Se eu caminho, Marília, nas estradas de ouro preto
sinto teu olho rasgar o lacre da minha carne
sinto o duro e permanente viés com que interrogas
meus estratos seminais que só pulsam do teu lado
sinto, Marília, dizer que no teu olho apagado
acabo de anoitecer, num mundo vitrificado
na morte mais indizível de que alguém quer morrer.
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