As pessoas que se comportam como ricas avarentas não têm condições de entender e acolher a mensagem e a prática de Jesus. Elas não partilham seu pão com o pobre simplesmente porque ‘não conseguem enxergá-lo’. O ricaço da parábola do evangelho está tão fechado e fixado em seu próprio mundo que é incapaz de ver o drama de quem vive na entrada da sua própria casa. O rico e o pobre Lázaro vivem em dois mundos distintos onde não há comunicação e nem comunhão.
À distância de dois mil anos vivemos, hoje, a mesma realidade de fechamento moral e de cegueira humana e social! Jesus narra a sua parábola aos fariseus, e mais uma vez os denuncia por colocar as riquezas, - e não Deus, - acima de tudo. Para explicar o que irão experimentar ao longo de toda a sua vida, Jesus utiliza imagens próprias, bem conhecidas pela tradição farisaica. Na prática, Jesus afirma que aqueles que se comportam como o ricaço podre da parábola irão ocupar sempre a parte ‘inferior’, escura, e trágica da existência. E os pobres, como Lázaro, ocuparão a parte ‘superior’ fazendo a experiência da luz e do alívio libertador. Ironicamente, os ricos começam a enxergar os Lázaros só depois que morrem, quando não há mais jeito de mudar. Mesmo assim, eles continuam igualmente arrogantes e prepotentes. Exigem que Deus mande mensageiros e sinais aos seus familiares para alertá-los sobre os tormentos que lhes são reservados! Jesus lembra que Deus encaminha sempre inúmeros sinais e testemunhos proféticos para que eles se convertam. E conclui a sua parábola deixando claro que ‘nem que alguém ressuscitasse dos mortos’ os ricos podres iriam acreditar e mudar. Afinal, Jesus ressuscitado só pode ser reconhecido somente quando as pessoas se dispõem a partilhar o seu pão com os inúmeros Lázaros famintos, desempregados, e explorados da nossa sociedade. Algo que os ‘mão-de-vaca’ de ontem e de hoje não fazem!
Um comentário:
P.Claudio tá de parabéns pelos esclarecimento dessa parábola
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