sábado, 30 de agosto de 2025

22º Domingo Comum - O discípulo de Jesus deve aprender a ser humildemente generoso, e sem alimentar expectativas de recompensa!

Vivemos numa época de paradoxos. Se alguém nos dá algo de graça sem exigir nada em troca ficamos desconfiados. Afinal, somos regidos pelo princípio do ‘uma mão lava a outra’, ou do ‘toma lá dá cá’! Pensemos quantas vezes já defendemos o princípio, supostamente evangélico, da ‘reciprocidade’! Ou seja, o imperativo moral de ter que retribuir a quem nos deu algo, de graça, em algum momento, mesmo sabendo que ele nunca exigiu nada em troca! Jesus, no evangelho de hoje detona dois princípios comportamentais que eram sagrados na cultura judaica para os fariseus de ontem e de hoje: o prestígio/aparência e a reciprocidade. A mera procura para ser notado e ser publicamente reconhecido, homenageado, louvado, denota, não somente uma baixa autoestima, mas uma clara incompreensão dos conselhos evangélicos de Jesus como a humildade, a abnegação e o serviço desprendido e escondido. E a sustentação da ‘lei da reciprocidade’ é algo que permanece escandaloso! Com efeito, o Pai que colocou tudo em nossas mãos de forma graciosa, jamais pediu louvores, incensos e sacrifícios. E o seu filho Jesus, nunca exigiu nada em troca pelos inúmeros sinais que fez, e fugia quando alguém queria homenageá-lo! Isso deveria nos motivar a sermos mais generosos e misericordiosos principalmente com aqueles que jamais poderão nos retribuir, sem acalentar doentias expectativas de recompensa, aqui e agora. 


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