Hoje, nos países da OCDE, os 10% mais ricos ganham 9,6 vezes mais do que os 10% mais pobres. Nos anos 80, a proporção era de sete vezes mais e, na década de 2000, de 9,1. A partir de meados dos anos 2000, as desigualdades de renda também aumentaram em grandes economias emergentes, como China, Rússia, Indonésia e África do Sul. Já a maioria dos países da América Latina, "particularmente o Brasil", vem reduzindo, desde o final dos anos 90, as diferenças de renda, afirma a organização. A OCDE, que reúne 34 países, a grande maioria economias industrializadas, ressalta, no entanto, que a queda na desigualdade de renda na América Latina desacelerou a partir de 2010. "Houve, a partir do início dos anos 2000, uma queda generalizada da desigualdade na América Latina. Essa redução não ocorreu de forma tão acentuada em outras regiões", diz Levy. "Dessa vez o bolo cresceu, com o crescimento econômico, e foi melhor dividido. É um fato novo na realidade latino-americana", afirma o analista.
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