Uma nova reunião ocorre nesta manhã de quarta-feira (17) para dar fim à ocupação de quilombolas na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no bairro do Anil, em São Luís. Nesta manhã, o grupo divulgou uma foto em uma rede social em que marca 156 horas em greve de fome.O superintendente do Incra no Maranhão, Jowberth Frank Alves da Silva – que está à frente das negociações –, informou em entrevista ao G1 que, pela nova proposta, o prazo inicial para a realização de 40 laudos antropológicos foi dilatado – de um ano para três. “Fizemos uma proposta ontem à noite, assinada pela presidente do Incra, Maria Lúcia de Oliveira Falcón, onde nos comprometemos, em um prazo de três anos, realizar 40 laudos e 60 RTDs (Relatórios Técnicos de Destinação)”, disse à reportagem. Os quilombolas ocuparam o local na última terça-feira (9), em protesto pela regularização e titulação das terras remanescentes de quilombos na região da Baixada Maranhense. Eles solicitaram a presença de um representante da direção nacional do órgão, que tem sede em Brasília (DF). Como parte do movimento, eles chegaram a interditar a avenida Santos Dumont, onde fica a sede do órgão na capital maranhense. Em nota divulgada na segunda-feira (15), o governo do Maranhão manifestou, publicamente, apoio ao movimento quilombola que ocupou a sede do Incra. “Desde quando foi acionado, o Governo do Estado tem prestado o apoio ao movimento. No primeiro momento, numa articulação das Secretarias de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular e da Saúde, foi disponibilizada uma equipe médica para acompanhar os grevistas, a fim de preservar a vida e a integridade física dos mesmos”, diz trecho da nota.
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