Começou o que muitos definem como a reta final da campanha: a última semana. Pessoalmente acho que não vai haver surpresas. Não com a candidata Dilma que deverá ganhar no primeiro turno e evitará que baguncemos a nossa programação dominical no último domingo de outubro. Mas o mesmo dificilmente ocorrerá no Maranhão. O candidato do PDT/PSDB e sócios, Jackson Lago, já com evidente falta de fôlego nas pesquisas, e obrigado às cordas pela indefinição do STF, terá que renunciar nos próximos dias em favor de alguém ligado a ele ou ao seu partido. O que não é surpresa. Com a subida da ‘onda Flávio Dino’ teremos segundo turno no Maranhão: Roseana e Flávio Dino.
Um segundo turno entre os dois, tampouco será surpresa! Mas o êxito desse duelo, num hipotético segundo turno, será uma verdadeira incógnita, pois as dinâmicas serão diferentes. Os favoritismos tenderão a ser reduzidos. A polarização estará dada. Tudo será possível. Confesso que tudo isso me deixa um tanto indiferente e cético. Não que não esteja preocupado com os destinos do Estado, mas porque acho que a verdadeira ‘disputa’ que poderia mudar o rosto do Estado não se dá entre os ‘candidatos‘ a governador, a deputados, senador, etc. Nem ouso falar em seus programas de governo que inexistem de ambas as partes! O verdadeiro ‘duelo’ que não se deu – e, certamente, não é numa campanha política que se dá – foi a adesão da população ou de vastos setores dela a um determinado sonho...ou como antigamente se dizia, a uma bandeira, que um ou outro poderia ter assumido! Produzir e apresentar um sonho para a sociedade maranhense. Um sonho em que a maioria pudesse se identificar. Mostrar que é possível realizá-lo. Motivar e mobilizar pessoas para compreender que ‘esta é a hora’ para que o sonho vire realidade. Talvez esta linguagem esteja ‘demodée’ (fora de moda) aos nossos dias....Pode ser. É um fato que a empolgação, o debate acalorado de idéias e projetos, e a mobilização voluntária e gratuita fizeram falta. Ganhe quem ganhar, o futuro imediato pós eleitoral será 'preenchido' por uma pausa de mais quatro anos à espera do próximo duelo. Nele a população, mais uma vez, ficará nas arquibancadas a ‘torcer’, mas sem poder ocupar o gramado, chutar a bola e fazer, enfim, um GOLAÇO!