O governo de São Paulo responderá na Justiça por submeter familiares de presos a revistas vexatórias nos centro de detenção provisória I e II de Guarulhos. A ação coletiva por danos morais foi protocolada pela organização Conectas Direitos Humanos, nesta terça-feira, 20 de maio, a partir de 24 cartas recebidas pela organização nos últimos meses. Os relatos mostram que mulheres, idosas e crianças são sistematicamente obrigadas a se despirem, agacharem, fazerem força, abrirem o ânus e a vagina diante de agentes carcerárias a fim de terem as partes íntimas inspecionadas – uma rotina que se repete na maioria dos presídios brasileiros. Segundo a ação, a revista vexatória contraria a Constituição e diversos tratados internacionais assinados pelo país, além de não se amparar em nenhuma norma ou lei brasileira e de colocar em risco as relações dos presos com seus familiares. "Os efeitos sociais da transcendência da aplicação da pena e da violação da proteção constitucional da entidade familiar, ocasionadas pela revista íntima vexatória, tornam-se inevitáveis”, diz o documento. "Na medida em que o próprio Estado de São Paulo viola bens coletivos garantidos pela Carta Constitucional, quem suportará o ônus será toda a sociedade, que não verá surtir efeito o objetivo ressocializador da execução penal.” O processo pede a responsabilização do Estado pelas violações cometidas contra os familiares de presos nos CDPs I e II e o pagamento de uma indenização no valor de R$ 1 milhão por danos morais coletivos – o valor será direcionado para um fundo de direito difuso que financiará políticas públicas na área prisional. A ação também poderá ser usada por familiares que desejarem buscar reparação individual.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Saúde indígena, o caos de cada dia!
Quanto mais se visitam as aldeias do Maranhão mais se percebe o sentimento de abandono e as situações de descaso que afetam todas as esferas da vida social e cultural desses povos. Nos dias passados estive em algumas aldeias próximas de Grajaú e com os índios conferimos quatro óbitos em uma semana somente em duas aldeias. Uma chamou a atenção, a de uma mulher que estava prestes a dar à luz. Todos haviam compreendido que seria um parto difícil e para tanto chamaram os responsáveis do Polo de Grajaú para ser transferidas ao hospital da cidade, mas não enviaram nenhuma ambulância. A mulher faleceu, e o paradoxal foi constatar a chegada da ambulância um dia quando após o seu enterro. A revolta indígena foi grande, mas tudo ficará impune! Entretanto, em várias aldeias estão construindo novos postos de saúde. Nas maquetes virtuais é coisa de primeiro mundo! Muitos se perguntam se irão sair do jeito que se apresentam na tela do computador e se ao realizá-los conforme o planejado haverá ainda falta de remédios básicos como vem acontecendo. A desconfiança é grande. Entrou o novo coordenador da SESAI do Maranhão, mas ainda não disse a que veio. Vamos dar tempo ao tempo, sempre que as tragédias não aumentem porque isso poderá explodir em reações inimagináveis!
sábado, 17 de maio de 2014
Patrimônio das 15 famílias mais ricas do Brasil é superior à renda de 14 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família.
O patrimônio das 15 famílias mais ricas do Brasil, segundo lista divulgada pela revista Forbes, é dez vezes maior que a renda de 14 milhões de grupos familiares atendidos pelo programa Bolsa Família. De acordo com a publicação americana, os 15 clãs mais abastados do Brasil concentram uma fortuna de 270 bilhões de reais, cerca de 5% do PIB do País. O Bolsa Família, por sua vez, atendeu 14 milhões de famílias em 2013 com um orçamento de 24 bilhões de reais, equivalentes a 0,5% do PIB. Lidera a lista da Forbes a família Marinho, dona das Organizações Globo. Os irmãos Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho, José Roberto Marinho possuem uma fortuna de 64 bilhões de reais. Outra empresa de mídia que aparece na lista é o Grupo Abril, do clã Civita, com patrimônio de 7,3 bilhões de reais. O setor bancário se destaca na origem das fortunas das famílias mais ricas do Brasil, representado pelos clãs Safra (Banco Safra), Moreira Salles (Itau/Unibanco), Villela (holding Itaúsa), Aguiar (Bradesco) e Setubal (Itaú). Eram três os bilionários do Brasil em 1987, quando a Forbes produziu a primeira lista: Sebastião Camargo (Grupo Camargo Correa), Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim) e Roberto Marinho (Organizações Globo). Hoje são 65, 25 deles parentes, o que leva a revista americana a constatar que para se tornar um bilionário no Brasil, o mais importante é ser um herdeiro. (Fonte: Carta Capital)
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Desigualdade no mundo é muito maior do que conhecemos! Capitais ocultos que ninguém calcula onde estão?
Muitas instituições, incluindo a ONU e o FMI, reconhecem que a desigualdade de renda é alta e vem aumentando no mundo. O tema ganhou especial atenção com o sucesso do novo livro do francês Thomas Piketty - O Capital no Século XXI. Alguns economistas apontam, porém, que a concentração de renda é ainda maior do que os dados oficiais revelam. Segundo James S. Henry, professor do Centro de Investimento Internacional Sustentável na Universidade de Columbia, tantos os cálculos de Piketty como os dos organismos internacionais subestimam a verdadeira desigualdade mundial, pois não levam em conta o dinheiro oculto em paraísos fiscais. "Há cerca US$ 21 trilhões escondidos em paraísos fiscais. Esta riqueza está nas mãos de uma pequena parte da elite e não entra nas medições", disse Henry. (Fonte: IHU)
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Madeira de lei ilegal é 'lavada' com 'conivência' do governo federal, afirma Greepeace
Ativistas do Greenpeace ocuparam hoje a madeireira Pampa Exportações Ltda, próximo a Belém (PA), para protestar contra a exploração ilegal e predatória de madeira na Amazônia e o descontrole que impera no setor. Uma investigação de dois anos do Greenpeace no estado do Pará revelou que o atual sistema de controle não é apenas falho, mas alimenta a degradação florestal e o desmatamento. Frequentemente, em vez de conter o crime, ele é usado para ‘lavar’ madeira produzida de forma predatória e ilegal que, mais tarde, será vendida a consumidores no Brasil e no mundo como se fosse ‘legal’. Entre agosto de 2011 e julho de 2012, estima-se que 78% das áreas com atividades madeireiras no Pará, maior produtor e exportador de madeira da Amazônia, não tinham autorização de exploração. No Mato Grosso, segundo maior produtor, esse índice é de 54%. Na maior parte das vezes, são as madeireiras e serrarias que desempenham o papel de lavanderia. As atividades da Pampa são um exemplo de como a madeira ilegal é ‘lavada’ na Amazônia. Entre os fornecedores da empresa estão planos de manejo que utilizam seus créditos para legalizar madeira retirada de outras áreas sem autorização. Com documentos oficiais, essa madeira sem origem chega ao mercado brasileiro e internacional – incluindo Estados Unidos e países europeus (sendo a França a principal importadora da Europa em volume).
A empresa também foi multada em mais de R$2,5 milhões por receber e comercializar madeira sem as devidas licenças, além de responder a ação proposta pelo Ministério Público por receber madeira de empresas acusadas de fraude. “A exploração descontrolada da madeira da Amazônia está acontecendo agora, sob o olhar conivente do governo”, disse Astrini. “O governo usa a queda dos índices de desmatamento para vender a imagem de que está tudo indo bem, mas no chão da floresta, a realidade é outra. A situação do setor da madeira é inaceitável”.O Greenpeace exige que o governo brasileiro reveja todos os planos de manejo aprovados na Amazônia desde 2006, implemente regras mais consistentes para aprovação e controle de planos de manejo, torne esses processos públicos, e aumente a governança na região, dando maior capacidade e infraestrutura aos órgãos ambientais federais e estaduais.
Fonte: Greenpeace
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Fome: um terço dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado
Parte do mundo passa fome, mas não apenas por falta de comida. Um terço da produção de alimentos no planeta é desperdiçado entre a colheita e a mesa do consumidor. Os dados foram divulgados no último dia 8 pela consultora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) Catalina Etcheverry, durante a feira Green Rio. Realizado todos os anos, o encontro reúne especialistas, empresários e interessados em alimentação orgânica.Durante participação na mesa Gestão Sustentável da Cadeia de Alimentos, a pesquisadora citou dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) que comprovam o nível do desperdício. “Baseado em um recente estudo da FAO, um terço da produção total, em nível mundial, é desperdiçado. É mais do que a produção de alimentos da África Subsaariana, por exemplo”, disse.No Brasil, que é considerado o quarto maior produtor de alimentos do mundo, o estudo apontou desperdícios. Segundo Catalina, pelo menos 10% se perdem nas plantações. Do que sobra, 50% são perdidos na distribuição, no transporte e no abastecimento. E do restante, 40% se perdem na cadeia do consumo, como nas feiras livres. (Fonte: IHU)
Justiça determina que ALUMAR/ALCOA reintegre os demitidos!
A Justiça do Trabalho acatou pedido do Sindmetal e determinou que a Alumar/Alcoa suspenda imediatamente a dispensa coletiva de empregados, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A empresa terá 10 dias para reintegrar todos os empregados que foram demitidos em razão do desligamento da Linha 2, sob pena de multa de R$ 30 mil por cada empregado. A decisão em antecipação de tutela é da juíza Juacema Aguiar Costa, da 6ª Vara do Trabalho, e vale até decisão final da ação civil pública que irá apurar se as demissões são regulares. A juíza deu cinco dias para que a Alumar apresente a relação dos empregados que já foram e que serão alcançados pela dispensa coletiva, sob pena de multa de R$ 10 mil, além de informar ao juízo todas as demissões que venha a efetivar. Na ação, o Sindmetal alegou que a medida da empresa – de demitir 500 empregados após o desligamento de 250 cubas da Linha 2 – seria abusiva, já que não haveria justificativa econômica ou financeira que motivasse a redução da capacidade produtiva ou a dispensa em massa dos empregados. (Fonte: Jornal Pequeno)
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Só 12% da população urbana mundial respira ar considerado bom pela OMS
Mais da metade da população mundial está exposta diariamente a uma poluição do ar pelo menos 2,5 vezes acima do nível máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O que explicaria o número absurdo de sete milhões de mortes todos os anos em decorrência de doenças provocadas pela má qualidade do ar, dado divulgado em março pela entidade.A OMS apresentou nessa quarta-feira (7) um novo relatório sobre a qualidade do ar em 1600 cidades de 91 países, e destacou que apenas 12% das pessoas que vivem em centros urbanos respiram um ar considerado bom pelos critérios da entidade. O documento compara ainda os dados atuais com os de 2011, e salienta que a qualidade do ar está caindo em todo o planeta (Fonte: IHU)
Polícia Federal prende 5 índios Kaingang numa emboscada, sem indícios e sem provas. Governos petistas sempre mais próximos dos ruralistas!
Nesta sexta feira, 09, cinco indígenas Kaingang foram presos pela Polícia Federal, numa verdadeira emboscada, enquanto participavam de “reunião” promovida por representantes do Governo do Rio Grande do Sul e pela Fundação Nacional do Índio (Funai) no município de Faxinalzinho. Sem elementos concretos, evidências ou provas que ligassem as lideranças indígenas a morte de dois agricultores daquele município, os Kaingang foram presos pela polícia como se fossem criminosos há muito procurados. De caráter totalmente político, esta prisão se configura como mais um triste episódio de criminalização explícita do movimento indígena por parte do Governo Federal e do estado do RS. Entre os presos, encontra-se o cacique da terra indígena Kandóia, Deoclides de Paula, que vinha reivindicando a continuidade do processo de demarcação da terra Kaingang e a garantia dos direitos constitucionais dos povos originários junto ao Governo Federal. Mesmo alertados por agentes do Conselho Indigenista Missionário - Cimi, de que a reunião poderia se tratar de uma emboscada, os Kaingang da terra indígena Kandóia confiaram nas autoridades públicas federais, estaduais e municipais e foram para a reunião, na sede do município de Faxinalzinho, na expectativa de darem, finalmente, encaminhamentos práticos na perspectiva da efetivação de seu direito à terra tradicional. O resultado da reunião, no entanto, traduziu-se em mais uma traição do Estado e de agentes públicos aos Kaingang. Os indígenas foram presos minutos após o início da reunião de maneira abrupta por um verdadeiro batalhão de agentes federais.
A prisão dos indígenas, ao que tudo indica, não teve nada de espontânea e muito menos parece ter sido uma “infeliz coincidência” como defendeu o ministro da Justiça, mosé Eduardo Cardozo, poucas horas após o fato. Os própriosKaingang denunciam que a reunião para a qual foram chamados tratava-se de uma emboscada forjada dentro do Palácio Piratini pelos governos para incriminar as lideranças e responder publicamente as acusações de negligência e incitação de conflito que vinham sofrendo de setores ligados ao agronegócio, eternos inimigos dos povos indígenas. Ignorando a determinação judicial em questão, a Polícia Federal transferiu os cinco indígenas de Poerto Alegre para presídio de Jacuí, no interior do estado do Rio Grande do Sul. A determinação do governo Dilma, atendendo interesses ruralistas, de suspender o andamento dos procedimentos administrativos de reconhecimento e demarcação das terras indígenas constitui-se num atentado à Constituição Federal e ao Estado de Direito e joga combustível nos conflitos fundiários Brasil afora. No Brasil do governo Dilma, os presos políticos têm cor e traços étnicos bem definidos, são os filhos da terra, os povos originários. (Fonte: IHU)
domingo, 11 de maio de 2014
PARABÉNS, MÃES.
Ela tem a capacidade de ouvir o silêncio.
Adivinhar sentimentos.
Encontrar a palavra certa nos momentos incertos.
Nos fortalecer quando tudo ao nosso redor parece ruir.
Sabedoria emprestada dos deuses para nos proteger e amparar.
Sua existência é em si um ato de amor.
Gerar, cuidar, nutrir.
Amar, amar, amar...
Amar com um amor incondicional que nada espera em troca.
Afeto desmedido e incontido, Mãe é um ser infinito.
(Trecho do livro Minha mãe, meu mundo)
Anderson Cavalcante
Adivinhar sentimentos.
Encontrar a palavra certa nos momentos incertos.
Nos fortalecer quando tudo ao nosso redor parece ruir.
Sabedoria emprestada dos deuses para nos proteger e amparar.
Sua existência é em si um ato de amor.
Gerar, cuidar, nutrir.
Amar, amar, amar...
Amar com um amor incondicional que nada espera em troca.
Afeto desmedido e incontido, Mãe é um ser infinito.
(Trecho do livro Minha mãe, meu mundo)
Anderson Cavalcante
Encerrada a 52ª assembléia geral da CNBB. Avaliação é positiva
Na avaliação do arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Damasceno Assis, a Assembleia termina com resultados positivos, deixando testemunho da unidade e comunhão entre os bispos do Brasil. O arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB destaca que a Assembleia encerra com orientações práticas para a continuidade da missão da Igreja no Brasil e já antecipa os trabalhos do próximo ano. “Teremos um trabalho muito importante que é a revisão das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Por decisão do episcopado, as diretrizes serão atualizadas na próxima Assembleia”, comenta dom Belisário. Entre os textos estudados e avaliados pelo episcopado brasileiro, foram aprovados dois documentos e um estudo. Sendo um documento sobre a Renovação Paroquial e outro que trata da Questão Agrária no Brasil. O documento “Comunidades de Comunidades: uma nova paróquia” aprovado na Assembleia discute a renovação das paróquias. De acordo com o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, o texto quer contribuir para dinamizar a vida de comunidade. Outro documento esperado pela sociedade e aprovado pelos bispos discute a Questão Agrária brasileira no início do século XXI. “É uma reflexão sobre a realidade do campo e ajudará a compreender a necessidade do cuidado pela terra e também com nossa agricultura familiar”, explica dom Leonardo. O tema prioritário “Os cristãos leigos e leigas” estudado na Assembleia, após diversas reflexões da plenário, foi aprovado como Estudo da CNBB. O texto será enviado às dioceses do Brasil para reflexão e debate nas paróquias e comunidades, a fim de receber contribuições dos leigos. No próximo ano, a temática volta a ser avaliada para possível aprovação como documento oficial sobre o laicato. (Fonte: Site CNBB)
sábado, 10 de maio de 2014
Brasil: procura-se trabalhadores e produtividade
O trabalho das empresas brasileiras é um quarto da produtividade do trabalho das empresas norte-americanas (tomadas como referência), ou seja, são necessários quatro brasileiros para gerar o valor que um norte-americano produz. Isto é o que o livro Produtividade no Brasil nos diz. O livro foi escrito a partir de pesquisas realizadas pelo McKinsey Global Institute em oito setores da economia. O caminho para aumentar a produtividade poderia ser mapeado, as empresas poderiam evoluir e, se o Brasil aumentasse em dez anos sua produtividade para até três quartos da produtividade norte-americana, a renda por habitante dobraria. Importante: o livro foi lançado em 2000. O que mudou na produtividade do trabalho no Brasil a partir daí? Muito pouco. Uma década foi perdida. Dados recentemente divulgados pela revista The Economist mostram que, enquanto países como Coreia do Sul, China e Chile apresentaram forte evolução na última década, o Brasil permaneceu estagnado. Alguns setores e empresas evoluíram. Entretanto, o quadro geral é desanimador. Um conjunto de estudos divulgado pelo Ipea, em 2013, registrou conclusão similar: nosso desempenho em produtividade e tecnologia é insuficiente e precisa melhorar para viabilizar o crescimento econômico. Os dados econômicos refletem a realidade que testemunhamos no dia a dia. Os restaurantes brasileiros são generosos no número de garçons, mas o atendimento é lento, os pratos vêm trocados e a conta chega errada. Nas dezenas de pequenas obras que empesteiam nossas cidades, para cada indivíduo trabalhando vemos sempre outros quatro (ou dez) observando. Visitar as modernas instalações de grandes empresas não revelará quadro distinto. A aparência pode ser de frenesi laboral, marcado por telefonemas urgentes e andares acelerados. Entretanto, um breve diagnóstico revelará uma infinidade de reuniões sem razão, projetos sem objetivo e iniciativas sem “acabativas”. Em suma: caos institucionalizado. (Fonte: Carta Capital)
sexta-feira, 9 de maio de 2014
70 professores Munduruku são demitidos. Motivo: não fizeram curso superior...mas a FUNAI, responsável por isso, não deu conta do recado!
Dezenas de indígenas da etnia munduruku, entre crianças, guerreiros, guerreiras e professores, estão há dois dias fazendo manifestações em Jacareacanga. Os indígenas querem o retorno às aulas de 70 professores munduruku, que este ano não tiveram o contrato renovado com a Prefeitura de Jacareacanga. A demissão, feita por rádio em fevereiro deste ano, foi denunciada ao Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e à Fundação Nacional do Índio (FUNAI). O Secretário da SEMECD, Pedro Lúcio da Luz, afirma que a decisão da demissão se ampara na Lei de Diretrizes de Base de 1996 e na Lei Municipal 328/2010, criada em 15 de dezembro de 2010: “A LDB determinou que só poderia trabalhar na educação quem tivesse graduação superior. Seguimos a LDB. Demos um prazo de quatro anos para os professores se formarem, mas isso não aconteceu”. Da Luz diz que a FUNAI é a principal responsável pela não renovação dos contratos com a prefeitura. A Fundação coordena o projeto Ibaorebu, que iria formar cerca de 300 munduruku em magistério, agroecologia e enfermagem. AFUNAI não teria ofertado as disciplinas dentro do prazo, o que atrasou a formação dos professores. O advogado indigenista Sérgio Martins aponta duas irregularidades na decisão da SEMECD. A lei municipal que garante os contratos temporários com professores indígenas sem nível superior iria terminar no final deste ano. Apesar disso, ainda em fevereiro, a Prefeitura não renovou os contratos com os professores munduruku. Outra questão apontada pelo advogado é que o artigo da LDB no qual a Prefeitura se ampara é direcionada a professores não-indígenas. (Fonte: IHU)
E no Maranhão que? -
Aqui a situação continua caótica. O curso de magistério para indígenas iniciado anos atrás, com dinheiro empenhado, tendo a Fundação Josué Montello como executora, realizou algumas etapas e, surpreendentemente, parou. Isso já faz quase dois anos! Entra secretário, sai secretário, cada um impondo o seu estilo e as suas manias. Todos iguais nas omissões. Adianta chorar e protestar? Depois acusam os índios de serem violentos...e não percebem que a violência maior é o Estado desviar dinheiro público ( e de FUNDEB!) destinado a garantir um mínimo educação aos poucos indígenas que ainda sentem sede e fome de conhecimento! Vergonha!
Mais um processo contra a VALE por crime ambiental na Nova Caledônia
O governo da província do Sul da Nova Caledônia disse nesta sexta-feira que está dando início a procedimentos legais contra a Vale por danos ambientais causados pelo vazamento de efluentes nas operações de níquel da mineradora. Vale disse em um comunicado mais cedo que o vazamento continha algum ácido, mas que resultados de testes subsequentes feitos em um rio próximo e no mar mostraram que as condições aparentemente tinham retornado ao normal. A mineradora afirmou que suspendeu 80 por cento de sua produção de níquel na Nova Caledônia e que planejou uma paralisação total para esta sexta-feira, ajudando a fazer o preço do níquel subir quase 6 por cento. Um porta-voz da Vale não pôde ser imediatamente encontrado para comentar o caso. A província do Sul da Nova Caledônia está dando início a ações legais sob seu código ambiental depois que o vazamento causou a morte de cerca de 1.000 peixes, com suspensão das atividades de pescaria e nado na área, segundo comunicado. O governo local não disse quando poderá permitir que a Vale retome as operações, mas declarou que a poluição havia sido contida em um rio. A paralisação afetou 3.500 trabalhadores, disse a Vale, dos quais 1.300 são empregados e o restante são terceirizados. As notícias da paralisação impactaram os preços do níquel em Londres, que já subiram mais de 47 por cento este ano com preocupações sobre oferta depois que a Indonésia baniu as exportações do minério em janeiro. Compradores de níquel na China e no Japão estão correndo para assegurar suprimentos à medida que preços em alta e um receio sobre a interrupção de oferta impulsionou a demanda tanto pelo metal refinado quanto por contratos de longo prazo do minério.
(Por Cecile Lefort e Melanie Burton)
Os 10 mandamentos que a VALE deveria assumir
Não VALE poluir!
Não VALE massacrar!
Não VALE remover!
Não VALE escravizar!
Não VALE espionar!
Não VALE saquear!
Não VALE enganar!
Não VALE corromper!
Não VALE desmatar!
Não VALE oprimir!
(Fonte: Seminário 30 anos de Carajás)
Comentário do blogueiro: e por que não também:
Não VALE atropelar gente ao longo da ferrovia
Não VALE lucrar sem limites
Não VALE fazer escutas clandestinas
Não VALE deixar de indenizar e compensar
Não VALE se fingir benfeitora
Não VALE contratar empresar que não pagam seus contratados
Não VALE deixar de observar as normas de segurança
Não VALE abusar de poder
Não VALE prometer e não cumprir
Não VALE pressionar a justiça
Não Vale.....mesmo!
Seminário 30 anos de Carajás: em carta aberta participantes colocam algumas condicionantes à VALE no seu projeto de duplicação da ferrovia
Nós, participantes do Seminário Internacional “Carajás 30 anos: manifestamos nossa indignação em respeito às práticas nefastas da empresa Vale no mundo, a exemplo da situação atual de famílias e territórios ao longo do “Corredor de Carajás”, em plena execução das obras do sistema mina-ferrovia-porto, para o escoamento dos minérios. Na particularidade da Amazônia oriental, destacamos que o plano de duplicação da ferrovia foi declarado ilegal pela Justiça Federal do Maranhão (8ª. Vara, Processo nº. 26295-47.2012.4.01.3700). Nesse sentido, exigimos a suspensão da referida duplicação, cuja continuidade deverá obedecer à avaliação das instituições da Justiça, considerando, pelo menos, as seguintes condicionantes:
1. Que a Vale S.A. construa travessias seguras ao longo da ferrovia. Até agora nenhum estudo foi apresentado.
2. Que a Vale esclareça publicamente seu plano a respeito da remoção de famílias ou benfeitorias em razão da abertura da mina S11D, do ramal ferroviário em construção, da duplicação da Estrada de Ferro Carajás e da expansão do porto de Ponta da Madeira.
Nenhum deslocamento compulsório pode acontecer através de uma simples negociação privada da Vale com cada família, considerando a desproporção de poder e informações entre esses dois sujeitos.
3. Que a Vale contribua com a complementação do financiamento público para a construção do novo bairro de Piquiá de Baixo (município de Açailândia/MA) que, há quase trinta anos, sofre com a poluição alarmante e outras violências provocadas pelas empresas siderúrgicas e pela própria Vale, instaladas naquela região através do Programa Grande Carajás.
4. Que a Vale realize adequados estudos sobre os impactos provocados pela ferrovia e sua duplicação nas terras indígenas. O estudo apresentado pela empresa nesse caso é absolutamente insatisfatório e precisa ser profundamente revisto.
5. Que a Vale S.A. se abstenha da prática de espionagem e de infiltração de agentes de inteligência nas organizações e movimentos sociais
6. Que a Vale S.A. revise a sua política de atenção às vítimas e familiares de vítimas de atropelamentos por seus trens, procedendo a sindicâncias internas sérias
7. Que a companhia se exima da prática de impugnar os processos de titulação de terras indígenas e quilombolas recortadas pela EFC ou localizadas na área de influência de seus empreendimentos e que retire imediatamente as impugnações ora vigentes.
8. Que a companhia instale um sistema eficiente de drenagem ao longo de toda a EFC a fim de que sejam evitados os constantes alagamentos nos assentamentos, nas fazendas e nas comunidades urbanas e rurais situadas às margens da ferrovia.
9. Que, quanto à prática de esmerilhamento dos trilhos, a companhia passe a utilizar a melhor técnica a fim de que os incêndios em matas e pastagens dela decorrentes não mais aconteçam.
10. Que a companhia implemente ao longo da EFC e em especial nas proximidades das comunidades, dispositivos para redução dos ruídos decorrentes da passagem dos trens, deixando provisoriamente de operar no período noturno enquanto esses dispositivos não forem instalados;
11. Que a companhia tome medidas efetivas para evitar que pessoas – em especial crianças e adolescentes – viagem clandestinamente em seus trens de carga.
12. Que a companhia aumente a frequência dos trens de passageiros que trafegam pela EFC, com ao menos um trem de passageiros por dia em cada sentido, tal como ocorre na Estrada de Ferro Vitória-Minas.
13. Que a companhia cumpra rigorosamente as decisões judiciais tomadas contra ela em processos atualmente em curso na Justiça Federal ou na Justiça Estadual do Maranhão e do Pará.
O Seminário internacional Carajás 30 Anos realiza uma reflexão aprofundada das violações provocadas pelos desdobramentos do Programa Grande Carajás nos territórios do Pará e do Maranhão ao longo de trinta anos. E estas reivindicações representam apenas as maiores urgências, entre uma lista grande de danos e ameaças que foram detectadas ao longo dos dias de debate, e que serão sistematizadas detalhadamente em vista de outros encaminhamentos de curto e médio prazo.
São Luís, 08 de maio de 2014
(Fonte: Blog Justiça nos Trilhos)
Deus mãe: para um dia das mães mais humanizado
O Dia das Mães é considerado pelo comércio a festa mais importante do ano, logo depois do Natal. É claro que essa importância é medida pelo volume de vendas nesses dias. De fato, embora em datas diferentes, quase todos os países têm um "dia das mães”. De fato, em uma sociedade em que as famílias são obrigadas a se dispersar para sobreviver, certamente, é bom ter um dia em que os filhos e filhas voltam à casa para conviver e expressar seu amor pela figura da mãe. No contexto brasileiro, cada vez mais é frequente encontrar mães que assumem sozinhas a responsabilidade de criar e educar seus filhos. Recentemente, o papa Francisco afirmou: "Mães solteiras não são menos mães. Toda mãe é mãe e é o que basta”. Em nossas periferias, em muitos casos, as famílias são governadas pelas mães e a presença masculina é quase só de passagem. E, em geral, as mães assumem essa tarefa com muita dignidade e competência. Na Bíblia, escrita em uma sociedade de cultura patriarcal, a imagem mais comum da divindade é a de um pai bondoso que vela pela vida de seus filhos e filhas. No entanto, diversas vezes, os profetas falaram de Deus como mãe que cuida carinhosamente de nós. E Isaías chega a nos dizer como palavra de Deus: "Poderia uma mãe esquecer ou abandonar o seu próprio filho? Do mesmo modo, eu jamais deixarei de cuidar carinhosamente de vocês” (Is 45). No Evangelho, Jesus diz a seus conterrâneos: "Assim como uma mãe galinha junta seus pintinhos debaixo das asas, eu quis reunir vocês” (Lc 13, 34). E, conforme o quarto evangelho, no seu discurso de despedida pascal, afirmou: "Quando uma mulher está para dar a luz sofre porque chegou a sua hora, mas depois que dá a luz fica contente por ter dado ao mundo uma pessoa nova. Assim também eu verei vocês de novo e aí a alegria de vocês será perfeita” (Jo 16, 21 ss). Assim ele compara sua manifestação à comunidade como ressuscitado a um parto que gera vida nova. Assim, ele fez de toda mãe uma imagem profética da sua ressurreição e de vida nova para toda a humanidade.(Fonte: ADITAL - Marcelo Barros)
quinta-feira, 8 de maio de 2014
'Siderúrgicas do Maranhão não são confiáveis' afirma representante do Greepeace no Seminário '30 anos de Carajás'!
Em seminário internacional, em São Luis, que relembra os 30 anos do Projeto Grande Carajás – projeto de mineração, siderurgia e desenvolvimento regional, Paulo Adário, da campanha da Amazônia do Greenpeace, lembrou que há dois anos, a organização esteve em São Luís, mais precisamente na baía de São Marcos, protestando para evitar que o navio Clipper Hope chegasse ao Porto de Itaqui. O cargueiro Clipper Hope deveria fazer um carregamento de mais de 30 toneladas de ferro gusa para os Estados Unidos, matéria prima do aço que deixa um rastro de destruição e ilegalidades nos Estados do Pará e do Maranhão. A produção de ferro gusa depende de carvão que, no caso brasileiro, é vegetal e que em parte vem de madeira proveniente de desmatamento ilegal de unidades de conservação e de territórios indígenas. Além disso, as carvoarias que abastecem as siderúrgicas utilizam mão de obra em condições análogas à escravidão. Paulo Adário continuou: “as empresas de gusa do Maranhão ganharam o prazo de um ano para montar um programa de melhoria e de monitoramento da produção de carvão e mais um ano para testar esse modelo. O Greenpeace não considera as empresas de ferro gusa do Maranhão confiáveis e reconhece que elas não são social e ambientalmente responsáveis. A organização enviou uma carta para as maiores compradoras do minério nos Estados Unidos – GM, Ford, BMW, Mercedes Benz, Nissan, Cargill, Steel Mill e John Deere – recomendando que elas não comprem ferro gusa do Maranhão até que o compromisso estabelecido em 2012 seja honrado.(Fonte:Greenpeace)
No Brasil entre 2010 e 2011 mais de 24.000 presos foram libertos por estarem presos irregularmente.
No Brasil podemos comparar o presídio às senzalas. Há um perfil bem definido das pessoas que estão lá dentro. E se falarmos de condições dentro da prisão, estamos falando dos palanques que havia nas senzalas. Eu pergunto, então: como melhorar o palanque de tortura? Como melhorar a condição do palanque de tortura? Colocando um palanque de ouro, de ferro? Como vai ser isso? O presídio é um palanque de tortura como eram as senzalas, mas hoje das periferias e dos pobres. Se houvesse outro público lá dentro, podíamos não pensar nisso. Mas não tem como, é algo muito seletivo. A maior prova de como a prisão está dando errado é como tem feito para reintegrar a pessoa à sociedade: tudo o que pode garantir é a reintegração do preso ao crime, de modo ainda mais forte. Mas se o próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta para isso, os juízes estão a serviço de que, então, ao mandar cada vez mais pessoas para o cárcere? Para garantir essa institucionalização do crime. Só pode ser....O CNJ veio para mostrar à sociedade como o Judiciário do Brasil está caminhando errado. Por exemplo, nos mutirões carcerários que realizou nos anos 2010 e 2011 foram libertas mais de 24 mil pessoas que estavam presas irregularmente. E nenhum juiz foi punido por ter mantido esses presos irregulares. Portanto, o CNJ expõe a miséria do Judiciário, mostra que ele está doente, mas não aponta um diagnóstico de solução. Ele mostra ainda como a estrutura é falha e criminosa. Manter alguém no presídio de forma irregular é crime, e alguém deveria ser punido por isso. (Fonte: IHU - Trechos da entrevista a Valdir Silveira da Pastoral Carcerária)
Copa sem povo, tô na rua de novo! Após um ano de inércia federal e estadual, os movimentos sociais estão na rua de novo
Em São Paulo os movimento sociais, que formam o coletivo Resistência Urbana, iniciam nesta quinta-feira 8 uma série de manifestações até a Copa do Mundo para reivindicar direitos sociais e questionar os gastos públicos com o evento. “É o lançamento da campanha 'Copa sem Povo, Tô na Rua de Novo'”, cujo objetivo é denunciar as políticas abusivas e antipopulares em relação à Copa do Mundo”, explicou Guilherme Boulos, integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). As reivindicações do movimento são divididas em seis eixos, em referência à busca pelo hexacampeonato da seleção brasileira de futebol. No eixo moradia, eles pedem leis para o controle do valor dos aluguéis, a formação de uma Comissão Nacional de Prevenção de Despejos Forçados e mudanças no Programa Minha Casa, Minha Vida. Na área da saúde, os movimentos querem o fim dos subsídios aos planos de saúde, o fim das privatizações e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o sistema público. No transporte, pedem-se a redução imediata das tarifas, a criação de um fundo federal para redução anual do valor das passagens e tarifa zero com controle público. Para a educação, as reivindicação são a ampliação e construção imediata de creches, 10% do PIB para o sistema público e que a política de cotas e assistência estudantil seja permanente. No âmbito da Justiça, eles querem a formação de uma Comissão Nacional da Violência do Estado contra a Periferia, a desmilitarização da Polícia Militar e o fim dos tribunais especiais e leis antimanifestação. Por fim, no eixo relacionado à soberania, eles pedem a garantia do trabalho informal durante a copa, a prevenção efetiva da exploração sexual e pensão vitalícia para as famílias dos operários mortos e feridos durante as obras da copa.(Fonte: Carta Capital)
VALE provoca vazamento de ácidos na Nova Caledônia e atividades são suspensas
A presidente da província do sul da Nova Caledônia, Cynthia Ligeard, ordenou a suspensão imediata das operações no complexo de processamento de níquel de Goro, depois que cerca de 100 mil litros de resíduos líquidos resultantes de processos industriais caíram em um córrego. Segundo o jornal Islands Business, o vazamento continha ácido, mas não ficou imediatamente claro o nível de concentração. O governo provincial enviou uma missão junto com a autoridade ambiental do país para o complexo com o objetivo de avaliar o incidente. O jornal também disse que a Vale confirmou que houve um acidente no local. De acordo com a Radio New Zealand, a Vale da Nova Caledônia avisou as autoridades logo após o ocorrido e disse que o vazamento já foi interrompido. A empresa afirmou também que o vazamento ocorreu devido a uma configuração irregular dos dutos que transportam a solução entre dois locais de retenção. A Vale disse que equipes de resposta têm ajudado a limitar o impacto e a qualidade da água do riacho já está agora de volta ao normal. A empresa afirmou que alguns peixes foram encontrados mortos no riacho, disse a Radio New Zealand.(Fonte: Agência Estado)
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Mais um papa será canonizado! Leia a visão de santidade que um protestante tem, e me diga....
Sobre as recentes canonizações de papas, assim se manifestou o pastor valdense italiano Luca Baratto:’ Só Jesus Cristo é o único caminho para Deus; os santos, por mais exemplares que sejam, não podem usurpar esse papel que, na compreensão evangélica, é exclusivamente de Cristo. É na cotidianidade que a santidade se realiza. O problema não é a exemplaridade. Segundo nós, também existem figuras de crentes exemplares. Elas existem no catolicismo, assim como existem no protestantismo. Penso, por exemplo, no teólogo luterano alemão Dietrich Bonhoeffer, que morreu em um campo de prisioneiros nazista; ou em Martin Luther King Jr. e no seu compromisso pelos direitos civis dos afro-americanos. Porém, nenhum deles jamais se tornou santo! Digo mais: nenhum protestante jamais sonharia em rezar a Deus através de Bonhoeffer ou de Luther King. Dito isso, devo ainda fazer um esclarecimento. Embora como evangélicos não canonizemos santos, as palavras santidade e santificação fazem parte do nosso vocabulário de fé. A Reforma Protestante não as apagou; deu-lhes um significado mais aderente ao ensinamento da Bíblia. Para um protestante, de fato, a santidade não se refere tanto à grandeza espiritual de um crente, mas é uma vocação voltada a todo cristão. De fato, santos são todos aqueles que pertencem a Deus e que, na sua vida, são chamados a fazer a Sua vontade: cada um na condição em que se encontre, na cotidianidade da vida, na prática do trabalho, estando presente na sociedade. É na cotidianidade – e, portanto, até mesmo em uma vida não chamativa, mas fiel e consciente – que a santidade se realiza; no modo em que estamos no mundo e sabemos testemunhar a vida nova que nos foi dada por Cristo.Ser santo, para um protestante, é ser consciente desse chamado e respondê-lo. (Fonte: IHU)
terça-feira, 6 de maio de 2014
Francisco aos 'escaladores' dentro da igreja: 'Aqui não, vá para o Norte e faça alpinismo'!
"Na Igreja, há pessoas que seguem Jesus por vaidade, sede de poder ou dinheiro; que o Senhor nos dê a graça de segui-Lo apenas por amor": essa é a oração que o papa fez durante a missa presidida na manhã dessa segunda-feira em Santa Marta."Porque nós somos todos pecadores – observou – e sempre há algo de interesseiro que deve ser purificado ao seguir Jesus e devemos trabalhar interiormente para segui-Lo por Ele, para amor." "Jesus – afirmou o Papa Francisco – menciona três atitudes que não são boas para segui-Lo ou para buscar a Deus. A primeira é a vaidade." Em particular, ele se refere àqueles notáveis, àqueles "dirigentes" que dão esmolas ou jejuam para serem vistos. E, algumas vezes, nós fazemos coisas buscando com que sejamos vistos um pouco, buscando a vaidade. "A outra coisa que Jesus repreende aqueles que o seguem – afirma – é o poder.": "Alguns seguem Jesus, mas um pouco, não de forma totalmente consciente, um pouco inconscientemente, mas buscam o poder, não? O caso mais claro é João e Tiago, os filhos de Zebedeu, que pediam a Jesus a graça de ser primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro, quando viesse o Reino.
E na Igreja há escaladores! Há muitos que usam a Igreja para... Mas se você gosta disso, vá para o Norte e faça alpinismo: é mais sadio! Mas não venha à Igreja para escalar! E Jesus repreende esses escaladores que buscam o poder." “Peçamos ao Senhor a graça – concluiu o papa –, que nos dê o Espírito Santo para ir atrás d'Ele com retidão de intenção: somente Ele. Sem vaidade, sem vontade de poder e sem vontade de dinheiro." (Fonte: IHU)
Aumentam as denúncias de violência contra as mulheres no Maranhão!
Falando em revistas vexatórias nas penitenciárias ...ontem, segunda feira, um colega relatava que em Rosário a 40 km de São Luis as familiares dos detentos continuam sendo submetidas a todo tipo de humilhação. São obrigadas a tirar a roupa, abrir as pernas e as funcionárias....revistar. Absurdo que na era da tecnologia precisamos recorrer ainda a essas formas arcaicas, vergonhosas, invasoras da intimidade sagrada. Por que têm que pagar esse preço?
Continuando a falar em mulheres, assisti hoje pela manhã, na Mirante, a uma entrevista com o responsável do ‘disque violência contra a mulher’do Maranhão. Informava que as denúncia nesse primeiro período do ano aumentaram de 56% no Maranhão. Mais de 90% é violência praticada por pessoas muito próximas das vítimas (esposos, companheiros, amantes, tios, ...) e muitas das vezes na presença de menores. É difícil dizer se é a violência que aumentou ou as mulheres estão tomando mais coragem em denunciar uma violência que envergonha os seres humanos e os bichos que são muito mais....humanos que os....humanos!
Pelo fim das revistas vexatórias nas penitenciárias. Relato de um ex-detento
O direito à nossa própria intimidade é inalienável e intransferível. Seja qual for a circunstância, deve ser preservado. Eu me sentia agredido no fundo de minha alma. Não tanto quando “eles” nos faziam ficar nus, mas quando minha mãe, já velhinha, chegava chorando em minha cela, sentindo-se invadida e desrespeitada. Aquelas mulheres não tinham dó ou piedade, pareciam insensíveis e diziam “cumprir ordens”. O Tribunal de Nuremberg acabou com o mérito dessa alegação. Quem assistiu o recém-exibido filme “Hannah Arendt”, pode observar isso. Faziam uma senhora de mais de 60 anos, que podia ser mãe delas, ficar nua, dar pulinhos, subir no banquinho, abrir suas partes íntimas, a humilhando ao máximo. E ela tinha que ficar quietinha. Caso reclamasse, não entrava para me visitar. E se discutisse, levava suspensão de um mês sem poder entrar na prisão. A consciência pegava pesado. Em última análise, eu era culpado por haver cometido os delitos que me trouxeram preso, submetendo minha mãe ao jugo daquela gente. As primeiras vítimas do preso são aqueles que o amam. Aquelas mulheres naquelas filas enormes e inchadas como uma cobra gorda são mães, esposas, filhas (amigas não são permitidas). As que ali estão não são “bandidas”, “traficantes” e muito menos “putas”. São pessoas que trabalham, pagam impostos e deram o azar de ter um parente naquelas condições –e seria desumano abandoná-los. E os guardas de presídio são servidores públicos; ganham seus salários para servir ao público e não para tratá-los com grosseria e vexame.
Eu ainda estava preso e, por meio de cartas, consegui trazer na visita e conquistar uma mulher excepcional. Ela tinha formação em psicologia, mestrado, havia frequentado cursos de especialização na Europa por 4 anos e falava 4 idiomas fluentemente. Li e estudei muito para fazer face ao seu vasto conhecimento. Ela era tão bonita, delicada, meiga e educada que os guardas não a deixaram entrar para me visitar. Ela insistiu e foi conduzida ao diretor de plantão. Este ficou quase duas horas tentando dissuadi-la de me visitar.A garota foi firme, não sou bobo e já a havia prevenido; ela forçou a barra e entrou. Ficamos cerca de três anos juntos. Chegamos a noivar e fazer um contrato de casamento. Mas antes de casarmos, a moça não suportou mais. A pressão foi grande, ela estressou com a rotina de maus tratos e desrespeito nas filas de visita da prisão. Eu, por não saber quando sairia e por amá-la de verdade, não tentei impedir que seguisse sua vida. Sofri horrores, fiquei muito revoltado e cheio de ódio no coração. Principalmente porque sabia que “eles” a haviam afastado de mim. Passei mais de um ano para conseguir sorrir novamente.
Não foi o PCC quem humanizou as prisões, e sim a entrada das mulheres nas celas, nos pátios e na vida prisional a partir de 1985. Sempre foram elas que representavam a sociedade para nós, e não os guardas ou diretores. Estes, sabíamos, eram nossos algozes, inimigos viscerais. Elas sempre foram contra a violência e possuem armas de convencimento insuperáveis. A pena, segundo a doutrina da Lei, é exclusiva do réu condenado. Sua família, seus amigos, as pessoas de suas relações não podem, pela lei, serem penalizadas com eles. Isso é ilegal. E não podemos esquecer: o mecanismo de obrigar, submeter pessoas a atos vexatórios e que atentem contra sua moral pessoal, constitui-se em tortura. E quem colabora ou promove tortura, é torturador.
Percebo hoje que há progressos. As mulheres estão se movimentando (sempre elas). E até as lideranças dos guardas admitem que a revista íntima é realmente vexatória (eles também têm mães, esposas, filhas e são humanos). Propõem ao Estado que contrate mais guardas e lhes forneça aparelhagem e tecnologia adequada para eliminar esse desrespeito ao contribuinte. O culpado é sempre o Estado, ô Estado...
* O escritor Luiz Alberto Mendes Jr., autor de Memórias de um Sobrevivente (Cia das Letras), passou 31 anos preso em diversas cadeiras brasileiras. No dia do Massacre do Carandiru, estava detido no Pavilhão 8, ao lado de onde aconteceu a chacina (Pavilhão 9). (Fonte: Carta Capital)
sábado, 3 de maio de 2014
Emaús: peregrinos sempre a caminho para enfrentar a noite que está para chegar! (Lc. 24, 13-35)
Os dois discípulos de Emaús refletem a nossa realidade existencial. Pessoas que fazem a experiência de acariciar sonhos e projetos de vida, de comunhão e admiração profunda para com uma pessoa e, de repente, tudo desmorona. Os sonhos se dissolvem, os projetos de vida desabam, a pessoa amada e admirada morre ou se afasta. Sentimentos de dor, de decepção, de amargura, de falência humana tomam de conta. Tudo parece perdido, mas algo inesperado aparece no nosso caminho e na nossa incessante procura. A cena evangélica hodierna é uma metáfora pedagógica que nos ajuda a entender, passo a passo, como dar a volta por cima a tudo isso, e recomeçar a viver com outros olhos e outro coração....
1. Os dois discípulos saem de Jerusalém e se afastam do grupo de Jesus que insiste em permanecer trancafiado em sua casa, vítima do medo e imobilizado pelo trauma da morte do mestre.
2. Iniciam uma caminhada de procura e de busca interior para entender o que aconteceu com eles e com o Mestre. Sabem que não é se isolando numa casa que vão poder dar a volta por cima. Procuram luzes e apoios.
3. Ao longo do caminho encontram outros "peregrinos". Outras pessoas que como eles estão à procura de sentidos. Pessoas que sabem compreender e ouvir suas angústias e decepções.
4. São peregrinos de coração grande humano que se inserem em nossas vidas de forma discreta, silenciosa, sem ostentar grandes gestos, sinais, milagres, discursos.
5. O encontro "nos caminhos da vida" com pessoas solidárias que conheceram a dor e a alegria de viver, começa a produzir um calor novo no coração, uma força redentora, uma esperança quase desaparecida e que se renova. Volta a motivação interior e o desejo profundo de retornar "a viver". Eles nos mostram o outro lado da medalha que nós conseguíamos ver.
6. No caminho comum começamos a criar laços de afeto e amizade/solidariedade com outros "peregrinos" e com "o Peregrino" que está presente neles! Essa 'comunhão' entre peregrinos faz com que toda tentativa de afastamento uns dos outros seja barrada por ambos. "Fica conosco, pois a noite da vida está a chegar e precisamos enfrentá-la juntos!"
7.Na noite da vida, na intimidade familiar, ao redor de uma mesa/banquete, na fraternidade já intuída e antecipada durante o caminho, o pão quente é partido e distribuído. Não o pão em si, mas o gesto de parti-lo para ser distribuído entre todos "abre" definitivamente os olhos de quem vivia na decepção, na solidão e na morte interior, de quem já não vislumbrava saídas.
8. O divino é compreendido no que há de mais profundamente humano: partilhar a vida, os afetos, a amizade, a doação, a gratuidade, a angústia interior, e a vontade comum de superar tudo o que representa morte. Nisso compreendemos que "o Deus peregrino" nunca se havia afastado de nós quando pensávamos que estávamos sós na vida. Ele sempre estava ao nosso lado. Éramos nós os incapazes de reconhecê-lo e percebê-lo presente.
9. Uma vez intuído e compreendido isso, o "peregrino Jesus, e os peregrinos através dos quais Ele age, os Antônios, as Maria, os Mários da vida...." podem desaparecer, pois eles cumpriram sua missão: abrir nossos olhos!. Não precisamos mais vê-los ou tocá-los. Eles já fazem parte da nossa vida. Já sabemos que estão entre nós. A "memória" da presença amiga do 'peregrino Jesus' nos mantém vivos e animados. Podemos caminhar "sozinhos"...podemos enfrentar outras decepções e desafios, pois agora sabemos que Ele está ao nosso lado. Sabemos, contudo, que a partir de agora temos a obrigação moral de nos tornar peregrinos que caminham ao lado de outros peregrinos que estão à procura de esperança, de saídas, de felicidade, do mesmo jeito que nós fazemos.
10. É a Jerusalém, na cidade da rejeição e do fechamento, que os dois devem voltar. É lá que encontram os grupo de Jesus ainda trancafiado em casa. É lá que as portas devem ser escancaradas e a nova esperança deve ser testemunhada. "Ao longo do caminho, ao partir o pão nós o vimos e reconhecemos"! Não há como ficar mais fechados e trancafiados. O mundo está precisando de peregrinos que saibam caminhar juntos, e juntos enfrentar "A NOITE QUE ESTÁ PARA CHEGAR
Questão indígenas é crucial no Brasil, afirma bispo na assembleia geral da CNBB!
“A situação indígena é uma questão crucial no Brasil”. Desta forma, o bispo de Xingu (PA) e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Krautler, apresentou o assunto aos participantes da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, na tarde desta sexta-feira, 2 de maio, em Aparecida (SP). De acordo com dom Erwin, a demora na demarcação de terras indígenas é um desrespeito à Constituição. “A Constituição de 1988 determinou um prazo de quinze anos para esta demarcação em todo o território nacional. Nem a metade destas áreas foram ainda demarcadas. Muitas estão em processo ou engavetadas. Este é o motivo das hostilidades entre os que ocupam ilegalmente estas áreas e os povos indígenas”, disse. O presidente do Cimi explicou que não se pode acusar os agricultores, já que a grande maioria deles foi assentada em áreas indígenas pelo Estado. “O governo nada ou pouco faz para dirimir esse conflito. É algo sério e está acontecendo muito derramamento de sangue”, alertou. Por este motivo, ele considera que a demarcação de terras indígenas deve ser feita em caráter de urgência. Dom Erwuin explicou também a visão do Cimi a respeito das indenizações. “Os agricultores devem ser indenizados. E que não seja apenas sobre as benfeitorias.”. Ele também destacou que é preciso que as famílias sejam reassentadas em outras terras e que se deve ter uma atenção especial aos idosos. “É preciso ressarcir o suor derramando durante décadas”.
Comentário do blogueiro – Fico satisfeito que o presidente do Cimi esteja assumindo essa postura que nem sempre foi ‘essa’. A omissão ou a cumplicidade dos governos estaduais e federal tem favorecido ao longo desses anos a ocupação ilegal e a invasão de territórios indígenas sem que houvesse uma real preocupação de alertar os ocupantes e evitar conflitos que estourariam mais para frente. Muitos agricultores ocupam terras indígenas ‘de boa fé’ e ninguém diz para eles que é terra indígena e que não podem ficar. Acabam fazendo benfeitorias, criam laços afetivos com a terra e lá pelas tantas chega a ordem do juiz.. Por que iludi-los por anos à fio? Um discurso à parte merecem os pecuaristas e donos de agro-negócio. Esses senhores simplesmente querem ver índios fora de tudo! O trágico é que o executivo federal deixa correr...Parecem falar em nome do governo federal!!!!!!!!!!!
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Carta de um padre excomungado por defender o direito dos homossexuais a exercerem a sua sexualidade
Faz um ano que fui excomungado da Igreja Católica após me negar a retirar da internet reflexões sobre a moral sexual da igreja e a pedir perdão por ter feito estas reflexões. Parece paradoxal, mas não é: a minha recusa a retirar o material da internet e de pedir perdão por ter livremente refletido foi se confirmando durante este ano como pura coerência com a fé cristã e a minha missão de padre. Durante este ano ficou para mim muito claro que não pedir perdão significou dizer NÃO à falta de reflexão da igreja. Significou defender o fundamental da dignidade da pessoa humana: a possibilidade de refletir e a liberdade de expor seu pensamento.Durante este ano ficou claro que não pedir perdão significou que ser padre não é ser um operário de uma instituição, mas sim ser alguém que tem por obrigação viver os critérios pregados e vividos por Jesus Cristo: o amor a Deus e o amor ao próximo. Durante este ano ficou claro que a recusa de pedir perdão foi assumir a atualização do amor ao próximo para os dias atuais. Afinal, como posso amar meu próximo exigindo que homossexuais, lésbicas, transexuais vivam como celibatários? Como posso amar meu próximo se não compreender que a sua sexualidade é uma Benção de Deus e que a sua não aceitação é uma doença da sociedade que justamente não reflete, não estuda, não quer compreender a natureza humana? Neste um ano de excomunhão ficou para mim mais nítido como as religiões cristãs precisam de uma leitura mais lucida da Bíblia e, principalmente, necessitam compreender que o texto bíblico não contém somente a Palavra de Deus, mas também visões de mundo estóicas, judaicas e helenistas típicas da Antiguidade, de uma época na qual o homem não conhecia a natureza humana e sua sexualidade como as conhecemos hoje.Ficou claro neste um ano como excomungado o perigo de as religiões formarem pessoas com mentes dogmáticas e fundamentalistas, mentes que reproduzem esta forma de pensar o mundo em outros setores como política, sociedade ou meios de comunicação. (Síntese da carta de padre Beto - Fonte: Carta Capital)
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Francisco: A desigualdade é a raiz dos males sociais!
O Papa Francisco posicionou-se de forma crítica contra a desigualdade nesta segunda-feira em sua página oficial no Twitter: "A iniquidade é a raiz dos males sociais". Será que o papa estaria ponderando a partir do alvoroço suscitado pelo best-seller do economista francês Thomas Piketty intitulado “ Capital no XXI século”? A resposta não é óbvia. Mas o sincronismo do tuíte – dias depois que o livro se esgotou no site Amazon, onde é atualmente o livro mais vendido nos EUA – sugere um apoio do pontífice ao pesquisador francês, o qual postula que um livre mercado não regulado cria uma lacuna entre ricos e pobres cada vez maior. O tuíte estava com quase 10 mil compartilhamentos na segunda-feira à tarde. O alerta de Francisco vem meses depois que ele chamou o capitalismo desenfreado de uma “nova tirania”, tendo pedido aos líderes globais, em sua primeira grande obra escrita como papa, para combaterem a crescente desigualdade de renda. Ele expôs a plataforma de seu papado num documento de 84 páginas publicado no último mês de novembro, em que ataca a “idolatria do dinheiro” e conclama aos políticos para garantir a todos os cidadãos “trabalho, educação e saúde dignos”. (Fonte:IHU)
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