Vários setores significativos de Israel, no passado, de forma arrogante, se consideravam “o povo eleito e escolhido” diretamente por Javé. Javé, ou seja, “Aquele que está-com-o-seu-povo” devia ser adorado de forma exclusiva, pois Ele era único. Um deus ciumento que não aceitava que outros deuses sentassem ao seu lado e fossem adorados com igual piedade e submissão.
Evidentemente, tudo isso não é fruto de revelação privilegiada, nem de predileção divina, mas é expressão de uma autoconsciência de caráter coletivo, frequentemente manipulada pelos setores palacianos monárquicos interessados em exigir e manter obediência, devoção e exclusividade do povo ao deus do rei. Era claramente uma estratégia política para manter coesão social e unidade nacional. Admitir a diversidade de deuses significaria reconhecer um pluralismo de identidades e de projetos politicamente perigosos. A própria bíblia que é uma coletânea extremamente multiforme de experiências, visões, sonhos, projetos sociais e religiosos vivenciados por inúmeros e variados grupos sociais revela as suas próprias contradições. Mas isto manifesta, de forma paradoxal, que nem todos engoliam o que as classes dirigentes queriam enfiar goela abaixo.
Jesus o hebreu da Galiléia, como muitos dos seus patrícios comungava, a princípio, a idéia de que Javé havia escolhido Israel, entre outros povos, como sendo o Seu povo. Escolheu-o para ser luz, guia, exemplo a ser seguido. Ele também achava que somente “as ovelhas perdidas de Israel (e não de outros lugares!)” deviam merecer um cuidado e uma atenção especiais. Os estrangeiros, os “não israelitas” poderiam sim aceder ao grande banquete, mas só quando todo Israel fosse reunido sobre o grande monte e estivesse já sentado á mesa. Em que pese tudo isso, Jesus nunca renunciou à sua visão e consciência crítica e autocrítica resultado de sua permenente convivência com "os invisíveis" de Isarel, os "não-escolhidos". Jesus vinha percebendo em suas andanças que muitos setores de Israel se escondiam atrás da falsa segurança de se sentirem eleitos e depositários da benevolência divina, para praticarem do tipo de opressão e iniqüidade. Usavam indevidamente o nome de Javé e a sua suposta proteção-predileção para “não produzir frutos de justiça”.
“Vocês acham que vão escapar da ira divina só porque vocês se acham filhos de Abraão (escolhidos)? Se for só por causa disso, eu vos digo que Deus pode fazer filhos de Abraão também dessas pedras. Mas se vocês não produzirem frutos de justiça o machado já está posto na sua raiz e vocês todos irão ser cortados” (Lc. 3,8-9) Jesus, como os grandes profetas críticos e destemidos, na parábola desse domingo, mais uma vez, desnuda a falsa prática religiosa, detona a arrogante autoconvicção de pertença ao povo eleito, desmascara a hipocrisia que se dá mediante os cultos apaziguadores da consciência e da responsabilidade social.
Jesus o hebreu da Galiléia, como muitos dos seus patrícios comungava, a princípio, a idéia de que Javé havia escolhido Israel, entre outros povos, como sendo o Seu povo. Escolheu-o para ser luz, guia, exemplo a ser seguido. Ele também achava que somente “as ovelhas perdidas de Israel (e não de outros lugares!)” deviam merecer um cuidado e uma atenção especiais. Os estrangeiros, os “não israelitas” poderiam sim aceder ao grande banquete, mas só quando todo Israel fosse reunido sobre o grande monte e estivesse já sentado á mesa. Em que pese tudo isso, Jesus nunca renunciou à sua visão e consciência crítica e autocrítica resultado de sua permenente convivência com "os invisíveis" de Isarel, os "não-escolhidos". Jesus vinha percebendo em suas andanças que muitos setores de Israel se escondiam atrás da falsa segurança de se sentirem eleitos e depositários da benevolência divina, para praticarem do tipo de opressão e iniqüidade. Usavam indevidamente o nome de Javé e a sua suposta proteção-predileção para “não produzir frutos de justiça”.
“Vocês acham que vão escapar da ira divina só porque vocês se acham filhos de Abraão (escolhidos)? Se for só por causa disso, eu vos digo que Deus pode fazer filhos de Abraão também dessas pedras. Mas se vocês não produzirem frutos de justiça o machado já está posto na sua raiz e vocês todos irão ser cortados” (Lc. 3,8-9) Jesus, como os grandes profetas críticos e destemidos, na parábola desse domingo, mais uma vez, desnuda a falsa prática religiosa, detona a arrogante autoconvicção de pertença ao povo eleito, desmascara a hipocrisia que se dá mediante os cultos apaziguadores da consciência e da responsabilidade social.
Sem meio-termo Jesus proclama o novo critério de pertença divina, ou seja, a capacidade de produzir frutos ao cuidar com amor, dedicação, responsabilidade e competência da vinha/ vida/humanidade/sociedade/universo/Reino de Deus. Ao fazer isto, Jesus sentencia, - sem direito a novo recurso, - o fim da suposta predileção divina a partir de critérios de nacionalidade, de pertença/freqüência religiosa/sacramental, cultural, opção ideológica/sexual, etc. subordinando-a ao critério de produção de frutos. Ou seja, a prática da verdadeira caridade, do serviço gratuito em favor da vida. “Por isso eu vos afirmo que o Reino de Deus vos é tirado (futuro próximo e não remoto) e confiado a um “povo-grupo” que produza seus frutos” (Mt. 21,43).
Bom domingo e boa votação.... se é que temos ainda gente/políticos habilitados para cuidar da ...vinha/sociedade produzindo frutos de justiça e equidade!
Bom domingo e boa votação.... se é que temos ainda gente/políticos habilitados para cuidar da ...vinha/sociedade produzindo frutos de justiça e equidade!
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