Continuam os ataques contra os jesuítas da Nicarágua. Assim, após a confisco de bens e a apreensão da Universidade Centro-Americana (UCA), a Província Centro-Americana da Companhia de Jesus publicou um comunicado no qual anuncia que nesta madrugada (tarde na Nicarágua), "a polícia nicaraguense se apresentou, junto com membros do poder judiciário, na residência dos jesuítas, a residência Villa Carmen", que está ao lado da UCA, mas que esclarecem ser "propriedade da Companhia de Jesus", para exigir sua desocupação, argumentando que essa residência também é propriedade do Estado da Nicarágua. Os membros da comunidade, continua o comunicado, "mostraram aos agentes a documentação de escritura de propriedade relacionada à residência" e que comprova a propriedade. No entanto, "os agentes ignoraram a documentação e receberam a ordem de deixar a casa, permitindo-lhes retirar apenas alguns objetos de uso pessoal". Os seis membros da comunidade obedeceram às ordens da autoridade e deixaram a residência, observa o comunicado, que informa que "os jesuítas despejados estão bem, e encontram-se num local seguro". Os jesuítas estão atualmente na Comunidade de São Inácio, em Manágua. "A Província Centro-Americana da Companhia de Jesus condena esse ato e expressa a confiança de que o Senhor da História continue acolhendo os jesuítas da Nicarágua sob sua bandeira neste momento", conclui o comunicado. Após a expulsão, a Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina e do Caribe emitiu outro comunicado no qual chamam o despejo de "mais um ato de um espetáculo onde a verdade, a justiça e o respeito pelos direitos inalienáveis dos seres humanos confrontam-se com medidas que buscam silenciar as vozes que se levantam e apoiam a luta por um país onde os direitos de todos sejam respeitados, sua integridade e sua busca por viver livremente em seu próprio país".(IHU)
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