O prêmio Public Eye Awards elege, desde 2000, a “pior corporação do mundo”, e o parâmetro para que se alcance tal “honraria” é a “prática de negócios irresponsáveis”. Em 2014, a Fifa, entidade que rege o futebol, é a principal concorrente da eleição. Site da premiação avalia que a entidade, por meio da Copa, “contribui para a violação dos direitos humanos, assim como ao direito à moradia, direito de protestar e de trabalhar”.A indicação da Fifa foi feita pela Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop), formada pelos 12 comitês das cidades sede da Copa do Mundo de 2014.Na página que apresenta os candidatos, a Public Eye deu explicações sociais e políticas para a indicação da entidade do futebol. “A Copa do Mundo da Fifa contribui para a violação dos direitos humanos, assim como ao direito à moradia, direito de protestar e de trabalhar”. A votação vai até janeiro de 2013. A Fifa, em resposta ao portal Terra, se disse surpresa com a indicação e se isentou de culpa nos motivos apresentados pelo Public Eyes. “Em todo o tempo [a Fifa] sublinhou com as cidades sede e outras autoridades a importância de que as instalações e estádios construídos ou reformados fossem de acordo com o interesse local.” O Comitê Popular citou motivos semelhantes aos que fizeram a Fifa ser indicada a “pior corporação do mundo”. “Centenas de milhares de pessoas nas 12 cidades anfitriãs foram forçadas a deixar suas moradias, perdendo seus lares e subsistência. Além disso, a Fifa não tem nenhuma intenção de permitir que pequenas empresas e negócios familiares se beneficiem das oportunidades emergentes durante o torneio.” (Fonte: IHU)
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Francesco anula a distância entre 'os senhores do sagrado' e os homens e mulheres comuns! Assim, não dá!
Se depois das
primeiras declarações e posições, logo após a sua eleição, o papa Francisco
havia conquistado milhões de pessoas, agora com a Exortação Apostólica ‘Gaudium
Evangelii’ a aprovação e os consenso parecem ter aumentado exponencialmente.
Alguns falam no ‘fenômeno Bergoglio’. Outros apontam as primeiras medidas
administrativas como algo inédito. Segundo isso o papa Francisco teria feito em
seis meses o que outros papas não conseguiram fazer ao longo de 50 anos! Acredito
que católicos e não, já vinham aguardando com temor e trepidação que, enfim, um
papa começasse a falar a sua linguagem. Que fosse uma pessoa que mesmo tendo
opções, doutrinas e posturas próprias conseguisse falar ao coração dos humanos.
Havia um claro vácuo de presença pastoral dos papas no cotidiano das pessoas e
um excesso de presença midiática e teatralização. Enfim, parece ter chegado um
homem de bom senso com o qual a pessoa mais simples do povo pode se
identificar. Não um que fala ‘desde o trono’ como príncipe dono da verdade, nem
como estrela, mas como pastor. Até aqui podemos concordar. Ocorre, todavia, que
a doce andorinha, sozinha, não faz verão. Não é suficiente que o ‘iluminado’
determine para que as coisas aconteçam. É preciso comunhão de intentos e
metodologias. O papa Francesco é sim ‘idolatrado’ por muitos, mas em alguns
setores da Cúria Romana, - ainda viva e atuante, - ele é boicotado. Não somente
dentro dela. Há bispos e padres que o desprezam, literalmente. Ele estaria
quebrando, ou tentando quebrar, o arcabouço simbólico que foi construído ao
longo dos séculos e que segundo eles encontra respaldo bíblico-teológico.
Estaria trazendo para a normalidade da humanidade o que deveria estar permanentemente
envolvido pelo mistério do sagrado. Francesco estaria tirando a distância
(distanciamento) entre o homem comum e o seu mediador junto do sagrado, o corpo
sacerdotal e episcopal. O primeiro, indigno, pecador e imperfeito, o segundo,
ao contrário, 'digno, santo e escolhido' por Deus para mediar e representar o
primeiro. Nivelar e anular a distância entre os dois é o pior atentado que pode
ser cometido por um papa, ‘chefe da igreja’. Aqui não se trata de dar vida a
medidas mais ou menos reformistas, aqui está em jogo a essência da identidade
dos ‘senhores do sagrado’ que vêem nesse papa, embora não o gritem, que ele não
pode ser seguido.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
COPA 2014 - Odebrecht campeão de desleixo e acidentes no trabalho e Brasil campeão de gastos!
Uma estrutura metálica desabou no começo da tarde desta quarta-feira (27), nas obras do Itaquerão, zona leste de São Paulo, matando dois funcionários, o motorista e operador Fábio Luiz Pereira e o montador Ronaldo Oliveira dos Santos. A Odebrecht é responsável pela obra. Outros dois acidentes fatais, envolvendo obras dos estádios, já haviam sido registrados. Em junho do ano passado, um trabalhador despencou de uma altura de 30 metros, em Brasília, durante a construção do Mané Garrincha. Em março deste ano, outro caiu de uma altura de cerca de cinco metros, na Arena Amazônia, em Manaus. Não bastassem as tragédias humanas, o país também apresenta um desempenho questionável no que diz respeito aos gastos para garantir a infraestrutura para a Copa. A metade deles já foi entregue e o restante está perto de cumprir o cronograma estabelecido pela Fifa. Mas, na análise sobre os gastos para construí-los ou reformá-los, o Brasil já bateu a soma do que a África do Sul e a Alemanha desembolsaram para os dois últimos Mundiais. O valor gasto para reforma ou construção dos 12 estádios chega a 8 bilhões de reais (3,4 bilhões de dólares). A previsão brasileira era de que os gastos com estádios somassem cerca de 5,4 bilhões de reais (2,35 bilhões de dólares). Em junho, a população brasileira expressou sua indignação com os gastos exorbitantes com o Mundial durante as manifestações, que levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas. Nos cartazes se lia “Não queremos estádios - Queremos escolas e hospitais” e “Queremos escolas e hospitais no padrão Fifa”.
A Odebrecht parece se destacar como campeã em acidentes de trabalho e em péssima qualidade das suas execuções de obras. Em 2007 era responsável pelo Consórcio Linha Amarela, que construía a Linha 4 do Metrô de São Paulo. No dia 12 de janeiro, um desabamento nas obras da Estação Pinheiros, por volta das 15 horas, culminou em um enorme buraco que “engoliu” dois caminhões, resultando na morte de 7 pessoas. No ano de 2008, a Odebrecht foi expulsa do Equador pelo presidente Rafael Correa. Um ano antes, com financiamento do BNDES, a construtora entregou a Hidrelétrica de San Francisco, na província amazônica de Pastaza. À época, o governo equatoriano classificou a obra como um “desleixo” da construtora brasileira. Outros acidentes fatais ocorreram na prestação serviço para VALE, no Maranhão.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Angola temendo extremismo proíbe o Islã no País, e manda fechar as mesquitas
As autoridades de Angola “proibiram” o Islã e começaram a fechar mesquitas em um esforço de frear a propagação do extremismo muçulmano, informam meios de comunicação africanos. Desta maneira, Angola converte-se no primeiro país do mundo a proibir esta religião. De acordo com o jornal marroquino La Noubelle Tribune, que cita a ministra angolana da Cultura, Rosa Cruz e Silva, “o processo de legalização do Islã não foi aprovado pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos angolano e, portanto, as mesquitas em todo o país serão fechadas e demolidas”. Além disso, o país sul-africano, de maioria cristã, decidiu proibir dezenas de outras religiões e seitas que, segundo o Governo, atentam contra a cultura do país. A comunidade muçulmana de Angola, minoritária entre a população, acusa o Governo de liderar uma perseguição contra o Islã. Na segunda-feira, meios de comunicação do Marrocos e de Angola denunciaram a ilegalização do Islã em Angola, com o fechamento de mais de 60 mesquitas e a destruição de outras por terem sido construídas sem licença, segundo o Governo de José Eduardo dos Santos.
(Fonte: IHU)
O drama dos jovens infratores que se tornam bandidos irrecuperáveis graças à 'desumanização' do estado!
‘O que pudemos averiguar é a ausência total de um plano pedagógico voltado à ressocialização desses adolescentes privados de liberdade. Um dado que chama a atenção é amplitude do uso de drogas como crack e cocaína entre os adolescentes condenados ao cumprimento de medidas de internação e semiliberdade. A média nacional de usuários de drogas como maconha, crack e cocaína nessas unidades supera os 74%. Na região Centro-Oeste, chega a 80%. É um dado assustador. E o que mais nos preocupa, além da ausência de um projeto pedagógico para esses adolescentes, que seria primordial para a ressocialização, é a falta de acesso desses jovens a um tratamento para essa dependência química’. Essa é uma das declarações da juíza Marina Gurgel, que atua na área de infância e juventude do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao fazer uma rápida radiografia do nosso sistema nacional de Execução de Medidas Socioeducativas.
E continua ’Outro aspecto que chama a atenção é a total falta de investimento dos governadores. E o que se nota são estruturas físicas absolutamente falhas, deficientes, sujas, inadequadas, ainda com característica prisional, como celas, e a falta de investimento contínuo na manutenção, na reforma e na estrutura física. A falta de investimento passa não apenas pela construção e reforma, mas também – e principalmente – pela falta de investimento nas equipes técnicas que deveriam dar esse suporte pedagógico para a ressocialização dos adolescentes. O adolescente que comete um delito e entra no sistema deve receber um tratamento que priorize sua reeducação e deve haver respeito à sua integridade física, mas casos de abuso sexual e mortes por homicídio foram registrados em dezenas de unidades. A falta de capacitação do que chamamos de agentes socioeducadores também é algo que chama a atenção. Muitas vezes esses abusos são praticados pelos próprios socioeducadores à revelia de uma fiscalização e de um processo disciplinar que venha a apurar esses fatos. Isso é algo muito grave porque, a partir do momento em que o adolescente está sob custódia, a responsabilidade por sua integridade física é do Estado. Então o Estado poderia ser responsabilizado por esses abusos. (Fonte: Ascom CNJ)
Comentário do blogueiro - Com certeza haverá quem diga que adolescente bandido tem que pagar e sofrer pelo que cometeu e não esperar que haja mordomias e privilégios nas nossas masmorras. Governadores que têm como única preocupação a sua re-eleição sabem disso, e não vão querer ir contra a 'vontade popular' gastando grana e recursos humanos....mesmo que depois tenham que investir um dinheiro monstro em medidas de segurança, polícia, para segurar 'esses adolescentes' revoltados pelo desumano tratamento que receberam nos seus espaços de 'ressocialização com medidas socieducativas'...Me poupe!
terça-feira, 26 de novembro de 2013
VALE condenada no MA a pagar multa de 18,9 milhões. Dá para confiar na VALE?
Uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) resultou na condenação da mineradora Vale em R$ 18,9 milhões por dano moral coletivo. A empresa desrespeitou diversas normas de meio ambiente e segurança do trabalho, o que culminou com a morte de cinco funcionários na capital maranhense.O valor do dano moral coletivo corresponde a 0,05% do lucro líquido obtido pela Vale em 2011 – R$ 37,8 bilhões. Além desse montante, a Vale poderá pagar multa diária de R$ 200 mil (até o limite de R$ 20 milhões), caso não cumpra 31 obrigações de fazer no prazo de 60 dias. A medida visa garantir a integridade física dos trabalhadores da mineradora e das prestadoras de serviços.“Essa condenação deve servir de caráter pedagógico para que outras empresas não negligenciem o cumprimento das normas. Algumas das irregularidades contribuíram para que ocorressem os acidentes fatais na área da Vale”, lembrou a procuradora-chefe do MPT-MA, Anya Gadelha Diógenes. No Maranhão, o MPT investiga a Vale desde 2007. Ao longo desse período, a instituição abriu seis inquéritos civis para apurar denúncias graves de negligência às normas de saúde, meio ambiente e segurança do trabalho.Um dos piores episódios protagonizados pela Vale ocorreu em abril de 2010, quando sete trabalhadores que prestavam serviço no Píer 3 do terminal portuário da Ponta da Madeira, em São Luís, foram atingidos por uma calha do transportador de minério. Dois deles morreram por esmagamento craniano e asfixia (Hercules Nogueria da Cruz e Ronilson da Silva) e os outros cinco sofreram lesões. A sentença foi assinada pelo juiz da 7ª Vara do Trabalho de São Luís, Francisco Tarcísio Almeida de Araújo.Da decisão, cabe recurso. ( Fonte: Justiça nos Trilhos)
Francesco lança a ' Alegria do Evangelho' e diz que prefere uma igreja suja porque veio das ruas a uma igreja confinada e agarrada à sua segurança
O papa Francisco defendeu a reforma da Igreja Católica e a inclusão de iniciativas que diminuam a riqueza e a hierarquia do Vaticano, em sua primeira exortação apostólica, divulgada pelo Vaticano nesta terça-feira. No texto, o pontífice ainda defende a posição contra o aborto e critica a "tirania" do capitalismo. Chamada de "Evangelii Gaudium" ("A Alegria do Evangelho"), a exortação apostólica divulgada nesta terça é o primeiro documento papal inteiramente escrito por Francisco. O texto usa um estilo próximo à pregação, no que difere da escrita acadêmica de seu antecessor, o papa emérito Bento 16. Francisco convidou o clero a fazer uma reforma profunda das instituições eclesiásticas, de modo que a Igreja "se torne mais fiel ao sentido que Jesus Cristo quis dar-lhe e às necessidades atuais da evangelização". Ele disse estar aberto a sugestões de reforma para o que chamou de "conversão pastoral".
"Prefiro uma Igreja Católica arranhada, ferida e suja porque veio das ruas que uma instituição doente por estar confinada e agarrada à sua própria segurança", disse, criticando ainda a insistência de sacerdotes em expor as doutrinas e a centralização do Vaticano que, para ele, atrapalha o trabalho missionário. Ele também defendeu o uso de formas novas para o ensino do Evangelho, usando "novos caminhos e métodos criativos". "Não devemos encerrar Jesus nos nossos esquemas chatos porque um anúncio renovado oferece aos crentes, aos mornos e aos não praticantes, uma nova alegria na fé e uma fecundidade evangelizadora." Francisco defendeu as reformas como uma forma de aumentar a ação eclesiástica para diminuir a exclusão social e a desigualdade. Para o pontífice, ambas situações geram violência no mundo e podem provocar uma explosão. "Até que não se revertam a exclusão e a iniquidade dentro de uma sociedade e entre os distintos povos será impossível erradicar a violência." Nesse sentido, atacou o sistema capitalista, ao qual chamou de "nova tirania" e pediu aos líderes globais que lutem para diminuir a pobreza, a desigualdade social e as diferenças de desenvolvimento entre os países. Ele ainda pediu aos países muçulmanos que permitam o cristianismo, assim como recomendou aos católicos que tratem com respeito os islâmicos. O pontífice também defendeu o crescimento do diálogo com judeus, agnósticos e ateus.(Fonte: O Valor)
Dá para confiar na VALE?
Roger Agnelli exerceu o mais longo mandato em toda a história de 60 anos da antiga Companhia Vale do Rio Doce. Nos seus 11 anos como presidente, a Vale inchou. Mas é sintomático da precariedade do capitalismo nacional, que quase sempre anda com muletas estatais e esconde sua verdadeira situação da opinião pública. Coerente com essa tradição, a atual direção da Vale procura convencer a sociedade de que a redução de tamanho é planejada e está sendo realizada sem açodamento. Essa gravidade é onerada pela implantação do maior projeto da história da mineração mundial, em Serra Sul, no Pará, para a duplicação da produção de minério de ferro em Carajás, no valor de US$ 20 bilhões. O enxugamento do seu conjunto de atividades a levará a se concentrar ainda mais em minério de ferro, o que significa maior dependência de um único cliente. A China responde por 40% da receita operacional da companhia (e especificamente por 60% do minério que sai de Carajás, o melhor do mundo). Apesar da dependência, a Vale acredita que a qualidade do minério de Carajás, sem concorrente no mercado, será fundamental para proteger a companhia das ondas que se avizinham. Para se assegurar o acesso a essa fonte diferenciada de matéria prima, a China estaria disposta a praticar preços melhores do que os que se permite a pagar a outros vendedores. O presidente da Vale, Murilo Ferreira, anunciou a intenção de passar em frente oito empreendimentos da companhia até o final do próximo ano. O alvo são as produções de alumínio, bauxita e cobre. Todo o polo de alumínio e alumina foi desnacionalizado de vez, por um golpe de mão da Vale. A desnacionalização se estenderá a uma das maiores produtoras mundiais de bauxita. No caso do transporte do minério, o ziguezague adotado pela Vale nos últimos anos tem sido um desastre para o Brasil. Quando já era a maior empresa do mundo em transporte de minério, a Docenave foi sabotada internamente e desapareceu. Recentemente a Vale decidiu reequipar a Docenave. Mandou construir – na Coréia e na China – a maior de todas as frotas de graneleiros de grande tonelagem, de 400 mil toneladas. As encomendas ainda não haviam sido integralmente entregues e tudo mudou de novo, em função do poder chinês.
Por pressão dos seus armadores, a China decidiu impedir que os supernavios atracassem nos seus portos, alegando preocupações com a segurança. A Vale passou então a contratar armadores chineses para as operações dos seus navios no país, depois de ter tentado inicialmente se manter à frente do serviço. Seria a forma de forçar a entrada dos navios no país, mas o contrato não prevê essa condição. A exigência em vigor, proibindo a entrada de navios acima de 350 mil toneladas. poderá ser atenuada ou mantida mesmo com um armador chinês à frente dos negócios.O golpe foi suficiente para que a Vale reformulasse seu plano de voltar a ter frota integralmente própria. Agora a companhia está atrás de uma composição mista para a sua ainda enorme frota de 35 navios. Se puder, passará em frente todos eles. Mas o que significaria para o Brasil perder completamente o controle sobre fretes que podem ser ainda mais rentáveis do que a própria venda do minério? O Brasil, que avançou na industrialização do minério, marcará passo ou regredirá para atender as conveniências dos grandes compradores, em particular, dos chineses. A pretexto de incrementar o comércio exterior, estagnará na venda de commodities. Imagina que, apesar de tudo isso, contará com uma forte empresa nacional na qual poderá se sustentar. Mas a multinacional Vale é mesmo uma empresa nacional? (Fonte: re-elaboração do Artigo de Lúcio Flávio Pinto)
Sua majestade Joaquim Barbosa: 'dois pesos, duas medidas'!
Uma
decisão de Sua Majestade, a Rainha de Copas do Supremo Tribunal Federal, que
responde pela alcunha de Joaquim Barbosa, acaba de criar um grave problema. Ao
fazer a troca do juiz que cuidava da execução penal dos condenados da AP 470,
em busca de alguém "mais duro", Barbosa tropeçou na Caixa de Pandora
do mensalão do DEM. Ao escolher um juiz para
chamar de seu, optou, por acaso, por alguém que é filho de um alto
dirigente do PSDB-DF. Pior: o pai desse juiz foi secretário do governo de José
Roberto Arruda, no Distrito Federal, e é considerado por muitos como o mais fiel
aliado do ex-governador após o escândalo que o derrubou. Arruda caiu flagrado
na operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que revelou o que se tornou
conhecido como o "mensalão do DEM". O contraste é gritante.
Arruda continua livre, leve e solto. Ficha limpa, ele pode inclusive concorrer
às eleições do ano que vem. Filiado ao Partido da República (de Waldemar Costa
Neto e Anthony Garotinho), Arruda conversa sobre alianças para 2014, no DF, com
o PSDB, o PPS e, como não poderia deixar de ser, o DEM. Detalhe: o
processo do mensalão do DEM foi desmembrado. O único que responde atualmente em
instância superior é um conselheiro do Tribunal de Contas do DF. Com isso, a
maioria dos denunciados, a começar por Arruda, responde a processo em primeira
instância, não recaindo na Lei da Ficha Limpa, que exige condenação pelo menos
em segunda instância. Nesse sentido, os quatro anos de impunidade
daquele que foi apontado como chefe do mensalão do DEM escracham o rigor
seletivo de Joaquim Barbosa e o caráter da AP 470 como julgamento de exceção.(Fonte Carta Maior)
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Dicas para 'potenciais estupradores'!
Na manhã de sábado 23 um estuprador atacou uma mulher em Blumenau, Santa Catarina, e a violência física foi tamanha que ela veio a falecer. Mais uma das sempre mais numerosas vítimas de estupro no nosso País. A polícia local, mais uma vez, deu orientações às potenciais vítimas, às mulheres, do tipo ‘busquem utilizar ruas e vias iluminadas e com movimentação de pessoas e evitem circular desacompanhadas em horários com menos movimento, como à noite e início da manhã. Se mora sozinha evita chegar sempre no mesmo horário do trabalho. Além disso, tente andar acompanhada. A presença de duas mulheres já inibe mais a ação’. Só faltava dizer que as mulheres ‘devem parar de se vestir como vadias’ como aconselhou o policial canadense Michael Sanguinetti às mulheres para se protegerem de estupros. Engraçado, ninguém oferece dicas e orientações para os potenciais estupradores para evitar que cometam tais crimes! Aqui vão, então, algumas dicas para eles: 1. Descubra dentro de si o pouco de humano que ainda tem, e controle o seu jeito animal fazendo muito esporte, lendo romances, passeando na praia, cultivando boas amizades 2. Não fique perdendo tempo assistindo filmes que banalizam o sexo 3. Evite tomar bebidas e/ou drogas, pois elas vão te dominar, e vão fazer emergir mais ainda a sua natureza animal. 4. Aprenda a respeitar todas as pessoas e a não mexer com elas sem a sua permissão. 5. Se você não foi educado para tanto, e agora acha que é tarde para mudar e não com segue se controlar...bom, poderemos conversar pessoalmente em outras circunstâncias para vermos qual poderá ser a melhor...terapia. Ah, esqueci outras dicas: 'utilize sempre ruas e vias bem iluminadas, com grande movimentação de pessoas, vá sempre sozinho, nunca siga qualquer tipo de mulher, saia sempre ao meio dia e de tarde, nunca à noite e se recolha cedo....'
Justiça paranaense condena ruralista por assassinato de 'sem terra'. Justiça lenta, mas vai!
Em julgamento histórico, júri popular condena o ruralista Marcos Prochet a 15 anos e nove meses de prisão por homicídio duplamente qualificado, por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ocultação da prática de outros crimes. O julgamento terminou por volta das 22h, com a presença de mais de 200 pessoas, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Curitiba/PR.A viúva o filho de Sebastião Camargo, assassinado há 15 anos, acompanharam todo o julgamento. Para Cesar Venture Camargo, filho da vítima, a decisão é uma resposta tardia: “Não vai trazer meu pai de volta, mas ele [Prochet] já vai pagar um pouco pelo que fez”. A família de Camargo está assentada em Ramilândia, região Oeste do Paraná.Passados 15 anos, dois extravios do processo e dois adiamentos de júri, a condenação de Marcos Prochet é um marco histórico na justiça paranaense. Em novembro de 2012, duas pessoas foram condenadas por participação no crime: Teissin Tina, ex-proprietário da fazenda Boa Sorte, onde o agricultor foi morto, foi condenado a seis anos de prisão por homicídio simples; e Osnir Sanches, condenado a 13 anos. No dia 04 de fevereiro deste ano, o terceiro réu, Augusto Barbosa da Costa, acusado de homicídio doloso no envolvimento no caso, foi julgado e absolvido pelo júri. Sebastião Camargo foi morto durante um despejo ilegal na cidade de Marilena, Noroeste do estado, que envolveu cerca de 30 pistoleiros. Além do assassinato de Camargo, 17 pessoas, inclusive crianças, ficaram feridas.O crime compõe o cenário de grande violência no campo vivido no período do governo Jaime Lerner no Paraná, onde aproximadamente 16 trabalhadores sem terra foram assassinados.(Fonte: IHU)
Frei Beto ' PT cultivou projeto de poder e não civilizatório. A igreja do 'aleluia' esvaziou os templos e deu as costas para os pobres'!
“Os governos Lula e Dilma são os melhores da nossa história republicana, mas eu esperava muito mais. Lula teria condições, no primeiro ano de governo, com todo o apoio popular que recebeu, de ter feito uma reforma agrária. É uma demanda histórica, até hoje não cumprida. Ele especifica; "Nem a (reforma) agrária, nem a tributária, nem a política, nem a previdenciária, nem a de educação, nem a da saúde" e, apesar dos avanços, não houve a redução da desigualdade social. "Segundo o Ipea, dado de outubro de 2013, a desigualdade no Brasil entre os mais ricos e os mais pobres é de 175 vezes, e isso é escandaloso”, constata. Segundo ele, "o PT trocou um projeto de Brasil por um projeto de poder. Permanecer no poder passou a ser mais importante do que criar uma alternativa civilizatória para a nação Brasil". “Falando sobre as novas gerações Beto afirma:” Você vai querer que o adolescente se levante no ônibus para mulher idosa? Ele fica com o fone no ouvido e faz de conta que ela é invisível, ele nem a enxerga. Enquanto escola, Igreja e família querem formar cidadãos, a grande mídia e a publicidade querem formar consumistas. O sistema quer formar consumistas. Daí porque muitos jovens hoje estão fixados em quatro "valores": poder, dinheiro, beleza e fama. Quanto maior a ambição, maior o buraco no coração. E quanto maior o buraco no coração, maior o número de farmácias em cada esquina, para tentar cobrir a frustração. Estamos indo para a barbárie, se continuar predominando como paradigma dessa pós-modernidade incipiente a mercantilização de todas as dimensões da vida”. Sobre a Teologia da libertação e o esvaziamento dos templos, Frei Beto conclui “Quem está esvaziando a Igreja? A Teologia da Libertação ou essa Igreja espiritualista do ‘aleluia, aleluia’, que fica de frente para Deus e de costas para os pobres?” (Fonte: IHU)
Comentário do blogueiro: aprovo em número, gênero e grau.
sábado, 23 de novembro de 2013
Solenidade de Cristo Rei - Que REI é esse, afinal? (Lc. 23,35-43)
Frequentemente nos deparamos com atitudes e relações autoritárias e dominadoras. E a existência de um desejo mórbido de subjugar e controlar pessoas e situações. Embora não tenhamos o intuito de humilhar as pessoas, sentimos, às vezes, o inebriante prazer de ter o outro em nossas mãos. De ver que ele não consegue se mexer autonomamente sem ter que nos consultar em tudo. Servilismos de um lado e mandonismos do outro. A relação patrão-escravo, rei-súdito está posta e consolidada. Implode, assim, a relação humana que, ao contrário, deveria estar alicerçada na liberdade e no respeito. Esvaia-se o senso crítico capaz de identificar, numa relação, o que faz crescer e o que cria dependência doentia. No entanto, para quem nasce e é educado para dominar os outros esse problema não existe. Cresce com a consciência que faz parte da sua natureza exercer seu senhorio sobre os demais, para mandar e desmandar, para impor e controlar, para exigir obediência e reverência. Tudo isso com a condescendência do ‘dominado’ que acha que é correto. Os evangelhos sempre foram claros em nos informar que Jesus sempre rejeitou e fugiu de qualquer tentativa de fazê-lo rei. Afinal, Jesus só reconhecia como legítima a ‘realeza’ de Deus! É justamente aqui, nesse contexto, que Jesus quer nos dizer que tipo de senhorio é o de Deus.
A leitura evangélica de hoje nos faz mergulhar em uma aparente contradição. O ‘rei dos reis’, supostamente chamado a exercer poder e dominação como um ‘verdadeiro rei’, faz o mesmo fim que faziam os que não se conformavam com o poder dominador do imperador César. O evangelista Lucas não quer somente relatar uma crônica histórica, - pois, afinal, ninguém estava lá debaixo da cruz para ouvir e relatar a conversa de Jesus com outro crucificado, - mas o estilo de Jesus em exercer a sua verdadeira realeza, que seria a mesma exercida pelo próprio Deus se estivesse em seu lugar. Aponta para o verdadeiro modo de exercer um poder real, humano e compassivo. Um rei que em lugar de crucificar se deixa crucificar. Um rei com uma coroa, mas dos espinhos da tortura e das sevícias. Tendo como trono a mesma cruz de tantas vítimas da violência institucional. Em seus dedos não os anéis dourados dos monarcas, mas os pregos da humilhação. Não o desejo mórbido de manipular ‘o outro’, mas exercendo a compaixão de ‘igual para igual’ para com outro crucificado. Que REI é esse, afinal?
Francesco - 'Solidariedade para certas economias é palavrão'!
O Papa Francisco elogiou as empresas que durante a crise reduziram sua margem de lucro em benefício dos postos de trabalho e criticou as economias nas quais a palavra ‘solidariedade’ é quase um ‘palavrão’. Em vídeomensagem enviada ao III Festival da Doutrina Social da Igreja, celebrado até domingo em Verona (norte da Itália), o Pontífice apostou nas cooperativas como forma de gestão empresarial e advertiu que deixar de lado os jovens desempregados é “uma hipoteca para o futuro”. “A Doutrina Social não tolera que os benefícios sejam exclusivamente de quem produz; que a questão social seja delegada ao Estado ou às operações de assistência e voluntariado... É preciso coragem, decisão e a força da fé para estar dentro do mercado, mas colocando no centro a dignidade da pessoa e não o ídolo dinheiro. A solidariedade é uma palavra-chave na Doutrina Social da Igreja”, afirmou Francisco. O tema do Festival de Verona é “Menos desigualdades, mais diferenças” e evidencia a riqueza da pluralidade das pessoas como expressão de talentos pessoais, tomando distância da homologação que mortifica e cria desigualdade. (Fonte: Radio Vaticano)
'Porque no te callas, FHC'?
Não sei o que é pior no martírio de Genoíno: o silêncio de Lula ou a voz de Fernando Henrique. Se Lula acha que basta dizer, privadamente, que está com Genoino, comete um grande engano. Há situações que exigem bravura, e até o risco que a audácia traz sempre, e esta é uma delas. Não é um espetáculo edificante a falta de palavras de Lula, decerto. De certa forma, ela está no mesmo patamar das abjetas declarações de Fernando Henrique Cardoso sobre o deprimente espetáculo das prisões dos réus do Mensalão. A quem FHC pensa que engana com aquela conversa de virgem num lupanar? Apoiar a brutalidade de Joaquim Barbosa foi uma das coisas mais baixas que FHC fez em sua vida política. Octogenário, esperto, FHC não tem o direito de achar que alguém possa acreditar, como ele disse, que a Constituição foi defendida com as prisões. Ora, FHC comprou a Constituição em 1997 para poder se reeleger. Como contou à Folha na época um certo “Senhor X” – que até os mortos do cemitério de Brasília sabiam tratar-se do deputado Narciso Mendes, do Acre – sacolas com 200 mil reais (530 mil, em dinheiro de hoje) foram distribuídas a parlamentares para que a Constituição fosse alterada. Os detalhes oscilam entre a comédia e a tragédia, como contou Mendes. E sendo isso de conhecimento amplo, geral e irrestrito FHC defende, aspas, a Constituição que ele comprou há 16 anos? FHC, em nome sabe-se lá do que, se presta hoje a fazer o jogo de uma direita predadora que, à míngua histórica de votos, faz uso indecente de “campanhas contra a corrupção” para derrubar administrações populares.Sêneca, numa de suas passagens mais inspiradas, disse o seguinte: “Quando lembro de certas coisas que disse, tenho inveja dos mudos”.É uma passagem que se aplica perfeitamente a FHC.(Fonte: Carta Maior - Paulo Nogueira)
Impeachment contra Joaquim Barbosa, já!
Os fatos sustentam, em abundância, o forte conteúdo político da decisão no processo do mensalão. .Joaquim Barbosa, presidente do STF, acredita ter criado uma “nova ordem” ou reconstruído a República. Para tanto usou a simbologia de 15 de Novembro e não se importou em expedir ordem de prisão de condenados selecionados pelo critério dele.Borrou a data com atos de discutível legalidade e indiscutível demagogia.Para fazer um julgamento fora das regras, ele não titubeou em demolir alguns pilares da Justiça. Embora tenha usado mão pesada nas penas aplicadas, Mello criticou os procedimentos de execução da pena: “Eu até hoje não entendo por que eles vieram para cá, para Brasília”.Pergunte ao Joaquim, ministro.O nome dele vai entrar para a história pela forma como comandou o julgamento do princípio ao fim. Atitudes e decisões dele invocam a frase “O Supremo sou eu”. Barbosa não diz assim, mas pensa assim.Barbosa criou um problema insanável, ao desprezar as regras determinadas na Carta Magna. O artigo 5º, dos Direitos e Garantias Fundamentais, inciso LVII, diz: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.JB não aguardou a tramitação. Assim, o julgamento ganhou ainda mais a dimensão de um linchamento sem sangue.Nesse capítulo, a mídia merece um destaque, a começar pela própria TV Justiça. Coube a ela a transmissão na íntegra dos debates no plenário do STF. Afora órgãos do jornalismo impresso e as tevês comerciais, ampliaram a dimensão do julgamento e deformaram o objetivo da transmissão: a publicidade, usada para proteger réus, serviu à curiosidade mórbida do telespectador.Linchamento semelhante, promovido pela mídia, provocou reações da Justiça. Nos Estados Unidos, não aqui.(Fonte: Carta Capital)
'Eu digo o que quiser' (Joaquim Barbosa)
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Dilma pode liberar muita grana para 'acalmar' -indenizar fazendeiros que invadiram terras indígenas. Tudo em nome da conciliação
"A presidente Dilma Rousseff, na semana passada, nos
autorizou a dialogar com o Ministério do Planejamento com o objetivo de criar
um programa de mediação de conflitos de terras indígenas com aporte de recursos
orçamentários", afirmou Cardozo, durante audiência pública da
Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. O ministro explicou que os recursos poderão ser usados de duas formas. A
primeira, que também é uma reivindicação dos ruralistas, é a possibilidade de o
governo pagar pelas terras. Atualmente, quando a área é considerada indígena,
os fazendeiros são expropriados e só recebem indenização pelas benfeitorias,
não pelo terreno. A outra maneira é a União comprar terras para criar reservas
indígenas. Ainda não há estimativa de quanto será aplicado no programa. O
dinheiro será utilizado de acordo com o que apontarem as "mesas de
diálogo" de cada Estado, formadas por representantes de índios, de
produtores e dos governos estaduais e federal. Esses grupos já foram
constituídos no Mato Grosso do Sul, para solucionar o caso da Fazenda Buriti, na Bahia e no Rio Grande do Sul.
"Se a mediação indicar que o melhor caminho é uma indenização para os
proprietários, poderemos, desde que exista concordância com o Ministério
Público, com o juiz e lideranças dos dois lados, ensejar uma forma de o Estado
receber os recursos para poder pagar a indenização. Em outros casos, poderemos
utilizar esses recursos para aquisição de terras para criar reservas
indígenas", disse Cardozo. Enquanto o programa tem o objetivo de
solucionar os atuais conflitos, a portaria que regulamenta a demarcação de
terras indígenas é uma estratégia do governo para minimizar os confrontos em
relação a novos processos. A minuta será encaminhada na próxima semana a
parlamentares e lideranças indígenas e dos produtores, para serem colhidas
sugestões. Cardozo afirmou que é necessário ‘criar instâncias de
conciliação, instâncias de revisão que possam evitar a litigiosidade que hoje existe
no processo de demarcação’.(Fonte: O Valor)
Comentário do blogueiro - 'Eu invado, eu ocupo o que não é meu. Sei que não é, mas tento. Fico lá vários anos e exploro o que posso e o que não posso. Alguém me havia alertado, mas ignoro e faço voz grossa, afinal o mundo é dos 'ousados'! Lá pelas tantas os índios ao perceber que o governo nada faz - afinal é terra da União, - começam a reivindicar e a ocupar a 'minha terra' . Aí eu fico p.......e contrato 'guardas e vigias', pois não posso permitir que invadam a 'MINHA PROPRIEDADE'! Obrigado Dilma que você está entendendo o meu-nosso drama, de nós verdadeiros produtores desse Brasil.'
Francesco diz que oração desarma a insipiência e cria diálogo onde há conflito
O Papa Francisco recebeu em audiência nesta quinta-feira, na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes da Plenária da Congregação para as Igrejas Orientais. A assembleia teve início nesta terça-feira. O Santo Padre ouviu e agradeceu a saudação do Prefeito desse organismo vaticano e abriu a sua intervenção dizendo que "O Bispo de Roma não terá paz enquanto houver homens e mulheres, de qualquer religião, atingidos em sua dignidade, que não possuem o necessário para a sobrevivência, sem futuro, obrigados a condições de refugiados e deslocados. Hoje, junto com os Pastores das Igrejas do Oriente, fazemos um apelo para que seja respeitado o direito de todos a uma vida digna e a professar livremente sua fé. Não nos resignamos a pensar o Oriente Médio sem os cristãos, que por dois mil anos confessam o nome de Jesus, inseridos como cidadãos a pleno título na vida social, cultural e religiosa das nações às quais pertencem. Francesco pensou não somente nos cristãos, mas também em todos os povos do Oriente Médio que sofrem, em particular, os pequenos e vulneráveis. "Dirijo-me a toda a Igreja para exortar à oração, que sabe obter do coração misericordioso de Deus a reconciliação e a paz. A oração desarma a insipiência e cria diálogo onde há conflito. Se for sincera e perseverante, tornará a nossa voz suave e firme, capaz de ser ouvida até mesmo pelos líderes das nações".
Brasil sem rumo? Avanço do obscurantismo e da perda da generosidade. Um artigo de Luis Nassif
O Brasil atravessa um momento complicado, de perda de rumo. Nos últimos anos, a orquestração da opinião pública dependeu de dois discursos polarizadores: o da presidência da República e o da chamada velha mídia (os quatro grupos jornalísticos do eixo Rio-São Paulo que dominaram o mercado de opinião nas últimas décadas, assumindo o papel da oposição).Essa orquestração se dava em cima de uma partitura de fácil assimilação: a luta do “bem” contra o “mal”. Do lado da mídia, o "mal" era representado por um governo que ameaçava o país com o "chavismo", o "castrismo", o "bolivarianismo" e outros mitos da guerra fria. Do lado do governo e do PT, um país ameaçado pelo que ficou batizado como o PIG (Partido da Mídia Golpista), com pitadas conspiratórias de forças externas. Aí ocorre a implosão dos sistemas de controle no mercado de opinião e no Parlamento. No mercado de opinião, devido à explosão das redes sociais; no Parlamento, devido à falta de coordenação política e à formação de maioria a qualquer preço. Hoje em dia, os sinais da falta de rumo estão em todos os pontos. No governo Dilma Rousseff, a não ser a bandeira das políticas sociais, não se percebe um rumo político, não apenas nas políticas econômicas erráticas, mas em relação a temas políticos, morais, a políticas de direitos humanos contemporâneas. O senso de sobrevivência política se sobrepôs a qualquer princípio político. Na oposição midiática, não se vislumbra o mais leve sinal de propostas alternativas, apenas a crítica destemperada, radical, caricata de uma legião de Beatos Salú prevendo o fim do mundo e o extermínio do mal e o fim das políticas sociais.
O resultado é o advento de propostas obscurantistas de todos os naipes. O Senado está a ponto de comprometer quinze anos de batalhas pela educação inclusiva. Basta uma manifestação ruidosa de defesa dos animais, para o Congresso colocar em risco todas as pesquisas de vacinas do país, anunciando a votação, em regime de urgência, de lei que proíbe testes clínicos em animais. Na Comissão de Direitos Humanos, um pastor homofóbico conduz os trabalhos e os mais ruidosos homofóbicos – como esse inacreditável Silas Malafaia – são disputados por políticos de todos os partidos. Por modismo, ganha força um movimento ambientalista contra qualquer forma de exploração racional de energia na Amazônia. Na disputa partidária, há uma ausência de grandeza, de generosidade, que transformou a disputa política em uma arena de gladiadores sem escrúpulos. Vendo Fernando Henrique Cardoso celebrar a desgraça dos adversários, à luz do calvário de José Genoíno, veio-me à memória Mário Covas. Se vivo fosse, provavelmente Covas sairia de São Paulo, iria até Brasília e, desavenças políticas à parte, levaria seu abraço a Genoíno. E todo militante tucano estufaria o peito, de orgulho do seu líder, como os petistas, quando Lula abraçou FHC no velório de dona Ruth. É uma fase de transição. O país não é mesquinho como parece ter se tornado nos últimos tempos. É questão de tempo para que novos ventos surjam trazendo de volta o discurso da mudança, da solidariedade e da pacificação nacional.(Fonte: Blog de Luis Nassif)
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Joaquim, assim não dá! Justiça sim, vingança e truculência, não!
Ontem foi dia da consciência negra, mas como abuso não tem cor e sempre deve acarretar punição o CNJ entrou com uma representação contra o ilustríssimo presidente do CNJ e STF, Joaquim Barbosa. Sinteticamente a representação diz que ‘a ordem para prender os envolvidos no escândalo do mensalão foi expedida mediante Mandado e não mediante Carta de Sentença como determina expressamente a Resolução nº 113/2010 do CNJ . Não só isto, a ordem de prisão expedida para José Dirceu e José Genuíno em regime fechadoé ilegal, pois da condenação consta que ambos teriam direito ao regime semi-aberto. A Comissão de Direitos Humanos da OAB desautorizou expressamente a conduta do representado. Por fim, também se tornou notório o fato de que o representado mandou prender alguns dos réus do Mensalão deixando em liberdade co-réus que foram igualmente condenados no mesmo processo. Esta distinção de tratamento não se justifica, pois o Estado é obrigado a tratar todos os réus da mesma maneira e com o mesmo rigor. Como presidente do CNJ, o representado deveria cumprir fielmente as Resoluções de órgão. Só assim e pelo bom exemplo, o representado inspiraria os demais Juízes a cumprirem as mesmas. Não foi o que ocorreu no presente caso. Em razão da notória violação da Resolução 113/2010 do CNJ pelo representado, doravante todos os Juízes se sentirão a vontade para ignorar os atos administrativos e normativos expedidos pelo órgão, com grave prejuízo para a administração da Justiça e execução das sentenças criminais....A conduta do representado pode ser considerada indigna do cargo que ele ocupa. Afinal, ele deveria agir como um guardião da CF/88 e a desrespeitou-a acintosamente...Por fim, a transferência imediata dos presos para Brasília também não se justificava. A pena deve ser cumprida no local onde residem os réus. A ordem espetaculosa e ilegal proferida pelo representado, que foi provavelmente inspirada no seu desejo pessoal de glória e visibilidade midiática, gerou despesa pública desnecessária. Portanto, o representado deve devolver a quantia correspondente aos cofres públicos.
Face ao exposto, requer o processamento da presente representação, a qual deverá ser julgada PROCEDENTE, impondo-se ao representado a pena de advertência e obrigando-o a devolver aos cofres públicos a quantia que fez o Estado gastar desnecessariamente.’(Fonte: Blog do Luis Nassif)
A 'senzala mundial' abriga ainda muitos escravos negros!
A Mauritânia ocupa o primeiro lugar do ranking de escravidão global, que analisou 162 países e leva em consideração o casamento infantil e os níveis de tráfico humano. Haiti, Paquistão e Índia vêm em seguida. No Brasil, 125 anos após a abolição da escravatura, milhares de pessoas ainda são submetidas a trabalhos em situação degradante. No entanto, há avanço na erradicação da prática. A primeira política de contenção do trabalho escravo é de 1995 e, de lá para cá, 45 mil pessoas foram libertadas de locais onde havia exploração desumana da mão de obra. Tramita no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional para endurecer a lei. É a PEC do Trabalho Escravo e prevê o confisco de imóveis em que o trabalho escravo for encontrado e sua destinação para reforma agrária ou para o uso habitacional urbano. Lucrativa, a escravidão moderna movimenta mais de US$ 32 bilhões, segundo a Organização Internacional do Trabalho. Estimativas da OIT também apontam que há 5,5 milhões de crianças escravas no mundo.
Consciência negra - depois de mais um século de 'liberdade' a 'senzala' e a perseguição aos direitos d@s negr@s se alastra no país!
Ontem, dia 20 de novembro comemorou-se o Dia da Consciência Negra. Este ano o assunto tomou destaque por várias câmaras municipais terem votado a sua oficialização como feriado e ter sido anulado, tal como em Curitiba, com o TJ-PR derrubando a lei por pressão da Associação Comercial do Paraná (ACP), que alegou perda de lucros, se houvesse tal feriado. Já se passaram 125 anos da abolição da escravatura, mas a sociedade brasileira ainda sofre com imensos resquícios de uma sociedade onde o negro é excluído e ainda mais explorado, com os reflexos em números de homicídios, salários e de educação formal.
Violência - Segundo o Mapa da Violência 2012, no ano de 2010, a quantidade de pessoas negras vítimas de homicídios foi de 71,1% do total, enquanto que o de brancas foi de 28,5%. Mas o que mais impressiona é o seu crescimento. De 2002 a 2010, os homicídios na população branca caíram 25,5%, enquanto que na população negra houve um crescimento de 35,3%. Se formos para a população jovem, esta proporção continua parecida. Enquanto que a juventude branca teve um decréscimo de 33% nos homicídios, a juventude negra sofreu um crescimento de 23,4%. Os estados, segundo o Mapa, onde apresentam maiores taxas de homicídios de negros, no Brasil, são Alagoas, Espírito Santo e Paraíba, respectivamente.
Os negros e os salários - Já neste ponto utilizarei os dados compilados no belo trabalho do DIEESE, lançado neste mês, chamado de “Os negros no mercado de trabalho” e que pode ser acessado em seu sítio. Segundo este estudo, enquanto que em 2012 os não negros tiveram uma taxa de desocupação de 9,2%, os negros tiveram 11,9%. Se fosse uma mulher negra a coisa estava ainda pior, pois a taxa subia para 14,1%. Mas o que mais impressiona não é a diferença de desocupação, e sim a diferença salarial. Os não negros tiveram, no biênio 2011-2012, uma diferença salarial enorme. O rendimento dos negros equivaleu a 63,89% dos não-negros, como pode ser visto na tabela abaixo. O mais assustador, nesta tabela, é que Salvador, uma das cidades com maior presença negra do país, é a que paga menos aos negros, relativamente aos brancos. O negro tem um rendimento de apenas 59,86% de um branco, na capital baiana!
Educação - Segundo dados da Pnad 2011, enquanto que 35,8% dos estudantes entre 18 e 24 anos negros estavam no nível superior, para os brancos este número quase que dobrava, indo para 65,7%. Já para o ensino fundamental a relação era contrária, 11,8% para a população de estudantes nesta faixa-etária negra, e 4,5% da branca, o que demonstra o atraso educacional imensamente maior para os negros, relativo aos brancos.(Fonte: IHU)
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Trabalho escravo - Mais uma grife famosa multada por praticar trabalho escravo!
A Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de R$ 1 milhão da M5 Têxtil, dona das grifes M.Officer e Carlos Miele. A decisão foi proferida em caráter liminar após pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT). Na quarta-feira (13), uma equipe de fiscalização com procuradores e auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) encontrou dois trabalhadores bolivianos produzindo peça da M.Officer em uma confecção no Bom Retiro, bairro da região central de São Paulo. Segundo Christiane Nogueira, procuradora do Trabalho presente na ação, os trabalhadores estavam em condição análoga à de escravo. Durante a fiscalização, a empresa não reconheceu a responsabilidade pelos trabalhadores e se negou a firmar acordo com o MPT. Os dois trabalhadores são casados e viviam com seus dois filhos no local de trabalho. A casa onde estava instalada a confecção não possuía condições de higiene e não tinha local para alimentação, o que fazia com que a família tivesse de comer sobre a cama. Os quatro tinham que dividir a cama de casal. Também contribuiu para as condições do local de trabalho as instalações elétricas irregulares, a inexistência de extintores de incêndio, apesar do manuseio de material inflamável sem a devida segurança e a falta de equipamentos de proteção individual. Além disso, os trabalhadores tinham que pagar todas as despesas da casa, como luz, água, produtos de limpeza e de higiene, o que ficou caracterizado pela fiscalização como um desconto no salário deles, que recebiam R$ 7,00 por peça produzida. Eles costuravam exclusivamente para a M.Officer há sete meses.(Fonte:IHU)
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Quilombolas e indígenas se reúnem e denunciam invasões e ataques de madeireiros,ruralistas e legisladores aos seus direitos e territórios
‘Nós, lideranças indígenas e quilombolas denunciamos as constantes invasões de madeireiros e os ataques de ruralistas, mineradoras, de forças armadas e do agronegócio que querem tomar e mercantilizar nossos territórios. Repudiamos a constante tentativa de cooptação de lideranças de nossos movimentos através de políticas compensatórias ilusórias e da sedução do dinheiro e do poder que dividem e trazem conflitos enfraquecendo a resistência. Denunciamos a tentativa de aprovação de leis que ameaçam retirar direitos historicamente conquistados. Mostra-se vil a união do governo e dos deputados com o aval do judiciário em prol de uma proposta de crescimento econômico à custa do sangue dos nossos povos, da vida dos nossos rios e das nossas matas’. Esta é um trecho da carta aberta dos Quilombolas e Indígenas do Maranhão, reunidos nos dias 12,13 e 14 de novembro de 2013 no I Encontro de Indígenas e Quilombolas do Maranhão, no Centro Diocesano de Mangabeira, município de Santa Helena, Diocese de Pinheiro – Maranhão. No encontro compartilharam a alegria de viver, denunciaram as injustiças e anunciaram um novo tempo de luta e resistência. Indígenas dos povos Krikati, Pykobjê – Gavião, Krenyê, Tenetehara/Guajajara, krepumkatjê, Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom) e comunidades quilombolas do Tocantins, Amapá, Rondônia, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais, juntamente com entidades de apoio à luta dos povos indígenas e quilombolas, chegaram à conclusão que o momento é de unir experiências e forças para denunciar as constantes violações dos direitos, perseguições às suas lideranças, a persistência do racismo e da discriminação ao seu jeito de viver, de sentir, de pensar, de se expressar. Trocaram experiências de resistência, compartilharam a sua dor pela constante discriminação que sofrem pela sociedade, pela violência e criminalização de seus movimentos e prosseguimento do genocídio de seus povos. Conheceram a forma de viver e de celebrar de cada povo; cantaram em sua própria língua a história de seus antepassados e por eles e por seus filhos e netos que virão, reafirmaram suas identidades. (Fonte: carta aberta dos quilombolas e indígenas)
Os arcaicos ruralistas escravocratas não se conformam e continuam atacando. Já a senadora Marina fala em 'agro-negócio' sustentável.....
O trator ruralista não cessa em sua voracidade de submeter tudo aos seus interesses e caprichos. Convictos de sua força política, a bancada do agrobusiness ataca em frentes que a rigor até então não se envolvia, como se observou faz poucos dias com a apresentação do Projeto de Lei 4.193, de 2012 que retoma a tese de que negociações podem prevalecer sobre legislação trabalhista. O projeto foi apresentado por Irajá Abreu (TO), ex-DEM e atual PSD, filho da senadora Kátia Abreu, presidenta da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e líder maior da bancada ruralista. Esse projeto, associado a outro, o Projeto de Lei 4.330, conhecido como projeto da terceirização indica uma ofensiva articulada entre a bancada do capital produtivo e a bancada ruralista. Os projetos se aprovados resultarão numa tremenda flexibilização das relações de trabalho num mercado já bastante precário. De todas as iniciativas mais recentes, a mais emblemática, entretanto, da ‘vanguarda do atraso’ em que se transformou a bancada ruralista é a tentativa de alterar o conceito de trabalho escravo. Os ruralistas nunca engoliram a aprovação da PEC 438 – conhecida como a PEC do Trabalho Escravo na Câmara dos Deputados e, agora, no Senado estão fazendo de tudo para deformá-la, descaracterizá-la e anular a essência do seu significado. O jornalista Leonardo Sakamoto, um especialista do tema, coordenador da ONG Repórter Brasil, sobre essa “queixa” dos ruralistas afirma: “Vira e mexe ouve-se o argumento de que fiscais do trabalho consideram como trabalho escravo a pequena distância entre beliches, a espessura de colchões, a falta de copos descartáveis. Cascata da grossa. Afinal de contas, qualquer fiscalização do governo é obrigada a aplicar multas por todos os problemas encontrados”. Para Sakamoto, está claro que os ruralistas “afirmam que não há clareza sobre o conceito de trabalho escravo, porque não concordam com o conceito de trabalho escravo”. Segundo ele, “não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas sim de dignidade. Todo ser humano nasce igual em direito à mesma dignidade.
Engana-se, porém quem pensa que escravidão seja coisa do interior, dos fundões da Amazônia ou de áreas isoladas. Ela acontece também em setores de ponta do capitalismo e nas grandes metrópoles. Recentemente a maior multa na história brasileira foi aplicada contra a construtora OAS em virtude das condições análogas às de escravidão encontradas entre os trabalhadores contratados para as obras de expansão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, município de Guarulhos. O trabalho escravo não é decorrência da maldade do coração humano, mas é decorrência de um cálculo econômico de cortar custos visando ao aumento da competitividade”. Outro fator que contribui para a escravidão na opinião de Sakamoto é a impunidade, “uma vez que há certeza de que as pessoas podem usar trabalho escravo e raramente irão para a cadeia”. Para completar o ciclo, “a pobreza, a falta de oportunidades, a má qualidade de vida faz com que as pessoas acabem caindo na rede de gatos, fazendeiros, empresários, que, no intuito de cortar custos, acabam utilizando essa forma de exploração”. O reconhecimento da Legislação brasileira contra a escravidão como uma das mais avançadas do mundo vem da Organização Internacional do Trabalho – OIT para quem “o Brasil é uma referência para a comunidade internacional no combate às formas contemporâneas de escravidão”. É essa legislação que os ruralistas querem suprimir.(Fonte: IHU)
sábado, 16 de novembro de 2013
É se mantendo firmes para não entrar na onda da 'velha era' que podemos construir agora um 'novo reino' de vida e de paz! (Lc. 21, 5-19)
Imaginemos por um instante de estarmos na mesma situação de milhares de famílias vítimas do furacão nas Filipinas. De passarmos por momentos de angústia, de medo, de impotência. De perdermos pais e alguns filhos, amigos, conhecidos. De assistirmos à destruição da nossa única e suada casinha, e não termos nenhuma informação se algum virá em nosso socorro. Como não imaginar que as catástrofes poderão nos atingir diretamente outras vezes, e ser um prelúdio de algo maior e mais terrificante? Como não imaginar nesses momentos de pavor, de fragilidade e de insegurança que o ‘fim estaria próximo’? Se de um lado nós humanos condicionados pelo medo ou pelo desconhecimento da realidade em que vivemos corremos o perigo de ver em certos sinais da natureza ou nos comportamentos humanos premonições assustadoras de destruição e morte, do outro lado possuímos também a capacidade de renascer, de re-construir, de alimentar sonhos, esperanças e expectativas de mudança profundas justamente nas crises mais avassaladoras. Afinal, a esperança se fortalece não quando tudo corre conforme as nossas expectativas, mas quando fazemos a experiência do desespero, do abandono, da morte. Quando tudo parece negar um futuro de paz e vida. Jesus no evangelho desse domingo procura interpretar os sentimentos, e dar orientações àquelas pessoas e povos que se encontram nas mesmas circunstâncias.
Essencialmente Ele nos diz que: 1. Nem tudo o que achamos estável, permanente, firme, o será para sempre. De pouco ajudaria a mentalidade segundo a qual a nossa situação pessoal ou de grupo, boa ou ruim que seja, o será para sempre. Vivemos na ‘impermanência’, na ‘instabilidade permanente’. Tudo pode ser mudado e transformado! 2. Haverá acontecimentos de grande envergadura, vaticinadores loquazes e grandes sinais contraditórios que poderão apontar para diferentes rumos, mas certamente não será o fim de tudo e de todos. Talvez seja o fim de uma era, de um ciclo, de uma mentalidade que criou dependência e sofrimentos. É preciso não se apavorar e nem ficar paralisados diante de tudo isso. Pode significar um novo início, bem diferente. Daí a necessidade de enxergar em muitas crises globais o momento propício para construir um novo jeito de sermos humanos! 3. O fim de uma velha era será acompanhado por perseguições e provações, calúnias e difamações, conflitos e disputas. Os que acreditam que uma nova era é possível, e que apostam muito mais na força do bem do que na arrogância e na truculência, necessariamente serão levados aos tribunais dos que continuam apostando na dominação do velho reino/regime, o mesmo que tem produzido morte e sofrimento até hoje. Aqueles discípulos quando fizerem a experiência de se sentirem sozinhos ou achar que só eles estão acreditando na possibilidade de construir o novo reino se sentirão confirmados interiormente pelo Espírito Daquele que pode criar com eles uma nova humanidade.
‘É permanecendo firmes e coerentes, se recusando a entrar na onda da ‘velha era’ produtora de morte, que poderemos construir e experimentar a nova vida!’ (v.19)
Francesco - Papa incomoda e pode correr risco de vida. Só faltava essa!
O Papa Francisco está sob ataque. São insistentes demais os seus discursos contra o sistema das propinas, da corrupção, do "pão sujo". Porque se trata de sistema, não de pecadores individuais. As palavras pacatas e por isso mais pesadas do procurador-adjunto de Reggio Calabria, Nicola Gratteri, são um sinal alarmante. O sistema da desonestidade está "nervoso" e não tolera uma estratégia papal de limpeza em 360 graus..A reviravolta iniciada por Francesco no papado toca interesses corpulentos, perturba entrelaçamentos de negócios desonestos entre máfias e setores clericais, irrita aproveitadores pequenos e grandes, provoca fortes resistências passivas. Existe uma colônia de vermes para se trazer à luz. As operações opacas da APSA, as centenas de posições fechadas no IOR das quais nada se sabe, freiras com 150 mil dólares em notas de cem, bispos (como o ex de Urbino, Dom Marinelli) que oficialmente ganham menos de 1.500 euros por mês e fazem transferências para parentes de mais de um milhão. E isso em um país onde certificou-se no tribunal que Berlusconi negociou com a máfia, e o ministro da Justiça, Cancellieri, considera que "não é justo, não é justo, não é justo" colocar na prisão aqueles que, como Ligresti, fraudaram e roubaram de poupadores e do fisco centenas de milhões. Sem falar dos milhões roubados da coletividade para "atividades políticas" que se revelaram avidamente privadas. Na colônia de vermes, Francisco está destinado – se insistir – a se tornar uma figura cada vez mais incômoda. Que deve ser freada e neutralizada. Os seus apelos tocam a consciência de todos. Seria importante ter uma responsabilização direta por parte do mundo católico nas suas articulações, para que se saiba quem está no lado de Francisco e com quais meios quer combater a sua batalha.
(Fonte: IHU)
Indígenas - Os 'patrões' dos indígenas do Maranhão estão enriquecendo graças à utilização dos seus cartões bancários!
Há vários anos espertinhos comerciantes e supostos amigos dos índios constroem verdadeiras fortunas com o dinheiro dos índios do Maranhão. São os chamados ‘patrões’ que seguram e administram os cartões bancários de aposentados, funcionários, beneficiados com o Bolsa-Família e outros, de centenas e centenas de famílias indígenas. Estamos falando de cerca de 5.000 cartões bancários que estão nas mãos de comerciantes e ‘amigos’ dos índios nas cidades de Grajaú, Amarante, Arame, Barra do Corda, Fernando Falcão e outros. É um tanto difícil compreender o porquê dessa prática que parece ter se tornado um traço estrutural da economia indígena desde que lhes foram entregues os mágicos cartões para sacar o seu próprio dinheiro. De um lado os índios parecem se sentir mais ‘seguros’ sabendo que alguém administra o seu cartão, a sua grana, pois não precisam andar com ela no bolso e podem se dirigir aos seus ‘administradores’ toda vez que precisarem. Mais que isso: os indígenas acham que ao acabar o dinheiro do mês os ‘patrões’ na sua infinita bondade lhes antecipam o do mês seguinte, o que para eles é um verdadeiro gesto de bondade. Do outro lado, esses patrões nunca oferecem um comprovante de quanta mercadoria foi entregue e quanto foi o seu valor para que os dois tenham uma noção dos reais gastos realizados. Diante de algumas tímidas observações por parte dos indígenas de que o dinheiro do mês teria se acabado cedo demais, os ‘patrões’ afirmam que tiveram que pagar juros e correção monetária. Só os patrões que possuem o real controle das despesas que, naturalmente, se aproveitam para aumentá-las exageradamente. Sem falar no ao de que os cartões são utilizados para pedir empréstimos sem que os indígenas tenham conhecimento. As poucas tentativas indígenas de se desvencilharem de tamanha dependência não deram em nada. Nem a argumentação de que no banco há funcionários de confiança que podem orientá-los para sacar o dinheiro tem trazido mudanças significativas. Nos poucos casos registrados em que os indígenas chegaram a fazer o cancelamento do seu cartão, todos eles voltaram a entregar o novo cartão aos mesmos ou a outros patrões. Já essa nova categoria social, no entanto, pode ser identificada claramente nessas pequenas cidades. Seus comércios são cada vez mais surtidos, suas casas estão conhecendo as melhores comodidades e os patrões dos índios o luxo. Algumas tímidas tentativas de intervenção por parte do Ministério Público não deram em nada, também porque os próprios indígenas entregam os próprios cartões ‘espontaneamente’ e ingênua e legalmente, deixam-se roubar e assaltar.
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Quando a religião se torna ópio dos povos. O caso de um blogueiro 'religioso'
Leio num blog do Jornal pequeno a seguinte reflexão: ‘Meus amigos, nunca os dias foram tão difíceis. A violência desmedida, a falta de amor ao próximo, as atrocidades praticadas, enfim, tudo isso tem nos deixado com medo, em estado de pânico. Aflição e angustia toma conta de nós. São apenas os sinais proféticos de Deus se cumprindo. A Bíblia nos diz que nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Por outro lado, a boa notícia nisso e que nos conforta ao mesmo tempo, é que temos como esperança o nosso grandioso Deus. Esse não falha, jamais nos abandona. É nosso porto seguro em meio à tribulação. Basta rogarmos a Deus e suas mãos poderosas estarão nos guardando de todo mal, a todo o momento por meio da sua infinita misericórdia. Não precisamos temer. Não há inimigo que possa com Ele. Por isso, vamos orar, colocar nossas preces diante de Deus e confiar no Pai eterno, todo poderoso. Seus anjos estarão dando toda a proteção que precisarmos na hora da dificuldade, nos guardando do opressor. Se Deus é por nós, quem será contra nós? Vamos, portanto, nos alegrar, ficar calmos. Temos que ser perseverantes na esperança de dias melhores ao lado de Deus. Diante de tamanha alienação queria lembrar ao autor dessa postagem e a quantos, porventura, concordam com a sua visão, o seguinte:
1. Não estamos nos ‘últimos dias de tempos terríveis’...Outros dias virão com suas tribulações e angústias, esperanças e mudanças. É a eterna rotina do dinamismo da vida. Que 'esses dias...' nos ajudem a compreender quais mudanças devemos realizar. 2. Já a lei de Moisés nos lembra que não ‘podemos utilizar EM VÃO o nome santo de Deus. Colocar Deus em tudo como autor ou como solucionador de problemas criados por nós é manipular o seu santo nome. Melhor assumirmos as nossas responsabilidades e deixar Ele de fora....3. Se é para invocar o seu santo nome é para termos força para incorporar valores e a sabedoria que Ele nos transmite permanentemente através de muitos sinais e meios e não achar que Ele, de forma mágica, faça por nós. 4. ‘Alegrar-se e ficar calmos...’ numa hora como essa é no mínimo falta de responsabilidade social e humana. É para se mobilizar, denunciar e começar a construir nas nossas relações humanas mais honestidade, colaboração, justiça. Essa visão mágica da vida e de Deus serve aos defensores do ‘status quo’, dos que tiram proveito da situação caótica em que nos encontramos! RELIGIÃO ENTENDIDA DA FORMA QUE O NOSSO BLOGUEIRO COLOCA É ALIENAÇÃO PURA E UMA FALTA DE SERVIÇO Á HUMANIDADE. É ÓPIO!
Bispos africanos contra a miséria, à exploração injusta dos recursos naturais, e crimes contra a humanidade!
Os bispos africanos dizem "não à miséria " numa mensagem conclusiva da reunião de Bujumbura, em Burundi, da Coordenação Justiça e Paz do SCEAM (Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar, com sede em Acra, Gana). No texto enumeram claramente o que produz a miséria na África e Madagáscar. Exprimem uma "clara rejeição da exploração dos mais pobres e dos mais fracos, a redução à escravatura, o tráfico das nossas crianças e dos seus órgãos"; denunciam "a insegurança crescente em alguns países e regiões do continente", recordando "as violências e assédios criminosos na África Central, os conflitos recorrentes na República Democrática do Congo, o fanatismo e o extremismo religioso na Nigéria, Mali, Egito, Somália , Quénia e Tanzânia". Os bispos dizem "Não" à "exploração injusta dos nossos recursos naturais, e uma indústria mineral que causa conflitos violentos e criminosos". A sua esperança é que "os Estados africanos tenham a coragem de escrever e votar leis que protejam os seus respectivos recursos naturais". E pedem aos Países para percorrerem a estrada da "boa governação, que exclui todas as formas de corrupção e má gestão". Em seguida os bispos africanos exprimem preocupação com a gestão das águas do rio Nilo, da qual depende "o bem-estar mínimo das populações e dos Países nas suas costas". A este propósito os bispos convidam a "um diálogo paciente e frutuoso". E se comprometem igualmente, para "uma cultura democrática respeitosa da liberdade de opinião", e pedem "uma democracia que tenha em conta os direitos dos imigrantes e enfrente sem hipocrisia a questão dos refugiados no respeito da sua dignidade humana fundamental". Entre os pedidos: "o respeito pela Constituição de cada país, dando aos cidadãos a possibilidade de uma alternância política". Quanto aos crimes contra a humanidade, os bispos dizem ser favoráveis "ao direito legal e penal". (Fonte: R.V)
Francesco:'pecadores, todos nós, mas corruptos nem todos!'
Na missa desta manhã na Casa de Santa Marta o Papa Francisco denunciou os corruptos, dizendo que pecadores somos todos, mas corruptos não. Partindo da passagem do Evangelho em que Jesus nos pede para perdoarmos sete vezes por dia, o Santo Padre recordou que o próprio Cristo considerava muito mau o comportamento dos que são motivo de escândalo. "Pecado é uma coisa mas o escândalo é outra". "A diferença é que quem peca e se arrepende, pede perdão, sente-se débil, sente-se filho de Deus, humilha-se e pede a salvação a Jesus. Mas daquele que escandaliza, o que é que escandaliza? Quem não se arrepende. Continua a pecar, mas faz de conta de ser cristão: é a vida dupla. E a vida dupla de um cristão faz tão mal, tão mal. Mas eu sou benfeitor da Igreja! Meto a mão no bolso e dou à Igreja. Mas com a outra rouba: ao Estado, aos pobres... rouba. É um injusto. Isto é vida dupla." "E nós devemos assumir-nos como pecadores, sim, todos, somos todos. Mas corruptos não. O corrupto está fixo num estado de suficiência, não sabe o que é a humildade. Jesus a estes corruptos dizia serem sepulcros esbranquiçados, que parecem belos exteriormente mas dentro estão cheios de ossos, morte e podridão. Cristãos corruptos e padres corruptos...quanto mal fazem à Igreja. Porque não vivem no espírito do Evangelho, mas no espírito da mundanidade." S. Paulo - comentou o Papa Francisco – diz claramente na Carta aos cristãos de Roma: "Não vos conformeis com este mundo", e o próprio texto - continua o Santo Padre até vai mais longe pois S.Paulo propõe que não entremos nos parâmetros deste mundo, na mundanidade que nos leva à vida dupla: "Uma podridão envernizada: esta é a vida do corruptos. Peçamos hoje a graça ao Espírito Santo que foge a todo o engano, peçamos a graça de reconhcermo-nos pecadores: somos pecadores. Pecadores sim, Corruptos não." (Fonte: Rádio vaticano)
sábado, 9 de novembro de 2013
O Senhor é o 'Deus dos seus filhos e filhas vivos' que acreditam, agora, em valores que nunca se acabam! (Lc. 20,27-38)
A vida após a morte tem despertado ao longo dos séculos, em muitas culturas, medos e expectativas, curiosidade e mistério, idealizações e especulações, às vezes, ridículas. Para quem crê e para quem não crê, diante do mistério da morte e daquilo que nos espera após ela, deveríamos simplesmente silenciar. Um silêncio que deveria ser preenchido por atitudes e sentimentos de agradecimento e contemplação daquilo que Deus nos deu ao longo da nossa vida vivida e, supostamente, consciente. Nada mais que isso. O além-morte está única e exclusivamente nos desígnios imperscrutáveis de Deus, e qualquer projeção e imaginação a respeito é uma mera fantasia humana. E é bom que seja assim! Primeiro porque somos existencialmente obrigados a dar sentido, agora, às nossas ações e ao nosso cotidiano, independentemente daquilo que nos espera após a nossa morte. Ou seja, evitar acreditar em valores, fazer determinadas ações, assumir uma determinada ética só por medo de sermos punidos futuramente, ou por acreditar que seremos premiados. A vida tem sentido independentemente daquilo que haverá ou não haverá após ela! Em segundo lugar, o fato de não sabermos o que nos espera no além-morte nos obriga, positivamente, a dar valor a cada gesto de afeto, de amor, de amizade, a viver com intensidade cada hálito de vida emanado pelo universo, e a ver nisso um permanente e impagável dom do Deus dos vivos. Jesus tem a oportunidade de reafirmar tudo isso justamente com aqueles grupos de saduceus segundo os quais tudo acaba aqui, nessa dimensão terrestre e passageira.
Jesus não aceita a provocação/comparação ridícula e hilariante dos saduceus a respeito da mulher ‘cheia de energia’ que acaba enterrando ‘sete maridos’, e que desperta neles uma curiosidade sobre o seu ‘estado civil’ após a sua morte (esgotada, também ela, enfim, morreu!). Jesus de uma forma bem polida lembra àqueles senhores auto-suficientes que não alimentavam culturalmente nenhuma expectativa após a morte, - supostamente por ‘terem tudo’ já, agora, - que estaremos numa outra dimensão, feito anjos, perenemente vivos. E não importa como. A prova de que a morte não é um ponto final no caminho existencial dos humanos é que Deus continua sendo o Deus também daqueles que ‘já se foram’ , como Abraão, Isaac e Jacó, porque mesmo mortos biologicamente, continuam vivos não só na memória de Deus, mas de todos aqueles humanos que ‘os mantêm vivos’ em seus gestos e opções de vida. É como se Jesus nos dissesse ‘por que perder tempo especulando o que será e como será após a sua morte, em lugar de se preocupar em dar sentido e valor ao seu lutar, trabalhar, crer, sonhar, esperar, chorar, agora? Por que não acreditar que, agora, também na dor e na morte, podemos sentir a alegria e felicidade de viver intensamente? Por que não acreditar na força e na presença viva daquelas pessoas amadas e queridas que não estão só na nossa memória biológica, temporal, e sim nos nossos gestos de amor ilimitado que nunca se apagam? Por que não acreditar que nisso tudo é o próprio Deus vivo agindo em nós e através de nós? Vivemos desde já, com intensidade, a nossa eternidade!
Morador de rua está preso desde junho por 'roubar Pinho Sol'. Quem disse que a justiça é lenta?
Rafael Vieira foi preso porque carregava um frasco de desinfetante Pinho Sol e outro de água sanitária no dia 20 de junho. Vieira foi detido ao sair de uma loja abandonada no centro do Rio de Janeiro, que estava com suas portas arrombadas antes da sua chegada. Ele foi visto com os dois frascos que, segundo o depoimento dos policiais, eram “artefatos semelhante ao coquetel molotov”. Por isso, segue no complexo presidiário de Japeri, município na região metropolitana do Rio, quase cinco meses após ser levado. Vieira disse, em seu depoimento, que vivia há um mês na loja abandonada em frente à Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). Ele argumenta que retirou os dois frascos pois eles estavam no espaço onde dormia. O laudo do esquadrão antibomba da Polícia Civil atestou que Vieira carregava produtos de limpeza. “[As substâncias têm] ínfima possibilidade de funcionar como coquetel molotov,” dizia o laudo feito pouco mais de um mês após a detenção. Mesmo assim, o Ministério Público seguiu entendimento de que se tratava de “material incendiário” e o enquadrou no inciso III do artigo 16 do estatuto do desarmamento, que proíbe carregar ou usar “artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.” Na defesa de Rafael, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro resumia a situação: “andar com produtos de limpeza nunca foi e nunca será crime, sob pena de inviabilizar a vida moderna. Se esta linha prosperar, podemos dizer que portar canetas é crime de perigo, pois uma pode levar a morte se inserida em determinada parte do corpo humano. Impossível.” (Fonte: Carta Capital)
Comentário do blogueiro - Se alguém tinha dúvida que cadeia é para 'puta, pobre e preto', eis aqui mais uma prova....
Quem embolsa o bilhão destinado para a saúde indígena? Missão Evangélica Caiuá envolvida até o gogó!
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), área do Ministério da Saúde criada para coordenar ações de atenção à saúde dos povos indígenas, realizou nesta quarta (6) uma convocatória pública para a seleção de entidades voltada aos convênios de atenção à saúde indígena. Porém, a forma como o chamamento está sendo feito vem gerando críticas de representantes indígenas devido a denúncias de ligações de políticos com empresas terceirizadas pela contratação de funcionários. O caso teve início quando a Associação Hutukara Yanomani teve acesso a uma gravação em que coordenadores do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomani e da Missão Evangélica Caiuá, juntamente com o deputado estadual João do Xingu (PSL) acertam detalhes sobre contratações e distribuição de cargos em um até então suposto chamamento público, que foi confirmado nesta quarta sem consulta às instâncias de representação ou controle social dos povos indígenas. A associação protocolou a denúncia e ainda pediu providências para a proteção da saúde e vida dos povos Yanomani e Ye’kuana’. "Aumentaram os recursos, mas não melhorou a saúde e a qualidade de vida. Hoje existe mais remoção do que prevenção dentro da TI Yanomami. Chama a atenção o fato de que em 2012 foram gastos R$ 16.500,00 com o pagamento de funerária. E no período de janeiro a setembro de 2013 esse gasto aumentou para R$ 81.880,00", informa trecho do documento de denúncia da Associação Hutukara”. Para lideranças indígenas, a falta de consulta para este chamamento público é de se estranhar. Entre 1999 e 2009, sob a criação do Subsistema de Saúde Indígena, todos os convênios do governo precisavam de autorização dos Conselhos Distritais. Mesmo com o iminente vencimento do prazo de dois anos de contrato das entidades conveniadas, os indígenas questionam porque apenas agora, e num prazo curto, a Sesai decidiu fazer o processo. Embora o montante da Sesai tenha aumentado, de R$ 690,7 milhões em 2012 para R$ 920 milhões em 2013, um aumento de quase 230 milhões, vários casos de ingerência e mortes continuam assolando as populações de índios. Vale ressaltar que em setembro, quatro crianças Araweté foram a óbito depois de dias com diarreia e vômito. No Maranhão, até a metade deste ano, 12 crianças do povo Guajaara morreram de doenças de fácil tratamento, incluindo gripes que evoluíram para broncopneumonia.(Fonte: ADITAL)
Comentário do blogueiro - Melhor se abster de fazer comentários para que não se diga que é fácil acusar desde fora ou sem ter pleno conhecimento de causa...O fato é que existem muitas 'boquinhas' comendo com a grana para a saúde indígena. O esquema é velho e conhecido, mas ninguém quer intervir e falar, porque a 'boca está .....ocupada'!
Comentário do blogueiro - Melhor se abster de fazer comentários para que não se diga que é fácil acusar desde fora ou sem ter pleno conhecimento de causa...O fato é que existem muitas 'boquinhas' comendo com a grana para a saúde indígena. O esquema é velho e conhecido, mas ninguém quer intervir e falar, porque a 'boca está .....ocupada'!
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Saúde Pública no Maranhão - 'Me engana que eu NÃO gosto!'
Ambulâncias do Estado desfilando pela ponte São Francisco: ostentação patética de uma realidade fictícia!
Aqui abaixo: filas na entrada do Hospital Geral debaixo do sol. Algo bem mais próximo da realidade 'real'. No interior do estado reina o abandono e o descaso inclusive naqueles poucos hospitais que foram inaugurados às pressas (ao todo deveriam ser 74!)
Açailândia - Os absurdos na saúde pública: 120.000 consultas em 5 meses. Não há pneumatologista e o psiquiatra é o mais consultado!
Já viram um absurdo desse na segunda cidade mais rica do Maranhão? Açailândia, a terra onde já não existe mais açaí, está se destacando pelo ‘melhor’ desempenho no atendimento à saúde pública. Algo espantoso está ocorrendo naquele rincão onde se respira ferro e concentra um alto índice de doenças respiratórias. Simplesmente lá não há um médico pneumatologista! Quando, ‘por erro’, um médico da rede pública encaminhou um paciente para procurar um especialista em pneumatologia os funcionários da secretaria disseram que não podia ser que um médico encaminhasse alguém para tal especialista, pois não existia na cidade. Diante do protesto do cidadão que insistia e afirmava que era seu direito a funcionária respondeu que nem o encaminharia para outra cidade próxima, Imperatriz, por exemplo, pois precisaria arcar com a passagem do paciente e enfrentar fila, e isso custaria. Uma excelente resposta para quem corre atrás de soluções e de direitos! Só o recurso ao Ministério Público conseguiu mover as águas turvas, pelo menos naquele caso específico. Falando nisso e, especificamente, no povoado Piquiá, - aquele que proporciona um PIB excelente para o município de Açailândia, - descobriu-se que ele é um ‘povo clandestino e invasor’... Palavra de...secretário municipal de saúde que, diga-se de passagem, é o filho a prefeita. Pressionado pela promotora de justiça local para justificar tal afirmação ele respondeu que não era ele a dizer isso, e sim gente do Ministério da Saúde. Acuado para que desse o nome aos bois, o ‘filho de mamãe’ disse que não lembrava quem fosse...Esses são os administradores da ‘coisa pública’ naquele município. Ah, lembrei mais uma! O nosso jovem secretário de saúde fez uma prestação de conta dos primeiros 5 meses desse ano da sua pasta. Resultado: em 150 dias houve naquela cidade a beleza de 120.000 consultas! Isso mesmo: cento e vinte mil! Alguém me disse que as consultas ao psiquiatra são um absurdo de tão numerosas. É bom se perguntar se os atendidos foram mesmo os cidadãos da cidade ou o filhinho de mamãe prefeita que andou procurando serviços específicos para colocar o juízo em dia.... Maranhãoooooooooooooooo!!!!
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Prisão sim, mas para puta, preto e pobre!
Movimentos sociais e organizações ligadas a direitos humanos apresentaram na última semana uma proposta ao governo federal pedindo a diminuição do número de presos no país. Em documento entregue ao governo, eles pedem a diminuição das chamadas detenções cautelares, o fim da privatização de presídios e a desmilitarização da Polícia Militar. Entre os signatários estão Mães de Maio, Pastoral Carcerária Nacional, Instituto Práxis de Direitos Humanos e o grupo Margens Clínicas. Os movimentos criticam o aumento no número de presos no país e a degradação do sistema prisional. “Apesar das centenas de tipos penais constantes da legislação, cerca de 80% da população prisional está presa por crimes contra o patrimônio (e congêneres) ou pequeno tráfico de drogas. Apesar da multiplicidade étnica e social da população brasileira, as pessoas submetidas ao sistema prisional têm quase sempre a mesma cor e provêm da mesma classe social e territórios daquelas que, historicamente, estão às margens do processo civilizatório brasileiro: são pessoas jovens, pobres, periféricas e pretas.”
Outra das críticas dos movimentos refere-se ao aumento da proporção de mulheres nos presídios. “O recrudescimento da população prisional feminina deriva da assunção por centenas de milhares de mulheres pobres (quase sempre negras) de trabalhos precários e perigosos na cadeia de comercialização de psicotrópicos, tornando-as principal alvo da obtusa guerra às drogas, eis que mais expostas e vulneráveis.” Entre as propostas do grupo, está a revogação do programa nacional de apoio ao sistema penal. Criado em 2011, ele visava zerar o déficit de vagas femininas e reduzir o número de presos em delegacias. “A superlotação não deriva da ausência de políticas para a construção de presídios (nos últimos 20 anos, o Brasil saltou de 60 mil vagas para 306 mil vagas prisionais), mas sim das prisões abusivas, ilegais e discriminatórias executadas contra as pessoas mais pobres desse país e do exagerado investimento em políticas repressivas em detrimento de políticas sociais,” diz a proposta dos movimentos. Os movimentos ainda pedem o aumento da participação da sociedade no sistema carcerário. “Atualmente, o acesso ao cárcere é quase que circunscrito às atividades de assistência religiosa e, de maneira completamente precária e instável, a atividades acadêmicas e humanitárias, sempre dependentes da autorização do Poder Executivo.” (fonte: Carta Capital)
Poluição -No Brasil, 7º país mais poluidor do mundo, cresce mais a poluição do que a produção industrial. Vale a pena?
O Brasil é hoje o sétimo maior emissor de gases-estufa. O campeão é a China, seguido pelos Estados Unidos. O Brasil responde por 2,8% das emissões globais, ou 1,48 gigatonelada (Gt CO2 e). Se a boa notícia é que as emissões relacionadas ao desmatamento vêm caindo, a má é que as de todos os outros setores estão crescendo, e muito. No período entre 1990 e 2012, as emissões brasileiras produzidas nos processos industriais, energia, resíduos e agropecuária cresceram bem mais do que a média mundial. Nesse período, as emissões relacionadas ao uso da terra (o jargão para desmatamento) caíram 35%. Enquanto isso, as do setor de energia (que inclui transportes) subiram 126% (a média mundial foi 37%), os processos industriais, 65%, as de resíduos aumentaram 64%, e as da agropecuária, 45%. "Estamos crescendo nas nossas emissões de gases-estufa mais do que cresceu a economia brasileira nos últimos dois anos", destaca o engenheiro florestal Tasso Azevedo, coordenador de uma plataforma de dados inédita, que será lançada hoje em São Paulo. "Estamos gerando mais emissões por menos riqueza, menos PIB." (Fonte: O Valor )
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Pistoleiros destroem casas e capela de lavradores no interior de Chapadinha com máquina da prefeitura local
Moradores da comunidade rural Tiúba, zona rural de Chapadinha, tiveram suas casas e currais demolidos no último dia 31 de outubro. Nem mesmo a capela da comunidade foi poupada da sanha de vários homens armados, a mando do proprietário rural José Maria Quariguasi, que, com uso de uma máquina retro-escavadeira, destruiu lares de trabalhadores rurais pobres de uma das regiões com maior número de conflitos agrários do Brasil, o Baixo Parnaíba, região do cerrado maranhense que foi invadida por extensas florestas artificiais de eucalipto e milhões de hectares de soja. A moradora M.F presenciou toda a ação criminosa e viu vários jagunços armados com escopetas e pistolas: “O que aconteceu é que eles chegaram, desceram das motos e já pegaram as armas e mandaram o tratorista derrubar as casas. Eles mandaram esbagaçar e esbagaçaram mesmo”, disse a trabalhadora rural, que relatou a derrubada de cinco casas, três currais, um chiqueiro de bode e a capela católica da comunidade.O lavrador J.M encontrou o grupo de pistoleiro no caminho da comunidade, quando os homens retornavam à sede da fazenda. Segundo o trabalhador, os homens estavam fortemente armados e disse ter reconhecido a retro-escavadeira que a prefeitura de Chapadinha recebeu por meio do MDA/PAC 2.
“Estava a retro-escavadeira na frente e o batalhão atrás, tudo bem armado, só arma pesada”, relatou J.M. Os lavradores denunciaram que os jagunços a serviço do proprietário voltarão para completar o serviço de destruição das moradias restantes.Em 2013, o Maranhão tem se mantido na dianteira em número de conflitos agrários. Além de três assassinatos por conflitos agrários e uma dezena de trabalhadores ameaçados de morte, esta é a segunda capela destruída neste ano - a primeira ocorreu no dia 4 de janeiro, em Codó.No mês de junho, jagunços tentaram dinamitar várias casas da comunidade Santa Rosa, em Urbano Santos. Na mesma comunidade, em fevereiro, várias casas foram incendiadas. Em setembro, mais de 100 tiros foram disparados contra lavradores de Campo do Bandeira, Alto Alegre do Maranhão. Em agosto, o trabalhador rural Francisco França foi preso ilegalmente e passou mais de 6 horas algemados no batalhão de polícia militar de Codó. No acampamento Cipó Cortado, em João Lisboa, vários milicianos armados invadiram o acampamento dos trabalhadores, espalhando o terror.Até a presente data, nenhum decreto de desapropriação foi emitido pelo Governo Dilma. Por outro lado, vários despejos foram ordenados pelo Poder Judiciário do Maranhão, atendendo ao pedido de grandes proprietários rurais. Uma refilmagem da sangrenta década de 1980. (Fonte: CPT)
VALE, cínica e sem moral, pede que se respeite o Estado democrático de direito. Mineradora responde a dezenas de processos por não respeitar estado democrático de ...direito!
A mineradora Vale informou, nesta terça-feira (5), que Estrada de Ferro Carajás, no trecho que passa pela Vila Maranhão (km 0), em São Luís, foi desbloqueado por volta das 14h45. No início da manhã, alguns moradores da localidade atearam fogo em troncos e galhos de árvores, impedindo a passagem de trens. Segundo os moradores, o bloqueio aconteceu em protesto contra as obras de duplicação da ferrovia. “Por causa da duplicação as nossas casas estão rachadas, os poços estão secos. São vários problemas que eles dizem que não são deles”, disse a artesã Roseane Brochado, uma das participantes do protesto.Devido ao problema, representantes da mineradora estiveram reunidos com representantes da comunidade, negociando a liberação. Somente no início da tarde as duas partes chegaram a um consenso. A linha é o único acesso férreo ao Terminal de Ponta da Madeira. Pelo local passam mais de três a dez trens por dia, transportando minério de ferro.Em nota, a Vale informou 'que ratifica sua intenção de manter o canal de comunicação aberto com a comunidade de Sitinho, contudo acredita que qualquer ato público ou manifestação deve respeitar o Estado Democrático de Direito e o direito constitucional de ir e vir.'
Comentário do blogueiro - Soa no mínimo cínica a reação e a declaração da VALE ao chegar a um acordo com os manifestantes que reivindicavam respeito pelas suas moradias e pela sua segurança. Cínico e hipócrita a afirmação da Vale segundo a qual se deveria respeitar o Estado de Direito....da mesma forma que ela procedeu à duplicação sem um devido licenciamento, sem audiências públicas, abrindo mão da moral mínima e se valendo de meios criminosos para espionar e infiltrar pessoas em movimentos com o intuito de escutar clandestinamente funcionários e membros de movimentos sociais. Estado Democrático de Direito para ela sempre foi eufemismo. Ela perdeu definitivamente a moral!
Assinar:
Postagens (Atom)