II Cenário
Há outros setores dentro da igreja que percebem que é urgente aprender a dialogar com essa modernidade líquida, com as suas contradições e desafios e procuram fazê-lo. Sabem que não é satanizando o inédito nem suas mutações que se avança e se resolvem impasses, nem se refugiando num passado idealizado e a-histórico que se constroem novas identidades. Esses setores eclesiais procuram se inserir ativa e inteligentemente nessa macro-sociedade mutante, atacando problemas, se engajando nas instâncias sociais e políticas com ardor, - embora nem sempre à altura-, mas se sentem amarrados e condicionados por estruturas e metodologias consolidadas, pesadas e inadequadas. Sentem demais o peso e as pressões institucionais (administração do templo, dos sacramentos, das práticas litúrgicas, aplicação rigorosa de normas canônicas e preceitos ...), das formas de coação moral que existem interna e externamente à igreja, dos problemas difusos e não conseguem levam o diálogo e a inovação ousada até as últimas conseqüências. A maioria prefere se adequar, administrar o dia-a-dia, esconde a moeda que recebeu. Fazem a experiência de se sentir deslocados, incompletos, angustiados, às vezes ineficientes... Muitos também, abandonam, desistem, têm a sensação de viver num eterno desgaste, de não avançar, de estar num permanente estado de imobilidade. É um cenário eclesial onde se dá um vácuo de liderança moral, carismática e mobilizadora com quem as pessoas possam se identificar e motivar.
Há outros setores dentro da igreja que percebem que é urgente aprender a dialogar com essa modernidade líquida, com as suas contradições e desafios e procuram fazê-lo. Sabem que não é satanizando o inédito nem suas mutações que se avança e se resolvem impasses, nem se refugiando num passado idealizado e a-histórico que se constroem novas identidades. Esses setores eclesiais procuram se inserir ativa e inteligentemente nessa macro-sociedade mutante, atacando problemas, se engajando nas instâncias sociais e políticas com ardor, - embora nem sempre à altura-, mas se sentem amarrados e condicionados por estruturas e metodologias consolidadas, pesadas e inadequadas. Sentem demais o peso e as pressões institucionais (administração do templo, dos sacramentos, das práticas litúrgicas, aplicação rigorosa de normas canônicas e preceitos ...), das formas de coação moral que existem interna e externamente à igreja, dos problemas difusos e não conseguem levam o diálogo e a inovação ousada até as últimas conseqüências. A maioria prefere se adequar, administrar o dia-a-dia, esconde a moeda que recebeu. Fazem a experiência de se sentir deslocados, incompletos, angustiados, às vezes ineficientes... Muitos também, abandonam, desistem, têm a sensação de viver num eterno desgaste, de não avançar, de estar num permanente estado de imobilidade. É um cenário eclesial onde se dá um vácuo de liderança moral, carismática e mobilizadora com quem as pessoas possam se identificar e motivar.
Ilustração do II cenário
"O senhor recebeu alguma pressão para não publicar o livro? - Quando o texto estava pronto, uma cópia foi tirada do meu computador sem minha autorização indo parar nas mãos do núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri, que pediu à Editora Paulus para não publicar o trabalho. O livro está saindo por outra editora, a Olho d'Água. Gozando de plena liberdade, agora posso elogiar ou criticar também autoridades eclesiásticas sem considerar cargos ou pessoas". (Dom Clemente Isnard, bispo aposentado, ex-vice presidente da CNBB, padre conciliar, sobre o livro que lançou recenetemente, em que defende o sacerdócio das mulheres, fim do celibato obrigaório, escolha democrática dos bispos...)
"O senhor recebeu alguma pressão para não publicar o livro? - Quando o texto estava pronto, uma cópia foi tirada do meu computador sem minha autorização indo parar nas mãos do núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri, que pediu à Editora Paulus para não publicar o trabalho. O livro está saindo por outra editora, a Olho d'Água. Gozando de plena liberdade, agora posso elogiar ou criticar também autoridades eclesiásticas sem considerar cargos ou pessoas". (Dom Clemente Isnard, bispo aposentado, ex-vice presidente da CNBB, padre conciliar, sobre o livro que lançou recenetemente, em que defende o sacerdócio das mulheres, fim do celibato obrigaório, escolha democrática dos bispos...)
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