sábado, 8 de fevereiro de 2020

Ser sal para conservar fidelidade à Aliança com o Deus dos indigentes e dos pobres e não com aqueles que ‘têm hábitos autoritários e fala maldosa’ (Mt. 5, 13-16)

Há cristãos hipócritas que fizeram escolhas políticas equivocadas, mas não dão o braço a torcer. Continuam, contra todas as evidências, a defender ‘um Messias de arma na mão’. Ocorre que o ‘verdadeiro ungido’, o Messias do Pai, prega e constrói solidariedade com os pobres, os mansos, os aflitos, os construtores de paz, os famintos e sedentos de justiça. Esta é a ‘nova aliança’ que Jesus selou com Deus e o seu povo. E pede que os seus discípulos se mantenham rigorosamente fiéis a isso. Que conservem e preservem esse pacto da mesma forma que o SAL conserva e preserva os alimentos, evitando que eles se estraguem. A infidelidade a esta ‘aliança’ tornará os discípulos insossos, verdadeiros ‘traíras’, e servirão tão somente para serem desprezados e pisados pelos homens. Afinal, a sociedade espera deles ‘solidariedade e compaixão’, e não aceita que façam ‘aliança’ com aqueles que matam e exploram os indigentes, os pobres, os famintos, os injustiçados!
Jesus tem consciência que a velha aliança alicerçada em normas e preceitos cultuais fez mergulhar o povo numa noite sem fim. A falta de sal nos supostos aliados de Deus produziu trevas, desespero e vida sem sabor. Daí que Jesus afirma categoricamente que os seus discípulos devem ser luz itinerante. Que façam brilhar a luz da nova aliança alicerçada na solidariedade das ‘bem-aventuranças’ em todos os rincões do mundo. Não uma luz estática, nem tímida, oculta, abafada, mas uma luz resplandecente feita de ‘Boas Obras’. Ou seja, ‘repartir o pão com o faminto, acolher o pobre e o peregrino e cobrir o nu...’(Is. 58,7) E, simultaneamente expelir do nosso meio ’os hábitos autoritários e a fala maldosa’ (Is,58, 9). A única forma para vencer as trevas em que mergulhamos, e voltar a ver a luz do meio dia!

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