terça-feira, 30 de agosto de 2011

Acampados fecham INCRA do Maranhão

Nas primeiras horas desta terça feira (30/08) os acampados no INCRA do Maranhão - sem terra, quilombolas e índios - fecharam os dois portões do órgão, não permitindo a entrada de funcionários. A partir de agora, segundo eles, ninguém entra, nem sai do prédio. A pauta de reivindicações inclui a regularização de terras e a solução dos conflitos causados pela ausência destas mesmas regularizações. Hoje, no Maranhão, mais de 80 pessoas que vivem no campo, estão ameaçadas de morte por conta de conflitos fundiários. Três fatos ocorridos nas últimas horas aumentaram ainda mais a indignação destes camponeses que estão acampados no INCRA do Maranhão, desde o dia 25 de agosto. Enquanto eles estão em São Luís protestando, novos casos de violência e ameaças estão ocorrendo, a cada instante, no interior do estado. Os últimos foram nos municípios de Pirapemas (contra quilombolas), em Bom Jardim (contra índios Awá Guajá) e em Ribamar Fiquene (contra sem terra). Hoje está previsto uma coletiva dos acampados. No convite encaminhado ontem à imprensa está dito que "o Acampamento Nacional da Via Campesina, instalado em Brasília, chegou ao seu final na última sexta-feira (26 de agosto)". Porém, no Maranhão, "a sede do INCRA continua ocupada". Na coletiva, marcada para 9h, os índios, os sem terra e os quilombolas anunciam que vão dizer, em "alto e bom som, os motivos que estão fazendo com que, ao contrário de todo o Brasil, eles continuem acampados por tempo indeterminado".


No ano de 2010, foram assassinados no Maranhão, a mando de latifundiários, os seguintes camponeses: Elias Ferreiras, em São Mateus, Flaviano Pinto Neto, em São Vicente Férrer, Raimundo Pereira, em Codó e Francisco Ribeiro, em Santa Luzia do Tide. Em Centro do Guilherme, madeireiros assassinaram o índio Huninet Ka’apor. Hoje existe uma lista de cerca de 80 ameaçados. (Fonte: www.viasdefato.jor.br)

Índia Canela assassinada brutalmente a pauladas

Na madrugada do dia 26 (sexta-feira), por volta de 2h, a senhora indígena do Povo Canela Ramkokamekrá Conceição Krion Canela, de 51 anos foi encontrada morta a pauladas. A atrocidade aconteceu no Povoado Escondido, interior de Barra do Corda. As investigações policiais apontam para dois suspeitos não indígenas, e já foi solicitada a prisão preventiva dos mesmos. A indígena não residia na aldeia Ponto, mas no povoado aonde ocorreu o homicídio. Era casada com um não indígena. Ambos costumavam usar bebida alcoólica. Conceição fora violentada sexualmente, e a morte fora causada porque ela reagiu ao estupro. A esposa de um dos suspeitos prestou depoimento na delegacia de Barra do Corda, confirmando que seu marido chegou em casa com a roupa suja de sangue. O Povo Kanela Ramkokamekrá está bastante abalado com tamanha atrocidade. Quinze deles se encontram em Barra do Corda acompanhando as investigações e clamam por justiça. O Padre Ezio Borsani, da Paróquia Santa Gianna Beretta está dando assistência aos indígenas, e abrindo possibilidades para que eles tenham voz nos canais de comunicação da imprensa local. Em conversa com o delegado que acompanha as investigações, este assegurou ao padre que os homicidas não ficarão impunes. Esta é mais uma das faces da violência sofrida pelos povos indígenas na região, além do preconceito, da discriminação e da violação de seus territórios. (Fonte:Pastoral Indigenista da Diocese de Grajaú)

sábado, 27 de agosto de 2011

Um outro 'messias' é possível (Mt.16,21-28)



Vivemos numa sociedade que nos ‘educa e nos força’ a sermos/aparecermos vencedores. Sempre, e em tudo. Competição, rivalidades, confrontos abertos ou disfarçados são os elementos emergentes de quem tem que ganhar sempre. De quem tem que prevalecer sobre pessoas e realidades. Não importa se pisando em valores, sensibilidades, e princípios. Sentimos que estamos numa espiral em que aquele que não é, – ou não aparece, - ‘super-homem/super-mulher’ é um fracassado. Esses ‘super-homens, ou super-mulheres’ se apresentam, e são apresentados, como os únicos verdadeiros modelos a serem imitados. Exemplos visíveis de que todos podemos ser como eles/as: sempre vencedores! Afinal, esses super-humanos sabem como superar desafios e como evitar a dor, os sofrimentos, as angústias da vida. Realidades ‘típicas’ dos frágeis, dos humanos. O evangelho de hoje - que dá continuidade ao de domingo passado, - nos ilumina sobre esses aspectos que são inevitáveis para os humanos, mas que nem sempre eles sabem lidar de forma equilibrada e aberta. Jesus foi visto pelos seus discípulos como um possível futuro ‘vencedor’.


O Mestre, de fato, oferecia muitos sinais que induziam a pensar isso. Talvez o próprio Jesus tenha se sentido levado a pensar que algo novo estava para acontecer. E que ele era um instrumento para tanto. Tinha a consciência de que Deus estava com ele. Mais que isso: que o próprio Deus faria o que ele vinha fazendo. Que jamais iria fracassar. Jesus, porém, num determinado momento da sua missão começa a experimentar a rejeição e a desistência de vários discípulos. Sente que havia gerado expectativas que nem ele próprio conseguia mais controlar. Jesus se descobre homem frágil, inseguro, um ‘humano normal’, e não um super-homem. Ao mesmo tempo, porém, profundamente convicto da justeza da sua missão, que tinha que continuar firme no seu propósito, mas tem que tomar uma decisão clara e inequívoca. Uma decisão que iria decepcionar e criar mais rejeição à sua pessoa e missão. De um lado tinha que combater as falsas expectativas messiânicas. De um messias encarado unicamente como vencedor e todo-poderoso. Do outro, encarar a fragilidade, o sofrimento e a angústia humana -algo desconhecido para um messias, - não como impedimentos à construção e à realização plena do reino, mas como caminho natural, ordinário, normal. Dessa forma Jesus esvazia o conceito de ‘messias’ vencedor e plenipotenciário. Algo que só um ‘super-homem’ podia incorporar e realizar. E expande o conceito/prática de ‘messias’ ao apontar todos os ‘humanos frágeis, sofredores, provados’ como únicos executores de um ‘outro reino’, de uma outra prática missionária.


A cruz que é vista como desmoralização para quantos deificam a postura do ‘potente vencedor’ como único artífice de mudanças, se torna com Jesus a ‘conditio sine qua non’ – a condição sem a qual ninguém construirá algo novo e sólido sem possuir a capacidade de encarar e carregar as próprias e alheias fragilidades. O ‘novo messias’, para Jesus, não é mais uma pessoa individual, mas um povo. Um grupo capaz de alimentar e reaquecer novos sonhos, sem desistir, sem se deixar vencer pelas atitudes prepotentes dos aparentes ‘vencedores’. Um grupo, geralmente minoritário, capaz de carregar a própria cruz, e generoso em carregar a cruz alheia. Porque, ao fazer isso, estará aliviando o peso da sua própria cruz. E estará indicando para si e para o mundo que o sofrimento e o fracasso não são o fim dos sonhos de transformação, mas que são caminhos inevitáveis –infelizmente ou não - dos ‘humanos’ que querem construir mais ‘ressurreições’!



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Número de católicos cai no Brasil. Chegou a hora da verdade?

O número de católicos continua caindo no Brasil, país que tem mais fiéis desta religião no mundo, e onde a porcentagem da população que se declara desta doutrina caiu de 73,79% em 2003 para 68,43% em 2009, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (23).Apesar de o catolicismo ainda ser a religião majoritária no país, a porcentagem medida em 2009 foi a menor desde 1872, quando uma pesquisa similar mostrou que 99,72% da população brasileira era católica, segundo o estudo "Mapa das Religiões no Brasil", divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas.A redução do número de católicos no Brasil se acentuou nos últimos 30 anos, enquanto 88,96% dos brasileiros se declarou católico em 1980, essa porcentagem caiu para 83,34% em 1991 e para 73,89% em 2000. (Fonte: UOL)

sábado, 20 de agosto de 2011

Identificar-se com Jesus o messias, que vai na contramão dos 'messias' desse mundo! (Mt.16,13-20)



Pedro/pedra, capaz de discernir onde precisa abrir e fechar. Onde ser terno e onde endurecer. E os dois juntos – Jesus e o grupo/pedra – se fortalecem reciprocamente, e testemunham a presença de um Deus que manifesta o ‘poder do seu reino’ na fragilidade e na grandeza do serviço e do martírio. Na contramão dos ‘messias’ desse mundo. Na contramão dos ‘pontífices’ desse mundo!


A identidade de uma pessoa nunca se dá de uma vez por todas. Ela está sempre em construção. Aliás, podemos ter várias identidades ao longo da nossa vida. E termos várias identidades ao mesmo tempo. Tudo isso a depender dos contextos em que nos achamos, e da compreensão e consciência que temos de nós mesmos e do mundo em que estamos. Ter várias identidades não significa ter várias personalidades. Ou até, várias máscaras. Significa, em primeiro lugar, ter a capacidade de estar atento ao que somos e queremos num determinado momento histórico. E ouvindo o que a realidade externa nos pede constantemente. Em suma, se ‘identificar’ com projetos, urgências, pessoas, modelos, imperativos éticos. Realidades que estão em permanente mutação. E fazer tudo isso sem se quebrar por dentro. O evangelho de hoje trabalha isso de forma original e profunda. Narra o momento chave em que Jesus de um lado, e os discípulos do outro, começam a tomar consciência que está para nascer uma nova identidade antes desconhecida. Para os dois. A identidade de Jesus e dos discípulos, tomados individualmente, e do grupo como um todo. E essa identidade individual e coletiva que se dá ao mesmo tempo implica a assunção de novas práticas, novas escolhas, novas relações. Seja no nível pessoal que coletivo. Na narração evangélica fica claro desde o início qual é identidade de Jesus segundo as pessoas em geral. As que não o conheciam, e que não conviviam com ele. Identificavam-no com um dos profetas do passado. Não conseguiam ver o novo que Jesus trazia e produzia. Jesus, porém, sabe que a convivência com aquele grupo de seguidores havia produzido neles/as algo diferente. E os interpela, os questiona para que tenham a coragem de se expor e manifestar. De assumir para ele e para a sociedade o grau de identificação/compromisso com o Mestre.


A pergunta de Jesus, de fato, não é uma mera pergunta de ‘sondagem’ sobre o que pensam dele. É um questionamento que tem a ver com opções existenciais próprias e não delegáveis a outros: ‘e vós que dizeis que é o filho do homem?’ Isso é um divisor de águas. A depender da ‘resposta’ assume-se um novo projeto de vida. Mudam as relações humanas, estilo e atitudes pessoais. Assume-se uma nova identidade. Tudo isso ocorre porque não se trata de uma resposta doutrinária, de dogmática. Trata-se de uma nova relação com o que interpela. Trata-se de aceitar de construir uma nova identidade pessoal e coletiva com o ‘outro’ (Jesus) diferente da identidade assumida anteriormente. Pedro em nome do grupo reconhece que Jesus é o enviado. Ou seja, se compromete a construir a sua vida daí em diante não a partir de ‘outros messias’, mas a partir da proposta do enviado Jesus. Identifica-se com suas propostas e práticas em favor dos pequenos de Israel/humanidade. E renuncia a outras práticas que não estavam em conformidade com as de Jesus. Jesus, do outro lado, reconhece a assume a nova identidade de Pedro/rocha e do grupo. Uma rocha frágil, insegura, incoerente, mas que ao se espelhar/identificar num ‘messias sofredor’, humano e servidor, torna-se sólida. Pedro/pedra, capaz de discernir onde precisa abrir e fechar. Onde ser terno e onde endurecer. E os dois juntos – Jesus e o grupo/pedra – se fortalecem reciprocamente, e testemunham a presença de um Deus que manifesta o ‘poder do seu reino’ na fragilidade e na grandeza do serviço e do martírio. Na contramão dos ‘messias’ desse mundo. Na contramão dos ‘pontífices’ desse mundo!





domingo, 14 de agosto de 2011

A cananeia deslegitima o plano de Jesus e o obriga a rever a sua ação (Mt. 15.21-28)

Muitas vezes temos a presunção de achar que vemos com clareza o que temos que fazer. Achamos que conhecemos pessoas e realidades. Na nossa suposta racionalidade e capacidade de análise tudo nos aparece bem definido. Não há porque se deixar interpelar ou questionar por eventuais elementos externos. Pessoas, acontecimentos, gestos ou sinais que sejam, que vêm para desarrumar algo que para nós já está claro e definido. Achamos que há um imperativo categórico dentro de nós que nos empurra a seguir firmes em frente seguindo a nossa intuição. Sem se importar com as ‘interferências externas’, os inconvenientes, os imprevistos, as surpresas de última hora...



Mateus, hoje, nos apresenta a narração de ‘uma interferência externa’, um imprevisto que bagunçou as perspectivas iniciais de Jesus. Alguém que se infiltra no plano que o próprio Jesus havia montado com clareza e ao qual havia aderido com firmeza: o plano de servir e atender somente ‘as ovelhas perdidas’ de Israel. Jesus, de fato, tinha clareza que a sua solidariedade e compaixão devia ser dirigida quase que exclusivamente aos pobres, doentes, e rejeitados do ‘seu povo’, e não de outros povos. Afinal, ele alimentava o antigo sonho comum de que os povos estrangeiros e pagãos iriam aderir e sentar ao mesmo banquete com Israel após verem a sua conversão. A mudança de vida de Israel iria produzir nos demais povos a vontade-desejo de ser como Israel. E, quase que de forma natural, iriam se juntar a ele. Sentar à mesma mesa. E construir juntos uma nova humanidade.


É a história de uma Cananéia que interfere e força Jesus a rever o seu plano. É a história de ‘tantos/as pessoas’ que com os seus gritos de socorro, questionam a legitimidade da missão de Jesus e de quantos acham que tem um plano claro e definido. Que nos forçam a ampliar a nossa visão. A rever planos racionais ou convenientes aos nossos interesses. Para que nosso poder de humanizar pessoas e realidades não seja dirigido a um único grupo. Para que ninguém defenda monopólios na hora de manifestar compaixão. As ‘ovelhas perdidas da casa de Israel’ deixam de ser um público-alvo restrito e limitado a um território e passam a incorporar também todos ‘os cachorros’ pagãos a quem lhes é negado o pão da compaixão, da acolhida, da defesa da sua integridade.


sábado, 6 de agosto de 2011

SEGURA NA MÃO DE DEUS! (Mt. 14,22-32)




Mesmo fazendo experiências fortes de compaixão e de fraternidade, não significa que estamos habilitados a enfrentarmos tudo o que a vida nos reserva de desafiador. Certamente, acumular experiências positivas nos proporciona energia e luz. Elementos essenciais para enfrentar as futuras e inevitáveis formas de falta de compaixão, e os infindáveis gestos de egoísmo que o ser humano produz. A cada dia, porém, precisamos vigiar para não cair nas mesmas armadilhas. Precisamos re-começar e re-direcionar mente e esforços para não cairmos naquilo que condenamos. Para continuar a reproduzir e multiplicar compaixão e fraternidade em todos os contextos. Principalmente, agora, em que mais de 30.000 crianças morreram de fome, na Somália, nesses meses. Onde instituições e pessoas especulam e desperdiçam dinheiro e comida gerando uma das piores crises econômicas. Talvez a expressão mais vergonhosa da indiferença, da ambição, da inconsciência dos descendentes do ‘homo sapiens-sapiens’.


Mateus no evangelho de hoje nos diz que Jesus ‘obriga’ os seus discípulos a atravessarem o lago e irem ao outro lado. O lado dos pagãos. Dos ‘estrangeiros’. O lado das incógnitas. Das inseguranças. Quase a nos dizer que os da ‘outra margem’ devem fazer a experiência que eles mesmos fizeram: ‘multiplicar pão e compaixão’. Como um verdadeiro mestre que não se substitui aos seus ‘alunos’, os manda sozinhos. Eles devem encontrar coragem e força para tomar essa decisão. Para fazer essa travessia. Para provar para si mesmos que estão prontos para uma nova missão. Jesus permanece no mesmo lado onde se encontrava, numa montanha, rezando. Quase a pedir que os seus discípulos não desistam e que tenham força e ousadia de ‘fazer a travessia’ até o final. O tempo parece não passar. Chega a noite, e o barco continua ainda no meio do lago. Afastado da terra firme de onde saiu. Afastado, principalmente, do lugar onde Jesus se encontrava pouco tempo antes. Como se não bastasse a escuridão da noite chegam também as ondas impetuosas do lago-mar por causa dos ventos contrários. Todas as forças da natureza e todas as contrariedades da vida parecem agredir aquele barco e os seus viajantes/tripulantes: a ausência de Jesus, as trevas, o medo e a insegurança, a lenta e tumultuada travessia que nunca termina. Uma clara metáfora da vida de todo ser humano. Mas, principalmente, daquelas pessoas que compreendem que é preciso fazer sempre novas travessias, e sem fugir dos seus desafios, das suas incertezas e contrariedades. Que devem ir rumo às suas sempre novas e desconhecidas margens. E com a sensação de que se sentirão sozinhos. Que não estarão avançando. De se sentirem tragados e afogados a todo instante.


É quando tudo parece piorar que Jesus re-aparece. E ele continua agindo na contramão de como agem ‘aqueles viajantes/tripulantes’. Jesus ‘desliza’ firme num mar revoltado e inseguro. O mar parece não assustá-lo ou ameaçá-lo. Ele caminha sereno e seguro, mesmo envolvidos pelas trevas da noite. Ele sabe, diferentemente dos seus discípulos, que a madrugada de um novo dia está a chegar. Que uma nova margem será alcançada. Que não será a última, e nem a definitiva. Os homens do barco ao verem tamanho autocontrole e domínio sobre o mar revoltado, - algo incomum para eles, - têm dificuldade de acreditar que ele seja um humano. Jesus se aproxima, mas permanece um fantasma. Alguém sem identidade. Uma espécie de alucinação, e não uma presença amiga confortante. Só na hora em que Jesus pronuncia ‘coragem, não tenham medo’, - e os viajantes sentem a firmeza da sua presença na escuridão e na tormenta, - é que Jesus é, finalmente, reconhecido. É como se Jesus, mestre de vida, não desistisse e continuasse a ensinar a aqueles ‘inexperientes alunos viajantes’ como superar mais um desafio da vida. Como ter mais coragem e força para enfrentarem outras novas travessias. A encararem outras noites. Outras tormentas. Talvez com menos medo e pavores. Talvez com um pouco mais de fé e coragem!