sábado, 31 de agosto de 2019

XXII Domingo – Jesus detona a lógica hipócrita da ‘mão que lava a outra’ praticada pelos exibicionistas papa-hóstias! (Lc. 14, 1.7-14)


Não é de hoje que a nossa sociedade pratica a lógica das aparências. A adoção de uma ‘mascara social’ para esconder medos, defeitos, fragilidades. ‘Não é suficiente ser honesto; tem que aparecer honesto’, dizem os adeptos da hipocrisia e da falsidade. A cultura social incentiva também a distribuição de favores e de privilégios, mas só entre amigos. Entre os amigos de corriolas e patotas tudo lhes é permitido: furar a fila, perdoar abusos, abrir mão de obrigações morais e legais. Danem-se os outros!Ainda hoje continua atual o velho ditado ‘aos amigos os favores da lei, aos inimigos os rigores da lei’. Ou ’Uma mão lava a outra’! Ofereço-lhe algo para que você também faça o mesmo comigo! É a terrível lei da reciprocidade obrigatória. Jesus, no evangelho de hoje detona esse modo de agir perverso, mesquinho e tapado. De um lado critica as relações sociais e interpessoais baseadas na duplicidade, na simulação e na hipocrisia. E, do outro, deixa claro como deveria agir um seu seguidor: 1. Ocupar social e fisicamente os ‘últimos lugares’. Ou seja, os lugares escondidos e reservados àqueles que não são importantes socialmente.  Abandonar o exibicionismo social e a procura doentia de reconhecimento público, pois batem de frente com a atitude evangélica de ser solidário com os excluídos. 2. Cristão é aquele que convida a fazer parte da sua vida os que são rejeitados e ignorados pelos ‘carreiristas doentios, os santos bajuladores hipócritas, os papa-hóstias e os beija-bancos’. Cristão é aquele que sente em sua alma e em seu corpo a humilhação perpetrada por essa cambada de orgulhosos a tantos pequenos e pobres. E se alia a esses humilhados para sempre! 


sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Governo do Bozo não só deixará de demarcar Terras Indígenas como quer fazer uma revisão de todas elas!

O  ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o general da reserva do Exército Augusto Heleno, defendeu nesta quinta-feira a revisão de todas as demarcações de terras indígenas, e alegou haver indícios de fraudes em várias delas. Na transmissão feita semanalmente ao vivo nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro, Heleno disse que há denúncias de que a demarcação de algumas áreas foi feita com base em laudos forjados.
Essas demarcações merecem ser todas revistas, uma vez que há provas, de dentro da própria Funai, denúncias de demarcações fraudulentas para terras indígenas. Tem demarcações que foram forjadas, muito aumentada na sua extensão por gente interessada em lucrar com isso. Então isso precisa ser muito bem estudado”, disse o ministro, sentado do lado de Bolsonaro, durante a transmissão. Sem dar detalhes, ele citou a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, como um caso em que, segundo ele, ficou “praticamente comprovado” que a demarcação se baseou em um laudo fraudulento.

“Essas terras precisam ser devidamente demarcadas de acordo com a realidade. E a partir daí, vamos pensar se vale a pena”, acrescentou o general, que disse que tem recebido no Palácio do Planalto indígenas que têm pedido para serem integrados na sociedade brasileira. Na transmissão, Bolsonaro voltou a afirmar que não assinará a demarcação de nenhuma nova área indígena. O presidente aproveitou reunião com governadores da região amazônica nesta semana, marcada para discutir os incêndios florestais na Amazônia que geraram forte pressão internacional sobre o Brasil, para criticar as demarcações de áreas indígenas, quilombolas e de reservas florestais.Assim como fez durante a reunião, Bolsonaro voltou a afirmar durante a transmissão que as demarcações dessas áreas visam inviabilizar o Brasil. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

MPF requisita PF para defender território dos Xikrin.....que Bozo quer liberar para fazendeiros explorarem

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou uma operação da Polícia Federal, em caráter de urgência, contra invasores da Terra Indígena na Trincheira Bacajá (PA). Eles estariam se preparando para atacar aldeias da etnia Xikrin. A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que "as ameaças são uma resposta à retomada das áreas invadidas por dezenas de guerreiros Xikrin, no último sábado (24). No mês passado, grileiros desmataram e queimaram ilegalmente 15 km2 de floresta amazônica, segundo cálculo da ONG Imazon." A procuradora Thais Santi despachou: "ao Ministério Público Federal trata-se de conflito da mais alta gravidade, tendo em vista que houve ação por parte dos indígenas no sentido de expulsar os invasores de suas terras, após mais de um ano aguardando atuação policial na região”."

Sem projeto de Brasil Bozo quer liberar terras indígenas para serem exploradas....por índios ou por latifundiários???

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que o governo irá trabalhar para permitir que os indígenas possam explorar economicamente suas terras e chamou de “picaretas” ONGs internacionais que, segundo ele, “escravizam” os indígenas.“Não justifica viver nessa situação (de pobreza) com a riqueza que vocês têm. A decisão tem que ser de vocês, sem intermediários. Vai depender do Parlamento, mas a gente vai buscar leis para mudar isso”, disse Bolsonaro ao lado de lideranças indígenas. Os líderes de etnias como Pareci, Ianomami e outras, foram trazidas ao Planalto pelo secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, pecuarista e com um histórico de conflitos com indígenas. O secretário, que já defendeu a reversão de demarcação de terras indígenas, chegou a declarar que os índios são hoje os maiores latifundiários do país.

“Alguns querem que vocês fiquem dentro da terra indígena como se fossem um animal pré-histórico. Vocês são seres humanos e o Brasil precisa de todo mundo unido”, afirmou Bolsonaro. “Vocês têm terra, bastante terra, vamos usar essa terra. Vão continuar sendo pobre, sendo escravizados por ONGs, por deputado, senador que não tem compromisso com vocês, que usam vocês para se dar bem?” Em mais de um momento, Bolsonaro afirmou que vai defender que a exploração das terras independa de laudos ambientais ou da Funai, e tenha apenas a concordância dos povos. E chegou a dizer que a Fundação Nacional do Índio (Funai) teria que fazer o que os indígenas quisessem, ou ele demitiria toda a diretoria. Ao comentar a questão da terra dos Ianomamis, o presidente acrescentou que as ONGs só se preocupavam com as terras porque são ricas. “Se fosse terra pobre não tinha ninguém. Como é rica tem esses picaretas internacionais, picaretas dentro do Brasil e picaretas dentro do próprio governo dizendo que estão defendendo vocês”, afirmou.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Pastoral Carcerária do Ceará denuncia em Editorial o 'silêncio' dos vivem atrás das grades

EDITORIAL DA PASTORAL CARCERÁRIA DO CEARÁ

Se o atordoador silêncio que hoje emana de todos os que possuem, direta ou indiretamente, relação de interesse sobre o sistema penal do Ceará, trouxesse o sentimento real de segurança e justiça, talvez já fosse mesmo o tempo de se comemorar. Mas não vislumbramos justiça no momento. Que silêncio é esse que suscita mais dúvidas do que certezas? A mudez tomou conta de autoridades, servidores, instituições fiscais e, o que mais causa espanto: o “grito das prisões” silenciou. Será que tudo que está acontecendo nos cárceres é aceitável pela simples argumentação de que “é uma situação que se impõe?” Reflitamos à luz da lei.O que de fato originou esse silêncio? O que estará de fato acontecendo nas carceragens? Teria o Estado do Ceará encontrado a fórmula mágica para o controle das prisões e, o óbvio desse segredo era apenas mais coerção sobre os corpos? Inacreditável.

Os questionamentos que se podem formular não cabem nesse breve editorial. O fato é que o silêncio que vem de lá causa não só espanto, mas também apreensão. Tensão permanente.A história dos ergástulos nos apresenta outro olhar sobre esse cenário. A origem dessa mudez não está exclusivamente na força coercitiva empregada pela segurança prisional, embora ainda não se possa precisar qual ou quais outras causas o seriam. Um mistério “que se impõe”.Por mais otimista que se possa ser, qualquer euforia comemorativa toma contornos de prematuridade, notadamente pelo fato de que cerca de trinta mil vozes simplesmente calaram passivamente. Um grito inaudível.O ceticismo será companheiro presente até que se possa observar claras ações de justiça caminhando paralelas às ações de segurança. Até lá, que Deus permaneça no controle de tudo!

COMENTÁRIO DESTE BLOGUEIRO AO EDITORIAL

Acabo de ler o editorial ‘O silêncio que vem de lá’, publicado pela Pastoral Carcerária do Ceará. Fiquei atônito e desconcertado. Não é para menos!Afinal, após aqueles terrificantes e inesquecíveis acontecimentos do começo do ano, marcados pela violência inaudita por parte das facções - mas também por forças policiais estaduais e nacionais, acreditava-se que o Governo do Estado do Ceará tinha encontrado uma fórmula que combinasse segurança pública com respeito mínimo aos direitos básicos dos aprisionados. E, o que mais interessa, uma política realista de ressocialização. 

Por mera coincidência, li, anteontem, uma reportagem publicada no Jornal Jangadeiro que chamou a minha atenção. Segundo o jornal, só neste ano, o Estado do Ceará gastou mais de 4 milhões de reais em aquisição de armas e na promoção de treinamentos para agentes penitenciários. A reportagem finaliza afirmando que o Ceará já seria referência para outros estados.Com base também nessas informações, torna-se mais esclarecedora a denúncia do Editorial da Pastoral Carcerária cearense. ‘O silêncio que vem de lá’, e o seu ‘grito inaudível’, parece ser o terrificante resultado de uma política do ‘‘tudo está dominado no pacificado Estado do Ceará"! Na realidade, parece-me ser o fruto podre e envenenado da ação repressora do Estado, que impõe submissão humilhante aos vencidos. E que censura toda reivindicação interna e externa. ‘O silêncio que vem de lá’, dos que vivem atrás das grades, é também o silêncio imposto pelos ‘vencedores’ aos seus familiares, cuja voz não pode e não deve mais ecoar.  Mas é, também, ‘o silêncio que vem de cá’! O silêncio cúmplice de uma sociedade que aplaude e se regozija intimamente com a tortura, o aprisionamento humilhante, a punição sádica.

É o silêncio criminoso de instituições, supostamente humanitárias, que se autoconvencem que a única medida social viável para retirar das ruas a ‘bandidagem’ é a ‘política do abate’. Ou o seu encarceramento puro e simples. É o silêncio farisaico de muitas igrejas que, ignorando a prática profética e misericordiosa de Jesus de Nazaré, acham que gritando exorcismos podem expulsar o satanás que se apossou de milhares de jovens infratores.É desolador constatar que mergulhamos num estado de anestesia humana e paralisia social.

Como cidadão, como humano e como padre, continuo acreditando que chegou a hora de ‘quebrar o silêncio’! Ou, como o Mestre da Galiléia já dizia: "O que vos digo na escuridão, dizei-o às claras. O que vos é dito ao ouvido, publicai-o de cima dos telhados."(Mt, 10,27)

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Itamaraty usa dados da era Lula para defender Brasil de críticas sobre desmatamento


Diplomatas de todos os principais postos brasileiros no exterior receberam uma circular da Secretaria de Relações Exteriores elencando argumentos que devem ser utilizados para defender a política ambiental brasileira, em meio a críticas de pesquisadores e governos estrangeiros à gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Nela, o Itamaraty começa afirmando que os índices de desmatamento na região amazônica tiveram “redução significativa, de 27.700 km² em 2004 para 7.500 km² em 2018 (redução de 72%)”. O telegrama não deixa claro, no entanto, que nesse período só houve redução no desmatamento entre 2004 e 2012, durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e metade do primeiro de Dilma Rousseff.

Mas desde 2012 os dados medidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram crescimento quase contínuo da derrubada de floresta.O desmatamento na Amazônia Legal, que engloba a região Norte mais parte do Maranhão e Mato Grosso, caiu de 27,8 mil km² em 2004 para o menor resultado histórico em 2012 (4.600 km²). A queda é atribuída principalmente ao aumento da fiscalização e repressão, possibilitado pela melhora do monitoramento por satélites, além de demarcações de terras indígenas. Os dados para o último ano (período que engloba de agosto de 2017 a julho de 2018), durante o governo de Michel Temer (MDB), são de 7.900 km² de perda de mata nativa na região. A cifra corresponde a um aumento de 15% ante os 12 meses anteriores.

Já os números preliminares de 2019 têm indicado piora da situação: o sistema Deter, do Inpe, aponta que os alertas de desmatamento na Amazônia Legal brasileira dispararam 278% no mês passado, na comparação com julho de 2018. Para ambientalistas, a forte alta reflete o enfraquecimento das políticas de preservação. O Itamaraty aponta razões políticas e econômicas para as críticas à política ambiental em curso no país. “Críticos buscam associar o Brasil à destruição do meio ambiente com o objetivo de pressionar o país a aceitar compromissos maiores nos regimes internacionais de que faz parte, tanto no caso de instrumentos aos quais já nos associamos (como o Acordo de Paris) como no caso de obrigações ainda por assumir (Marco Global sobre Biodiversidade pós-2020)”, afirma o telegrama.

No telegrama enviado aos diplomatas, a Secretaria de Relações Exteriores diz que “a área com cobertura vegetal nativa no Brasil corresponde a 66,3% do território: 25,6% como vegetação nativa em propriedades rurais; 13,8% como terras indígenas; 10,4% como unidades de conservação; e 16,5% em terras devolutas e não cadastradas”. (GGN)

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Receita Federal reconhece que MILICIAS estão no poder com Bolsonaro! Por Mauro Lopes

Uma mensagem do auditor fiscal José Alex Nóbrega de Oliveira, desnudam quem são Sergio Moro, Deltan Dallagnol e Jair Bolsonaro e a verdadeira face da Lava Jato e do governo neofascista-bolsonarista. Desde este sábado, as entranhas do governo Bolsonaro foram expostas ao Brasil: numa mensagem que carrega a força de sua origem, a cúpula da Receita Federal, sabemos de maneira praticamente oficial que o clã Bolsonaro chegou à Presidência para colocar as milícias sob a proteção do Estado. O que são as milícias? Grupos paramilitares formados em sua maioria por PMs ou ex-PMs e igualmente por agentes e ex-agentes de outras forças armadas do Estado, formadas com o objetivo de cometer todo tipo de crimes: da extorsão aos assassinatos, do controle do tráfico de drogas à especulação imobiliária ilegal, à instalação de um reino de terror nas favelas e periferias, especialmente no Rio de Janeiro.
A mais notória das milícias, o Escritório do Crime, é comandada pelo ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, foragido, intimamente ligado ao clã Bolsonaro, assim como outro ex-PM, também  miliciano e foragido, o caixa da famiglia, Fabrício Queiroz. Pois bem. O que revelou a seus colegas o auditor fiscal José Alex Nóbrega de Oliveira, que ocupa o estratégico cargo de delegado da Alfândega do Porto de Itaguaí, na Zona Oeste do Rio? Sua substituição está decidida, por decisão emanada do clã, para colocar no posto um apaniguado do bolsonarismo, numa "indicação política", como escreveu Oliveira numa mensagem pelo Whatsapp a um grupo de altos funcionários da Receita Federal.

Na mesma mensagem, ele relatou que o superintendente da Receita Federal, Mário Dehon, protestou contra a indicações, recusou-se a executar a ordem; por isso, está ameaçado de demissão sumária. "Em represália a essa atitude [a recusa da nomeação do indicado do clã], o mesmo está ameaçado de exoneração", digitou. O auditor sob a mira do bolsonarismo explicitou a seus colegas a razão da pretendida substituição: o porto de Itaguaí é um importante centro de entrada de mercadorias vindas da China e exportação para a Europa. E aduziu que a região é "fortemente dominada por milícias". Não é difícil imaginar que tipo de mercadoria passará a ter acesso livre pelo porto de Itaguaí se a indicação do bolsonarismo milicano for efetivada. Assim estamos: o Whatsapp e o Telegram, fartamente utilizados pela extrema-direita para solapar as bases da democracia e instalar o neofascismo submetido aos interesses do Império no poder, são também neste momento "mídias da verdade".

Espanta a passividade da sociedade brasileira diante do assalto ao poder por duas quadrilhas consorciadas, o clã Bolsonaro e a Lava Jato. O mundo encara o Brasil com espanto, repugnância e horror e indaga-se: como as elites deste importante país podem ter apoiado e ainda dar sustentação a um projeto de poder abertamente criminoso?

O país está ladeira abaixo. Até quando?


Governadores da Amazônia Legal lamentaram que as políticas e declarações do governo brasileiro tenham levado à paralisação de  financiamentos internacionais e divulgaram nota dizendo que pretendem negociar diretamente com os países envolvidos.  O governador do Amapá Waldez Góes afirmou que "o bloco amazônico lamenta que as posições do governo brasileiro tenham provocado a suspensão dos recursos. Nós, governadores da Amazônia Legal, somos defensores incondicionais do Fundo Amazônia”. A reportagem do jornal O Globo destaca que "no último dia 10, a Alemanha anunciou a suspensão do financiamento de R$ 155 milhões para projetos de preservação da Amazônia refletindo 'a grande preocupação com o aumento do desmatamento'. No dia 15, foi a vez do governo da Noruega anunciar a suspensão dos repasses de 300 milhões de coroas norueguesas, o equivalente a R$ 133 milhões, que seriam destinados ao  Fundo Amazônia - em desacordo com a nova configuração dos comitês." A matéria ainda acrescenta que "segundo o comunicado, o bloco já informou ao presidente e às embaixadas da Noruega, Alemanha e França, que o consórcio 'estará dialogando diretamente com os países financiadores do Fundo'

Moro se recusa entregar documentação sobre o escândalo no partido do Bozo. Direito à informação só para alguns!

O  ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, se recusou a entregar ao jornal Folha de S.Paulo cópia da documentação que tinha dado a Jair Bolsonaro sobre a investigação da Polícia Federal a respeito de candidaturas laranjas do PSL. O jornal fez o pedido pela Lei de Acesso à Informação. O próprio Bolonaro declarou durante uma entrevista coletiva no Japão, em junho último, que recebeu a documentação de Moro.  A Presidência da República também se recusou a fornecer os documentos, sob o argumento de que a solicitação era "uma duplicata" e que o Ministério da Justiça e Segurança Pública é que responderia.  O escândalo dos laranjas do PSL veio à tona em fevereiro e entre outras consequências políticas resultou na queda do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que comandou o partido em 2018.  Segundo inquérito da Polícia Federal, há indícios da participação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, em um esquema que direcionou verbas de campanha eleitoral para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara.  Na edição da Folha de S.Paulo desta segunda-feira (19), o repórter Rubens Valente relembra que "em 27 de junho, a PF deflagrou uma operação para investigar o assunto e prendeu um assessor de Antônio. Um dia depois, quando concedeu uma entrevista coletiva em Osaka, no Japão, Bolsonaro foi indagado sobre o assunto. O presidente respondeu: 'Ele [Moro] mandou a cópia do que foi investigado pela Polícia Federal pra mim. Mandei um assessor meu ler porque eu não tive tempo de ler' ".  O caso tramita sob segredo na 26ª Zona Eleitoral de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

Imprensa alemã pede sanções contra o Brasil pela irresponsabilidade ambiental do Bozo!

A economia brasileira, em especial o agronegócio, está prestes a começar pagar a conta da irresponsabilidade de Jair Bolsonaro em relação ao meio ambiente. Dois dos principais veículos de comunicação da Alemanha, a Der Spiegel e o jornal Die Zeit, já cobram sanções contra o Brasil. “A Europa não deve ficar de braços cruzados enquanto um preconceituoso cético da ciência, movido pelo ódio, sacrifica vastas áreas de floresta para pecuaristas e plantações de soja”, diz a revista

sábado, 17 de agosto de 2019

Assunção de Maria – Subir ao céu para trazer para a terra o governo de céu (Lc. 1,39-56)


Vivemos uma época em que é preciso provar de que lado nós estamos. Se estamos com os famintos, ou com aqueles que cobiçam e roubam o pão, o trabalho e a esperança de milhões de famílias. Provar se andamos de mãos dadas com os poderosos que escravizam e humilham, ou se fazemos, concretamente, uma verdadeira aliança com ‘o Poderoso’. O único que tem o poder de proteger, assistir e governar seus filhos: o Nosso Pai! Maria fez uma escolha bem clara e definitiva antes mesmo de dar à luz o seu filho Jesus. Ela, como Isabel, acreditou que ‘o Poderoso’ faz coisas grandiosas e surpreendentes na história do seu povo. Mas, diferentemente, de Zacarias, - o sacerdote profissional incrédulo, esposo de Isabel, - é preciso acreditar. Bem-aventurados são aqueles que acreditam, como Maria e Isabel, que o Espírito do Senhor olha sempre com carinho especial todos aqueles que vivem humilhados. Que esse mesmo Espírito tem poder de capacitar os que acreditam a derrubarem ‘os poderosos’ arrogantes de seus tronos. E de esvaziarem o seu poder, deixando suas mãos, seus armazéns e seus bancos sem nada! Celebrar a ‘ASSUNÇÃO’ de Maria significa ‘ASSUMIR’ o compromisso de transformar a terra, trazendo entre nós, aqui e agora, o ‘governo celestial’ de Deus Pai. E resgatar tantos filhos e filhas que vivem esmagados por diabólicos inimigos da ‘Boa Nova’.

domingo, 11 de agosto de 2019

17 juristas internacionais e ex-ministros da justiça e cortes superiores de oito Países pedem LULA LIVRE e condenam a farsa do julgamento.

O Supremo Tribunal Federal é o alvo de uma carta assinada por 17 juristas, advogados, ex-ministros da Justiça e ex-magistrados de cortes superiores de 8 países, que pedem a libertação de Lula e criticam seu processo. Eles afirmam, no texto, que as mensagens trocadas entre os procuradores de Curitiba e o ex-juiz Sergio Moro, detonando conluio na Lava Jato, “estarreceram todos os profissionais do direito.”

“Hoje, está claro que Lula não teve direito a um julgamento imparcial”, avaliaram. “Não foi julgado, foi vítima de uma perseguição política.”“Num país onde a Justiça é a mesma para todos, um juiz não pode ser simultaneamente juiz e parte num processo”, defenderam.

“Ficamos chocados ao ver como as regras fundamentais do devido processo legal brasileiro foram violadas sem qualquer pudor”, afirmaram.“Por causa dessas práticas ilegais e imorais, a Justiça brasileira vive atualmente uma grave crise de credibilidade dentro da comunidade jurídica internacional”, dispararam.
Os juristas que assinam o manifesto são de países como França, Espanha, Itália, Portugal, Bélgica, México, EUA e Colômbia.“Entre os signatários está Susan Rose-Ackerman, professora de jurisprudência da Universidade de Yale, nos EUA. Ela é considerada uma das maiores especialistas do mundo em combate à corrupção.”Dall' Agnol já recomendou leituras da professora. O marido dela, Bruce Ackerman, foi professor do ministro do STF Luis Roberto Barroso, em Yale.“Outros nomes de peso que assinam a carta são o professor italiano Luigi Ferrajoli, referência do garantismo jurídico no mundo, o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, que condenou o ex-ditador chileno Augusto Pinochet por crimes contra a humanidade, Alberto Costa, ex-ministro da Justiça de Portugal, e Herta Daubler-Gmelin, ex-ministra da Justiça da Alemanha.”

sábado, 10 de agosto de 2019

19º domingo – Arregaçar as mangas e servir, sem lero-lero (Lc. 12,32-48)


Jesus entrega a missão de ‘gerenciar’ o Governo de Deus não aos sabidos e grandes, mas aos pequeninos que o seguem. E que assumem as suas mesmas atitudes. Quais? A primeira atitude é doar-se, e doar tudo aos pobres. A cobiça e a ganância são incompatíveis para quem quer construir a ‘Governança de Deus’! A acumulação de bens sequestra a consciência e o coração das pessoas. O desprendimento e a caridade é o verdadeiro tesouro que não será sequestrado jamais. E que nunca se estraga. A segunda atitude é estar em permanente situação de serviço. Amarrar a túnica na cintura significa estar sempre trabalhando para os outros. E sempre a cominho. Jamais acomodados e despreocupados. E a terceira atitude é manter as lâmpadas acesas como os caminhantes faziam, no deserto, em suas tendas. A lâmpada sempre acesa era sacramento da presença sempre viva e luminosa de Javé no meio do seu povo. Jesus declara bem-aventurados aqueles discípulos que agem assim, pois será o próprio ‘noivo Jesus’ a servi-los à mesa. Uma referência clara à presença de Jesus que se doa e serve na sua missão eucarística. Não num rito mecânico, e nem numa celebração eucarística repetitiva. Mas na atitude permanente do seguidor de Jesus que é chamado a viver servindo as pessoas. Principalmente os famintos, os mendigos, os excluídos do banquete da vida. O seguidor de Jesus que trai esta missão, e se coloca na comunidade como aquele que manda e que domina, que exclui e julga, será ‘partido ao meio’. Esta era a pena reservada aos traidores e infiéis. Que cada um de nós aja como um verdadeiro pai que está no meio da sua família servindo. Protegendo. Acolhendo. Amando. Feliz dia dos Pais!

sábado, 3 de agosto de 2019

XVIII domingo comum – Estúpido, hoje mesmo vai perder tudo, e o que você acumulou vai para quem, hein? (Lc. 12, 13-21)

Divisões de heranças sempre têm provocado conflitos e intrigas entre os beneficiários. Destroem afetos e indispõem irmãos. O simples fato de ter uma herança, seja qual for, é a prova concreta de que existe uma doença chamada ganância. De fato, se sobrou riqueza para ser repartida é porque alguém não quis distribuir generosamente quando em vida. Pensou unicamente em si próprio. Jesus deixa claro que quando uma pessoa vive só em função de acumular riquezas torna-se um ‘estúpido e um insano’. Deixa de ser uma pessoa livre. E se torna vítima de sua própria sede de possuir e acumular. A parábola narrada por Jesus não se dirige somente aos grandes ricos, mas a cada pessoa que coloca em primeiro lugar o ter só para si. Não importa a quantidade da sua riqueza, e sim, a sua fome insaciável de acumular bens e fama! Quem age assim é prova de que perdeu o rumo na vida. Vê a vida de forma deformada. Pensa que com a riqueza poderá dominar o mundo. Mas desgraça a sua vida, e a dos outros. Principalmente daqueles com os quais ele não partilhou. E daqueles de quem arrancou suor e sangue para enriquecer. O ganancioso é um doente terminal. Não há tratamento eficaz para ele. Ele mesmo se autodestrói, e se consome. Chegou a hora de aceitarmos o ‘tratamento’ da generosidade e da solidariedade e curarmos outros doentes incapazes de descobrirem os verdadeiros tesouros da vida!

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Por unanimidade STF mantém demarcação de terras indígenas sob a FUNAI. Bozo sofre nova derrota


Por unanimidade, o plenário do Supremo Tribunal Federal referendou, nesta quinta-feira (1º/8), liminar concedida pelo ministro Luís Roberto Barroso em três ações para suspender a validade da medida provisória que transferiu para o Ministério da Agricultura a demarcação de terras indígenas. Na sessão desta quinta-feira, o ministro Barroso votou pela ratificação da liminar. "Houve reedição da medida provisória, o que é vedado pela Constituição. A se admitir tal situação, não se chegaria jamais a uma decisão definitiva e haveria clara situação de violação ao princípio da separação dos poderes”. Segundo Barroso, o artigo 62, parágrafo 10, da Constituição da República veda expressamente a reedição de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido a sua eficácia por decurso de prazo na mesma sessão legislativa e cujo teor literal não suscite qualquer divergência.

Celso ainda afirmou que o comportamento do atual presidente da República, revelado na reedição de MP rejeitada, "traduz clara e inaceitável transgressão a autoridade suprema da Constituição Federal. Uma inadmissível e perigosa transgressão da separação de poderes". Na opinião de Celso, parece ainda haver, na intimidade do poder, um resíduo de “indisfarçável autoritarismo", que "transgride a autoridade da Constituição. É preciso repelir qualquer ensaio de controle hegemônico do aparelho de Estado por um dos poderes da República", afirmou. 

O ministro foi seguido pelos ministros Luiz Edson Fachin, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e Dias Toffoli (Gabriela Coelho, do Conjur - )

Rede de corrupção entre membros do Judiciário tornou eleição de Bolsonaro uma farsa, diz filósofo Safatle

O Brasil não teve eleições à Presidência da República em 2018 e Jair Bolsonaro (PSL) não é presidente do Brasil. A reflexão, do filósofo Vladimir Safatle, parte do teor das mensagens trocadas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, divulgadas desde junho pelo site The Intercept Brasil. As conversas mostram que o processo eleitoral que alçou Bolsonaro ao cargo mais alto da República foi ilegítimo.

“O que vimos foi simplesmente um processo sem condição alguma de preencher critérios básicos de legitimidade. Ou seja, uma farsa, mesmo para os padrões elásticos da democracia liberal”, afirma Safatle. Sem rodeios, ele avalia que as mensagens demonstram ter havido “uma rede de corrupção envolvendo membros do poder judiciário”. Os exemplos são muitos: Moro e Dallagnol discutindo o uso de R$ 38 mil da 13ª Vara para o pagamento de campanha publicitária; palestras milionárias com informações privilegiadas; e tentativa de se apoderar de R$ 2,5 bilhões da Petrobras. Tudo em nome ao combate à corrupção.E houve ainda a revelação do juiz Sergio Moro “melhorando provas” e atuando em conluio com o Ministério Público Federal (MPF) para prender e tirar da disputa eleitoral Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato que liderava todas as pesquisas de intenção de voto. “Todos, independente de quem sejam, têm o direito a um julgamento justo e imparcial. Mas isto não aconteceu no caso que estava sob sua jurisdição”, pondera o filósofo, quase forçado a dizer o óbvio nesses tempos estranhos.

“Na verdade, o sr. Moro quebrou todas as regras possíveis para benefício próprio, ou seja, para prender o candidato à Presidência que impedia seu próprio projeto pessoal de se tornar presidente em 2022. Ninguém que tem interesse pessoal em um processo pode ser o juiz do mesmo. Mas como ninguém parou o sr. Moro, ele pode ser agora catapultado para o centro da política brasileira pelas mãos de um político que ele, mais do que ninguém, elegeu ao tirar o primeiro colocado de circulação, ao alimentar o noticiário com notícias construídas tendo em vista o calendário eleitoral. Que ninguém se engane. Este senhor já está em campanha, sua mulher já está em campanha, seus apoiadores já estão em campanha”, alerta Safatle.

Com todo esse roteiro, Safatle defende que o Brasil está sem presidente. Há no poder uma pessoa que sabe disto, que finge governar para a maioria do povo brasileiro, mas na verdade governa para “os porões da caserna de onde saiu”, e para manter a mobilização dos 30% da população que segue lhe dando apoio. A declaração sórdida de Bolsonaro sobre um desaparecido político morto pela ditadura, para o filósofo, não é “mais uma derrapada”, como muitos dizem, mas sim um ato de governo pensado e encenado.

“É a sua real concepção de governo e que consiste em mudar paulatinamente o centro dos limites do intolerável. Os que dizem que ‘são só palavras’ não entendem nada sobre o que palavras realmente são. Palavras são o que temos de mais real, pois sua circulação autoriza ações, violências, afetos e túmulos”, diz Safatle, em artigo publicado no site do jornal El Pais. (Da RBA)