Na carta de Francisco aos novos cardeais que, recentemente, ele mesmo nomeou, lhes garantia a sua oração a fim de que o titulo de 'servidor' ofuscasse sempre mais o de 'eminência'! Triste e histórica contradição, pois se assim o desejasse jamais deveria realimentar e promover honrarias e carreiras hierárquicas dentro da igreja de Jesus! Como não lembrar o que próprio Mestre dizia aos seus discípulos para que não se deixassem chamar de ‘rabi, mestre ou pai’, pois só um é o Mestre e o Pai de todos? E, arrematava insistindo que quem era o maior dentre eles devia ser o servidor de todos? (MT.23,8-11) Carreirismo clerical, sede de reconhecimento público e disputas por cargos de prestígios dentro da igreja sempre têm envergonhado o itinerário dos que se autodefinem pastores, sacerdotes, ministros de Jesus, e respaldados por aqueles fieis que assim os reconhecem. Contudo, nada disso é evangélico! Aos ambiciosos irmãos do evangelho de hoje Jesus é enfático em afirmar que só há lugar no novo modo de governar de Deus para aquele que se educa a servir a todos, indistintamente, e a ocupar sempre o último lugar, por ser quase sempre ignorado e invisibilizado. O lugar de quem, aparentemente, nada conta, e de quem nunca é visto. São pessoas assim que para Jesus são habilitadas a 'coordenar' a nova Governança de Deus!
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