Estamos vivendo um momento dramático no nosso País. Presenciamos, nesses dias, mais uma vez, as escandalosas atitudes de ‘homens públicos’ que dão as costas às tragédias de milhões de famílias. Atos de desonestidade, de falta de escrúpulos, de indiferença à dor humana, de esperteza e corrupção parecem estar levando a melhor. O mal parece debochando do bem e da justiça. Muitas pessoas são tentadas em pensar que o crime compensa e que é só através do poder, da manipulação e da força que se pode alcançar o bem-estar. Este foi, afinal, o mesmo pensamento dos três apóstolos que Jesus chamou ‘em separado’ para lhes dar uma lição de vida. Jesus os leva a um alto monte, - talvez o mesmo onde o capeta o havia conduzido e lhe havia mostrado todas as riquezas e as glórias do mundo, - e aí se transfigurou, se revelou plenamente. Nessa manifestação Deus/Pai diz de que lado está. Deixa claro que Jesus é o seu escolhido e que não vai ser pela Lei de Moisés e nem pela profecia agressiva do combatente Elias que vai vir a paz e a salvação nacional, como os três apóstolos queriam. Jesus lhes ensina que a luz brilhante da vida nova passa através da resistência, do sofrimento e da morte de cruz. Jesus mostra que não podemos mais sonhar com a glória, com a obediência à lei e aos preceitos (Moisés), ou apostar no triunfo da força combativa e na violência (Elias), mas somente mediante a doação plena de si e no serviço radical aos outros. O que parece vitória, hoje, poderá ser derrota amanhã. O que parece morte, agora, é vida luminosa em breve. O reino não se constrói através de ‘golpes’, e sim, na mudança permanente de consciências e na educação ao bem-querer.
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