Ainda hoje para muitos cristãos a frequência ao templo e a prática sacramental são critérios únicos e irrenunciáveis de adesão à Boa Nova de Jesus de Nazaré. O compromisso em fazer surgir uma nova humanidade, uma inédita convivência e um novo jeito de administrá-la seria medido pelo grau de participação a liturgias, celebrações e ritos. Não é o que nos diz Jesus no trecho evangélico de hoje! Nessa elucidativa parábola autoexplicativa da sua missão, Jesus deixa claro que discípulo de verdade é o que adere à sua proposta e ao programa de 'governança de Deus', independentemente de ser 'frequentador' do templo e/ou obediente aos seus preceitos litúrgicos. Dito de outra forma: a pessoa que nunca pisa na igreja, mas vive no cotidiano a solidariedade, a compaixão e a acolhida aos necessitados já entrou, paradoxalmente, na lógica da 'realeza de Deus'. Os pecadores clássicos segundo os 'bem intencionados praticantes' como as prostitutas e os ladrões públicos ao acolherem o convite de mudança de Jesus estarão ocupando, definitivamente, o lugar que os presunçosos devotos achavam pertencer a eles! Misericórdia e justiça valem mais do que mil sacrifícios e louvores!
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