segunda-feira, 20 de junho de 2011

Urgentes indígenas




Caos na Educação escolar indígena do Maranhão


Para a Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC) do Maranhão a educação escolar indígena no Estado ‘está a funcionar muito bem’. Alvo de críticas procedentes, a Secretaria se limita a defender o indefensável, sem sequer ter o pudor de ensaiar uma leve autocrítica. De fato, faz um ano meio que as escolas indígenas estão literalmente paradas. Salvo excelentes exceções as escolas indígenas permanecem inativas desde o início de 2010. Foi mudado o sistema de contratação de professores, de transporte escolar, mas tudo continua igual. Não há fiscalização, nem formação continuada. Permanece o medo dos funcionários urbanos de ‘descer’ às aldeias... O jeito é se limitar a mandar a grana para o pagamento para maneirar a barra. E ‘cada um por si, e Deus por todos’! Quem acompanha a questão sabe que é algo complexo. Cabe, portanto, a humildade por parte da Secretaria Estadual de Educação de reconhecer a própria incapacidade de encontrar saídas consensuais e convocar MEC, indígenas, Universidades, Entidades Indigenistas e fechar um grande acordo. Só olhando para as próprias contradições, sem omissão, é que se pode encontrar um desfecho para um setor central no futuro dos povos indígenas no Estado.


Madeireiros sempre mais ousados nas terras idígenas do Estado 


Dezenas de madeireiro invadiram as aldeias e ocuparam as TI Araribóia, Cana Brava e Grajaú, localizadas nos municípios de Bom Jesus das Selvas, Grajaú e Barra do Corda. Por conta do desmatamento indiscriminado e de outros crimes ambientais, é de tensão o clima entres madeireiros e os índios guajajaras da aldeia Yporangatu, em Bom Jesus das Selvas, na Região do Vale do Pindaré, distante cerca de 350 km de São Luís. O clima tenso está deixando insatisfeitos os povos indígenas de diversas aldeias. A denúncia foi feita por lideranças indígenas, sob o comando de Itamar de Sousa Guajajaras, que defende a realização de uma audiência pública na região para tentar evitar o agravamento da crise. De acordo com a denúncia, dezenas de madeireiros invadiram as aldeias e ocuparam as terras indígenas Araribóia, Cana Brava e Grajaú, localizadas nos municípios de Bom Jesus das Selvas, Grajaú e Barra do Corda. Durante a ocupação, que se agravou nos últimos dias, centenas de árvores foram e continuam sendo derrubadas pelos ocupantes, de forma indiscriminada e ilegal. Ao mesmo tempo em que as reservas florestais localizadas nas terras indígenas estão sendo destruídas, os madeireiros construíram fornos e carvoarias, estão transportando as toras de madeiras para outras regiões, burlando a fiscalização da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com o líder indígena Itamar Guajajaras, a fiscalização dos órgãos federais existe, mas é pífia. Ele considera o número de fiscais insuficiente para combater o número de pessoas que vêm praticando crimes ambientais na região, acrescentando que não está descartado um confronto armado entre índios e brancos. (Fonte: Jornal O Estado do Maranhão)

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