Segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, existem 1,8 médicos por mil brasileiros. O número é inferior ao de países europeus e vizinhos latino-americanos. Na Argentina, por exemplo, a proporção de médicos por habitantes é de 3,2; em Portugal e Espanha, 4; e em Cuba, 6,8. Uma avaliação mais profunda, contudo, mostra que este número é ainda menor em aéreas da região Norte, revelando a desigualdade na distribuição de médicos entre as regiões brasileiras. Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, possuem média próxima à de países desenvolvidos: 2,49 e 3,4 médicos por mil habitantes, respectivamente. Enquanto estados como Pará e Maranhão apresentam taxas preocupantes, de 0,77 e 0,58, respectivamente."Há uma má distribuição entre os estados ricos e pobres do País, mas também notamos uma grande desigualdade dentro dos estados", afirma o secretário. "A região oeste do estado de São Paulo, por exemplo, tem taxas semelhantes às de estados do Norte", completa.Para Hêider Aurélio Pinto, nos últimos anos, o País conseguiu avanços importantes na oferta de saúde em regiões pobres e de difícil acesso graças ao Programa Mais Médicos. Ainda assim, a carência de profissionais de saúde apenas será suprida com uma maior oferta de vagas em cursos de Medicina. "Em dez anos, foram abertos 146 mil postos de trabalho para médicos, mas, neste período, as universidades brasileiras formaram apenas 64% dessa demanda", afirma. (Fonte: Carta Capital)
Nenhum comentário:
Postar um comentário