A posse do novo bispo de Balsas (MA) pe. Enemésio Lazaris, da Congregação Orionita, no próximo dia 29 nos dá oportunidade de refletir brevemente sobre as modalidades e os critérios adotados pelo Vaticano na escolha dos seus bispos. Lembro-me que na época da ditadura, governo Figueiredo, no ano de 1981, o porta-voz da presidência, o Sr. Átila, criticou a igreja católica por ela denunciar a falta de democracia política no País e por ela, de forma contraditória, não praticar dentro dela o que ela denunciava. Apontava para tanto o ato do Vaticano de "nomear", e não de promover "eleições" para escolher os bispos...!
Dom Ivo, então secretário geral da CNBB, veio a público para rebater às criticas afirmando que "os bispos são ESCOLHIDOS E COLOCADOS DE LADO DIRETAMENTE POR CRISTO". Foi claramente uma declaração infeliz do saudoso prelado. Todos sabem que não é assim. Os critérios adotados pelo Vaticano são de outra natureza: um bispo confiável é um bispo que não polemiza, a-crítico, bom administrador, alinhado com a moral ortodoxa, etc. Se não soubéssimos da integridade e coerência de Dom Ivo poderiamos até pensar que ele estivesse utilizando o nome de Jesus para justificar não somente a falta de participação dos católicos na escolha de seus pastores, mas a manutenção de um projeto político elitista do Vaticano.
À época, o Vaticano estava preocupado com um número preocupante de bispos que haviam se afastado da postura que um pastor fiel ao Vaticano deveria ter. Muitos bispos, aqui no Brasil, haviam feito a opção pelos pobres e excluídos da sociedade e assumido posturas críticas corajosas com relação aos governos militares. Além disso, incentivavam o crescimento de comunidades fraternas e participativas sem que houvesse protagonismos clericais. Isso desagradava a Roma. Questionava o seu modo imperial de agir. O então Núncio Apostólico Dom Carmine Rocco chegou a afirmar que erros como os de nomear Dom Casaldaliga, Dom Fragoso, Dom Paulo Arns, Dom José Maria Pires...não voltariam a se repetir! O Vaticano ainda hoje continua querendo manter o controle das nomeações de seus bispos e se recusa a reconhecer que a participação dos católicos na eleição de seus próprios pastores seria um sinal de coerência com a prática do pão partilhado e do serviço praticado por JESUS DE NAZARÉ. Esperemos que a nomeção de Dom Enemésio seja mais um....erro do Vaticano!
À época, o Vaticano estava preocupado com um número preocupante de bispos que haviam se afastado da postura que um pastor fiel ao Vaticano deveria ter. Muitos bispos, aqui no Brasil, haviam feito a opção pelos pobres e excluídos da sociedade e assumido posturas críticas corajosas com relação aos governos militares. Além disso, incentivavam o crescimento de comunidades fraternas e participativas sem que houvesse protagonismos clericais. Isso desagradava a Roma. Questionava o seu modo imperial de agir. O então Núncio Apostólico Dom Carmine Rocco chegou a afirmar que erros como os de nomear Dom Casaldaliga, Dom Fragoso, Dom Paulo Arns, Dom José Maria Pires...não voltariam a se repetir! O Vaticano ainda hoje continua querendo manter o controle das nomeações de seus bispos e se recusa a reconhecer que a participação dos católicos na eleição de seus próprios pastores seria um sinal de coerência com a prática do pão partilhado e do serviço praticado por JESUS DE NAZARÉ. Esperemos que a nomeção de Dom Enemésio seja mais um....erro do Vaticano!
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