sábado, 7 de setembro de 2019

Domingo XXIII – Não é para todos ser seguidor de Jesus. Coitado daquele que o segue para se dar bem na vida! (Lc. 14, 25-33)


Vivemos épocas de profunda desconfiança. Desconfiamos de tudo e de todos. E não é pra’ menos. Vemos por todos os cantos aproveitadores e manipuladores. Oportunistas e carreiristas. Parece haver pouco espaço para a autenticidade e a coerência. Para o desapego e a generosidade sincera. Mas tudo isso não é de hoje. Jesus, profundo conhecedor da alma humana, já havia percebido essa tendência do ser humano. As multidões que o seguiam não o faziam por convicção. Elas visavam obter vantagens futuras. Achavam que Ele era ‘o cara’ que se tornaria poderoso. E queriam, desde já, garantir o seu pedaço na distribuição de poder no futuro governo de Deus! É nesse contexto que Jesus coloca de forma clara e contundente quais são as condições para ser um seguidor Dele.

1. O seguidor não pode colocar os vínculos familiares acima da missão de construir o Reino. Isso não significa desprezar a sua família, mas compreender que a urgência do momento exige dedicação prioritária e total ao anúncio da Boa Nova. Este é o único capaz de construir a ‘verdadeira família do Pai’!
2. O seguidor que não sabe ‘levantar e carregar a cruz’ da perseguição, do desprezo, da calúnia, - por ele pertencer ao grupo de Jesus, - não pode ser um seu discípulo. Quem se envergonha de Jesus, e só se preocupa com a sua imagem e prestígio, já era! 
3. O seguidor, cujo coração bate lá onde estão seus bens, não tem condições de segui-lo.  Só o seguidor desprendido, generoso e solidário com os pobres do povo pode ser discípulo permanente de Jesus. Aquele cristão que usa o nome de Jesus e se diz seu discípulo para só se dar bem na vida é um pobre coitado, fadado ao fracasso total na vida. Um infeliz. 

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