Só podemos entender a dor dilacerante de uma mãe que perde um filho quando nós mesmos passarmos por essa mesma experiência. Só podemos experimentar a plena felicidade quando nos colocarmos, de verdade, a serviço de outras pessoas. Enquanto permanecermos desconfiados que isso seja verdade nunca vamos experimentar a paz interior, e o sentimento pleno de felicidade. No evangelho de hoje os discípulos não podiam entender as palavras de Jesus, naquele momento, porque ainda não tinham feito a experiência concreta e pessoal de dar a vida por amor, como Jesus já tinha feito! Eles irão compreender o que é a verdade e o que significa ‘fazer a verdade’ somente quando começarem a se doar até o derramamento do seu próprio sangue. O Espírito da verdade, quando realmente ouvido, abre o coração da pessoa que ainda receia em se doar com generosidade. E teima em se esconder, em se acomodar, e se omitir. O amor é o critério para saber se uma pessoa é de Deus, e vem de Deus. Se, de fato, caminha na ‘verdade do amor’. Só uma pessoa que ama tem condições de compreender o coração de um Deus Pai. E amar como Ele ama. Na solenidade da Santíssima Trindade é urgente compreender que não adianta falar de Deus e anunciar o seu Reino sem que haja uma vivência prática de cuidado, de bem querer e de atenção aos irmãos. Não seria o Espírito da verdade falando por nós! Pouco serviria apresentar a comunidade trinitária de comunhão do Pai, com o Filho e o Espírito Santo se não há, no cotidiano, aquela dedicação mínima em acolher e proteger as pessoas que vivem ao nosso lado!
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