Desalentador é o mínimo que se pode dizer sobre a questão da educação escolar indígena no Estado. Continua a mesma irresponsabilidade de sempre. Os professores das escolas indígenas não recebem seus vencimentos há mais de quatro meses. E não há nenhuma perspectiva imediata que o problema seja solucionado em tempos curtos. Já virou caso nacional. E pensar que este ano não teve ‘seletivo’ o que teria acarretado mais atrasos e complicações burocráticas! Entra ano e sai ano, entra governo e sai governo, aqui no Maranhão não se muda a tradição. Como em time que ‘ganha’ não se mexe! Educação escolar indígena é um mero e espinhoso detalhe da vida administrativa pública. Os índios, um baita problema!
Merenda escolar para alimentar os cofres...
Como se isso não bastasse continua a novela da distribuição da merenda escolar. Sendo que é o Estado que tem essa incumbência – pelo menos por enquanto, - tenta, naturalmente, evitar a mediação de ‘indígenas espertos’ que poderiam ‘meter a mão’. Só os ingênuos acreditam que utilizando estruturas e pessoas das escolas estaduais próximas das aldeias, como vem acontecendo, evitaria o desvio já consagrado. Nas andanças desses dias só ouvi relatos de merenda que chega pela metade, e sem nenhum respeito pelo ‘cardápio indígena’. Mesmo assim, desejamos sucesso....mas não me perguntem para quem!
Transporte escolar, a verdadeira mamata!
Completando o quadro, lá vem a mamata do transporte escolar indígena. Aqui, Deus nos perdoe, são raros os ‘barra-limpa’! Há um verdadeiro conluio entre setores do Estado e algumas máfias indígenas para multiplicar o transporte escolar sem necessidade e inchar as verbas para tanto. O pior é que todo mundo sabe, e todos afirmam que estão com as mãos atadas. O Estado teme os poderosos indígenas que monopolizam o setor, mas dentro do próprio Estado há uma clara tendência em fazer corpo mole porque há gente pegando mais do que uma ‘pontinha’. Exagero! Estou doído para que haja uma CPI dos transportes escolares! Pelo menos viria à tona algumas sujeiras....pois, afinal, tudo ficaria como está, claro!