Não é de hoje que a nossa sociedade pratica a lógica das aparências. A adoção de uma ‘mascara social’ para esconder medos, defeitos, fragilidades. ‘Não é suficiente ser honesto; tem que aparecer honesto’, dizem os adeptos da hipocrisia e da falsidade. A cultura social incentiva também a distribuição de favores e de privilégios, mas só entre amigos. Entre os amigos de corriolas e patotas tudo lhes é permitido: furar a fila, perdoar abusos, abrir mão de obrigações morais e legais. Danem-se os outros!Ainda hoje continua atual o velho ditado ‘aos amigos os favores da lei, aos inimigos os rigores da lei’. Ou ’Uma mão lava a outra’! Ofereço-lhe algo para que você também faça o mesmo comigo! É a terrível lei da reciprocidade obrigatória. Jesus, no evangelho de hoje detona esse modo de agir perverso, mesquinho e tapado. De um lado critica as relações sociais e interpessoais baseadas na duplicidade, na simulação e na hipocrisia. E, do outro, deixa claro como deveria agir um seu seguidor: 1. Ocupar social e fisicamente os ‘últimos lugares’. Ou seja, os lugares escondidos e reservados àqueles que não são importantes socialmente. Abandonar o exibicionismo social e a procura doentia de reconhecimento público, pois batem de frente com a atitude evangélica de ser solidário com os excluídos. 2. Cristão é aquele que convida a fazer parte da sua vida os que são rejeitados e ignorados pelos ‘carreiristas doentios, os santos bajuladores hipócritas, os papa-hóstias e os beija-bancos’. Cristão é aquele que sente em sua alma e em seu corpo a humilhação perpetrada por essa cambada de orgulhosos a tantos pequenos e pobres. E se alia a esses humilhados para sempre!
2 comentários:
Verdade,vejo tudo isso como egoísmo as pessoas estão preocupadas consigo mesma,querem sempre aparacer.
essa é a verdade propriamente dita.
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