Declarar amor a uma pessoa não é prova que a amamos! Mesmo que isto seja importante, não passa de uma bela declaração. Amar Jesus, que nunca vimos, é no entendimento do Mestre guardar/observar a sua palavra! Não é simplesmente a sua palavra ‘escrita, revelada, anunciada’, mas assumir o seu ser como um todo. É tentar ser um outro Jesus: estar próximo dos pequenos, perdoar, curar, libertar, estar em comunhão com o Pai! Não há, portanto, oração, culto, liturgia, adoração, devoções que possam substituir o testemunho concreto de amar radicalmente como Ele, a Palavra Viva do Pai. É a reprodução do jeito de ser e de amar de Jesus que comprova se, de fato, nós O amamos. Quando isto acontece, apesar das nossas fragilidades e contradições, nós nos tornamos sacrário, morada, tenda, templo, de Jesus e do Pai. Ou seja, são as pessoas que amam como Jesus o verdadeiro e legítimo ‘lugar’ da morada do Pai e não as belas catedrais e os templos luxuosos com seus louvores e rituais! Compreender isso nos leva a sentir uma paz interior que o mundo é incapaz de oferecer. Não a paz negociada e selada pelo medo e pela lógica da repressão, mas a paz de Jesus, o vivente. A paz inquietante, questionadora, subversiva. A paz que interpela. Enfim, a paz que nunca... ‘nos deixa em paz’!
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