O que aconteceria se as reformas desejadas não chegassem ao fim e as expectativas de uma nova primavera se revelassem como apenas ilusões?", pergunta Vito Mancuso, teólogo italiano. E ele responde: "Eu acho que, para o catolicismo, seria um golpe terrível, porque as enormes esperanças que esse papa está despertando se transformariam em uma decepção igualmente enorme, e o contragolpe sobre a credibilidade da Igreja poderia ser devastador, se não letal. Não morreria a espiritualidade, que desde sempre está enraizada no coração humano, bem antes do nascimento do cristianismo. Não morreria nem mesmo o cristianismo, que encontraria outras formas para se expressar, como fez em outros lugares do mundo. Ao contrário, nos encaminharíamos irreversivelmente para a morte da Igreja Católica hierárquica assim como a conhecemos, porque ninguém poderá e quererá mais ter confiança em uma estrutura que se demonstrou relutante em seguir um cristão sincero e um homem bom como Jorge Mario Bergoglio. O fracasso do papa “que veio do fim do mundo” marcaria o fim da Igreja hierárquica e institucional. Não sei se é isso que querem os inúmeros cardeais, bispos e curiais que se opõem a ele, mas acho que é bom que eles saibam disso". (Fonte: IHU)
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