Acabou - ou está acabando - a era das guseiras em Marabá. Nenhuma, das 11 usinas que chegaram a funcionar no distrito industrial do município, estão em operação. A última obrigada a paralisar as suas atividades foi a Ibérica, segundo o Ministério Público Federal, por uso irregular de carvão vegetal. A propósito da matéria "O fim das guseiras", o MPF enviou nota ao blog para informar que oficiou à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) sobre atuação irregular da siderúrgica Ibérica e que, em resposta ao MPF, a Semas suspendeu a licença de operação da Ibérica e o cadastro da empresa no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Gesflora).A Ibérica estava operando irregularmente porque havia se comprometido com o MPF a só atuar com carvão oriundo dos seus próprios projetos de reflorestamento. No entanto, conforme relatam os ofícios, comprovou-se que a empresa "não cumpriu essa exigência de autossustentabilidade, inobservando Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado com o MPF e notificação da Semas".Antes do envio do ofício à Semas, o MPF havia divulgado um release sobre a necessidade de as siderúrgicas cumprirem os TACs, diz a nota. assinada por Murilo Hildebrand de Abreu / Assessoria de Comunicação do MPF no Pará. (Fonte:Lúcio Flávio Pinto)
Comentário do blogueiro - O que era previsível desde o começo acaba acontecendo. Não precisava ser profetas para perceber que desde a instalação das guseiras suas atividades não teriam vida longa. Elas já vinham tangidas de Minas onde a fiscalização e a legislação era mais exigente e encontraram no Maranhão-Pará a terra sem lei onde poder arrancar, explorar mão de obra e se transferir ou fechar. Utilizaram ao longo de vários anos, muitos, na verdade, - graças aos repetidos termos de ajuste de conduta jamais observados, - lenha proveniente de serraria, florestas e sem se preocupar em ter seus próprios cultivos de eucaliptos onde conseguir autonomia plena. Os custos, evidentemente são bem mais altos, mas era uma das condições para a sua sobrevivência. Soma-se a isso a baixa dos preço do ferro-gusa. Uma coisa, porém, ficou clara: os guseiros do maranhão e Para fizeram a farra quando o câmbio dólar estava nas alturas, o preço internacional nas estrelas, os custos de produção lá embaixo. O que acumularam dava para fazer as devidas mudanças e adaptações. O arcaicismo empresarial tupiniquim prevaleceu e se deram mal e, agora, apesar dos efeitos negativos, como diz Flávio Pinto, muito melhor assim! Fechem!
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