Por Francesco Petrarca, um grande! ....apesar da tradução bastante falha......
Soneto CCLXXII
A vida foge e não recua um passo
E a morte, em grande marcha, vai em frente;
As coisas do passado e do presente,
Ao futuro reclamam meu espaço.
A jornada que nesta vida eu traço
Na espera e na lembrança inutilmente,
Por pena de mim mesmo descontente
Este caminho que ora fiz, desfaço.
Se à lembrança me vem algum desejo
Do peito que a alegria abandonou,
Ao navegar em alto mar eu vejo
O porto onde meu barco desistiu,
A nave que lá fora naufragou
E o fogo que dos olhos teus fugiu.
Soneto CCLXXII
La vita fugge, e non s’arresta un’ora,
e la morte vien dietro a gran giornate,
e le cose presenti e le passate
mi dànno guerra, e le future ancòra;
e ‘l rimembrare e l’aspettar m’accora,
or quinci or quindi, sí che ‘n veritate,
se non ch’i’ ho di me stesso pietate,
i’ sarei già di questi pensier fòra.
Tornami avante, s’alcun dolce mai
ebbe ‘l cor tristo; e poi da l’altra parte
veggio al mio navigar turbati i vènti;
veggio fortuna in porto, e stanco omai
il mio nocchier, e rotte àrbore e sarte,
e i lumi bei, che mirar soglio, spenti.
tradução de Afonso Teixeira Filho, aluno de doutoramento da DLCV/FFLCH-USP e tradutor
Um comentário:
E a morte, em grande marcha, vai em frente. Verdade eu que o diga.
Bom dia Padre linda reflexão.
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