sábado, 3 de agosto de 2019

XVIII domingo comum – Estúpido, hoje mesmo vai perder tudo, e o que você acumulou vai para quem, hein? (Lc. 12, 13-21)

Divisões de heranças sempre têm provocado conflitos e intrigas entre os beneficiários. Destroem afetos e indispõem irmãos. O simples fato de ter uma herança, seja qual for, é a prova concreta de que existe uma doença chamada ganância. De fato, se sobrou riqueza para ser repartida é porque alguém não quis distribuir generosamente quando em vida. Pensou unicamente em si próprio. Jesus deixa claro que quando uma pessoa vive só em função de acumular riquezas torna-se um ‘estúpido e um insano’. Deixa de ser uma pessoa livre. E se torna vítima de sua própria sede de possuir e acumular. A parábola narrada por Jesus não se dirige somente aos grandes ricos, mas a cada pessoa que coloca em primeiro lugar o ter só para si. Não importa a quantidade da sua riqueza, e sim, a sua fome insaciável de acumular bens e fama! Quem age assim é prova de que perdeu o rumo na vida. Vê a vida de forma deformada. Pensa que com a riqueza poderá dominar o mundo. Mas desgraça a sua vida, e a dos outros. Principalmente daqueles com os quais ele não partilhou. E daqueles de quem arrancou suor e sangue para enriquecer. O ganancioso é um doente terminal. Não há tratamento eficaz para ele. Ele mesmo se autodestrói, e se consome. Chegou a hora de aceitarmos o ‘tratamento’ da generosidade e da solidariedade e curarmos outros doentes incapazes de descobrirem os verdadeiros tesouros da vida!

Nenhum comentário: