sexta-feira, 28 de março de 2025

4º domingo de Quaresma - Sentir e compreender como um coração compassivo de um Pai!

No universo ético dos prepotentes não há espaço para os misericordiosos. Ter um coração entranhado de compaixão é para os ‘sem piedade’ sinônimo de fraqueza. Modelos de ‘durões’ hipócritas não faltam na nossa atualidade. O evangelho de hoje nos convida a olhar as fragilidades dos outros a partir de um coração de pai.  Compreender e sentir como um pai ao ver um filho amado se afastar dele para procurar alhures o que ele nunca lhe negou: afeto e amor sem fim. Somente essa capacidade de olhar para os erros dos outros como um pai de verdade, - e não a partir dos falsos conceitos de justiça do irmão mais velho da parábola, - é que podemos entender o alcance da mensagem de Jesus. Muitas vezes nos escandalizamos com os pequenos ou grandes erros dos outros, principalmente quando eles parecem nos prejudicar, ao passo que o Pai se preocupa unicamente com a nossa integridade física e moral na sua plenitude. O que apavora um pai não são os erros de seu filho, mas o medo de perdê-lo para sempre! Perdoar e acolher um irmão arrependido jamais é sinal de fraqueza ou, pior, de cumplicidade, ao contrário, é a demonstração de que em nós ainda prevalece a humanidade compassiva e não uma patológica sede de punição. O Deus de Jesus jamais ignora um filho que volta a procurar o seu abraço aconchegante e revitalizador! Nunca é tarde demais para fazer isso!

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