Quando alguém nos coloca nas alturas, nos idealiza, e deposita integralmente a sua confiança em nós podemos reagir de diferentes formas. Se de um lado nos sentimos bem ao saber que alguém nos estima, do outro lado podemos nos sentir um pouco angustiados. De fato, experimentamos o medo de decepcionar quem confia em nós. Ou achar que não vamos dar conta do recado do jeito que as pessoas esperam de nós. Isso, contudo, não pode ser motivo para ignorar a confiança recebida e permanecermos parados. Está aqui o nó central da parábola de hoje. Deus, o senhor da parábola, transfere os seus bens, o seu Reino a cada um de nós, seus servidores. Ele não empresta. Ele dá em medida diferente e de acordo com as capacidades administrativas de cada um.
Aqui entra a opção da cada pessoa que foi beneficiada. Quem recebeu cinco e quem dois tomou a iniciativa de fazer crescer aquele patrimônio. Os dois sabem da sua importância, e não querem decepcionar Aquele que depositou neles a sua confiança. Já aquele que recebeu só um talento com medo de ser roubado ou medo de errar na administração decidiu escondê-lo. E nada fez para tentar multiplicá-lo, mesmo errando. O seu senhor, ao voltar, tirou desse medroso o único talento que tinha, e o transferiu àqueles que tinham provado saber administrar os bens iniciais recebidos. O Reino de Deus nos é entregue para que o façamos crescer e multiplicar. Não é um patrimônio pessoal a ser escondido. Decepção mesmo não é errar, mas quando nada fazemos para multiplicar e disseminar o amor, a justiça, o direito. Vamos católicos: não vamos deixar o Reino nas mãos de delinquentes!
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