se cortar um pouco do Bolsa Família”, justificou. Ao mesmo tempo, Barros quer duplicar a verba destinada aos partidos políticos, de R$ 311 milhões para R$ 600 milhões (Fundo Partidário).
8. Vinicius Gurgel (PR-AP). Vinicius Gurgel está no primeiro mandato como deputado federal. Ganhou destaque na imprensa nacional pela reportagem “Os Campeões do Cotão”, por ter solicitado reembolso na Câmara Federal de R$ 190 mil por aluguel de veículos e embarcações.
9. Washington Reis (PMDB-RJ) Washington Reis já teve os seus direitos políticos cassados por três anos após condenação por improbidade administrativa quando foi prefeito de Duque de Caxias. Em 2014, foi alvo de investigação da PF e do Ministério Público Federal (MPF) por supostas fraudes em licitações. Na época, agentes federais chegaram a entrar na casa do deputado e apreenderam documentos. O deputado federal é investigado também em uma ação do Supremo Tribunal Federal por crime ambiental. Além dessas ações, Washington Reis é investigado em inquéritos que apuram supostos crimes eleitorais e lavagem de dinheiro.
(Fonte: Blog do Luis Nassif)
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
'Temer é o homem de Cunha, e não contrário', afirma Ciro Gomes, presidenciável
CartaCapital: O senhor acusou Temer de ser o “capitão do golpe” e um “parceiro íntimo” de Cunha. Como chegou a essa conclusão?Ciro Gomes: Conheço bem os dois, de longa data. Temer conspira há algum tempo, tenho informações a respeito. Lá atrás ele visitou esses grupos que organizam manifestações. Mais recentemente fez uma declaração sintomática, de que um governo com 7% ou 8% de popularidade não se sustenta. Basta pesquisar a quantidade de medidas provisórias que o Temer despachou ao Cunha para que ele pudesse incluir o que no jargão parlamentar chamamos de “jabuticabas”, emendas ilegais para gerar privilégios a grupos econômicos dos quais eles tomavam dinheiro.
CC: Como o senhor avalia a carta enviada pelo vice a Dilma? CG: Tenho 36 anos de vida pública. Nunca vi uma coisa tão ridícula, de tão baixo nível, absolutamente cretina e risível. Aquilo ali é um festival de vaidades e de mágoas explícitas. Você não nomeou fulano, demitiu meu amigo, foi ver não sei quem e não me levou. E faz parte de um enredo golpista. Surge exatamente na ocasião em que houve o golpe na formação da comissão do impeachment e faz parte da movimentação que destituiu Leonardo Picciani da liderança do PMDB na Câmara, a quem Temer cita nominalmente na carta. Quem vazou o texto para a mídia foi ele.
CC: Por que o impeachment deve ser tratado como um golpe? CG: O impeachment é um julgamento político, mas na sua origem é jurídico. A peça contra Dilma é inepta, pois escora-se nas “pedaladas fiscais”. Na medida em que o Congresso sancionou a nova meta de superávit, esse argumento se perde. A única possibilidade de se afastar um presidente da República é por crime de responsabilidade doloso, e não há nenhum ato de Dilma que se enquadre nessa situação. Além disso, se pedalada for motivo, Temer também precisa ser afastado, pois assinou alguns desses decretos. Aliás, praticamente todos os governadores e prefeitos de capitais... Outro absurdo é reavivar o voto secreto na Comissão Especial da Câmara, algo que o Supremo Tribunal Federal certamente vai anular.
CC: Como construir uma governabilidade mais sadia? CG: Não vejo problemas, por exemplo, em ter Marcelo Castro como ministro da Saúde. Ele puxa apoio de uma fração importante do PMDB. O mesmo vale para o Eduardo Braga, que é um cara legal. Pode melhorar a relação com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que também ajuda muito. O problema é que Dilma entregou tudo a quem não deveria entregar. Pior: colocou um golpista dentro do Palácio. Isso é muita irresponsabilidade. O governo selou aliança com o lado quadrilha do PMDB. Digo isso porque há muitos homens de bem no partido, como Requião, Jarbas Vasconcelos, Mauro Benevides. Mas o governo não os prestigia. Dilma precisa se cercar de gente leal e profissional.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Francisco, otimista, declara que acordo contra o aquecimento global é histórico!
O papa Francisco saudou ontem, (13) a assinatura por 195 países, ontem (12) em Paris, de um acordo contra o aquecimento global, e apelou para se estar especialmente atento aos “mais vulneráveis”, particularmente afetados pelas catástrofes ambientais. “A cúpula sobre o clima terminou em Paris com um acordo que bem podemos qualificar como histórico”, disse o papa Francisco, na oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.“A sua aplicação exige um compromisso unânime e um generoso empenho de cada um”, destacou Francisco, reportou a AFP. O papa ressaltou que é preciso garantir neste âmbito, e “com um particular atenção”, o futuro das “populações mais vulneráveis”. Deus te ouça, mas eu desconfio....
Brasil melhora seu IDH em 2014, mas perde uma posição. Imginem o que seria com os Tucanos Serra, Aécio e FHC!
O Brasil registrou melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2014. Os dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostram que o IDH passou de 0,752 em 2013 para 0,755 em 2014. Apesar do aumento, o Brasil caiu uma posição no ranking mundial de desenvolvimento humano e passa a ocupar o 75º lugar entre 188 países. De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2015, lançado hoje (14), o país perdeu uma posição porque foi ultrapassado pelo Sri Lanka, que teve crescimento acelerado no último ano. O IDH mede o desenvolvimento humano por meio de três componentes: a expectativa de vida, educação e renda. A coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional, Andréa Bolzon, explicou que a diferença no ritmo de crescimento dos países causou a queda do Brasil. “Apesar de o Brasil ter crescido no IDH, outro país cresceu em ritmo um pouco mais acelerado que o nosso. A isso se deve nossa queda”.
Equipe da Globo é agredida por não se empenhar na saída de Dilma. Feitiço contra feiticeiro!
As manifestações a favor da cassação de Dilma desse domingo, ontem, trazem conclusões curiosas: O número de manifestantes frustrou os organizadores, mostrando que o populacho não reage mais ao simples apertar de botões. Em São Paulo a equipe da Globo foi atacada por trogloditas furiosos com a falta de empenho da emissora em mobilizar as massas. A velha mídia entrou em uma sinuca de bico. Primeiro, alimentou a onda de intolerância, tornando-se prisioneira da própria armadilha montada. Não pode oferecer mais sangue do que oferece, sob risco de reduzir seu público a um tropel de trogloditas. Descontenta os trogloditas, que a acusam de pouco empenho, e descontenta os demais leitores que criticam a ausência de jornalismo.Depois, deflagrou o processo de impeachment e agora teme seus efeitos.Subordinar o jornalismo à política dá nisso, comprovando que a crise de liderança que acomete os três poderes não poupou igualmente o quarto.O fracasso das manifestações, no entanto, não zero o jogo do impeachment.Os próximos capítulos serão decisivos e se darão em torno de três campos. (Blog do Luis Nassif)
Por que Dilma tem que ficar?
....O impeachment não tem uma fundamentação jurídica consistente, Dilma não cometeu nenhum ato doloso e ela tem a legitimidade conferida pela soberania do voto popular.É preciso perceber que as circunstâncias que envolvem a fundamentação do pedido de impeachment de Dilma são de natureza completamente diferente daquelas que envolveram o pedido de impeachment de Collor. No caso deste último, o pedido foi precedido de uma CPI que investigou um amplo espectro de fatos, estabeleceu nexos e elos corruptos e desnudou atos dolosos que lastrearam o pedido de impedimento de forma consistente. No caso do pedido de impeachment de Dilma ele foi feito a seco, sem investigações prévias, sem estabelecimento de fatos conclusivos, sem a evidência inequívoca de dolo. Seu fundamento são ilações e a vontade dos que o formularam e os interesses dos políticos e dos partidos que o apoiam. Desencadear um processo de impeachment sem lastro em fatos é de tal gravidade e de tal irresponsabilidade que não pode fugir à classificação de golpe político. É legítimo que ao se defender o “querer ficar” se denuncie o caráter golpista do movimento que quer tirar Dilma do poder. É um golpe dos inconformados (Aécio e o PSDB), dos vingativos (Eduardo Cunha) e dos ambiciosos (Temer e parte do PMDB). (Fonte: Aldo Fornazieri)
sábado, 12 de dezembro de 2015
Globo está arrependida de ter promovido a candidatura Cunha! Vergonha!
Nem vem, Globo. Cunha é teu filho!: A Globo publica hoje editorial pedindo a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, e falseando os fatos para tentar se livrar dele sem afetar a marcha do golpe.Nem vem que não tem!Quem fez reuniãozinha a porta fechada com Eduardo Cunha pra acertar o golpe não foram os editores do Globo, conforme teve que admitir Merval Pereira após ser desmascarado pelo Cafezinho?Quem escondeu os mal feitos de Cunha durante a sua campanha para presidência da Câmara? Não foi a Globo?O editorial esconde quem foram os aliados de Cunha na marcha de insensatez que ele imprimiu à Câmara este ano, aprovando pautas bombas que tinham por único objetivo desestabilizar as contas públicas, e apostando em iniciativas ultra. (Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho)
A traição do vice-presidente do Brasil, Michel Temer - Por André Singer
Começo por uma confissão. Por bom tempo, desenvolvi a tese de que o PMDB seria o partido de centro no sistema brasileiro. A ideia era, creio, razoável. Agremiação moderada, serviria para frear os ímpetos de radicalização tanto do PT quanto do PSDB. Desse modo, o governismo peemedebista estabelecido desde o período Sarney, teria alguma função sistêmica. Contrariamente à hipótese, primeiro fui obrigado a reconhecer que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais nomes da sigla no período recente, atuava para radicalizar o cenário. O presidente da Câmara adotou desde o começo do ano o perfil de líder conservador radical, disposto a colocar fogo no circo para queimar o PT. Acalentei, então, durante certa fase a esperança de que, tal como corpo estranho, o político carioca fosse expelido do campo moderado. Nessa visão, a fúria expressa nas manobras cunhistas seria passageira. Terminada a sua 'vilegiatura', tudo voltaria ao normal. A incrível atitude de Michel Temer nesta semana, entretanto, me faz repensar todo o esquema. Sem qualquer razão de fundo, a não ser a óbvia ambição de poder, ele abandonou a companheira de chapa na hora em que ela mais precisava dele. Como não há qualquer divergência política que justifique o afastamento, uma vez iniciado o trâmite do impeachment, o vice inventou uma série de desculpas esfarrapadas. Não que os episódios relatados na carta sentimental enviada domingo passado sejam falsos. Ao contrário, parecem de realismo pungente. O problema é que nenhum deles se refere ao passado, presente ou futuro do país. São mágoas pessoais dignas de intriga municipal das mais chinfrins. Em lugar de propor a expulsão de Cunha do PMDB, que seria o destino óbvio para um sabotador contumaz, Temer voltou-se contra a estabilidade das instituições. O Brasil pagará preço alto se houver impeachment sem base consistente. Arrisco dizer que Temer não só traiu Dilma como a própria vocação do PMDB.E o vice traiu, também, a si mesmo. A sua postura irresponsável animou Cunha a continuar manipulando de maneira descarada tanto o rito do impedimento quanto o Conselho de Ética. Os episódios de pugilato na Câmara nos últimos dias devem ser debitados também na conta do vice, que sempre cultivou a imagem de equilíbrio e ponderação. Sem dúvida, Dilma fica mais fraca e isolada. Mas Temer mostrou que a sua candidatura ao Planalto tem dimensão apenas paroquial. Abre-se um perigoso vazio em que a presidente não tem força para atuar e a alternativa imediata revela-se um fiasco. A tripla traição de Temer deveria ficar para a história como exemplo de péssima política.
3º de advento – Mudança radical já para não ver a ‘nação’ ir à falência moral e política (Lc. 3, 10-18)
A verdadeira conversão tem que produzir necessariamente frutos. Dizer simplesmente que uma pessoa se converteu e não perceber nela nenhuma mudança significativa de comportamento é mera ilusão. Conversão do coração que não faz surgir uma conversão social, ou seja, uma mudança radical nas relações sociais é pura tapeação. Nós mesmos manifestamos descontentamento e indignação quando não vemos o cumprimento de promessas, de respeito aos direitos, de belos discursos. Da mesma forma pensava João Batista. Em contraposição à infinidade de normas e preceitos que a classe sacerdotal impunha ao povão como meio de alcançar a salvação, João colocava a mudança radical nas relações sociais e econômicas. Era preciso cortar os privilégios e os abusos daqueles que viviam no alto, os mandatários, e que humilhavam os de baixo, os que viviam nos vales da vida. Era preciso rebaixar as montanhas e encher os vales, eliminar os abismos sociais, para criar uma realidade de justiça e equidade. Só assim Israel se salvaria. A fórmula de João não era intensificar as celebrações, os sacrifícios, os jejuns, as novenas, e sim, a caridade concreta, aquela que cria pessoas e realidades novas.
O evangelista Lucas relata que João se dirigiu de forma específica a três grandes categorias de pessoas: ao povo em geral, ao mundo das finanças e ao aparato militar. Ao primeiro, ao povão, João pede sensibilidade e compaixão para com aqueles que morrem de frio e de fome. Não adianta esperar políticas públicas quando um seu irmão está à beira da falência física e biológica. É preciso superar egoísmos e indiferenças pessoais e intervir de forma generosa para salvar pessoas do perigo da morte biológica (não da alma!). O segundo grupo é formado por pessoas que abusam do seu poder econômico, poderosos em controlar o fluxo da produção e do dinheiro. São funcionários capazes de reduzir à miséria pessoas que vivem trabalhando e poupando a vida inteira para garantir sustento para si e a sua família. A eles João pede o estrito cumprimento da lei que por si só já era de uma extorsão sem limites. Exige-lhes que não explorem mais do que a lei já vinha permitindo. E o terceiro grupo parece não conhecer até hoje nenhuma evolução histórica, pois permanece arcaico como sempre: a polícia que prende sem mandato judicial, invade residências, extorque para tirar proveito pessoal, usa a violência antes mesmo de perguntar a identidade. Aos soldados e policiais João pede que sejam respeitadores da dignidade inalienável e dos direitos de cada pessoa. Essas exigências são consideradas por Lucas ‘boa nova’, evangelho. De fato, não existe uma nação ou uma comunidade que possa experimentar a vida em plenitude, a salvação real, sem pôr em prática essas exigências básicas. Hoje, mais do que nunca, urge cumprir isso no nosso país!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
O dia da infâmia, por Fernando Morais
Minha geração testemunhou o que eu acreditava ter sido o episódio mais infame da história do Congresso. Na madrugada de 2 de abril de 1964, o senador Auro de Moura Andrade declarou vaga a Presidência da República, sob o falso pretexto de que João Goulart teria deixado o país, consumando o golpe que nos levou a 21 anos de ditadura. Indignado, o polido deputado Tancredo Neves surpreendeu o plenário aos gritos de "Canalha! Canalha!". No crepúsculo deste 2 de dezembro, um patético descendente dos golpistas de 64 deu início ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A natureza do golpe é a mesma, embora os interesses, no caso os do deputado Eduardo Cunha, sejam ainda mais torpes. E no mesmo plenário onde antes o avô enfrentara o usurpador, o senador Aécio Neves celebrou com os golpistas este segundo Dia da Infâmia.Jamais imaginei que pudéssemos chegar à lama em que o gangsterismo de uns e o oportunismo de outros mergulharam o país. O Brasil passou um ano emparedado entre a chantagem de Eduardo Cunha –que abusa do cargo para escapar ao julgamento de seus delitos– e a hipocrisia da oposição, que vem namorando o golpe desde que perdeu as eleições presidenciais para o PT, pela quarta vez consecutiva.Pediram uma ridícula recontagem de votos; entraram com ações para anular a eleição; ocuparam os meios de comunicação para divulgar delações inexistentes; compraram pareceres no balcão de juristas de ocasião e, escondidos atrás de siglas desconhecidas, botaram seus exércitos nas ruas, sempre magnificados nas contas da imprensa.Nada conseguiram, a não ser tumultuar a vida política e agravar irresponsavelmente a situação da economia, sabotando o país com suas pautas-bomba.Nada conseguiram por duas singelas razões: Dilma é uma mulher honesta e o povo sabe que, mesmo com todos os problemas, a oposição foi incapaz de apresentar um projeto de país alternativo aos avanços dos governos Lula e Dilma.
Aos inconformados com as urnas restou o comparsa que eles plantaram na presidência da Câmara –como se sabe, o PSDB, o DEM e o PPS votaram em Eduardo Cunha contra o candidato do PT, Arlindo Chinaglia. Dono de "capivara" policial mais extensa que a biografia, Cunha disparou a arma colocada em suas mãos por Hélio Bicudo.O triste de tudo isso é saber que o ódio de Bicudo ao PT não vem de divergências políticas e ideológicas, mas por ter-lhe escapado das mãos uma sinecura –ou, como ele declarou aos jornais, "um alto cargo, provavelmente fora do país". Dilma não será processada por ter roubado, desviado, mentido, acobertado ou ameaçado. Será processada porque tomou decisões para manter em dia pagamentos de compromissos sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.O TCU viu crimes nessas decisões, embora não os visse em atos semelhantes de outros governos. Mas é o relator das contas do governo, o ministro Augusto Nardes, e não Dilma, que é investigado na Operação Zelotes, junto com o sobrinho. E é o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e não Dilma, que é citado na Lava Jato, junto com o filho. Todos suspeitos de tráfico de influência. Provoca náusea, mas não surpreende."Claras las cosas, oscuro el chocolate", dizem os portenhos. Agora a linha divisória está clara. Vamos ver quem está do lado da lei, do Estado democrático de Direito, da democracia e do respeito ao voto do povo.E veremos quem se alia ao oportunismo, ao gangsterismo, ao vale-tudo pelo poder. Não tenho dúvidas: a presidente Dilma sairá maior dessa guerra, mais uma entre tantas que enfrentou, sem jamais ter se ajoelhado diante de seus algozes.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
No Maranhão há 0,58 médicos por mil pessoas! Uma vergonha!
Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, existem 1,8 médicos por mil brasileiros. O número é inferior ao de países europeus e vizinhos latino-americanos. Na Argentina, por exemplo, a proporção de médicos por habitantes é de 3,2; em Portugal e Espanha, 4; e em Cuba, 6,8. Uma avaliação mais profunda, contudo, mostra que este número é ainda menor em aéreas da região Norte, revelando a desigualdade na distribuição de médicos entre as regiões brasileiras. Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, possuem média próxima à de países desenvolvidos: 2,49 e 3,4 médicos por mil habitantes, respectivamente. Enquanto estados como Pará e Maranhão apresentam taxas preocupantes, de 0,77 e 0,58, respectivamente."Há uma má distribuição entre os estados ricos e pobres do País, mas também notamos uma grande desigualdade dentro dos estados", afirma o secretário. "A região oeste do estado de São Paulo, por exemplo, tem taxas semelhantes às de estados do Norte", completa.Para Hêider Aurélio Pinto, nos últimos anos, o País conseguiu avanços importantes na oferta de saúde em regiões pobres e de difícil acesso graças ao Programa Mais Médicos. Ainda assim, a carência de profissionais de saúde apenas será suprida com uma maior oferta de vagas em cursos de Medicina. "Em dez anos, foram abertos 146 mil postos de trabalho para médicos, mas, neste período, as universidades brasileiras formaram apenas 64% dessa demanda", afirma. (Fonte: Carta Capital)
Incêndio na pré-Amazônia - Agora é a mata dos Awá-Guajá que está em chamas!
Um incêndio de grandes proporções avança por áreas de floresta da Amazônia Oriental, no Maranhão, e desde essa quinta-feira (26/11) afeta a aldeia Juriti, onde residem índios da etnia Awá-Guajá. Suspeita-se que o fogo tenha sido causado por grupos de madeireiros que agem ilegalmente próximo à terra indígena (TI). Até o momento, nenhum órgão estadual ou instituição responsável pela proteção da TI chegou ao local para intervir na contenção das chamas, de acordo com informações da Agência Museu Goeldi. Os Awá são um dos últimos povos nômades de caçadores-coletores no Brasil. Considerados pela organização International Survival como a “tribo mais ameaçada do mundo”, os Awá vivem “o mais próximo do que pode se chamar de genocídio, no Brasil”, de acordo com o chefe da Coordenação Geral de Índios Isolados da Funai, Carlos Travassos. Os indígenas têm sido assediados constantemente por posseiros e comerciantes extrativistas da região. O único auxílio que os Awá receberam foi de um representante da Funai, que passou a quinta-feira na aldeia, no trabalho de abafamento do fogo.Outro funcionário da fundação no Maranhão, Edésio de Sena Martins, informou que o incêndio foi iniciado há alguns dias por um grupo de posseiros em um foco próximo à aldeia Juriti.Como o tempo está muito seco, o fogo rapidamente se espalhou. Segundo ele, a queimada é intensa e está longe de ser controlada. Reserva - O incêndio também ameaça a Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi, em uma terra vizinha à Juriti. Na teoria, a reserva está sob a proteção integral do Ministério do Meio Ambiente (MMA), mas nas últimas décadas tem sofrido invasões de madeireiros, pecuaristas e agricultores, um perigo comum às terras indígenas no Estado, como a dos Awá. (Fonte: Museu Goeldi)
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
Iº de Advento - Fique ligado, levanta a cabeça, e faça acontecer! (Lc. 21,25-28. 34-36)
Secas e vendavais destruindo casas, mares de lama contaminada matando a vida que pulsava nas águas do Rio Doce, e deixando milhares de pessoas sem casa e sem água potável. Fogo criminoso torrando milhares de hectares de floresta dos índios Guajajara e dispersando ou matando índios e animais. Cloacas de corrupção e de violência institucional inundando consciências e arrastando pessoas de todas as esferas sociais para comportamentos aéticos e imorais. Recordes de criminalidade, de abusos de todo tipo, e desocupação crescente. É o caos, alguém diria. É o fim do mundo, outros acrescentariam. Jesus, ao contrário, nos diz que chegou a hora de ‘levantar’ e ‘reerguer a cabeça’. E vislumbrar nesse caos universal a proximidade da libertação integral. Todavia, o mestre nos deixa a entender que isso não vai acontecer mediante a ação poderosa de alguém, individualmente, mas através de nós mesmos se tivermos a coragem de contemplar e incorporar o testemunho do ‘filho do homem’, de Jesus, o mestre em humanidade. Se fosse somente o poder da ação de um ser divino que por si só restabelece a ordem no caos não haveria necessidade de nos levantar e reerguer a cabeça. Ele faria por nós, e nós seríamos só os beneficiados. Mas não é assim que Jesus age. Ele pede que nos levantemos, que deixemos de rastejar para quem quer que seja. Chega de se deixar pisar e oprimir. De viver como dominados e escravizados. É preciso recuperar confiança em nós mesmos e enfrentar os desafios da vida. Ter consciência que temos valor e potencialidades, e muita capacidade de superação. Quando isso acontecer teremos condições de olhar a nossa vida e o mundo com outros olhos. Ao levantar e ao nos reerguer não olharemos os acontecimentos como gente encurvadas sobre si, arrastada e manipulada. Teremos a capacidade de olhar para além das consequências do caos que nós mesmos produzimos, e descobrir dentro de nós o nosso lado recriador e transformador. Jesus mostrou isso ao agir de forma serena e firme com todos, e em todas as circunstâncias. Ele não andou desperdiçando tempo e energias em coisas fúteis que só tiram o foco dos verdadeiros objetivos da vida. Viver em estado de ‘Advento’ de um mundo novo e renovado, afinal, significa que quem sabe que chegou a hora de agir com coragem, não espera que as coisas ocorram por si só. Ele faz acontecer, do jeito que Deus quer, e não do jeito que o Diabo gosta!
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Belo Monte - IBAMA autoriza enchimento da represa.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu licença de operação para a Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e autorizou hoje (24) o enchimento do reservatório da usina, que está em construção há quatro anos e cinco meses no Rio Xingu. Segundo o Ibama, a licença de operação obtida pela empresa Norte Energia está relacionada ao cumprimento de 41 condicionantes. A licença é válida por seis anos. Em parecer técnico de 10 de setembro, o Ibama havia apontado 12 pendências que impediam a emissão da licença. Sem o documento, a Norte Energia ficava impedida de encher o reservatório e dar início à geração de energia no empreendimento. Os documentos do processo de licenciamento de Belo Monte, que tramita desde 2006, estão disponíveis para consulta no site do Ibama.
A presidenta do Ibama, Marilene Ramos, começou a dar entrevista à imprensa para explicar a concessão da licença, quando foi interrompida por indígenas que dançaram, cantaram e fizeram um ato no auditório do instituto contra o projeto da usina no Rio Xingu. Eles carregaram cartazes com os dizeres “Não a Belo Monte” e “Xingu vivo para sempre”. Os líderes indígenas reclamaram por não terem sido consultados previamente sobre a emissão da licença de operação. Eles disseram estar mobilizados contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/2000, na Câmara dos Deputados, quando souberam da decisão do Ibama. Cerca de 50 indígenas foram à sede do instituto para protestar contra a licença que permite encher o reservatório e dar início à geração de energia no empreendimento. O cacique Tabata Kuikuro, do Alto Xingu, recebeu com tristeza a notícia. “Ficamos mais preocupados. A construção da usina já está secando o rio. É um dia triste para nós”. A construção de Belo Monte já dura quatro anos e cinco meses no Rio Xingu.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
A crise econômica chegou ao Maranhão II.
Dentre as regiões, Nordeste apresenta a maior taxa de desocupação (10,8%), chegando ao dobro entre jovens (22,7%). Dentre os Estados, a Bahia apresenta a maior taxa de desocupação (12,8%) e Santa Catarina a menor (4,4%).O Maranhão tem a 2a menor taxa de desocupação do Nordeste (8,4%), abaixo da média nacional de 8,9%.Em comparação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação do MA teve pequena oscilação negativa, caindo de 8,8% para 8,4%.Contudo se comparado ao 3o trimestre de 2014, a taxa de desocupação aumentou de 6,7% para 8,4%, segundo a PNAD Continua do IBGE.Dentre as 21 regiões metropolitanas, a Grande São Luís apresenta a 2a maior taxa de desocupação do país, com 14%.
Em um ano, a taxa de desocupação na Grande São Luís pulou de 9,5% para 14%. Assim, a RM Grande São Luís apresenta a 2a maior taxa de desocupação (14%), abaixo apenas da Região Metropolitana de Salvador (17%).Se considerarmos que a taxa de desocupação entre os jovens (18-24 anos) é usualmente o dobro da população em geral, na Grande São Luís teríamos entre 28-30% de desocupação na juventude.Dessa forma, o cenário é bastante negativo para o Maranhão em 2015: com perspectiva de queda de 2% do PIB (IMESC). Perspectiva ainda de saldo negativo na geração de empregos em 2015, aprofundando a crise na economia do Maranhão.Em São Luís, o saldo negativo é de 4.935 demissões em 2015, chegando a 5.269 demissões na Região Metropolitana SLZ. Diante desses números, é, no mínimo, risível a propaganda oficial quando trata da questão da crise do emprego no Maranhão. (Fonte: IBGE)
Em um ano, a taxa de desocupação na Grande São Luís pulou de 9,5% para 14%. Assim, a RM Grande São Luís apresenta a 2a maior taxa de desocupação (14%), abaixo apenas da Região Metropolitana de Salvador (17%).Se considerarmos que a taxa de desocupação entre os jovens (18-24 anos) é usualmente o dobro da população em geral, na Grande São Luís teríamos entre 28-30% de desocupação na juventude.Dessa forma, o cenário é bastante negativo para o Maranhão em 2015: com perspectiva de queda de 2% do PIB (IMESC). Perspectiva ainda de saldo negativo na geração de empregos em 2015, aprofundando a crise na economia do Maranhão.Em São Luís, o saldo negativo é de 4.935 demissões em 2015, chegando a 5.269 demissões na Região Metropolitana SLZ. Diante desses números, é, no mínimo, risível a propaganda oficial quando trata da questão da crise do emprego no Maranhão. (Fonte: IBGE)
sábado, 21 de novembro de 2015
Jesus rei do universo – Um modo de governar que não segue a lógica dos reinos desse mundo! (Jo. 18, 33-37)
Um padre italiano, padre Milani, educador e pastor num povoado do interior de Florença, nos anos 50, dizia aos seus alunos, filhos de camponeses, que se um dia algum deles se tornasse prefeito ou deputado, ele estaria do outro lado, do lado do povo. Padre Milani entendia que quando alguém ocupa um lugar de chefia, mesmo que tenha origens humildes, já começa a querer dominar, e deixa de servir e proteger os mais frágeis. Mesmo tendo boas intenções, necessariamente acabará assumindo a lógica do ‘governante’ e fará os joguinhos típicos dos poderosos. Desde o primeiro rei de Israel, Saul, – que sofreu impeachment depois de poucos anos, - passando por Davi, Salomão, entre outros, todos eles agiram de forma cruel e dominadora. Nós mesmos podemos constatar isso com pessoas, instituições e partidos que conhecemos: é só dar um cargo ou uma chefia a alguém, é só ele chegar ao governo, para ver como muda radicalmente o seu comportamento! Jesus sempre combateu essa lógica, e sempre se recusou a entrar nela. Quantas vezes o povão faminto de ‘líderes alternativos’, - por estarem insatisfeitos com aqueles que ele tinha, - pressionava Jesus para que assumisse a sua liderança, para que fosse rei no lugar dos que reinavam! Jesus diante dessa perspectiva fugia ou repreendia veementemente os seus admiradores do momento.
Jesus entendia que ‘os chefes das nações’ são todos iguais: tiranizam e dominam. Que os homens não precisam de chefes, e sim de servidores generosos, libertos de toda mesquinha ambição. E que se educassem a pensar como Deus. Como um Deus Pai, não como um rei tirano. Um Deus compassivo, não como um rei cruel e dominador. Um Deus protetor, não como um rei violento e agressivo. Um Deus humilde e sóbrio, não como um rei orgulhoso e esbanjador. Esse, afinal, é o modo de ‘governar’ do Deus de Jesus. Um Reino que não age como os reinos deste mundo, que vai na contra-mão da prática de quem ocupa tronos e cadeiras de chefia. Isto não significa que não temos que assumir responsabilidades e coordenações na nossa vida, e nem deixar de que outros nos dominem. Ao contrário, significa que não podemos assumir responsabilidades e coordenações para acumular poder, influências, formas de controle e de dominação sobre os outros. Que a nossa prática de ‘administrar’ não seja uma mera reprodução da prática utilizada por Pilatos, César, Herodes e pelos reis de Israel, em geral, mas a que o ‘filho do homem’ adotou. Um jeito humano de estar com todos, de acolher e conviver, na disponibilidade e na gratuidade.
A crise econômica chegou ao Maranhão. Vejam os números!
Brasil fecha o mês de outubro com 169.131 demissões, com a maior queda ocorrendo no setor da construção civil (49.830 demissões) - CAGED.Segundo o Ministério do Trabalho e (des)Emprego, no acumulado de 2015, o Brasil apresenta um saldo negativo de 818.918 empregos perdidos.
Em apenas 4 Estados houve saldo positivo de empregos no mês de outubro: Alagoas (+6.456), Sergipe (+1.063), Tocantins (+47), MS (+41).
No Maranhão, o mês de outubro terminou com 2.311 demissões, especialmente na indústria: com destaque para o setor açucareiro de Coelho Neto (1.052 demissões). As 2.311 demissões se concentraram na indústria (-1.879), afetando os demais setores com exceção do comércio (+322).Crise do emprego no Maranhão: o estado teve o 2o pior mês de outubro da série histórica do CAGED.
No acumulado de 2015, o MA apresenta um saldo negativo de 5.870 demissões, como a tendência é de continuidade das demissões em novembro e dezembro, provavelmente 2015 feche como o pior ano da história.No contexto da crise, as duas maiores cidades foram particularmente afetadas: São Luís e Imperatriz, somam juntas 7.897 demissões. São Luís: a) saldo negativo de 1.753 demissões em outubro, b) com um acumulado de 4.935 empregos perdidos em 2015.Imperatriz: a) saldo positivo de 368 contratações em outubro, b) com um acumulado de 2.962 demissões em 2015. (Fonte: Wagner Cabral)
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Cunha quer votar logo o Código de mineração com medo que a pressão e indignação social permita a sua alteração. O presidente da comissão é o maior beneficiado com as doações das mineradoras.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretende submeter aos deputados nos próximos dias um pedido de urgência para a votação do texto do novo Código de Mineração no plenário. Com isso, o relatório do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) poderá ser apreciado sem passar por uma nova comissão especial. A proposta de nova redação para as regras estabelecidas em 1967 está em discussão desde 2013, mas não foi votada até hoje. Com o fracasso da comissão, Cunha deu sinal verde a um novo colegiado – a terceira tentativa desde 2013. Mas a comissão ainda não começou a funcionar porque apenas 20 dos 27 deputados titulares foram indicados pelos líderes partidários. Organizações de defesa do ambiente apontam que o relatório de Quintão favorece as mineradoras, o que ele nega. Para o deputado, ambientalistas e parlamentares pressionados pelo lobby das mineradoras são os principais responsáveis por protelar a votação. “O setor ambientalista que não quer (votar), é contra a mineração no Brasil. Mas o meu Estado (Minas) depende do setor, a vida humana depende disso (da mineração)”, diz Quintão.O líder de doações é justamente o relator do texto que propõe novas regras para o setor, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG). Ele recebeu R$ 1,4 milhão em doações diretas e indiretas
Mineradoras doaram cerca de 6 milhões para os deputados que tratam do novo Código de mineração. Lógico, não é?
Empresas mineradoras doaram ao menos R$ 6,6 milhões às campanhas de deputados federais que tratam diretamente do novo Código de Mineração e aos parlamentares da comissão externa da Câmara criada para monitorar os efeitos do rompimento das barragens da Samarco no município de Mariana, em Minas. As doações declaradas à Justiça Eleitoral foram feitas aos comitês dos candidatos ou aos diretórios dos partidos. Levantamento do Estado no banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que 28 dos 36 deputados de três comissões sobre mineração receberam doações do setor no ano passado. A Vale, controladora da Samarco com a BHP, doou R$ 4,2 milhões a deputados, segundo o Estadão Dados. A reportagem só contabilizou empresas que trabalham com mineração em seus grupos.
Danos em Minas são irreversíveis. Não há como recuperar!
A avalanche de rejeitos gerada em Minas Gerais pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, controlada pela Vale e a australiana BPH, causou danos ambientais imensuráveis e irreversíveis. Apesar da lama não ter um teor tóxico, ela pavimentou os mais de 500 km por onde passou devastando, com impacto ainda difícil de calcular completamente para grande parte do ecossistema da região. “Podemos dizer que 80% do que foi danificado lá é perda, não há como pensar em um plano de recuperação ambiental”, explica Marcus Vinícius Polignano.
sábado, 14 de novembro de 2015
10 reflexões sobre como a imprensa trata as tragédias no País.
Dez breves considerações para uma autocrítica necessária sobre a cobertura do rompimento das barragens de rejeitos de mineração, em Mariana (MG), ocorrido na última quinta (5). Ressalto que há coberturas muito justas sendo realizadas pelas imprensas tradicional e alternativa. Ou seja, o objetivo não é generalizar, mas convidar à reflexão:
1) Onde você escreve apenas “Samarco'', como responsável pela catástrofe da barragem de Mariana, acrescente “Vale'' e “BHP''.
2) Essa foi uma das maiores catástrofes ambientais do país e vai alterar a vida de milhões de pessoas e animais. Trate isso como tal e não como curiosidade mórbida.
3) Acidente, Papai Noel e Coelho da Páscoa… Investigações estão em curso, mas o uso irresponsável da palavra “acidente'' faz crer que tudo isso seria inevitável, concedendo ao acaso uma culpa que pode ser de empresas e governos,
4) Se todo pequeno tremor de terra derrubasse barragem, não sobrava uma hidrelétrica de pé no Brasil, como me disse ontem um velho engenheiro barrageiro.
5) Publicar release da empresa sobre o ocorrido em formato de notícia sem checar uma informação é passaporte para o inferno sem escalas.
6) Reportagens sobre a tragédia humana são importantes para que o país tenha a dimensão do caos que se estabeleceu. Mas o estrago trazido ao não tratar das responsabilidades dos atores econômicos e políticos nunca será compensado pela cobertura “humanizada'' que você teve orgulho de fazer.
7) Importante a solidariedade de pessoas que seguem para ajudar e mandam doações. Do ponto de vista da empatia social, não da necessidade material. Porque deveria ser a Vale a estar pagando agora até pelo banho e tosa do cachorro atingido pela massa de dejetos e não a sociedade brasileira.
8) O governo mineiro tratar a empresa ora como “vítima'' ora como “responsável'' mostra que a Síndrome de Estocolmo, quando um agredido passa a ter simpatia pelo agressor, atinge sempre a administração pública de forma patética.
9) Se o governo federal existisse e fosse autônomo, Dilma teria pego um avião imediatamente para sobrevoar o local, colocaria a Vale contra a parede e aproveitaria a comoção pública para reabrir a discussão sobre a regulamentação da mineração no Brasil, com efetiva participação das comunidades atingidas e foco na responsabilidade empresarial e no direito ao território e à dignidade humana.
10) Pouco depois do mar de lama chegar à praia, o assunto será substituído por outro. Mas a tragédia acontecerá de novo em Minas Gerais, como tem acontecido periodicamente. (Fonte: Leonardo Sakamoto)
1) Onde você escreve apenas “Samarco'', como responsável pela catástrofe da barragem de Mariana, acrescente “Vale'' e “BHP''.
2) Essa foi uma das maiores catástrofes ambientais do país e vai alterar a vida de milhões de pessoas e animais. Trate isso como tal e não como curiosidade mórbida.
3) Acidente, Papai Noel e Coelho da Páscoa… Investigações estão em curso, mas o uso irresponsável da palavra “acidente'' faz crer que tudo isso seria inevitável, concedendo ao acaso uma culpa que pode ser de empresas e governos,
4) Se todo pequeno tremor de terra derrubasse barragem, não sobrava uma hidrelétrica de pé no Brasil, como me disse ontem um velho engenheiro barrageiro.
5) Publicar release da empresa sobre o ocorrido em formato de notícia sem checar uma informação é passaporte para o inferno sem escalas.
6) Reportagens sobre a tragédia humana são importantes para que o país tenha a dimensão do caos que se estabeleceu. Mas o estrago trazido ao não tratar das responsabilidades dos atores econômicos e políticos nunca será compensado pela cobertura “humanizada'' que você teve orgulho de fazer.
7) Importante a solidariedade de pessoas que seguem para ajudar e mandam doações. Do ponto de vista da empatia social, não da necessidade material. Porque deveria ser a Vale a estar pagando agora até pelo banho e tosa do cachorro atingido pela massa de dejetos e não a sociedade brasileira.
8) O governo mineiro tratar a empresa ora como “vítima'' ora como “responsável'' mostra que a Síndrome de Estocolmo, quando um agredido passa a ter simpatia pelo agressor, atinge sempre a administração pública de forma patética.
9) Se o governo federal existisse e fosse autônomo, Dilma teria pego um avião imediatamente para sobrevoar o local, colocaria a Vale contra a parede e aproveitaria a comoção pública para reabrir a discussão sobre a regulamentação da mineração no Brasil, com efetiva participação das comunidades atingidas e foco na responsabilidade empresarial e no direito ao território e à dignidade humana.
10) Pouco depois do mar de lama chegar à praia, o assunto será substituído por outro. Mas a tragédia acontecerá de novo em Minas Gerais, como tem acontecido periodicamente. (Fonte: Leonardo Sakamoto)
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
33º Domingo Comum – É no conflito e nas provações que podemos descobrir o novo que Deus constrói com seus eleitos! (Mc.13, 24-32)
Não há como negar que vivemos numa época de crise aguda. Crise econômica, política, ambiental, social, espiritual e humana. Em muitas ocasiões nos sentimos sufocados e impotentes diante da brutalidade de certas realidades que nos deixam perturbados. Nessas horas invocamos a intervenção poderosa divina pensando que Deus como um hábil mágico transforma o mal em bem. Vencidos, às vezes, pelo desânimo e o desespero deixamos o barco da vida flutuar à mercê das correntezas, perdendo a capacidade de conduzi-lo para águas mais tranquilas. Não é a primeira crise global pela qual passamos, e não vai ser a última. Isso pode nos assustar, de um lado, mas, do outro, pode nos ajudar a compreender que na crise podemos encontrar sempre novas e criativas saídas. Que dela podemos sair mais fortalecidos, desde que a enfrentemos de forma aberta, com coragem e firmeza.
As comunidades de Marcos viviam essa mesma realidade: guerras, perseguições, conflitos, intrigas e desconfianças, inclusive internamente, dentro da família e da comunidade eclesial. O evangelista resgata as palavras de Jesus para aqueles que vivem essa realidade cruel: aquelas forças e pessoas que se consideram todo-poderosas, que dominam e que hoje ‘brilham como o sol e as estrelas’, irão perder o seu brilho, e cairão. Elas não são eternas, serão derrotadas. É desses astros que Jesus está falando, e não de astrofísica ou fim do mundo! É nessa hora, na hora do conflito e da perseguição, que o Filho do homem reúne ‘os eleitos’. Ou seja, os que se mantêm fiéis aos seus princípios e valores, que não vendem sua alma e consciência às forças do mal experimentarão um momento novo. Sentirão a presença do Filho do homem bem próxima deles. E nós podemos perceber isso na nossa vida da mesma forma que o agricultor percebe quando está se aproximando a primavera, observando o brotar das novas folhas, após um inverno frio e rigoroso. É na crise que aparecem os sinais da sua superação. Os sinais de esperança e de vida nova. Da mesma forma, é em situações de violência que podemos descobrimos o valor da paz; na doença a importância do bem viver com saúde; nos conflitos e intrigas a beleza da união e da colaboração. O mundo novo do jeito que nós sonhamos não acontece de uma hora para outra. Ninguém sabe quando acontecerá, só o Pai. Nós só sabemos que ele já vem sendo construído, e nós podemos ser aqueles que o tornam possível com a nossa fidelidade e a nossa perseverança.
Povos indígenas do Brasil não se conformam com a PEC da MORTE e ocupam rodovias e assembleias legislativas em pelo menos 10 estados. Mais chumbo vai chegar!
Cerca de quatro mil indígenas de povos de todas as regiões do Brasil realizaram nesta quarta-feira (11) diversos atos em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215 e em defesa da demarcação das suas terras tradicionais. Pelo menos 14 rodovias foram interditadas durante as manifestações. Além de algumas passeatas, foram feitas as ocupações da prefeitura de Irauçu (SC) e da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. E, de Norte a Sul, embaixo de sol forte ou de temporal intenso, muitos rituais foram realizados contra a PEC 215. Em Brasília, além de uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios, 250 indígenas dividiram-se em quatro grupos para participarem de atividades na Câmara dos Deputados, no Supremo Tribunal Federal (STF) e de reuniões com três ministros - das relações Institucionais, da Advocacia Geral da União (AGU) e da Saúde. Ou seja, estiveram presentes nos Três Poderes da União. Importante ressaltar que em vários estados os protestos contaram com o apoio de quilombolas, catadores, comunidades tradicionais, movimentos sociais, ambientalistas e artistas.
Aprovada por uma Comissão Especial na Câmara dos Deputados no último dia 27 de outubro, a PEC 215 pode ser colocada em votação no plenário a qualquer momento - mesmo depois de quase cinco anos de resistências do movimento indígena e de juristas reconhecidos afirmarem que ela é inconstitucional. Chamada pelos povos de PEC da Morte ou PEC do Genocídio, se aprovada, ela transferirá do Executivo para o Legislativo a prerrogativa de demarcar terra indígena e titular território quilombola. Os indígenas avaliam que se ela for aprovada nunca mais haverá o reconhecimento e a demarcação de suas terras tradicionais. Além disso essa PEC ainda determina que somente os povos que estavam na posse das terras reivindicadas como indígenas no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal (CF) – o que tem sido definido como marco temporal – teriam direito a elas. Esta determinação penalizaria duplamente todos os povos que foram esbulhados de suas terras e, por isso, não estavam vivendo nelas no dia da promulgação da CF.“Essa PEC deixa a gente muito preocupado porque ruralista não quer demarcação das nossas terras. E hoje a gente vive confinado em reservas, na beira de estrada. Pra gente será mais morte, suicídio e miséria. Ninguém vive assim. Então seguiremos tentando voltar pra nossos tekoha – lugar onde se é – e a violência só vai aumentar mais”, diz Anastácio Peralta Guarani e Kaiowá.
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Vila Embratel: quando a polícia ignora o estado de direito!
As pessoas têm medo de falar a respeito dos abusos que a polícia militar, ‘o velado’ e outros paramilitares cometem. Imaginem denunciá-los! Elas sabem muito bem como age, em geral, muitos maus policiais da instituição aqui no Maranhão. Independentemente do governo de turno! Arrombam portas, invadem espaços familiares e privados, sem mandato, naturalmente, ameaçam e traumatizam pessoas. Idosos e crianças, principalmente, que são obrigados a assistir inermes essas incursões selvagens. Tudo em nome da ‘limpeza social’ e da suposta caça ao bandido. Hoje em dia fica difícil distinguir que o é de fato. Nesses dias ouvi casos horripilantes a esse respeito. Mães de família que admitem que seus filhos usam drogas leves, mas de uso pessoal, que não são assaltantes, mas que são vítimas de extorsão escancarada por parte de policiais corruptos. Às vezes eles mesmos ‘plantam’ um pacote de maconha na casa do suspeito, após ter invadido, sem mandato, a sua residência, arrastando seus filhos para o xilindró. Os jovens se tornam ‘fichas sujas’ para sempre. Mesmo soltos eles passam a sofrer ‘visitas constantes’ de policiais que entram em suas casas nas horas mais impensáveis, assustam as crianças e os idosos, geram pânicos nos vizinhos, e levam para um passeio os jovens usuários. No passeio os policiais negociam a ‘caução’ a ser paga para ‘os suspeitos’ não voltarem à cadeia, ou sofrer outras formas de perseguição. Ninguém se atreve a denunciar a atuação desses policiais, pois temem represálias, como ocorrem nos poucos casos em que é feita a denúncia. Os traficantes que têm as costas quentes e poder, em geral, são deixados de fora. É o pequeno usuário que por não ter nem poder e nem influência, mas, ao contrário, é vítima da sua dependência e das chantagens e extorsões de policiais, vive com sua família em permanente estado de pânico. A ouvidoria da polícia estará depois de amanhã na Vila Embratel. Veremos quem terá a coragem de abrir o verbo e pôr fim a tantas e tamanhas atrocidades!
Récorde de porcaria na atmosfera e temperatura do planeta em aumento. Eis o resultado das cúpulas sobre o ambiente! Vergonha!
Apesar de todo o discurso de líderes internacionais sobre as ações que estão adotando para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, dados apontam que, pela primeira vez, o mundo pode registrar em 2015 uma elevação média de 1°C em comparação à Era Pré-Industrial. Dados também revelam que, em 2014, a concentração de CO2 e outros gases de efeito estufa bateu um novo recorde e "continua em seu aumento sem freio, alimentando as mudanças climáticas". Para a ONU, essa tendência vai deixar o mundo "mais perigoso e mais inóspito para as futuras gerações". Os dados foram publicados poucas semanas antes da Conferência do Clima da ONU, em Paris, e trazem o alerta de que o que acontece no planeta obedece a regras da natureza e não podem ser renegociadas. "O CO2 permanece na atmosfera por centenas de anos e, nos oceanos, por um período ainda maior", aponta a ONU. "Emissões do passado, presente e futuro terão um impacto cumulativo tanto no aquecimento global como nos oceanos. As leis da física não são negociáveis", alertou a entidade
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
32º domingo Comum - Ser generosos e autênticos como ‘a viúva’ que dá tudo de si (Mc 12,38-44)
Quem de nós nunca presenciou manifestações de vaidade, de exibicionismo, de corrida para ocupar lugares e cargos dentro da nossa igreja? Quem nunca viu imagens de bispos, pastores ou padres vestidos como príncipes da idade média, com anéis e cruzes douradas, desfilando em carros luxuosos, e morando em verdadeiras mansões e palácios? Incapazes de ter um mínimo de compaixão e caridade quando alguma pessoa necessitada bate à sua porta. Quem nunca ouviu comentários indignados a esse respeito por parte de quem frequenta e de quem vive à margem da igreja? Frequentemente, contudo, justificamos tais atitudes. Apelamos para a fragilidade humana, falamos que não são todos assim, e que não podemos generalizar. Mas o escândalo que pisoteia e nega a ‘Boa Nova’ permanece, e é extremamente danoso. Jesus no evangelho de hoje opõe os escribas, falsos religiosos, à viúva.
Os escribas que se exibem e se passam por ‘pessoas de bem’ e conhecedores da palavra de Deus a utilizam para explorar viúvas e órfãos. Em lugar de os protegerem e servir, - como Javé manda, - eles exibem uma falsa religiosidade para mascarar suas ambições e sede de saque. E justamente contra os mais frágeis da sociedade. Uma ignomínia! A viúva, ao contrário, sem se exibir, na sua simplicidade e pobreza, deposita tudo o que possui nos cofres do templo cumprindo o seu dever religioso. Ela que desconhecia a ‘palavra revelada’ a vivencia concretamente. Ela que não faz nada para ser vista e observada por ninguém, - exceto por Jesus, - pratica, no segredo do coração, a ‘verdadeira religião’. Jesus nos diz que explorar os pobres, - que eram os ‘preferidos’ de Deus, - é um crime, mas explorá-los se fingindo íntimos de Deus é um duplo e imperdoável crime. Quantos presidentes, governadores, deputados, bispos, padres, ministros e ministras, também, têm utilizado o nome de Deus e a Sua suposta vontade para se enriquecer e crescer em prestígio, em detrimento de uma multidão de pessoas simples e necessitadas? Para Jesus não há espaço para eles no Reino de Deus. Eles, de fato, já têm a sua recompensa!
FHC sabia tudo sobre os escândalos na Petrobrás! Ele mesmo o afirma! Hipócrita!
Em seu livro de memórias, o ex-presidente revela ter sido alertado em 1996 sobre um escândalo na Petrobras em um almoço com Benjamin Steinbruch, dono da Companhia Siderúrgica Nacional e indicado pelo tucano para o Conselho da estatal.“Eu queria ouvi-lo sobre a Petrobras. Ele me disse que a Petrobras é um escândalo. Quem manobra tudo e manda mesmo é Orlando Galvão Filho, embora Joel Rennó tenha autoridade sobre Orlando Galvão.”Em 1996, Rennó era presidente da estatal e Galvão Filho o presidente da BR Distribuidora. O tucano registrou ainda “que todos os diretores da Petrobras são os mesmos do conselho de administração” e sugeriu a existência de um jogo de cartas marcadas nas decisões da empresa. “São sete diretores e sete membros do conselho. Uma coisa completamente descabida.”Embora tenha afirmado que havia necessidade de “intervenção” na Petrobras, FHC preferiu não interferir. “O problema é que eu não quero mexer antes da aprovação da lei de regulamentação do petróleo pelo Congresso.”Esta, sim, é uma informação que mereceria dos jornalões da mídia nativa uma manchete, espaço sempre reservado apenas a acusações contra Dilma e Lula. Os petistas só foram acusados em delações premiadas e não há provas materiais contra eles. Por outro lado, o diário de FHC deixa claro: ele sabia de tudo. (Fonte: Carta Capital)
sábado, 24 de outubro de 2015
Na terra Arariboia ainda nada de chuva. O estrago é grande, plantações destruídas e falta de alimentos. Governo federal quase ausente!
A chuva está demorando. Choveu nas regiões próximas da terra Arariboia. Está sendo esperada como bênção mas ainda não vem. Ainda está \cedo para fazer um balanço do estrago produzido pelo fogo mas estamos em meio ao maior incêndio já registrado na terra indígena Arariboia, no Maranhão. Os índios Guajarara tiveram suas plantações destruídas pelo fogo e enfrentam uma crise de alimentos. Na reserva, de 420 mil hectares, vivem 13 mil índios. Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o fogo já destruiu cerca de 45% da área de proteção ambiental --são cerca de 200 mil hectares de mata que foram queimados. A estimativa é que entre 5.000 a 8.000 tenham perdido suas plantações. Apesar de ser uma área federal, um decreto publicado há 15 dias pelo governo do Estado habilitou o Corpo de Bombeiros a atuar nos incêndios. Segundo o comandante da corporação, coronel Célio Roberto, a situação hoje é melhor do que há dias, embora aponte ainda para um cenário crítico. "A área é de difícil acesso, crítica, de mata fechada. As grandes dificuldades decorrem do fato de não termos acesso com as viaturas para fazer esse combate, e acabamos usando outras técnicas, como abafadores. É um trabalho braçal. Mas agora a ação melhorou, ganhou em eficácia e já conseguiu reverter.
Uma outra preocupação isolados da tribo Awa-Guajás se tornaram uma preocupação à parte das autoridades. Sem contato com a civilização, eles seriam os mais vulneráveis ao fogo na região --que também sofre com a ação de madeireiros. No local existem pelo menos dois grupos, com cerca de 80 índios --entre crianças e adultos. Existem boatos que a Frente de proteção dos Awá-Guajá com sede em Santa Inês estaria querendo levar outros Awá já
contatados para dentro da terra Arariboia e 'forçar' o contato, com o intuito de
transferi-los para outra área.O Corpo de Bombeiros também afirma que esses grupos são um problema específico e foco da ação das autoridades."Eles são um uma preocupação porque são primitivos e vivem isolados. Tem um trecho lá da reserva que é deles, e como eles não têm contato sequer com outros índios que já são civilizados, a preocupação é maior. Conseguimos neutralizar que o incêndio chegasse na área deles onde eles vivem e transitam. Se fosse preciso retirar, seria muito difícil de se fazer. Mas as equipes foram fazendo barreira de contenção a fim de manter a segurança dessa comunidade", afirmou o coronel Célio Roberto.
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Chamados a viver na luz que nos liberta da cegueira do coração e da exclusão (Mc. 10, 46-52)
Costuma-se dizer que não há maior cego do que aquele que ‘não quer enxergar’! No entanto, muito depende de quem fala isso, e para quem fala. Cego, de fato, pode ser aquele que julga os outros como tais! Andamos pelos caminhos da vida quase sempre impulsionados pelo prurido de fazer sempre mais ‘novas experiências excitantes’. Achamos que tudo sabemos, e que o que somos e fazemos é fruto exclusivo da nossa ampla e sábia experiência de vida. Distribuímos conselhos para muitos, cuspimos sentenças sobre todos. Gastamos energias e recursos em tantas picuinhas insignificantes que só nos desgastam humana e espiritualmente. Achamos, enfim, que a verdade e a luz já repousam no nosso bolso, e que não precisamos nos libertar das trevas que nos dominam e nos cegam. A nossa suposta autossuficiência, a nossa incontrolável arrogância nos coloca à beira do caminho da vida e da felicidade, como havia colocado o Bartimeu do evangelho de hoje. Como ele, nós também, vivemos rastejando e mendigando afeto e compreensão. Incapazes de enxergar as nossas próprias contradições permanecemos impermeáveis a toda e a qualquer luz que possa vir do mundo externo. Precisamos sim, de alguém que nos ajude a levantar e a ‘olhar’ a vida com outros olhos. Precisamos de uma radical sacudida. Precisamos nos mancar. Precisamos nos enxergar!
Temos muito a apreender com Bartimeu. Ele era cego e mendigo, mas sabia de sê-lo, diferentemente de muitos outros, - inclusive discípulos, - ‘que têm ouvidos, mas não ouvem; têm olhos, mas não vêem’. Bartimeu sabia que não podia continuar a conduzir aquela vida. Sabia que sozinho não teria tido nem a força e nem a coragem de se ‘levantar’ e andar de forma autônoma e livre na vida. Contra tudo e contra todos, ele grita por Jesus. E tem que gritar alto, pois os seus vizinhos o censuram e o pressionam para que se conforme com sua cegueira. Bartimeu os ignora e grita mais forte ainda pedindo ‘piedade e compaixão’ a Jesus. Nada mais do que isso. E Jesus, então, manda chamá-lo. Os mesmos que pouco antes lhe impunham o silêncio e a conformação agora eles se tornam anunciadores de que Jesus o chama. Um ‘chamado’ à vida. Uma vocação a viver definitivamente na luz, para uma pessoa vítima da escuridão e do desespero. Bartimeu ‘levanta’, dá um pulo, e joga fora o seu manto. Com esse gesto Bartimeu quer abandonar o seu passado, largar a roupa velha da cegueira e da mendicância, e vestir a roupa da vida nova. A fé de Bartimeu na compaixão e na piedade de Jesus faz com que ele comece a enxergar de forma totalmente nova o seu passado e o seu futuro. E a ter posturas novas, seguindo Jesus pelo caminho. Nós como Bartimeu, somos chamados a sair de vez da dependência e da cegueira do coração e, com Jesus, ajudar a abrir os olhos a outros cegos.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Como esquecer o loteamento político na era FHC? É a cultura política, estúpido!
.....Em relação ao presidencialismo de coalizão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem a honestidade de admitir que, sem as concessões, não se governa. É curioso analisar o discurso atual de FHC, enfático contra o loteamento político, e suas alegações na época, enfáticas na defesa do loteamento político. Vejam o que ele dizia: “A responsabilidade é minha, a decisão é minha, mas não vou fazer um ministério sem levar em consideração a realidade política. Com a experiência dos últimos anos sei que, se não existe base de apoio político, é muito difícil o governo fazer as modificações de que o Brasil necessita”. "Não estou loteando nada. Estou simplesmente fazendo o que disse que faria: buscaria o apoio dos partidos políticos, das forças políticas da sociedade, e o faria para poder governar tendo em vista a competência técnica”, relatou. FHC é o mesmo presidente que loteou a Petrobras para o grupo de Joel Rennó (quem se lembra?) e admitiu a Benjamin Steinbruch que nada faria para mudar a situação, pois não queria mexer num vespeiro. É igualmente curiosa sua indignação contra uma CPI dos Bancos, preparada por José Sarney e Jader Barbalho para investigar as jogadas com o Econômico e o Nacional onde tinha 'genro' como um dos donos. Taxou a CPI de "falta de juízo absoluto (...) Foi uma manobra para abalar meu poder, para me limitar politicamente, me atingir indiretamente". GRANDE FHC, o moralista do momento!
500 empresas no Brasil devem 392 bilhões à União. A mineradora VALE é a maior devedora, e deve 42 bilhões! Quem vai condenar essas pedaladas?
O Ministério da Fazenda divulgou uma lista com as 500 empresas que mais devem à União. Juntas, as dívidas somadas chegam a mais de R$ 392 bilhões. Caso 17% desse valor voltasse aos cofres públicos de uma vez, já alcançaria os R$ 66 bilhões da meta do ajuste fiscal deste ano, que vem cortando investimentos de diversas áreas sociais, como saúde e educação. Além disso, o rombo nas contas públicas de 2014, que é de R$ 32,5 bilhões, também poderia ser compensado com parte do montante das dívidas. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) informou, por meio de nota, que a divulgação da lista faz parte da gestão do ministro da Fazenda Joaquim Levy de “promover um incremento da recuperação de créditos inscritos em Dívida Ativa da União, na busca pela justiça fiscal", e que "o objetivo é dar a máxima transparência aos dados da Dívida Ativa da União”. A mineradora Vale é a maior devedora, com R$ 41,9 bilhões em dívidas. Desta quantia, o pagamento de R$ 32,8 bilhões está suspenso por decisões judiciais. A empresa deve cerca de R$ 17 bilhões a mais do que a segunda devedora da lista, a empresa Carital Brasil LTDA, antiga Parmalat, com R$ 24,9 bilhões de dívidas. Apesar de dever para a União, a Vale recebe investimentos estatais para continuar operando no país. Estudo da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase) aponta que, para minerar na Amazônia, a Vale obteve 70% do valor de R$ 506,96 milhões que foi distribuído para as mineradoras que atuam na Amazônia, via Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), entre 2007 e 2012. Esse montante foi injetado na mineração altamente lucrativa do ferro e cobre nas minas de Carajás. (Fonte: JnT)
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Incêndio na Arariboia que dura há mais de mês coloca em risco a vida dos Awá-Guajá que perambulam no território. Só hoje chega aeronave para despejar água e retardantes!
Há mais de um mês o fogo consome parte da Floresta Amazônica na Terra Indígena Arariboia, no município de Amarante, cerca de 150 quilômetros de Imperatriz, no sudoeste do Maranhão. Apesar dos esforços de 200 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as chamas já devastaram cerca de 35% da área de 413 mil hectares, onde vivem 12 mil indígenas da etnia Guajajara e aproximadamente 80 awá-guajás, indios que evitam o contato com o homem branco e procuram viver isolados na mata. Segundo o cacique Osmar Guajajara, a proximidade dos awá-guajás demonstra que estão assustados e fugindo do fogo. O cacique responsabiliza os madeireiros pelo incêndio. “Este fogo veio dos madeireiros que ficam atentando muita gente nesta mata, tocando fogo, matando caça, levando a madeira, e destruindo a terra, acabando com tudo”. Segundo Bruno de Lima Silva, da Frente de Proteção Etno-Ambiental Awá-Guajás da Funai, o histórico de fuga do grupo de 80 awá-guajás é um reflexo da situação de descaso ambiental no estado do Maranhão. “Todas as comunidades isoladas estão ameaçadas e, aqui, o perigo é maior. A gente está dentro do Maranhão, em 2015, e ainda existem índios fugindo para dentro do que resta de mata, por causa de madeireiros”.
Na frente do combate, os brigadistas, que têm como instrumentos facões, foices e muita disposição, trabalham em média dez horas por dia sob uma temperatura acima dos 40 graus Celsius. Eles estão acampados em barracas na Aldeia Guaruhu. Muitos estão há mais de 20 dias combatendo o incêndio, entre eles índios que vieram de outros estados, como o Xerente Pedro Paulo Santos, natural do Tocantins.“A partir do meio-dia os focos de incêndio reaparecem porque a temperatura está muito alta e vegetação seca demais. O pior é o vento que muda de direção a todo momento, e carrega galhos ou folhas incandescentes que geram novos focos”, disse.Os guajajaras também montaram a própria brigada: os Guardiões da Terra Indígena Arariboia, liderada por Olímpio Santos, que na sexta-feira retrasada, dia 9, esteve no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, para cobrar a compra de retardantes – produto químico que aumenta o poder de refrigeração da água – e o uso de aeronaves no combate ao incêndio.“Hoje estamos com grande tristeza, com nossos irmãos Awá-Guajá em risco de morte por causa desse fogo que está arrodeando a rota onde vêm pegar água pra beber. Este incêndio é criminoso. Foi no dia 21 de setembro que o fogo começou, no dia da árvore”, disse chorando o líder indígena.Está prevista a chegada de mais 30 brigadistas dos estados do Rio de Janeiro e Tocantins. Pela primeira vez está programado lançamentos aéreos de 2 mil litros de água com retardante, por duas aeronaves cedidas pela Aeronáutica. Além dos brigadistas do Prevfogo, as operações na Terra Araribóia contam o apoio do Exército (50º Batalhão de Infantaria da Selva) e do Corpo de Bombeiros.(Fonte Agência Brasil)
OS MISSIONÁR@S DO REINO DEVEM SER SERVIDORES DESPRENDIDOS (Mc.10, 35-45)
Às vezes, na vida mergulhamos em pequenas e mesquinhas disputas por um cargo, um serviço, uma função qualquer. Da mesma forma podemos sentir intimamente ciúmes porque uma outra pessoa, e não nós, levou um cargo que nós queríamos, ou foi elogiada publicamente. Certamente, muitos de nós já apostamos neste ou naquele candidato, ou numa pessoa social ou politicamente bem posicionada com o intuito de ganhar algo vantajoso com a sua eleição. Difícil, enfim, escapar de inventar ou dar asas a fofocas e a comentários negativos sobre esta ou aquela pessoa que poderia nos fazer sombra no nosso dia a dia. Esses sentimentos de ciúme, de tirar vantagem, de dominar e se dar bem na vida, - a princípio, negativos, - fazem parte, infelizmente, da nossa bagagem humana. Alguns deles surgem no nosso íntimo sem que os tenhamos desejado. Outros, porém, são cultivados e acariciados dentro do nosso coração, e se tornam opção de vida. Uma decisão pessoal consciente. Aqui está o real perigo, e o verdadeiro escândalo. Começamos a perder a nossa liberdade interior, e nos tornamos ‘vítimas’ de ambições desmedidas. Vítimas, contudo, que consentem e alimentam a força destruidora e desenfreada da ambição, da ganância, do desejo de prevalecer e de tirar proveito de tudo e de todos. Se isto é um escândalo para qualquer ser humano, o que dizer daqueles que se dizem seguidores de Jesus, e que afirmam assumir o seu mesmo jeito de ser, de trabalhar e de servir?
No evangelho de hoje Jesus nos diz que isto é incompatível! Não é aceitável querer entrar na dinâmica do Reino e, simultaneamente, manter as nossas mesquinhas ambições e desejos irrefreáveis de prevalecer e dominar os outros. A partir disso podemos entender a metodologia missionária adotada por Jesus para ‘segurar’ o anseio de dominar dos seus próprios seguidores. Eis algumas das suas características. 1. Não possuir e não se apegar a um lugar fixo, um território, uma casa ou um templo próprio para que ninguém se acomode ou chegue a se sentir ‘dono’ de algo ou de alguém. Jesus era um ‘profeta itinerante’; nem sempre ele tinha onde pousar a cabeça. 2. Não carregar dinheiro, sacolas, túnicas, sandálias (tudo no plural!) para evitar alimentar o desejo de acumular sempre mais em nome de um anúncio eficaz. Para não se sentir poderoso e achar que há sempre novas necessidades pessoais e coletivas a atender. Ao contrário, o desprendimento é para aprender a crer na partilha e na generosidade de quem nos acolhe e nos hospeda! 3. Oferecer gratuitamente tudo o que temos e somos a quem nada tem. Não desejar qualquer tipo de retorno econômico para nós, nem cargos ou reconhecimento público, e nem vantagens. Para Jesus, afinal, o que estava em jogo era a credibilidade do anunciador, do missionário. A acolhida da Boa Nova passa pela coerência de quem a anuncia e a testemunha. Dificilmente alguém iria acreditar que Deus ama os pobres se quem o anuncia não manifesta com gestos concretos a sua proximidade afetiva e efetiva com tantos largados e esquecidos.
Mais uma terra indígena em chamas. Madeireiros são responsabilizados. Funai omissa!
O fogo toma conta da aldeia Zé Gurupi, Aldeia Cocal (povo Awa´Guajá na TI Alto Turiaçu), Aldeia Piquizeiro. Uma brigada de guardas agro-florestais Ka'apor não consegue enfrentar a força devastadora do fogo que a cada hora se alastra no território. O fogo foi causado por madeireiros e fazendeiros em retaliação ao trabalho de vigilância e fiscalização dos Ka'apor para proteger a floresta. Varias lideranças e guardas estão doentes com problemas respiratórios. A comunidade encontra-se num estado de profunda tristeza em ver matas, animais sendo mortos pela ação do fogo. É um absurdo depois de termos avisado na terça-feira a Funai de Brasília, e ela,sequer tomou qualquer procedimentos sobre o crime cometido por esses agressores. Por ocasião da limpeza dos picos e mapeamento das áreas atingidas pelo fogo na região de Nova Olinda do Maranhão um grupo de guardas agro-florestais se tinha deparado com caminhões, motosserras e pessoas armadas que serravam madeira dentro do território nas proximidades da aldeia Capitão Myrá. Percebendo a presença de indígenas os invasores dispararam tiros em direção ao grupo que passava em ramais abertos ilegalmente para a retirada de estacas e madeira. Os indígenas se refugiaram no interior da floresta com medo dos tiros dos madeireiros que ali se encontravam. Várias lideranças continuam sendo procuradas e ameaçadas de morte por madeireiros. Após esse momento de conflitos, madeireiros da região estão incitando trabalhadores de serrarias, produtores de estacas e familiares das pessoas que trabalham com a retirada ilegal de madeira a invadirem as aldeias da região de Nova Olinda.Essas situações são de conhecimentos da Funai, IBAMA, e demais órgãos do Governo Estadual e nenhum procedimento foi tomado para evitar que esse crime se alastre ceifando mais vidas. (Fonte: Ka'apor)
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
1% da população mundial concentra 50% de toda a riqueza do planeta. Tá louco?
Desigualdade aumentou desde da crise de 2008 e chega ao ápice em 2015. 2015 será lembrado como o primeiro ano da série histórica no qual a riqueza de 1% da população mundial alcançou a metade do valor total de ativos. Em outras palavras: 1% da população mundial, aqueles que têm um patrimônio avaliado em 760.000 dólares (2,96 milhões de reais), possuem tanto dinheiro líquido e investido quanto o 99% restante da população mundial. Essa enorme disparidade entre privilegiados e o resto da Humanidade, longe de diminuir, continua aumentando desde o início da Grande Recessão, em 2008. A estatística do Credit Suisse, uma das mais confiáveis, deixa somente uma leitura possível: os ricos sairão da crise sendo mais ricos, tanto em termos absolutos como relativos, e os pobres, relativamente mais pobres. No Brasil, a renda média doméstica triplicou entre 2000 e 2014, aumentando de 8.000 dólares por adulto para 23.400, segundo o relatório. A desigualdade, no entanto, ainda persiste no país, que possui um padrão educativo desproporcional, e ainda a presença de um setor formal e outro informal da economia, aponta o relatório.
Se com os governos petistas algo melhorou, o Brasil, - mas deu no que deu, - imaginemos com os tucanos e seus asseclas que só defendem os interesses daquele 1% de quem eles fazem parte!!!!!!???????
Voltam a atropelar índios no trecho indígena da BR entre Grajaú e Jenipapo dos Vieiras
Dois indígenas morreram atropelados por um caminhão pipa, na manhã desta quarta-feira (14), na Aldeia Coquinho, localizada no Km 355 da BR-226, entre Grajaú e Jenipapo dos Vieiras, região central do Maranhão. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), as vítimas seriam uma criança de aproximadamente seis anos e um homem de 29, que seria o pai. O motorista do caminhão foi identificado como Antônio José Lopes da Silva. Ele fugiu do local sem prestar socorro.O veículo era utilizado em uma obra da localidade. Após o acidente, um grupo de indígenas interditou totalmente a rodovia federal em protesto à falta de segurança no local. Horas depois, a BR foi liberada parcialmente. O movimento é acompanhado pelas polícias Militar e Rodoviária Federal. (Fonte: G1)
Sem querer condenar ou fazer um prejulgamento, é fato que são poucos os motoristas que têm o cuidado de reduzir a velocidade nas proximidades as aldeias Guajajara no mesmo trecho onde ocorreu a desgraça. Os buracos que têm aparecido ao longo desses anos têm favorecido, paradoxalmente, a redução de atropelamentos, por óbvios motivos. É suficiente fechá-los para que voltem as motes no trânsito! Lamentável
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
APARECIDA - Maria, a mulher-esposa, co-construtora da Nova Aliança! (Jo. 2, 1-11)
O relato das bodas de Caná constitui uma releitura da aliança que Deus realizou com o povo de Israel. O compromisso de amor mútuo foi rompido por sucessivas infidelidades por parte de Israel, desde a opção pela monarquia até a organização do sistema sacerdotal de pureza. Não é por acaso que, logo após as bodas de Caná, Jesus se dirige ao Templo, onde, profeticamente, denuncia a exploração ali instalada e anuncia um novo Templo, que é ele próprio. Na festa de casamento, Jesus é apresentado como o esposo da nova humanidade. O sistema judaico, organizado segundo os interesses de uma elite religiosa, esvaziou o sentido da antiga aliança; já não respondia ao amor de Deus. A imposição de um legalismo excludente criou imenso vazio no coração do povo. Os seis potes vazios representam as festas judaicas (o Evangelho de João apresenta seis delas), que deveriam ser expressão de plena alegria pela presença amorosa e salvadora de Deus. No entanto, estão vazias, perderam o verdadeiro conteúdo que saciaria a sede que o povo tem de Deus.
A comunidade de João manifesta sua fé em Jesus como Deus-esposo que vem resgatar (Caná significa “adquirir”) sua esposa e oferecer-lhe o vinho do amor e da alegria. Essa festa de casamento, portanto, é a celebração da nova aliança. A esposa é o novo povo de Deus, formado pelas comunidades cristãs. A esposa é representada pela mãe de Jesus. Por isso Jesus se dirige a ela chamando-a de “mulher”. Ela executa um papel muito especial: percebe que naquela festa falta o essencial. Dirige-se a Jesus, pois sabe que dele vem a solução: “Eles não têm mais vinho. O vinho concedido em abundância simboliza o dom do amor de Deus para a humanidade. É a volta da plena alegria oferecida por Deus, que celebra com seu povo a aliança definitiva. A mãe de Jesus, que aparece nas bodas de Caná como representante do novo povo de Deus, indica como podemos ser fiéis à aliança com Deus: permanecendo atentos às necessidades do povo, contando com a graça de Jesus presente no meio de nós e pondo-nos a serviço do seu projeto de vida em abundância para todos. (Fonte: Vida Pastoral)
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