Na última sexta-feira (6), um grupo de índios conseguiu deter madeireiros que estavam destruindo suas terras, na reserva Araribóia, no sudoeste do Maranhão. No local havia 8 madeireiros e uma tenda improvisada. Os índios também encontraram uma quantidade enorme de madeira cortada e papéis com anotações sobre o controle dos trabalhos e os valores nas vendas da madeira. Os madeireiros prestaram depoimentos e estão presos na Polícia Federal de Imperatriz. Segundo depoimento de um dos homens, eles estavam na reserva Araribóia desde novembro de 2018. Na época, ele diz que cortou 300 estacas e que agora estava voltando para buscar o material e cortar mais 600 estacas. A madeira seria revendida para um fazendeiro em Açailândia. Esse grupo de índios, conhecido como “Guardiões da Floresta”, foi criado em 2008 por conta dos ataques que vinham sofrendo em suas terras. Há mais de 10 anos enfrentando e reagindo à violência dos madeireiros, o grupo ficou conhecido e desde então várias etnias estão criando grupos de autodefesa com o mesmo nome. Como estamos acompanhando, os ataques aos indígenas só têm aumentado desde o golpe de Estado e agora com o apoio do presidente fascista Jair Bolsonaro, que já se declarou inimigo do povo indígena, a situação tende a degenerar e piorar. Diante essa ofensiva, a ação das lideranças indígenas em formar grupos de autodefesa, não só está certíssima, como deve ser ampliada. Só através da união e articulação poderão exercer o direito de autodefesa e garantir seus direitos e sua sobrevivência.
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