Como acreditar que Jesus ressuscitou no nosso cotidiano real se o 'pão', em lugar de ser partido e partilhado com todos, continua sendo sonegado e apropriado? Como crer que ele é o vivente e vencedor da morte, se a cada dia vemos crianças sendo massacradas, mulheres violentadas, 'humanos' declarando guerra a outros supostamente humanos? Como acreditar que as igrejas são testemunhas do Ressuscitado se vivem em função de si mesmas, sem sair de seus refrigerados templos e mostram sempre mais interesse patológico com o dízimo e a exclusão de pagamento de impostos à Fazenda? É evidente que cabem dúvidas e assombros como aconteceu com os seguidores de Jesus após a Sua morte. O Ressuscitado é identificado como o permanentemente presente de forma progressiva na vida das comunidades, a depender da crescente capacidade de perpetuar no concreto os gestos significativos do Mestre quando estava entre elas: construir paz real, partilhar pão e afeto, promover conversão radical e perdoar para restaurar corpos abatidos e almas rompidas. Ser testemunhas coerentes disso afasta todo perigo de mistificação e mitificação de um 'fantasmagórico ressuscitado'!
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