Em setembro de 1980 um padre italiano, Vito Miracapillo, afirmou numa celebração que não havia motivo para celebrar a independência do Brasil por visíveis situações de dependência, falta de liberdade, etc. Os militares de turno o expulsaram sumariamente dando razão ao que o padre falava. Muita coisa mudou de lá para cá, inclusive, a sensação de que o País poderia tirar outros países de inúmeras situações de dependência dada a sua situação de autossuficiência jurídica, econômica e política. Hoje vivemos uma realidade que pensávamos superada. Com Michel Temer no poder neste 7 de setembro, o Brasil revive o pesadelo de ser colônia. De produzir e entregar ao colonizador que não é mais português, mas age como um verdadeiro usurpador, e isto porque encontra um governo e uma elite entreguistas e submissos a seus próprios interesses mesquinhos. O governo do Temer-ário prepara a entrega do pré-sal e a venda de terras a grupos internacionais; na Amazônia, uma reserva mineral pode ser entregue a grupos canadenses e tropas americanas foram convidadas a realizar exercícios conjuntos na região; se isso não bastasse, o projeto do submarino nuclear, que serviria para cuidar das reservas de petróleo, foi paralisado, e até as linhas de transmissão de energia podem ser entregues a grupos internacionais; no saldão de Temer, todos os pilares da soberania estão sendo atacados. O que está em jogo não é o princípio do nacionalismo, do Brasil aos brasileiros, e sim de salvaguardar e promover aquelas decisões políticas e econômicas que permitam que dialoguem de igual para igual com todos sem sermos chantageados ou excluídos da convívio mundial. Temos tudo para ser uma grande nação, também termos morais, mas estamos nos apequenando.
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