Será que Paulo, com esta profecia, quer mesmo negar o mistério e a beleza do relacionamento entre a mulher e o homem? E o dom precioso da fraternidade e da amizade? Será que quer fechar os olhos, e o coração, diante das lagrimas e do sofrimento dos pobres? Ou talvez tenha esquecido de Jesus quando chorou a morte do amigo Lázaro? E das lagrimas do Mestre, que, contemplando Jerusalém, chorava sobre os corações de pedra, que se fecham à Bela Notícia do Reino? Será que Paulo despreza a alegria e o convívio carinhoso e amoroso da família e da comunidade?
Não podemos acreditar que o sentido destas palavras, endereçadas à comunidade de Corinto, se resuma na proposta de viver neste mundo adotando o estilo do “fazer de conta”, como se não tivesse importância para os cristãos a economia, a política, a história e a própria Vida. Como se a situação dos povos indígenas e dos povos do campo e das cidades não pesasse na balança da Justiça do Reino do Pai.
Como se o grito do Planeta Terra, da Amazônia e do Cerrado, do Sertão e da Mata Atlântica, do Pantanal e da Caatinga, do Rio São Francisco, do Rio Itapecuru, Mearim, Parnaíba, Balsas, Pindaré... agredidos e destruídos pelos grandes negócios do capitalismo, não tivesse chegado aos ouvidos de Javé.
Como se o fatalismo, tão presente no meio do povo, fosse a pedra, religiosamente colocada sobre todos os sonhos de uma vida e de um mundo diferente. Como se o medo diante dos poderes e dos poderosos fosse a única lei que governa a história. O medo como condenação: aceita e interiorizada pelos oprimidos e excluídos.
O medo como submissão: aceita como a única forma de “bom senso” para poder sobreviver numa realidade de injustiça e desigualdade, de clientelismo, apadrinhamento, cooptação. E chantagem praticada por quem manda para negar a dignidade e os direitos fundamentais dos pobres.
O medo que nos faz repetir, há séculos, que “cachorro sem dono, não presta”... E, freqüentemente, os pobres reproduzem a lógica dos seus opressores, herdando a esperteza de tirar vantagem, mentir e roubar – como boa parte de nossos administradores - sem se preocupar com a vida dos outros. E acontece que, às vezes, os pobres repetem o esquema da opressão dentro de seus lares e quem sempre fica humilhado e oprimido, no mundo como nas nossas casas, são os mais fracos: as mulheres e as crianças.
O que significa, em fim, que o cenário deste mundo é passageiro? A proposta de Paulo não é a fuga deste mundo! É o contrario!
Como tudo passa, tudo é passageiro, estamos proibidos de divinizar o poder de quem manda no Município, no Estado, no Brasil e no Planeta. O poder do latifúndio, dos madeireiros e dos usineiros, o poder do agro-negócio, o poder imperial dos Estados Unidos... tudo isto passa... termina, fenece, morre...Como tudo passa, é possível intervir na realidade e transformá-la.
O que fica é a pessoa de Jesus e as sementes do Reino, que está perto, que está presente em quem, com a comunidade, venceu o medo com a fé. E quantas irmãs e irmãos, também no nosso meio, são fieis a Jesus de Nazaré e ao Reino de justiça e paz, Reino de misericórdia e verdade!!!
E nós conhecemos muitos companheiros e companheiras, que participam da construção de um novo céu e de uma nova terra, com as suas práticas comunitárias, eclesiais e sociais!!! Nas Cebs, que acreditam na força da comunidade que reza, que ama, que resiste e que luta; nos lutadores e lutadoras pela terra com t minúsculo e pela Terra com T maiúsculo; na resistência secular dos povos indígenas; na teimosia das famílias camponesas, que continuam cuidando da terra e da sua cultura; nos mártires da caminhada: Padre Josimo, Irmã Dorothy e todos os mártires da terra.
Nos que acreditam no reinado de Jesus, Senhor da Vida, Senhor do Universo, companheiro daqueles e daquelas que defendem a Vida e não temem a morte.
Não podemos acreditar que o sentido destas palavras, endereçadas à comunidade de Corinto, se resuma na proposta de viver neste mundo adotando o estilo do “fazer de conta”, como se não tivesse importância para os cristãos a economia, a política, a história e a própria Vida. Como se a situação dos povos indígenas e dos povos do campo e das cidades não pesasse na balança da Justiça do Reino do Pai.
Como se o grito do Planeta Terra, da Amazônia e do Cerrado, do Sertão e da Mata Atlântica, do Pantanal e da Caatinga, do Rio São Francisco, do Rio Itapecuru, Mearim, Parnaíba, Balsas, Pindaré... agredidos e destruídos pelos grandes negócios do capitalismo, não tivesse chegado aos ouvidos de Javé.
Como se o fatalismo, tão presente no meio do povo, fosse a pedra, religiosamente colocada sobre todos os sonhos de uma vida e de um mundo diferente. Como se o medo diante dos poderes e dos poderosos fosse a única lei que governa a história. O medo como condenação: aceita e interiorizada pelos oprimidos e excluídos.
O medo como submissão: aceita como a única forma de “bom senso” para poder sobreviver numa realidade de injustiça e desigualdade, de clientelismo, apadrinhamento, cooptação. E chantagem praticada por quem manda para negar a dignidade e os direitos fundamentais dos pobres.
O medo que nos faz repetir, há séculos, que “cachorro sem dono, não presta”... E, freqüentemente, os pobres reproduzem a lógica dos seus opressores, herdando a esperteza de tirar vantagem, mentir e roubar – como boa parte de nossos administradores - sem se preocupar com a vida dos outros. E acontece que, às vezes, os pobres repetem o esquema da opressão dentro de seus lares e quem sempre fica humilhado e oprimido, no mundo como nas nossas casas, são os mais fracos: as mulheres e as crianças.
O que significa, em fim, que o cenário deste mundo é passageiro? A proposta de Paulo não é a fuga deste mundo! É o contrario!
Como tudo passa, tudo é passageiro, estamos proibidos de divinizar o poder de quem manda no Município, no Estado, no Brasil e no Planeta. O poder do latifúndio, dos madeireiros e dos usineiros, o poder do agro-negócio, o poder imperial dos Estados Unidos... tudo isto passa... termina, fenece, morre...Como tudo passa, é possível intervir na realidade e transformá-la.
O que fica é a pessoa de Jesus e as sementes do Reino, que está perto, que está presente em quem, com a comunidade, venceu o medo com a fé. E quantas irmãs e irmãos, também no nosso meio, são fieis a Jesus de Nazaré e ao Reino de justiça e paz, Reino de misericórdia e verdade!!!
E nós conhecemos muitos companheiros e companheiras, que participam da construção de um novo céu e de uma nova terra, com as suas práticas comunitárias, eclesiais e sociais!!! Nas Cebs, que acreditam na força da comunidade que reza, que ama, que resiste e que luta; nos lutadores e lutadoras pela terra com t minúsculo e pela Terra com T maiúsculo; na resistência secular dos povos indígenas; na teimosia das famílias camponesas, que continuam cuidando da terra e da sua cultura; nos mártires da caminhada: Padre Josimo, Irmã Dorothy e todos os mártires da terra.
Nos que acreditam no reinado de Jesus, Senhor da Vida, Senhor do Universo, companheiro daqueles e daquelas que defendem a Vida e não temem a morte.
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