As espécies invasoras causam prejuízos anuais de pelo menos US$ 423 bilhões em todo o planeta e se tornaram uma das principais ameaças à biodiversidade. Desde ratos invasores que atacam ninhos de aves marinhas até gramíneas não nativas que ajudaram a alimentar os incêndios mortais no Havaí no mês passado, mais de 3.500 espécies invasoras nocivas foram registradas em todas as regiões, espalhadas por viagens e comércio.
A conclusão é de um relatório do Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services (IPBES), principal órgão da ONU em ciência da biodiversidade. O estudo ainda mostra que mais de 37.000 espécies exóticas já foram introduzidas em todo o mundo e que a ameaça representada pelos invasores é subestimada e por vezes não reconhecida, relata o Guardian. “Seria um erro extremamente caro considerar as invasões biológicas apenas como problema de outra pessoa. Embora as espécies específicas que causam danos variem de local para local, estes são riscos e desafios com raízes globais, mas impactos muito locais que as pessoas enfrentam em todos os países, de todas as origens e em todas as comunidades. Até a Antártica está sendo afetada”, disse o professor Aníbal Pauchard, um dos coordenadores da investigação.
À medida que o aquecimento global continua a tornar novas áreas habitáveis para espécies exóticas e o comércio internacional e as viagens regressam aos níveis anteriores à pandemia, os países precisam reforçar a biossegurança nas fronteiras, aplicar rigorosamente controles de importação e implementar sistemas de detecção precoce, afirma o relatório. Os decisores políticos também precisam reforçar a aposta no Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, que visa reduzir a invasão de espécies exóticas agressivas em pelo menos 50% até 2030, destaca a Bloomberg. (ClimaInfo)
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