Causaram-me estranheza os comentários do próprio governador (ou quem por ele....) no seu twitter. Neles o executivo estadual afirma que no governo dele não existem mais ‘mensalinhos’ e especifica logo que eles se dirigiam, supostamente, no governo anterior, a autoridades militares, políticas e religiosas. Logo a seguir deixa ainda mais claro que certas pessoas criticam o seu governo porque ele teria acabado com certas benesses...leiam um salário para o capelão da penitenciária, função prevista, aprovada e coordenada pelo atual secretário adjunto: Frei Ribamar. Esse sim, um religioso para todas as estações, que tinha (tem) trânsito livre nos dois governos. Não querendo entrar nesse nível que beira a mesquinhez só me resta observar o seguinte: entristece-me sobremaneira que uma crítica mesmo que não procedente de um interlocutor seja ridicularizada sob a argumentação de que quem a fez, outrora se locupletava dos favores do governo. Ou seja, desqualifica-se o interlocutor e ignora-se a crítica mesmo que procedente. Quando um governo através de notas oficiais lança mão dessas argumentações indecentes (um salário que o coordenador recebia de forma legal e ao qual fazia jus pois ele estava todos os dias no lugar de trabalho - penitenciária e secretaria - pois isso é a verdade!) é sinal que falta estrutura, humana, inclusive, para dialogar. Espera-se que o bom senso prevaleça e que os orgulhos sejam postos de lado, sob pena de romper os últimos elos com a sociedade civil do Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário